“A
via harmoniosa que integra os
corpos do homem ao seu arquétipo
Impulsionados pela
vontade espiritual, os indivíduos estão sendo chamados a integrar seus corpos à
nota harmônica do arquétipo-síntese humano. Uma vez realizada essa união, os
corpos poderão servir plenamente ao ser interno, meta que, desde sempre, esteve
reservada a eles.
A unificação da
consciência e dos corpos do ser a essa nota harmônica traz-lhes clareza e
equilíbrio, transforma completamente sua vida.
É por intermédio do
espírito que os corpos do homem contata esses padrões arquétipos. Quando se
estabelece a sintonia entre o eu consciente e o nível profundo onde a harmonia
integral existe, a vibração arquetípica age com mais liberdade sobre a matéria.
Esse é o caminho da cura, que pode ser compartilhada pelo âmago de cada átomo,
de cada substância ou de cada célula.
O estabelecimento de
uma ressonância entre a vibração das partículas dos corpos e a da matriz
cósmica corrige desarmonias, elimina o supérfluo, o ultrapassado ou o
dissonante, e leva essas partículas a reencontrar sua função real e sua estrutura
correta. Para que isso possa ocorrer, é necessária a entrega por parte do
indivíduo. É o desapego e a abertura à consciência elevada que garantem a
maleabilidade da matéria e sua receptividade à energia arquetípica.
Os impulsos emanados
dos arquétipos atuam sobre os corpos por meio de uma onda vibratória muito
potente, de modelação. E, assim como um instrumento musical afinado pode ser
usado como referência para a afinação de outro, um ser que exprima o padrão
arquetípico puro serve de referência para a aproximação de outros à própria
nota harmônica.
O caminho breve para a
harmonização não é, portanto, o de insistir em curas parciais, mas o de
sintoniza-se, em silêncio e em atenta tranquilidade, com a vida interna,
porta-voz da Vontade Maior, espelho do modelo superior para o ser.
A fim de penetrar esse
universo sutil, a consciência deve despojar-se do racionalismo críticos e dos
aspectos inferiores da mente. Na origem, a mente humana foi criada para atuar
como instrumento de revelação da vida interior no mundo concreto. Se por ter
sido mal usada tornou-se um obstáculo a essa realização, cabe ao ser abrir-se à
Graça.
Tanto o universo
macrocósmico quanto o microcósmico são compostos de consciências em diferentes
graus de condensação. Desde a energia vivificante, curadora e libertadora que
um ser humano pode emitir, até a mutação do estado vibratório global de um
planeta, tudo é consciência em movimento e expressão. Seja na existência solar,
seja no núcleo de um átomo, ela está presente, unindo níveis e dimensões,
constituindo a vida interna do universo.
Quanto mais o homem se
deixa trabalhar pelo silêncio interior, mais se aproxima dessa vida universal.
Em alinhamento com seu núcleo profundo, suas palavras não transmitem só ideias,
mas sobretudo a vibração de sua essência.
A correta utilização
das palavras, fruto da sabedoria do silêncio, pode gerar campos energéticos que
favorecem a comunicação dos homens com a sua realidade interna. Palavras
emitidas em sintonia com a vida profunda emanam ondas curadoras e
transformadoras. Cada som proferido deve ser lapidado, sintético. Assim, desperta-se
a capacidade de elevar a vibração do nível mental da humanidade. A linguagem
deve espelhar a comunicação interior; ela pode ser exata e poética, técnica e
amorosa, cósmica e humana ao mesmo tempo.”.
(TRIGUEIRINHO.
Escritor, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 14 de maio de 2017, caderno O.PINIÃO, página 18).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de maio
de 2017, caderno OPINIÃO, página 7,
de autoria de EUDÁSIO CAVALCANTE MELO,
professor, graduado em filosofia, pós-graduado em história, psicopedagogia e
gestão educacional, e que merece igualmente integral transcrição:
“Se
educo, logo transformo
Gostaria de iniciar
esta reflexão sobre o papel da escola no mundo contemporâneo meio que meio que
plagiando René Descartes, grande filósofo francês renascentista, quando diante
de um momento de grandes e consideráveis transformações, em função da mudança
de paradigma, em que a Terra deixa de ser o centro do Universo e dá lugar ao
Sol, o que significou uma nova visão de mundo. Ele afirma de forma categórica,
diante das dúvidas geradas com relação ao conhecimento dentro deste novo
contexto: “Penso, logo existo”.
E
tenho, como resultado da minha prática em sala de aula, refletido e de uma
certa forma me preocupado com ação da escola como instituição educadora e
espaço de transformação. Estamos vivendo um momento muito difícil na educação
das nossas crianças e adolescentes. E essa dificuldade está diretamente ligada
a este contexto histórico em que existe uma crise generalizada em todos os
setores da nossa sociedade. E como a escola não pode ser vista de forma
desconexa do todo neste contexto social, o processo educativo foi atingido em
cheio por esta crise devastadora.
