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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A CIDADANIA E O DESPERTAR DA QUALIDADE

Mais uma OPORTUNA, IMPORTANTE e PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de setembro de 1994, Caderno Empregos, página 11, de autoria de REGINA C. DRUMOND, Consultora de Treinamento em RH e Qualidade Organizacional, que merece
INTEGRAL transcrição:

“O despertar da qualidade começa com você
Reflexões com educadores

Os atuais problemas de desarmonia social, econômico, ambiental têm gerado oportunidades para transformações de pessoas, organizações, instituições que por meio de reflexões profundas em suas maneiras de relacionamentos e de gestão têm se renovado, evoluindo.

Essa era do conhecimento e de globalização é portadora de desafios em questões como sobrevivência, competência, competitividade, melhoria de qualidade de bens, serviços e de vida da humanidade.

Acredito que quase todos nós já sabemos ou já ouvimos falar sobre Qualidade. Alguns até perguntam: o que é essa tal de qualidade? é uma onde a mais? é modismo? porque se fala tanto em qualidade nos últimos tempos?

A Qualidade está além dos limites de uma escola, de uma empresa ou qualquer outra organização. Ela afeta o nosso cotidiano, está em tudo que fazemos ou adquirimos, é o caminho para se buscar o crescimento de pessoas e organizações, resgatando valores inatos, adormecidos nos seres humanos: verdade, respeito, ética, cidadania, comprometimento, relacionamento, persistência e tantos outros tão necessários em nossos dias.

Qualidade é adequação ao uso (Juran e Grina). A qualidade é aquilo que caracteriza uma coisa ou pessoa, que lhe dá propriedade e a distingue de outras (dicionário). Qualidade é a aptidão de um produto ou serviço em satisfazer as necessidades dos que os utilizam, portanto, seu primeiro foco é o cliente (interno ou externo). Qualidade é satisfação de clientes: funcionários, alunos, pais, proprietários, professores, administração, comunidade, “você”.

O pai da qualidade japonesa – Ishikawa, dizia que qualidade é satisfação de pessoas. As pessoas são as guardiãs da qualidade. Qualidade faz parte de tudo o que se faz, está em todos os momentos e situações. A qualidade está presente na família, na escola, na comunidade, na indústria, no comércio, no trabalho, no lazer.

Qualidade é buscar ser e fazer o melhor. É buscar excelência, a competência pessoal e profissional. Mas... excelência não acontece com pessoas adormecidas, cristalizadas nos sucessos passados. Excelência só acontece quando você está consciente de que a vida é energia, é dinamismo, é mudança, é movimento, portanto, a qualidade começa com você.

Competência e qualidade são valores de sua inteira responsabilidade – começam e terminam dentro de você, assim “a qualidade abraça quem a abraça”. É um assunto que diz respeito a todos nós.

Na escola, a qualidade também significa criar um ambiente harmonioso onde seja significativo trabalhar, onde todos cooperam visando resultados comuns, onde todos dão as mãos, buscando atingir resultados sempre melhores, cooperando uns com os outros desde a limpeza, organização, disciplina até nas funções administrativas.

Essa harmonia é importante porque fortalece a capacidade para enfrentar as dificuldades, facilita as soluções de problemas, pois nesse ambiente tudo se torna mais simples, flexível, dinâmico, suave. As decisões são mais rápidas, há maior participação, a produtividade é efetiva, as comunicações e relações se tornam mais claras e transparentes, porque há um clima institucional de afetividade, de amizade.

A administração é positiva e as pessoas se tornam mais alegres, entusiasmadas, felizes.

Cada pessoa ao desempenhar seus diferentes tipos de papel tem responsabilidade de trabalhar com metas de melhoria, identificar problemas, solucionar, adotar medidas preventivas, agindo sempre coletivamente em busca de melhorias contínuas. A maneira como as pessoas se relacionam, comunicam é a essência principal de se criar um ambiente harmonioso, inclusive, produtivo e de qualidade.

O desafio da qualidade nos coloca na posição de entrar num processo de aprendizagem contínua, buscando nossos valores, novos paradigmas em nossa maneira de pensar, sentir, agir, aprender, criar, fazer, ter e ser.

