Mostrando postagens com marcador REVOLUÇÃO BRANCA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador REVOLUÇÃO BRANCA. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A CIDADANIA E A REVOLUÇÃO BRANCA

“Eleitores, às urnas

[...] Uma nação se constrói e se transforma, na direção adequada, com a participação política e cidadã de todos, dos segmentos que formam o tecido da pátria, e não simplesmente por um partido ou por uma pessoa.

As expectativas existentes deverão ser respondidas por um conjunto de fatores e atuação de pessoas e grupos, e pelas reformas tributária, fiscal, previdenciária, política e outras, até com dinâmica revolucionária. Torna-se importante garantir que não haja retrocessos políticos nas conquistas sociais, contornos e sustentos imprescindíveis para respeitar e promover a vida. A Igreja Católica continua serenamente na sua posição de orientar nesse horizonte e de indicar esse caminho, sem se confundir com posturas que são até interpretadas como resultado de enfraquecimentos ou divisões. Nesta serenidade e clarividência, a Igreja motiva a todos a ir às urnas com a certeza de que o Brasil precisa continuar avançando no caminho do respeito à vida por um desenvolvimento social integral.”
(DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de outubro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 26 de outubro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DÉLCIO VIEIRA SALOMON, Professor livre-docente aposentado da UFMG, que merece INTEGRAL transcrição:

“Revolução branca

Quem se debruça sobre a evolução histórica do Brasil e do mundo nota que nosso país, desde a descoberta, carece de verdadeira revolução. Não digo revolução sangrenta como a Francesa ou a da Guerra da Secessão norte-americana ou a de 1917 na Rússia. Aliás, movimento para ser revolução não precisa ser necessariamente de derramamento de sangue. Já tivemos notáveis revoluções no mundo sem uso de armas. Cito as três maiores havidas em nosso mundo ocidental. A do Renascimento, em que o ser humano deixou de ser dirigido pela tradição e incorporou os valores da família e do próprio indivíduo. Como diz David Riesman, o homem passou de tradition directed para inner directed (introdirigido). A segunda, por demais conhecida e exaltada, a Industrial, começou na Inglaterra em meados do século 18, expandiu-se pelo mundo e marcou mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social. A terceira aparece em pleno século 20 e perdura até hoje com seus frutos e consequências: a do consumo, da cultura e do lazer de massa.

Como diz Joffre Durmazedier, “o homem é movido por normas e valores veiculados pelos meios de comunicação de massa e os grupos de pares (peer groups). Ele passa a ser other directed (heterodirigido)”. Não fosse caudal dessa, poder-se-ia acrescentar uma quarta: a do aparecimento da informática, cujos resultados estamos vivendo intensamente. Voltando ao início de nossa reflexão: o Brasil ressente de uma legítima revolução. Sem necessidade de derramamento de sangue. O que não podemos alimentar é essa mania de nossos governantes dos três poderes de evitar (sempre por motivos inconfessáveis) mudança radical das estruturas e apelar para arremedos chamados “reformas”. O Brasil não pode continuar carente de mudanças radicais. Estranhamente, todas as vezes em que se fala da necessidade de mudanças, sempre aparecem certos intelectuais, certos phdeuses, todos a arrogar serem especialistas nas áreas em que as mudanças são reclamadas, e sempre com um modelinho no bolso, cuja maioria, como os afamados “tipos ideais” weberianos, é importada de outra realidade, notadamente a dos Estados Unidos. Resultado: os responsáveis pelas mudanças (geralmente políticos despreparados a confiar em assessores ou em palpiteiros) aceitam esses modelos e os impõem à realidade brasileira.

Os mentores dessas reformas procedem como certos pesquisadores em ciências sociais que querem fazer pesquisas sobre “temas” da realidade brasileira a partir de teorias de cientistas e teóricos que as formularam em outra realidade. Ilusão pensar que toda realidade, seja ela deste ou daquele país, daquela região, sociedade e cultura seja homogênea. É sabido que não é. O verdadeiro pesquisador, para legitimar sua pesquisa, tem que partir da própria realidade em que está inserido e sobre ela, ainda que usando quadros referenciais teóricos apreendidos de outros contextos, exercer primordialmente a missão de problematizar, incluindo nessa o contraste da realidade enfrentada com as formulações teóricas existentes.

Se a realidade é sempre conflitiva, sem começar o trabalho de problematizar e, por ele, pela agudização dos conflitos deparados, jamais se conseguirá a superação, ou seja, a solução que se pretende alcançar. Apesar de exímia essa reflexão, proponho que, a partir de 1º de janeiro, independentemente do resultado das eleições, comecemos um grande movimento no Brasil: o de problematizar em todos os setores de nossa sociedade brasileira, de norte a sul. Sem isso não adianta pedir reformas. Precisamos de revolução, ainda que branca, e esta só pode começar pelo processo autêntico de problematizar. Se a realidade é multifacetada, em que tudo se relaciona, não adiantam reformas setoriais, sobretudo as formatadas por interesses alheios aos verdadeiros problemas do país.”

Estamos, pois, diante de PEDAGÓGICAS e PRECISAS reflexões que nos remetem a um PRIMEIRO e NOTÁVEL exercício para o imediatamente pós 1º de JANEIRO DE 2011, considerando os TRÊS pilares PRINCIPAIS da ESTABILIDADE ECONÔMICA, quais sejam, a) METAS DE INFLAÇÃO; b) CÂMBIO FLUTUANTE, e, c) METAS DE SUPERÁVIT PRIMÁRIO:

- PROBLEMATIZAR, como dissemos, INICIALMENTE, certamente como se fez com a INFLAÇÃO:

I) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA;
II) a CORRUPÇÃO, e,
III) o DESPERDÍCIO.

Eis, portanto, questões que respondem, SIGNIFICATIVAMENTE, pela DESCOMUNAL e CRUEL SANGRIA dos RECURSOS PÚBLICOS e minam nossa CAPACIDADE de INVESTIMENTO e de POUPANÇA.

E, tudo isso e muito mais, em BUSCA de uma GESTÃO PÚBLICA que seja, no mínimo, EFICIENTE, EFICAZ e EFETIVA, que permita aos GOVERNOS, nos três NÍVEIS, “FAZER MAIS E MELHOR COM MENOS”, e, assim, BEM cumprir os PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS expressos no título I da CONSTITUIÇÃO FEDERAL de 1988.

São, pois, mais páginas que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, CAPACITADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...