Qual o
verdadeiro papel e qual o grau de colaboração da escola na formação integral
dos indivíduos nas suas relações sociais, uma vez que ela gera interferência no
modo de ser e agir das pessoas? Para darmos uma resposta plausível à questão
acima, que motiva este artigo, e entender melhor esse momento que estamos
vivendo, faz-se necessário analisar todo um processo histórico anterior. É
verdade afirmar que a história é cíclica, e que a esta trajetória cíclica
podemos chamar de períodos históricos, e que no final de cada período vamos
encontrar momentos que podemos chamar de desconstrução, como resultado de
crises naturalmente geradas no final do ciclo. Estamos vivendo um final de
ciclo, no qual percebemos um caos instituído nas diversas áreas que compõem
nosso contexto social, econômico, político e, mais preocupante, familiar.
Voltando
na história, mais precisamente no século 15, nos deparamos com um momento de
desconstrução, qual seja, o final de um período de aproximadamente 10 séculos
de história, o período medieval, montado num modelo de sociedade estamental
extremamente obediente à sua hierarquia natural e aos preceitos e valores
religiosos cristãos que controlavam o processo de conhecimento da época. Junto
a isso, uma economia predominantemente agrícola. Tal estrutura dava sustentação
aos sistema medieval.
A
partir do século 15, a história toma um novo rumo. Mudanças significativas
geraram um novo sistema econômico capitalista, a instituição de uma sociedade
baseada no desenvolvimento de pequenas indústrias manufatureiras, a classe
intelectual mais livre para pensar e, como consequência, o desenvolvimento das
ciências como construção do saber humano. Aqui encontramos uma característica
que foi própria da época, um homem individualista baseado na ideia do “eu
posso”. No entanto, saber é poder. E para acompanhar melhor esta linha de
evolução da história, faz-se necessário referenciar alguns acontecimentos
importantes dentro deste ciclo, tais como a Primeira e Segunda Revolução
Industrial, Primeira e Segunda Guerra Mundial, Guerra Fria, globalização
econômica, tudo isso como resultado da capacidade do homem de pensar e transformar
o mundo através da tecnologia. E, para fechar, como resultado de tudo isso, não
podemos nos esquecer da instituição de novos valores, uma necessidade inerente
à própria evolução, ou seja, novas relações entre o homem e suas crias
tecnológicas, novas relações do homem consigo mesmo e com o outro.
Creio
que agora podemos falar da escola como um espaço onde se aprende e onde se
transforma. Essa seria a escola ideal. Afirmo seria, já que a resposta é fácil
de ser dada: o sistema educacional não acompanhou toda essa evolução antes
elencada. Não conseguiu, em momento algum da história, ser um espaço atrativo
em que o aluno pudesse sentir prazer em estar. Historicamente, a escola foi
usada como instrumento para formar alunos em vista de interesses alheios, ou
seja, exteriores e distantes dos seus projetos pessoais. Aqui está parte do
fracasso da escola. Uma escola que não transforma e que não está preocupada com
a interioridade humana, mas uma escola que privilegia os interesses exteriores
ao próprio homem. Uma escola que não cria possibilidades, mas que possibilita a
própria alienação dos seus educandos, gerando limitações e falta de atitudes
naqueles que a frequentam.
Outro
aspecto importante que mostra este descompasso da escola na sociedade
contemporânea é que ela continua sendo uma mera reprodutora de um conhecimento
que não gera no aluno uma visão mais aberta do mundo que o rodeia, não
conseguindo evitar que o aluno faça perguntas do tipo: “Para que vou aprender
este ou aquele conteúdo?” – o que caracteriza o real desinteresse dos alunos.
Na
verdade, a escola está sobrecarregada. Como as famílias estão fragilizadas nas
suas relações estruturais, a escola está tendo que assumir papéis que não fazem
parte daquilo que ela se propôs a fazer como instituição geradora de
aprendizagem. O mundo continua num processo constante de transformações e
parece que a escola não consegue acompanhar e, por isso, não se põe apta a
atender às demandas da sociedade contemporânea, gerando, assim, um certo
desencontro entre aquela que simplesmente repete as suas práticas internas e
estagnadas no tempo e uma sociedade dinâmica que se renova a todo instante.
É
necessário, portanto, que a escola repense a sua prática e sua dimensão social,
assumindo o seu papel de agente de transformação, de inclusão e não de
exclusão. Para que isso se torne uma realidade, as mudanças devem começar pela
construção de um novo paradigma que vise a uma formação mais integral e
integrante dos seus educandos, capacitando-os para enfrentar os reais desafios
e exigências da sociedade contemporânea, entendendo que a nova escola
contemporânea deve resgatar a imagem e valor dos seus formadores, colocando-os
não como meros transmissores de conhecimento, mas como um instrumento
necessário e imprescindível na construção de mentes pensantes. E, assim, ajudar
e incentivar os seus educandos na busca e na valorização de um conhecimento que
primeiro os ajude a transformar-se interiormente e, como consequência, provocar
uma transformação exterior na construção de uma sociedade mais humana e mais
humanizante, em que a tecnologia seja um instrumento de aproximação e não de
isolamento entre as pessoas. Uma educação que não retire das pessoas o direito
de usufruir o direito maior de todos os direitos humanos, o de pensar.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em março/2017 a ainda estratosférica
marca de 490,3% nos últimos doze meses,
e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,0%; e já o IPCA
também no acumulado dos últimos doze meses, em abril, chegou a 4,08%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a
lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato,
Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso
específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e
que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável
desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão,
a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com
esta rubrica, previsão de R$ 946,4
bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...