No cotidiano todos somos professores e alunos, mestres e crianças. Somos líderes, gerentes, autores de mudanças. A escola deve ser o local onde o amor ao que se faz, a alegria, o entusiasmo, o sonho tem lugar de destaque. Nessa escola “educar é o processo de configurar um espaço de convivência desejável para o outro, o nosso cliente, de forma que ele e eu (você) possamos fluir no conviver de um certo modo particular. E nessa convivência, ambos, educador e aprendiz se transformam de uma maneira congruente”. (Maturama)

Assim, a importância de se ter atitudes coerentes voltadas para as propostas de qualidade é fundamental, pois o outro sempre sabe se estou dizendo ou não, a verdade.

O trabalho bem feito, com qualidade, vem sempre acompanhado de dedicação, fé, paixão, comprometimento antes, durante e após a sua realização. A visão de um trabalho com qualidade deve ser benefício e satisfação para quem faz e para quem vai receber.

Importante é despertar, conscientizar que a qualidade começa com você, começa comigo. Conscientizar é descobrir-se, é esforçar, é potencializar-se buscando o auto empowerment, é ter desafios, ousar, arriscar para inovar.

É se comprometer até mesmo com a própria transformação, tendo desafios permanentes de aprimoramento técnico e humano.

Não pode haver qualidade de bens e serviços quando não há qualidade na vida de quem realiza o trabalho. Para isso é necessário refletir: como estou reagindo às mudanças? Às inovações?

Sou do tipo de pessoa que ignora a mudança sendo atropelada por ela? Sou aquele que aceita a mudança só do outro, que tem medo de mudar? Ou finjo que aceito e engano a mim mesmo e ao outro criando problemas? Ou sou o tipo de pessoa que aceita a mudança, mas não sabe como fazer e não procura ajuda? Ou finalmente sou o tipo de pessoa ideal: aquela que aceita, analisa, estuda, leva em frente, faz um plano de ação e acompanha passo a passo, abrindo novos caminhos?

Numa escola quando todos assumem o compromisso de atender aos clientes internos e externos com comprometimento, com novas atitudes, tudo se modifica.

Comprometer-se com a qualidade significa perguntar: o que posso fazer, em que posso colaborar, quais são as minhas responsabilidades com a sobrevivência, competência, competitividade de minha escola? Qual é o meu verdadeiro papel como semeador da qualidade numa educação de qualidade?

Acredite: o movimento pela qualidade tem o poder de mudar as atitudes e a cultura de um país desde que cada um de nós tenha como meta buscar sua melhoria individual, questionar, renovar, reeducar, participar de equipes, de times da qualidade, tendo acima de tudo atitudes de qualidade, sendo exemplo.

O despertar da qualidade significa ter ações de qualidade em todos os momento e situações da vida, transformando o próprio processo de pensar, de sentir e agir, acreditando que: “se você continuar a fazer o que sempre fez, obterá o que sempre obteve”.

Sintomas de resistências:

Não há nada de errado – sentimento de rejeição
Amanhã eu faço – procrastinação
Fazer o que sempre funcionou – cristalização
Vamos engavetar esse projeto – visão estreita
Favor não balançar o barco – medo

A resistência à mudança é proporcional ao grau de cultura e/ou da estrutura de poder introduzida pela mudança.

Reflexões importantes:

No movimento da qualidade importante é querer fazer, ter vontade, esforçar para mudar as coisas.
Conscientizar que se você colaborar para melhorar o que está ao seu alcance, pode depois melhorar o que não está.
Despertar para melhorar o “meu pedaço” onde quer que eu esteja.
Acreditar que a mudança ocorre de dentro para fora: em nível pessoal, interpessoal, gerencial, organizacional.
Acreditar que a qualidade começa em casa.

A primeira casa – Eu; a segunda casa – família; a terceira casa – escola; a quarta casa – trabalho e assim, sucessivamente.

O despertar da qualidade começa com você, no ser. Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito. O que sou é mais eloqüente do que as coisas que faço ou digo. O que você é ecoa em meus ouvidos com tamanha força que não consigo ouvir o que você diz.”

