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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A CIDADANIA E UM MUNDO NOVO

“(...) Afinal, o que está faltando às iniciativas sociais e ao poder político para solucionar os gravíssimos problemas brasileiros (p.ex.), é consciência moral e espírito público, que decorrem naturalmente da formação religiosa, moral e sócio-política do cidadão brasileiro. Tudo o mais é conseqüente. Mas, assim como o homem será sempre um “convertendo”, por mais santo que se torne, assim também a sociedade, extensão e complemento do homem, não poderá passar nunca de uma sociedade “reformanda”, por mais desenvolvida e justa que seja.”
(JOÃO LUIZ DE FREITAS PECCATORE, in ESSE HOMEM ÚNICO – Belo Horizonte: Editora O LUTADOR, 1994, página 150)

Mais uma OPORTUNA e ORIENTADORA matéria publicada no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de agosto de 2009, no Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria do Jornalista MAURO WERKEMA, que também merece INTEGRAL transcrição:

Ajustes para o mundo novo

O jesuíta e pensador Henrique Vaz, expressão maior da filosofia brasileira, dizia que a unificação do mundo, que via como o mais extraordinário fator de evolução da humanidade, traria duas conseqüências principais já na primeira década do século 21: a necessidade de vários ajustes adaptativos a uma nova ordem internacional interligada e a aceleração das transformações, alcançando todos os campos do conhecimento e da conduta humana. É o que estamos vivendo. Dois exemplos mostram claramente: a crise, internacionalizada, exige ajustes na ordem financeira e econômica; a mobilidade humana, rápida e sem limites, propaga epidemias pela multiplicidade dos canais de transmissão. Acima de tudo, a tecnociência, especialmente a nanotecnologia eletrônica, como seu ramo de informática, impensável há uma década, abre caminhos que, nos nossos dias, são impossíveis de prever quanto às mudanças em curso.

Gesta-se um mundo novo, a exigir maior solidariedade, cooperação e intercâmbio porque os problemas vão se tornando comuns nas soluções. O diálogo se torna a principal ferramenta. A cidadania, como princípio de responsabilidade comum, torna-se uma imposição da vida coletiva, urbanizada. Os princípios republicanos, construídos pela democracia liberal, indispensavelmente devem alimentar a ação dos governos e da representação política. O mundo já precisa de líderes, com ampla formação humanista, capazes de ter no diálogo o caminho para construção de solidariedades. E, sobretudo, absoluta transparência, exação e ética de condutas.

Estará a classe política brasileira preparada para essa transposição? Essa é uma preocupação grave e dominante. Tudo indica que o Brasil poderá viver um novo tempo, indexado à nova ordem internacional e também pela venturosa riqueza interna, que pode garantir-lhe posição altamente vantajosa. Mas e os líderes? Estará o nosso sistema político-eleitoral capacitado a atrair e escolher cidadãos para este mundo novo? Se avaliarmos pelo que vemos hoje no Congresso Nacional, a resposta fica difícil. Oligarquias envelhecidas, uso crônico do dinheiro público, privilégios anacrônicos e, o que é pior, falta de compromisso com os interesses nacionais e de visão de futuro. Políticos sem doutrina, a não ser a reeleição, e o enriquecimento é o que temos hoje, dominantemente.

Vencida a crise, é preciso aprender com ela. Verificar causas e operar mudanças. Corrigir desvios e formular caminhos novos. Não é tarefa fácil, a exigir ousadia, independência e estadismo. Com essa classe política, em que poucas são as exceções? Eis a grande incógnita e o grande dilema brasileiro.”

Está aí, pois, uma INESTIMÁVEL contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE, mostrando as extraordinárias POSSIBILIDADES do nosso PAÍS e a ABSOLUTA, NECESSÁRIA e INDISPENSÁVEL congregação de TODOS os BRASILEIROS e BRASILEIRAS para a construção de uma SOCIEDADE JUSTA, LIVRE, DEMOCRÁTICA e SOLIDÁRIA, para o fim último de nossa existência: a FELICIDADE, a FRATERNIDADE UNIVERSAL entre os POVOS.

O BRASIL TEM JEITO!...