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sábado, 14 de novembro de 2009

A CIDADANIA COMBATE O INDIFERENTISMO POLÍTICO

“A vida política não é, contudo, a forma única de uma existência humana em comum. Na história do gênero humano, o Estado, em sua forma atual, é um produto tardio do processo de civilização. Muito antes de ter descoberto essa forma de organização social, o homem realizou outras tentativas para ordenar seus sentimentos, desejos e pensamentos. Semelhantes organizações e sistematizações estão contidas na linguagem, no mito, na religião e na arte.”
(E. CASSIRER, Antropologia filosófica).

Mais uma OPORTUNA, PEDAGÓGICA e IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal A TARDE (Salvador – BA), edição de 15 de junho de 1996, Caderno OPINIÃO, página 6, de autoria de MÁRIO FIGUEIREDO BARBOSA, que é advogado e professor universitário, que merece INTEGRAL transcrição:

Indiferentismo Político

Pesquisa há pouco realizada, confirmando fato notoriamente conhecido, comprovou um índice elevado de pessoas desinteressadas pela política. É sempre oportuno, por pertinente o assunto, invocar o brilhante trabalho de Nelson Sampaio intitulado “Desumanização da Política”. Cientista político de visão aberta às mutações sociais, dotado de profundo senso da realidade, não teve dificuldade de examinar a história dos julgamentos morais sobre a atividade política, dando a ela um perfil de fisionomia da época, em especial do que se costuma chamar de “crise do nosso tempo”, de acordo com uma expressão que já vem de outros tempos e cuja continuidade de uso leva à suspeita de um mal crônico.

Como as doutrinas políticas refletem, de modo consciente ou inconsciente, situações históricas e culturais, podem, portanto, servir de índices de condições gerais das épocas e sociedades onde nasceram ou se desenvolveram. Tema que não se dilui porque decorre tanto da marcha da história das idéias como da história dos fatos. Acredita-se que o falar da política somente será prejudicial quando for pura loquacidade ou mera aceitação de qualquer-reflexão crítica. Fora disso, mais nociva será a atitude do indiferentismo ou desinteresse político. Daí a advertência ao leitor de não se esquecer de meditar sobre as relações entre a política e a moral. Não há indagação política, por mais desinteressada que seja da prática diária, que permaneça enclausurada nos gabinetes dos estudiosos, sem encontrar caminhos, diretos ou indiretos, de descer às massas ou à praça pública, para se traduzir no vozeirão da multidão.. Quando alguém se propõe ocupar de matéria política, não é raro ser atalhado por expressões como estas, quase sempre acompanhadas de um gesto de desdém: é política não me interessa, não quero saber de política, tenho a ela verdadeira aversão.

Política pura costuma ser tomada como sinônimo de politicagem ou politicalha. Isto não é bom para o regime democrático. Não é empolgar-se pela militância política, mas interessar-se pelos destinos políticos de seu País. Esse indiferentismo responde por graves conseqüências, abrindo espaços políticos para os despreparados, aventureiros, oportunistas, conduzidos sempre por ambições deletérias. O desinteresse condena a sociedade a danos irreparáveis. Essa difusa desconfiança ou hostilidade para com a vida política, distingue-se, no entanto, do julgamento que considera a política em geral, por sua natureza, uma esfera de atividade humana estranha ou insubmissa à moral.

Há, em toda a história, exemplos de aversão à vida pública, crítica aos governantes ou menosprezo à autoridade. Mas essa maneira de ver ou é a simples verificação de abuso na vida política ou a condenação de seus vícios. A culpa não é da política, mas dos que a exercitam. Não há descrença nem, muito menos, a pregação de que a política deve libertar-se das peias da moral. Pelo contrário, postula-se a necessidade de vincular à vida política aos princípios éticos.

Ao lado da política saída há, reconhecidamente, os seus desvios ou degenerescência. Nem por isso se deve proclamar esses desvios como os fatos dominantes da política e também como regra de ação para os seus atos. Praticam-na perversamente. O mau político, no sentido moral, acabaria vencendo os homens de bem, do mesmo modo que a moeda de qualidade inferior por expulsar a moeda boa no mercado.

