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quarta-feira, 29 de junho de 2016

A CIDADANIA, A PONTE PARA A ESPIRITUALIDADE E A ESPERANÇA DE UM RAIO DE UTOPIA

“O coração é a ponte para 
nosso contato interno com Deus
        Nossos instrutores espirituais nos ensinam, sobretudo, por meio do coração. É por meio do coração que primeiro estabelecemos contato com Deus. E é também por meio dele que percebemos Sua presença.
         Uma das formas de nos abrirmos para recebermos o ensinamento espiritual e permitir que ele flua em nós e por meio de nós, é cultivarmos um sentimento de amor e de cuidado por tudo e por todos. É levar em conta que somos parte de uma vida única e que, mesmo sendo indivíduos separados, formamos parte de um Todo. Esse sentimento de amor pelo todo vem de dentro, de nosso interior, de nosso coração. A mente não consegue compreender isso sozinha porque não faz parte de seu temperamento unir, mas sim discriminar, separar e analisar.
         Outra forma de nos abrirmos ao trabalho espiritual é buscar nos desprender de nosso apego a objetos materiais. Assim, poderemos colaborar para nosso crescimento, evitando a criação de laços desnecessários.
         É quando começam a florescer em nós sentimentos de desapego, auto-esquecimento, serenidade, ausência de conflitos psicológicos, é quando passamos a dar mais importância a Deus e é quando passamos a dar mais atenção às necessidades de nossos irmãos do que àquelas que se apresentam a nós mesmos, que sabemos que nossos instrutores espirituais estão trabalhando internamente conosco.
         À medida que esse contato interno e silencioso vai se estabelecendo e transformando nossas vidas, cria-se um estado de equilíbrio em nosso ser e nós nos vemos, de repente, dentro do Amor, um Amor que não conhecíamos antes. Ao sentirmos e aprofundarmos esse Amor, nossos instrutores espirituais passam a contar conosco como um canal para seu trabalho.
         Então, nossa forma de compreender o outro se amplia e toda a vida se expande, porque percebemos o quanto a humanidade, os animais, os vegetais e os minerais são necessitados desse Amor. E essa compreensão ampliada é outro sinal de que estamos sendo instruídos.
         No decorrer dessas transformações, tudo a nossa volta começa a receber a energia do Amor que está nos alimentando internamente. E, ao percebermos que nossa transformação está sendo irradiada, que os outros também estão recebendo o Amor que está sendo depositado em nós, experimentamos grande alegria.
         Esse processo se dá no coração, não na mente. Quando a mente reconhece que algo profundo, do qual ela não participa diretamente, está em andamento, pode-se produzir nela certa resistência. É preciso, então, saber lidar com essa situação, pois o apoio da mente pode ajudar muito. Caso contrário, poderia ocorrer uma permanente desarmonia entre a mente que não compreendeu, não concordou e resolveu agir por conta própria e o coração, onde acontece o trabalho espiritual em níveis mais profundos.
         Uma forma de incluir a mente no processo de elevação espiritual, que o coração já experimenta, é o estudo de assuntos sagrados. Outra é a lembrança constante de Deus em nosso interior.
         Se, durante o dia, ao executarmos nossas tarefas concretas, nos lembramos d’Ele constantemente e estabelecermos com Ele ligação cada vez mais estreita, estaremos nos abrindo para contatos espirituais mais elevados.
         Assim, trabalharemos em harmonia e não haverá divergências entre o trabalho do coração e da mente em nossa tarefa de estabelecermos o contato com Deus.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de junho de 2016, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Aguardando
   uma Virginia
        Acenei há duas semanas a possibilidade de uma jovem de 37 anos, advogada, recém-chegada ao mundo da “política”, se eleger prefeita da Cidade Eterna, Roma.
         Não deu outra, no segundo turno do último domingo, Virginia Raggi, com 67% dos votos dos romanos, sagrou-se a primeira mulher a assumir a prefeitura da maior e mais conhecida cidade “eterna” da Itália.
         Nela veio a resposta de quem queria se livrar da cinzenta e aviltante política nacional. A legenda pela qual disputou, o Movimento 5 Estrelas, é um projeto recente, com propostas e exemplos de inovação, de simplicidade, de honestidade, que se alastrou e arrebanhou, nos últimos quatro anos, multidões de simpatizantes.
         É hoje o maior partido do país e acena sagrar-se nas próximas eleições políticas como a força hegemônica, desbancando o que sobrevive de 2.000 anos de confrontos entre direita e esquerda, liberalismo e socialismo, patrões e trabalhadores. Minimiza também a importância dos rótulos, das corporações que pensam apenas no umbigo.
         Nesse movimento tem espaço para qualquer um se identificar. É uma vida de qualidade. Os grilhões foram quebrados, e, pelo menos nesse nascimento forçado pelas dificuldades econômicas e por desafios sociais, se apresenta como solução.
         A sigla M5S (o S vem de “Stelle” = “Estrelas”) parte do conceito de qualidade e seriedade para garantir que aquilo que se promete tenha certificado de garantia e se realize de verdade. Não tem gato por lebre. Concede-se a participação direta ao indivíduo apenas pelo fato de ser cidadão igual a todos os outros.
         A proposta é de transparência total, de acessibilidade incondicional à administração pública por meio da internet, e elege o cidadão como finalidade, prioriza a competência, valoriza o bom desempenho. O destino dos recursos públicos atende da base ao vértice a pirâmide social. Preservação inteligente do meio ambiente, sinergias, políticas de sequestro de CO2, biodiversidade. Paz e amor.
         A geração “estrelinha” se caracteriza pela simplicidade para se parecer um ser comum, sem demagogia, despido de retórica marota, de ranços, de críticas. Propostas, ações, ordem. Olha para a frente, entrega à lei o que a lei tem que fazer. Não se desgasta em comparações e egolatria.
         O “político das 5 estrelas” é um profissional, um empresário, um trabalhador, não é um político de tradição. Exerce mandato como serviria uma tarefa útil à sociedade, pronto para voltar ao lugar de onde veio, à profissão que sabe exercer para se manter. Não são santos, apenas coerentes entre discurso e ações.
         Virginia Raggi, a prefeita de Roma, se parece com a pessoa que qualquer um gostaria de ter como amiga, que jorra simpatia, educação e cordialidade. Vive com os pés no chão, usa modos e roupas que não chamam a atenção. Discreta com um toque de essencialidade, sem exaltação ou demagogia que cospe populismo.
         Ela tem brilho da credibilidade, como disse Dante de Beatiz, de “humildade vestida”, um santo de cada para fazer milagres.
Cronologicamente, essa prefeita é decorrente do processo evolutivo que teve origem na operação Mãos Limpas, voltada à desmitificação da tradicional política de baixezas. Os agentes perversos ficaram expostos ao que são de verdade. Desbaratou quadrilhas do clientelismo, da corrupção, que praticavam a “lei de Gerson” como única regra. Exatamente o que a Lava Jato vem conseguindo demolir dia após dia.
Implodiu-se um sistema, e deu-se possibilidade de uma Nova Idade se instalar.
         O raio que caiu em Roma reedita o antigo culto de Vesta, filha de Saturno, símbolo de beleza. Linda e virgem protegida por Júpiter, respeitada mantenedora do fogo sagrado e das virtudes.
         Aqui só resta rezar por um raio de esperança, de utopia, por um evento abençoado que reacenda a autoestima e a confiança neste país.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a ainda estratosférica marca de 471,3% para um período de doze meses; e, ainda em maio, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 9,32%, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 311,3%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...