São, pois, contribuições de VIVÊNCIA e de CONVIVÊNCIA que nos FORTALECEM e nos MOTIVAM para continuarmos com o mesmo ENTUSIASMO, a mesma FÉ e a mesma ESPERANÇA na construção de um BRASIL verdadeiramente de QUALIDADE: ÉTICO, JUSTO, LIVRE, DESENVOLVIDO e SOLIDÁRIO, onde seus RECURSOS e RIQUEZAS, sejam NATURAIS, CULTURAIS, ECONÔMICOS, INTELECTUAIS façam BENEFICIÁRIOS efetivos TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS...

O BRASIL TEM JEITO!...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

A CIDADANIA E A EDUCAÇÃO DA GERAÇÃO ZÊ

“A ecologia não é um sistema geral de explicação do mundo, mas um procedimento essencialmente pragmático, feito de contestações e de participações pontuais nas instâncias de decisão, cujo objetivo é a lenta reforma dos comportamentos técnico-econômicos cotidianos, a melhoria passo a passo do contexto de vida dos países industrializados e supressão paciente das injustiças que agridem o Terceiro Mundo. Outros atribuem à ecologia ambições mais amplas, não tanto de um ponto de vista prático quanto de um ponto de vista teórico. Situando-se na flutuante fronteira entre os modos de pensamento antigos e novos, a ecologia deveria permitir à humanidade libertar-se de sua confiança excessiva na ciência, na economia e na técnica, levando em conta a crescente complexidade planetária das relações entre o homem e a natureza. Tirando lições do passado, tanto de seus erros como de seus acertos, deveria acabar com o mito do progresso indefinido, sem cair porém no idealismo nem na ineficácia. Ao mesmo tempo científica, ativa e humana, deveria produzir no cientista, nas autoridades ou no cidadão uma nova consciência e novos costumes, combinando o respeito à natureza com as necessidades do artifício humano. Numa palavra, a ecologia deveria encarnar o humanismo do porvir.”
(PIERRE ALPHANDÉRY, in O equívoco ecológico).

Mais uma OPORTUNA e IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de outubro de 2009, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de EDUARDO SHINYASHIKI, Consultor, palestrante e diretor da Sociedade Cre Ser Treinamentos, escritor, que merece INTEGRAL transcrição:

“Geração zê

Dedico-me há anos a estudar o infindável campo da educação e, durante esse tempo, observo que outubro é o mês no qual os artigos relacionados às crianças se multiplicam na mídia, consequentemente, ao processo educacional pelo qual passam. Enxergo o lado positivo desse oportunismo: o mês das crianças surge como uma chance para refletir, discutir e ter novas idéias sobre a educação de nossos filhos. Penso em outros tópicos aos quais poderia dedicar essas linhas, o direito ao lazer e a cultura, a existência da pobreza e da violência, mas vou me resumir àquilo que compreendo e que, para mim, é uma das principais soluções para as dificuldades pelas quais nossas crianças passam: a educação.

Para iniciar essa discussão, usarei uma idéia que muitos estudiosos do comportamento humano vêm divulgando nos últimos anos: a “geração zê
Os pertencentes a essa geração, nascidos a partir da metade da década de 1990, representam uma promessa de revolução para o futuro. São aqueles que já nasceram sob o domínio da tecnologia e têm uma aptidão natural para trabalhar com objetos eletrônicos e aprender rápido como usar DVDs, celulares e computadores. Quais os fatores que influenciam esses jovens da “geração zê ? Entre outras características destacamos o mundo globalizado, interconectado e tecnológico em que vivemos, que gera características únicas nas crianças, sendo a principal delas, e que nos interessa para este artigo, a sua integração à nova tecnologia.

Vivemos na era do digital, do reflexo das telas na face dos nossos filhos, diariamente imersos no mar infinito da web; da conexão constante: em casa, pelo modem; nas ruas, por meio dos celulares; e em cafés, com redes sem fio (wireless). Nos últimos anos, esse domínio da internet chegou a um dos locais mais protegidos da sociedade: a escola. De forma tímida, há cerca de uma década, tivemos as primeiras aulas de informática: crianças aprendiam a movimentar o mouse, o que era uma CPU e a como salvar uma redação. Hoje, os jovens entram na escola sabendo a diferença entre uma conexão discada e de banda larga, questionando a falta de um mouse óptico e pedindo que a aula de internet seja livre, para acessar os sites que têm vontade.