Nelson Sampaio, apreensivo com o quadro estarrecedor dessa causticante repulsão de valores – e que nada mudou -, invocou o diálogo milenar entre sofistas e Sócrates. Os sofistas foram professores de arte política, que ensinaram aos seus discípulos os meios de triunfar na vida pública, servindo-se, principalmente, de oratória como arma para influenciar e dominar as multidões nas fases adiantadas da democracia direta de Atenas. Atualmente a oratória se fará através do imbatível poder da mídia. Houve quem traduzisse unilateralmente esse objeto desprezando as considerações morais nesse território político. O sofista não teria de indagar se o que transmite ao seus discípulo era verdade, mas se, de fato, seria eficaz para vencer seus adversários. Irrelevante buscar o caminho mais ético, contanto que se alcance a chave do êxito, critério último para se aquilatar o valor e da excelência de uma doutrina política. Pouco se lhe dava o indiferentismo moral, mas pregando uma mudança de valores éticos em voga e defendendo, assim o imoralismo, o poder, a prepotência, o direito do mais forte. Conquistar o poder e nele perpetuar-se.

Sócrates então advertiu aos homens de bem e justo que entrassem na política porque a sorte deles seria pior se seguissem o caminho da indiferença política. O maior castigo para o homem de bem que recusa governar os outros é o de ser governado pelos piores. Difícil chegar ao idealismo de Platão, que colocou a vida pública à altura de um sacerdócio. Mais difícil ainda o conceito aristotélico sobre a política por considerá-la a mais alta das ciências. Louva-se o cristianismo por haver estimulado os termos da moral e da política deixados pelos filósofos clássicos da Grécia, contribuindo para distinguir duas esferas de poder, a temporal e a espiritual. Eis que chega o lamento da posteridade de ter recolhido de Machiavelli o tipo acabado do homem político puro, divorciado do homem ético. Encarou a política como um campo à parte da moral ou, pelo menos, admitiu dois códigos de moral, um para a vida privada e outro para a pública. As demais forças da cultura, o saber, a riqueza e a religião lhe serviriam de armas para a sua desmedida ambição política. Com frutificou, no curso da história esse maquiavelismo político, é visível a desconfiança dos desinteressados por política em acreditar que a bondade natural do homem seja tão grande a ponto de resistir às seduções e corrupções que o poder traz consigo. Há uma experiência secular que todo homem que tem o poder tende usá-lo abusivamente. E porque isso é verdade, basta lembrar que Montesquieu construiu a sua doutrina constitucional no sentido de que o poder freasse o poder. Isso lhe inspirou a teoria da separação dos poderes. Não cabe aqui, evidentemente, comentário mais extenso sobre as causas do desinteresse pela política. A grande causa está no próprio político. O objetivo desta observação é estimular o sentimento político ensejando-lhe condições de dar polimento à idéia de fazer a razão na vida política. Por tudo isso, o emérito professor, como notável cientista político, declarou-se bastante apreensivo com o indiferentismo político e, sobretudo, com a ausência dos princípios éticos.

Em vão se apela, como Albert Camus, para uma moral de diálogo que envolve o respeito do contendor e o reconhecimento de sua dignidade. Essa reivindicação singela já não encontra acolhida, porque, na verdade, os sofistas de hoje não querem dialogar com Sócrates, mas, sim, ministrar-lhe a sicuta. O indiferentismo político cresce, porque infortunamente nada mudou.”

Está colocado, pois, mais um dos grandes DESAFIOS do nosso trabalho, que é exatamente ALÇAR a POLÍTICA ao patamar original, no gigantesco ESFORÇO de construirmos uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, ÉTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, estendendo a TODOS os BRASILEIROS e a TODAS as BRASILEIRAS os benefícios oriundos da PARTILHA dos BILIONÁRIOS INVESTIMENTOS previstos para o horizonte da COPA DO MUNDO de 2014, da OLIMPÍADA de 2016 e do PRÉ-SAL e das RIQUEZAS extensas, sejam NATURAIS, ECONÔMICAS e CULTURAIS.

