Mostrando postagens com marcador Nicholas Carr. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Nicholas Carr. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A CIDADANIA BUSCA MAIS EDUCAÇÃO

“Os adolescentes são fascinados pelas ferramentas da era digital. [...] Mas a dependência da internet não é exclusiva dos adolescentes. Todos nós, jovens e menos jovens, sucumbimos aos apelos do mundo virtual. [...] Para o norte-americano Nicholas Carr, formado em Harvard e autor de livros de tecnologia e administração, a dependência da troca de informações pela internet está empobrecendo nossa cultura. Ele falou à revista Época durante uma visita ao Brasil para uma palestra a 4,5 mil líderes empresariais.

Segundo Carr, o uso exagerado da internet está reduzindo nossa capacidade de pensar com profundidade. “Você fica pulando de um site para o outro. Recebe várias mensagens ao mesmo tempo. É chamado pelo Twitter, pelo Facebook ou pelo Messenger. Isso desenvolve um novo tipo de intelecto, mais adaptado a lidar com as múltiplas funções simultâneas, mas que está perdendo a capacidade de se concentrar, ler atentamente ou pensar com profundidade.” A internet é uma magnífica ferramenta. Mas não deve perder seu caráter instrumental. Ler é preciso.”
(CARLOS ALBERTO DI FRANCO, in Internet e leitura, artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de fevereiro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem também de artigo publicado no veículo acima, idem, ibidem, de autoria de PAULO MÁRCIO REIS SANTOS, Advogado, professor das Faculdades Kennedy, que merece INTEGRAL transcrição:

"Mais educação

Em 28 de janeiro, foi publicado o Decreto 7.083, que instituiu o Programa Mais Educação (PME), que tem por objetivo contribuir para a melhoria da aprendizagem por meio da ampliação do tempo de permanência de crianças, adolescentes e jovens matriculados em escola pública, mediante oferta de educação básica em tempo integral. A norma considera educação básica em tempo integral a jornada escolar com duração igual ou superior a sete horas diárias, durante todo o período letivo, compreendendo o tempo total em que o aluno permanece na escola ou em atividades escolares em outros espaços educacionais. O decreto também estabelece que a jornada escolar diária seja ampliada com o desenvolvimento de atividades de acompanhamento pedagógico, experimentação e investigação científica, cultura e artes, esporte e lazer, cultura digital, educação econômica, comunicação e uso de mídias, meio ambiente, direitos humanos, práticas de prevenção aos agravos à saúde, promoção da saúde e da alimentação saudável, entre outras atividades.

As atividades poderão ser desenvolvidas no espaço escolar de acordo com a disponibilidade da instituição de ensino, ou fora dele, sob orientação pedagógica, mediante o uso dos equipamentos públicos e do estabelecimento de parcerias com órgãos ou instituições locais. A educação integral, no âmbito do programa, tem por princípios básicos a articulação , das disciplinas curriculares com diferentes campos de conhecimento e práticas socioculturais; a constituição de territórios educativos para o desenvolvimento de atividades de educação integral, por meio da integração dos espaços escolares com equipamentos públicos, como centros comunitários, bibliotecas públicas, praças, parques, museus e cinemas; a integração entre as políticas educacionais e sociais, em interlocução com as comunidades escolares; a valorização das experiências históricas das escolas em tempo integral na contemporaneidade; o incentivo à criação de espaços educadores sustentáveis com a readequação dos prédios escolares, incluindo a acessibilidade, e à gestão, à formação de professores e à inserção de temáticas de sustentabilidade ambiental nos currículos e no desenvolvimento de materiais didáticos; a afirmação da cultura dos direitos humanos, estruturada na diversidade, na promoção da equidade étnico-racial, religiosa, cultural, territorial, geracional, de gênero, de orientação sexual, de opção política e de nacionalidade, por meio da inserção da temática dos direitos humanos na formação de professores, nos currículos e no desenvolvimento de materiais didáticos; e a articulação entre sistemas de ensino, universidades e escolas para assegurar a produção de conhecimento, a sustentação teórico-metodológica e a formação inicial e continuada dos profissionais da educação integral.

Em relação aos objetivos, o PME buscará a formulação da política nacional de educação básica em tempo integral; a promoção do diálogo entre os conteúdos escolares e saberes locais; o favorecimento da convivência entre professores, alunos e suas comunidades; a disseminação das experiências das escolas que desenvolvem atividades de educação integral; e a convergência de políticas e programas de saúde, cultura, esporte, direitos humanos, educação ambiental, divulgação científica, enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes, integração entre escola e comunidade para o desenvolvimento do projeto político-pedagógico de educação integral. Esses objetivos serão desenvolvidos em colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, mediante prestação de assistência técnica e financeira aos programas de ampliação da jornada escolar diária nas escolas públicas de educação básica.

No aspecto nacional, o sistema será executado e gerido pelo Ministério da Educação, que editará as suas diretrizes gerais, podendo ser realizadas parcerias com outros ministérios, órgãos ou entidades do Poder Executivo federal para o estabelecimento de ações conjuntas, definindo-se as atribuições e os compromissos de cada partícipe em ato próprio. Em âmbito regional, a execução e a gestão do PME competirão às secretarias de Educação, que conjugarão suas ações com órgãos públicos das áreas de esporte, cultura, ciência e tecnologia, meio ambiente e juventude, sem prejuízo de outros órgãos e entidades do Executivo estadual e municipal, do Legislativo e da sociedade. Para a implantação dos programas de ampliação do tempo escolar nas escolas públicas de educação básica, o PME contará com a assistência financeira do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A educação básica de qualidade é um dos principais problemas existentes no país. Portanto, a ideia de educação em tempo integral nas escolas públicas é louvável, principalmente no que tange à socialização dos alunos, reduzindo a marginalização social. Além da jornada integral nas escolas, o sucesso do projeto depende consideravelmente da valorização dos educadores, tanto do ponto de vista financeiro quanto estrutural.”

Mais um extraordinário desafio – a QUALIDADE na EDUCAÇÃO BÁSICA, e um poderoso instrumento que é o tempo integral – que nos MOTIVA e FORTALECE na grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, principalmente em razão do horizonte da COPA DO MUNDO de 2014, da OLIMPÍADA de 2016 e a implantação do PRÉ-SAL, quando INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS haverão de CONTEMPLAR consistentes POLÍTICAS PÚBLICAS que visem BENEFICIAR efetivamente TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS, com a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, EDUCADA, ÉTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, em sintonia com as exigências da MODERNIDADE que acompanha o SÉCULO XXI.

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...