Com a internet completamente integrada ao dia a dia das crianças, por que não começar a usá-la de forma ativa, integrando-a, também, a rotina escolar? O computador oferece possibilidades infinitas (sim, infinitas como a própria web o é) de expansão dos métodos didáticos utilizados em aula. Destaco três idéias interessantes: o uso de comunicadores instantâneos, como o MSN, para a realização de plantões on-line, alguns dias antes da prova ou da entrega de algum trabalho, ou então, o desenvolvimento de redes sociais e colaborativas para o compartilhamento de informações, como trabalhos e resumos, o que seria um misto de Wikipédia e Orkut, no qual os alunos poderiam socializar e navegar pelo conhecimento. Outra idéia seria o uso da conexão na própria sala de aula para a realização de pesquisas em conjunto com o resto da sala e o professor, um bom momento para o educador tentar substituir o famoso e famigerado copiar e a cola por um método apropriado de pesquisa, de real formação do conhecimento a partir das fontes.
O comunicador instantâneo e a rede social possibilitam um aprendizado contínuo, pois devem ser acessados depois do término da aula, além de divertido, pois aparecem para a criança como um entretenimento e não uma atividade maçante. Já a conexão em sala faz da aula uma atividade ágil, que desperta e responde a várias curiosidades do aluno, na velocidade da internet. Existem muitas outras opções possíveis de interação entre o professor, o aluno e a web. O limite é determinado apenas pela capacidade imaginativa e o conhecimento de informática do educador, que pode se negar a aproveitar as possibilidades oferecidas pela ferramenta digital ou se atualizar e encarar o computador, um trunfo didático quando bem aproveitado.”

Eis, pois, considerações que mostram os DESAFIOS postos nos caminhos da EDUCAÇÃO de uma GERAÇÃO muito ESPECIAL, neste cenário FASCINANTE e BELO da sociedade GLOBALIZADA e que nos QUALIFICA para a construção de um BRASIL verdadeiramente JUSTO, LIVRE, INCLUSIVO, DESENVOLVIDO e SOLIDÁRIO, principalmente tendo em vista esses MARCOS históricos: a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016 e o PRÉ-SAL, que tornem EFETIVAMENTE beneficiários desses BILIONÁRIOS INVESTIMENTOS TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS.

É a nossa FÉ, a nossa ESPERANÇA...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A CIDADANIA E A ECOLOGIA INTERIOR

“Um homem que cultiva seu jardim, como queria Voltaire.
O que agradece que na terra haja música.
O que descobre com prazer uma etimologia.
Dois funcionários que num café do Sul jogam um silencioso xadrez.
O tipógrafo que compõe bem esta página, que talvez não lhe agrade.
Uma mulher e um homem que lêem os tercetos finais de certo canto.
O que acaricia um animal adormecido.
O que justifica ou quer justificar o mal que lhe fizeram.
O que agradece que na terra haja Stevenson.
O que prefere que os outros tenham razão.
Essas pessoas, que se ignoram, estão salvando o mundo”.
(JORGE LUÍS BORGES, in Os Justos)

Para nos ajudar em nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE encontramos mais uma BELA lição em artigo de FREI BETTO, publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 27 de maio de 2004, Caderno CULTURA, página 10, que também merece INTEGRAL transcrição:

“Ecologia interior

Por um minuto, esquece a poluição do ar e do mar, a química que contamina a terra e envenena os alimentos, e medita: como anda o teu equilíbrio ecobiológico? Tens dialogado com teus órgãos interiores? Acariciado teu coração? Respeitas a delicadeza de teu estômago? Acompanhas mentalmente teu fluxo sanguíneo? Teus pensamentos são poluídos? As palavras ácidas? Os gestos, agressivos? Quantos esgotos fétidos correm em tua alma? Quantos entulhos – mágoas, ira, inveja – se amontoam em teu espírito?