O BRASIL TEM JEITO!...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A CIDADANIA VELA PELA POLÍTICA

“O indivíduo critica a sociedade, mas a sociedade produziu o indivíduo. Essa contrariedade – porque não podemos chamá-la de contradição – causa muitíssimos conflitos. A sociedade, ou essas pessoas convencionalmente dominantes que falam em seu nome, pensam que o indivíduo só existe para servi-la. Mas que coisa monstruosa é sacrificar todas as partes vivas para que o suposto todo mecânico possa continuar sua cega carreira!”
(GEORGE SANTAYANA, Domínios e poderes).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo de autoria de CELSO BRANT, publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 14 de março de 1994, Caderno OPINIÃO, página 6, com INTEGRAL transcrição:

“A importância da política

Como decorrência do vil pragmatismo que entre nós dominou a ação política, alastrou-se pelo Brasil a convicção de que a política é um campo menor da atividade humana, sendo indigna dos espíritos mais altos e mais nobres.

Nenhum erro é maior e mais nefasto do que esse. Na verdade, a política é a mais importante atividade do homem, da qual todas as outras dependem. Quem resolve o problema da saúde não são os médicos, mas os políticos. O analfabetismo é erradicado, não pelos professores, mas pelos políticos. E até as medalhas nas olimpíadas são ganhas, não pelos atletas, mas pelos políticos. Todos os países que foram grandes deveram o seu esplendor ao pensamento político, que viabilizou a sua grandeza. Na base de qualquer cultura civilização está o pensamento político, isto é, a força propulsora que mobiliza os homens e os leva a viver um destino comum.

Nada mais errôneo, portanto, e nada mais nefasto, que a tese, geralmente aceita entre nós, de que a política deve ser confiada aos mais incapazes, aos mais subservientes, aos mais ignorantes, e que os mais dotados devem dedicar-se às ciências e às artes. Não existe exemplo de florescimento científico sem embasamento num pensamento político.

Enquanto não tivermos um pensamento político definido e atuante, todos os nossos esforços se perderão. Inutilmente os estudantes se dedicarão ao estudo, os cientistas à ciência, os artistas à criação da beleza.
Precisamos de compreender que o pensamento político não pode ser substituído por programas elaborados por técnicos. A ciência e a técnica devem ser colocadas a serviço da política, após a formulação das diretrizes gerais.

A política é a máquina, a locomotiva; as técnicas são os vagões. Sem um projeto político, qualquer nação é como um conjunto de vagões sem máquinas, um exército sem comando ou uma esquadra sem bússola.”

Eis, pois, mais uma LIÇÃO que nos ajuda na COMPREENSÃO de ESPECIAIS dimensões da POLÍTICA, que é ESSENCIALMENTE ÉTICA e absolutamente COMPROMETIDA com os DESTINOS de uma NAÇÃO e, não a POLITICAGEM que GRASSA em nosso PAÍS, fazendo FORTUNAS de INDIVÍDUOS e GRUPOS que DESONRAM o VOTO dos BRASILEIROS e BRASILEIRAS que devem ser os DESTINATÁRIOS exclusivos das RIQUEZAS e do DINHEIRO PÚBLICO.

Portanto, devemos com o mesmo ENTUSIASMO, o mesmo CIVISMO, a mesma FÉ, a mesma ESPERANÇA, CERRAR FILEIRAS na PROCURA de HOMENS e MULHERES que sejam ÉTICOS, RETOS, HONESTOS, VOCACIONADOS e QUALIFICADOS para o PENSAMENTO POLÍTICO e para a CONDUÇÃO dos nossos DESTINOS, nos AJUDANDO na construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A CIDADANIA E UM MUNDO NOVO

