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terça-feira, 27 de outubro de 2009

A CIDADANIA E A EDUCAÇÃO DA GERAÇÃO ZÊ

“A ecologia não é um sistema geral de explicação do mundo, mas um procedimento essencialmente pragmático, feito de contestações e de participações pontuais nas instâncias de decisão, cujo objetivo é a lenta reforma dos comportamentos técnico-econômicos cotidianos, a melhoria passo a passo do contexto de vida dos países industrializados e supressão paciente das injustiças que agridem o Terceiro Mundo. Outros atribuem à ecologia ambições mais amplas, não tanto de um ponto de vista prático quanto de um ponto de vista teórico. Situando-se na flutuante fronteira entre os modos de pensamento antigos e novos, a ecologia deveria permitir à humanidade libertar-se de sua confiança excessiva na ciência, na economia e na técnica, levando em conta a crescente complexidade planetária das relações entre o homem e a natureza. Tirando lições do passado, tanto de seus erros como de seus acertos, deveria acabar com o mito do progresso indefinido, sem cair porém no idealismo nem na ineficácia. Ao mesmo tempo científica, ativa e humana, deveria produzir no cientista, nas autoridades ou no cidadão uma nova consciência e novos costumes, combinando o respeito à natureza com as necessidades do artifício humano. Numa palavra, a ecologia deveria encarnar o humanismo do porvir.”
(PIERRE ALPHANDÉRY, in O equívoco ecológico).

Mais uma OPORTUNA e IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de outubro de 2009, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de EDUARDO SHINYASHIKI, Consultor, palestrante e diretor da Sociedade Cre Ser Treinamentos, escritor, que merece INTEGRAL transcrição:

“Geração zê

Dedico-me há anos a estudar o infindável campo da educação e, durante esse tempo, observo que outubro é o mês no qual os artigos relacionados às crianças se multiplicam na mídia, consequentemente, ao processo educacional pelo qual passam. Enxergo o lado positivo desse oportunismo: o mês das crianças surge como uma chance para refletir, discutir e ter novas idéias sobre a educação de nossos filhos. Penso em outros tópicos aos quais poderia dedicar essas linhas, o direito ao lazer e a cultura, a existência da pobreza e da violência, mas vou me resumir àquilo que compreendo e que, para mim, é uma das principais soluções para as dificuldades pelas quais nossas crianças passam: a educação.

Para iniciar essa discussão, usarei uma idéia que muitos estudiosos do comportamento humano vêm divulgando nos últimos anos: a “geração zê
Os pertencentes a essa geração, nascidos a partir da metade da década de 1990, representam uma promessa de revolução para o futuro. São aqueles que já nasceram sob o domínio da tecnologia e têm uma aptidão natural para trabalhar com objetos eletrônicos e aprender rápido como usar DVDs, celulares e computadores. Quais os fatores que influenciam esses jovens da “geração zê ? Entre outras características destacamos o mundo globalizado, interconectado e tecnológico em que vivemos, que gera características únicas nas crianças, sendo a principal delas, e que nos interessa para este artigo, a sua integração à nova tecnologia.

Vivemos na era do digital, do reflexo das telas na face dos nossos filhos, diariamente imersos no mar infinito da web; da conexão constante: em casa, pelo modem; nas ruas, por meio dos celulares; e em cafés, com redes sem fio (wireless). Nos últimos anos, esse domínio da internet chegou a um dos locais mais protegidos da sociedade: a escola. De forma tímida, há cerca de uma década, tivemos as primeiras aulas de informática: crianças aprendiam a movimentar o mouse, o que era uma CPU e a como salvar uma redação. Hoje, os jovens entram na escola sabendo a diferença entre uma conexão discada e de banda larga, questionando a falta de um mouse óptico e pedindo que a aula de internet seja livre, para acessar os sites que têm vontade.

Com a internet completamente integrada ao dia a dia das crianças, por que não começar a usá-la de forma ativa, integrando-a, também, a rotina escolar? O computador oferece possibilidades infinitas (sim, infinitas como a própria web o é) de expansão dos métodos didáticos utilizados em aula. Destaco três idéias interessantes: o uso de comunicadores instantâneos, como o MSN, para a realização de plantões on-line, alguns dias antes da prova ou da entrega de algum trabalho, ou então, o desenvolvimento de redes sociais e colaborativas para o compartilhamento de informações, como trabalhos e resumos, o que seria um misto de Wikipédia e Orkut, no qual os alunos poderiam socializar e navegar pelo conhecimento. Outra idéia seria o uso da conexão na própria sala de aula para a realização de pesquisas em conjunto com o resto da sala e o professor, um bom momento para o educador tentar substituir o famoso e famigerado copiar e a cola por um método apropriado de pesquisa, de real formação do conhecimento a partir das fontes.
O comunicador instantâneo e a rede social possibilitam um aprendizado contínuo, pois devem ser acessados depois do término da aula, além de divertido, pois aparecem para a criança como um entretenimento e não uma atividade maçante. Já a conexão em sala faz da aula uma atividade ágil, que desperta e responde a várias curiosidades do aluno, na velocidade da internet. Existem muitas outras opções possíveis de interação entre o professor, o aluno e a web. O limite é determinado apenas pela capacidade imaginativa e o conhecimento de informática do educador, que pode se negar a aproveitar as possibilidades oferecidas pela ferramenta digital ou se atualizar e encarar o computador, um trunfo didático quando bem aproveitado.”

Eis, pois, considerações que mostram os DESAFIOS postos nos caminhos da EDUCAÇÃO de uma GERAÇÃO muito ESPECIAL, neste cenário FASCINANTE e BELO da sociedade GLOBALIZADA e que nos QUALIFICA para a construção de um BRASIL verdadeiramente JUSTO, LIVRE, INCLUSIVO, DESENVOLVIDO e SOLIDÁRIO, principalmente tendo em vista esses MARCOS históricos: a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016 e o PRÉ-SAL, que tornem EFETIVAMENTE beneficiários desses BILIONÁRIOS INVESTIMENTOS TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS.

É a nossa FÉ, a nossa ESPERANÇA...

O BRASIL TEM JEITO!...