Examina tua mente. Está espoluída de ambições desmedidas, preguiça intelectual e intenções inconfessáveis? Teus passos sujam os caminhos de lama, deixando um rastro de tristeza e desalento? Teu humor intoxica-se de raiva e arrogância? Onde estão as flores do teu bem-querer, os pássaros pousados em teu olhar, as águas cristalinas de tuas palavras? Por que teu temperamento ferve com freqüência e expele tanta fuligem pelas chaminés de tua intolerância?

Não desperdiça a vida queimando a tua língua com as nódoas de teus comentários infundados sobre a vida alheia. Preserva o teu ambiente, investe em tua qualidade de vida, purifica o espaço em que transitas. Limpa os teus olhos das ilusões de poder, fama e riqueza, antes que fiques cego e tenhas os passos desviados para a estrada dessinalizada dos rumos da ética. Ela é cheia de buracos e podes enterrar o teu caminho num deles.

Tu és, como eu, um ser frágil, ainda que julgues fortes os semelhantes que merecem a tua reverência. Somos todos feitos de barro e sopro. Finos copos de cristal que se quebram ao menor atrito: uma palavra descuidada, um gesto que machuca, uma desconfiança que perdura.

Graças ao Espírito que molda e anima o teu ser, o copo partido se reconstitui, inteiro, se fores capaz de amar. Primeiro, a ti mesmo, impedindo que a tua subjetividade se afogue nas marés negativas. Depois, a teus semelhantes, exercendo a tolerância e o perdão, sem jamais sacrificar o respeito e a justiça.

Livra a tua vida de tantos lixos acumulados. Atira pela janela as caixas que guardam mágoas e tantas fichas de tua contabilidade com os supostos débitos de outrem. Vive o teu dia como se fosse a data de teu renascer para o melhor de ti mesmo – e os outros te receberão como dom de amor.

Pratica a difícil arte do silêncio. Desliga-te das preocupações inúteis, as recordações amargas, das inquietações que transcendem o teu poder. Recolhe-te no mais íntimo e ti mesmo, mergulha em teu oceano de mistério e descobre, lá no fundo, o Ser Vivo que funda a tua identidade. Guarda este ensinamento: por vezes é preciso fechar os olhos para ver melhor.

Acolhe a tua vida como ela é: uma dádiva involuntária. Não pedistes para nascer e, agora, não desejas morrer. Faze dessa gratuidade uma aventura amorosa. Não sofras por dar valor ao que não merece importância. Trata a todos como igual, ainda que estejam revestidos ilusoriamente de nobreza ou se mostrem realmente como seres carcomidos pela miséria.

Faze da justiça o teu modo de ser e jamais te envergonhes de tua pobreza, de tua falta de conhecimentos ou de poder. Ninguém é mais culto do que o outro. O que existe são culturas distintas e socialmente complementares. O que seria do erudito sem a arte da culinária da cozinheira analfabeta? Tua riqueza e teu poder residem em tua moral e dignidade, que não têm preço e te trazem apreço.

Porém, arma-te de indignação e esperança. Luta para que todos os caminhos sejam aplainados, até que a espécie humana se descubra como um só família, na qual todos, malgrado as diferenças, tenham iguais direitos e oportunidades. E estejas convicto de que convergimos todos para Aquele que, supremo Atrator, impregnou-nos dessa energia que nos permite conhecer a abissal distância que há entre a opressão e a libertação.

Faze de cada segundo de teu existir uma oração. E terás força para expulsar os vendilhões do templo, operar milagres e disseminar a ternura como plenitude de todos os direitos humanos. Ainda que estejas cercado de adversidades, se preservares a tua ecobiologia interior serás feliz, porque trarás em teu coração tesouros indevassáveis.”

Eis, pois, PÉROLAS que nos ANIMAM a tornar a vida nas CIDADES o grande ESPETÁCULO do ENCONTRO e da MOBILIZAÇÃO de TODOS em busca de uma SOCIEDADE verdadeiramente JUSTA, LIVRE, PRÓSPERA e FRATERNA, onde a PARTILHA promova o AMBIENTE da PAZ UNIVERSAL e da FELICIDADE. É a nossa LUTA, são os nossos SONHOS!...

O BRASIL TEM JEITO!...