“(...) Afinal, o que está faltando às iniciativas sociais e ao poder político para solucionar os gravíssimos problemas brasileiros (p.ex.), é consciência moral e espírito público, que decorrem naturalmente da formação religiosa, moral e sócio-política do cidadão brasileiro. Tudo o mais é conseqüente. Mas, assim como o homem será sempre um “convertendo”, por mais santo que se torne, assim também a sociedade, extensão e complemento do homem, não poderá passar nunca de uma sociedade “reformanda”, por mais desenvolvida e justa que seja.”
(JOÃO LUIZ DE FREITAS PECCATORE, in ESSE HOMEM ÚNICO – Belo Horizonte: Editora O LUTADOR, 1994, página 150)

Mais uma OPORTUNA e ORIENTADORA matéria publicada no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de agosto de 2009, no Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria do Jornalista MAURO WERKEMA, que também merece INTEGRAL transcrição:

Ajustes para o mundo novo

O jesuíta e pensador Henrique Vaz, expressão maior da filosofia brasileira, dizia que a unificação do mundo, que via como o mais extraordinário fator de evolução da humanidade, traria duas conseqüências principais já na primeira década do século 21: a necessidade de vários ajustes adaptativos a uma nova ordem internacional interligada e a aceleração das transformações, alcançando todos os campos do conhecimento e da conduta humana. É o que estamos vivendo. Dois exemplos mostram claramente: a crise, internacionalizada, exige ajustes na ordem financeira e econômica; a mobilidade humana, rápida e sem limites, propaga epidemias pela multiplicidade dos canais de transmissão. Acima de tudo, a tecnociência, especialmente a nanotecnologia eletrônica, como seu ramo de informática, impensável há uma década, abre caminhos que, nos nossos dias, são impossíveis de prever quanto às mudanças em curso.

Gesta-se um mundo novo, a exigir maior solidariedade, cooperação e intercâmbio porque os problemas vão se tornando comuns nas soluções. O diálogo se torna a principal ferramenta. A cidadania, como princípio de responsabilidade comum, torna-se uma imposição da vida coletiva, urbanizada. Os princípios republicanos, construídos pela democracia liberal, indispensavelmente devem alimentar a ação dos governos e da representação política. O mundo já precisa de líderes, com ampla formação humanista, capazes de ter no diálogo o caminho para construção de solidariedades. E, sobretudo, absoluta transparência, exação e ética de condutas.

Estará a classe política brasileira preparada para essa transposição? Essa é uma preocupação grave e dominante. Tudo indica que o Brasil poderá viver um novo tempo, indexado à nova ordem internacional e também pela venturosa riqueza interna, que pode garantir-lhe posição altamente vantajosa. Mas e os líderes? Estará o nosso sistema político-eleitoral capacitado a atrair e escolher cidadãos para este mundo novo? Se avaliarmos pelo que vemos hoje no Congresso Nacional, a resposta fica difícil. Oligarquias envelhecidas, uso crônico do dinheiro público, privilégios anacrônicos e, o que é pior, falta de compromisso com os interesses nacionais e de visão de futuro. Políticos sem doutrina, a não ser a reeleição, e o enriquecimento é o que temos hoje, dominantemente.

Vencida a crise, é preciso aprender com ela. Verificar causas e operar mudanças. Corrigir desvios e formular caminhos novos. Não é tarefa fácil, a exigir ousadia, independência e estadismo. Com essa classe política, em que poucas são as exceções? Eis a grande incógnita e o grande dilema brasileiro.”

Está aí, pois, uma INESTIMÁVEL contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE, mostrando as extraordinárias POSSIBILIDADES do nosso PAÍS e a ABSOLUTA, NECESSÁRIA e INDISPENSÁVEL congregação de TODOS os BRASILEIROS e BRASILEIRAS para a construção de uma SOCIEDADE JUSTA, LIVRE, DEMOCRÁTICA e SOLIDÁRIA, para o fim último de nossa existência: a FELICIDADE, a FRATERNIDADE UNIVERSAL entre os POVOS.

O BRASIL TEM JEITO!...