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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A CIDADANIA, O RESPEITO E O DIÁLOGO NA FAMÍLIA

"Respeito para que?

Atualmente, encontramos um momento político, social e jurídico no qual nos vemos na necessidade de revisitar conceitos e institutos, visto que atingimos a pós-modernidade, mas com os olhares voltados para trás. Lembro-me, ainda na época como acadêmico do curso de graduação em direito, da tão decantada ideia da crise do direito em geral, na acepção de que ele se encontrava totalmente à margem das grandes transformações sociais e tecnológicas do momento, visíveis nos dias de hoje. Portanto, por mais que escute tal assunto há bastante tempo, ele ainda é atualíssimo e, me parece, sem solução. Agora, pouco mais maduro e experiente, entendo que a crise do direito não está adstrita aos mecanismos ou aos afins a que se destina, sendo ocorrência de uma própria crise nas relações intersubjetivas.

Para que haja uma ordem social pacífica e igualitária, não basta instruir um verdadeiro arsenal jurídico positivista no qual se afirmem as diferenças e estabeleçam igualdade material a todos, quando, na verdade, o que bastaria para isso somente o retorno a padrões comportamentais e manifestação de virtudes que há muito deixaram de ser objetivos centrais de qualquer entidade familiar. Hoje, é muito comum alguém elogiado ou diferenciado de outros pelo fato de ser honesto, evidenciando esse adjetivo como uma verdadeira qualidade, quando de fato deveria ser algo inato a qualquer ser humano. E o respeito humano? Para que serve? O respeito é inato ou é algo que se conquista e se perde? Se for conquistado, o que é preciso fazer para obtê-lo?

Em busca de uma resposta a essas indagações, encontrei uma breve lição do padre Antônio Vieira (1608-1693), que diz: “O não ter respeito a alguns, é procurar, com a morte, a universal destruição de todos”. Refletindo sobre esse ensinamento, vejo que a crise das relações humanas, consequentemente a crise do direito, prepassa a total falta de respeito (consideração ou respeito à opinião pública) entre os cidadãos, o que acarreta ingerência, desigualdade, arbitrariedade, abusos, lesão, dano, esperando-se que o Poder Judiciário seja o verdadeiro salvador e mantenedor da ordem pública, uma vez que a partir desse desrespeito surgem os conflitos de interesses, cuja solução é atividade-fim dessa função.

Por sua vez, o Judiciário repleto, atolado, assoberbado de tarefas (infindáveis processos nos quais a sua eclosão se dá pelo desrespeito de alguém em detrimento de outrem), não consegue, obviamente, emitir uma resposta rápida a tais situações, por mais que se clame por celeridade e efetividade. Então, o que fazemos? Passamos a desrespeitar o próprio Judiciário, pois temos o direito de exigir uma atividade jurisdicional célere e efetiva. Essa ótica não se aplica somente ao caso acima narrado, mas também em qualquer outra esfera. Portanto, o respeito serve para que possamos conviver humanisticamente entre nós. É condição essencial para o operador do direito, para o acadêmico de direito, para o cidadão em suas relações sociais. Enfim, o respeito é essencial para a vida harmônica, justa, igual e feliz que todos esperam, mas que se julgam impossíveis, pelo simples desrespeito ao respeito.”
(MARCU ANTÔNIO G. DA SILVA FILHO, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 11 de fevereiro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 15 de fevereiro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de VIVINA RIOS BALBINO, Psicóloga, mestre em educação, professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Diálogo entre pais e filhos

A importância da família na educação dos filhos é fundamental. Pesquisa recente realizada na Universidade de San Diego, Califórnia (EUA) confirma, mais uma vez, esse grande impacto positivo. Crianças e adolescentes que têm uma refeição diária ou um momento diário para diálogos e interação familiar amistosa podem ter diminuídas em até 80% a chance de se envolverem em atos de violência, agressões, drogas e prostituição. Isso é fantástico e precisa ser cultivado. A família é o primeiro grupo social da criança e atitudes de carinho, atenção e estimulação sensorial e motora são fundamentais para o desenvolvimento infantil saudável em todos os aspectos: afetivo, psicomotor, sentimentos, comunicação, fala e o cognitivo. É exatamente nessa primeira fase do desenvolvimento infantil até a pré-escola que se processam as maiores e decisivas transformações do cérebro e no comportamento. Grandes traumas ou grandes problemas de saúde podem originar graves problemas na vida adulta. É importante que os pais saibam da importância que eles têm na criação desse repertório comportamental básico dos seus filhos.

Desde o nascimento e certamente por toda a vida, os pais são elementos de suma importância para os filhos: exemplo, compromisso e atenção constante são fundamentais para a formação de qualidade dos filhos. A velha e verdadeira educação de berço ainda é atual e importante. Dessa forma, assumir com responsabilidade e compromisso a educação dos filhos deve ser uma prioridade para os pais. Acho até que deveria existir um pequeno curso para ser pai e ser mãe. Talvez seja essa a nossa tarefa mais complexa na vida – educar bem os nossos filhos! Será que todos os pais estão preparados para essa missão, principalmente na sociedade atual com graves problemas sociais e uma verdadeira revolução nos costumes, valores e atitudes? Consumismo exacerbado, alta competitividade profissional, inclusão cada vez maior da mulher no mercado de trabalho, luta da mulher pela divisão do trabalho doméstico, revolução tecnológica com tantos atrativos, que podem induzir a equívocos e desvios, a precoce escolarização da criança e as tantas atividades extracurriculares a que são submetidas. É um tema abordado pelos psicólogos mundo afora. Até que ponto o excesso de cobrança da criança, principalmente na pré-escola e escolarização precoce podem afetar negativamente o seu desenvolvimento?

Faz sucesso nos Estados Unidos um importante documentário feito por uma mãe e advogada Vicki Abeles intitulado Race to Nowhere (Corrida para lugar nenhum), que questiona e faz fortes críticas à cultura da “alta performance” que impera nos subúrbios de classe média alta norte-americana. Segundo o trabalho, ao longa das últimas décadas, a corrida da população endinheirada para pôr os seus filhos numa universidade de elite cresceu mais do que a oferta de vagas e o resultado é uma competição acirrada com altas cobranças de excelência em notas e múltiplas atividades extracurriculares para entrar por exemplo em Harvard. Ela chama a atenção para os riscos de doenças psicossomáticas, evasão escolar, envolvimento com drogas, agressões, depressão e até suicídio. Com certeza, é um importante alerta para todos os pais e, embora seja uma realidade nos EUA, sentimos que essa tendência de “alta performance” existe também no Brasil e no mundo todo, principalmente a precoce escolarização e múltiplas atividades extracurriculares. Diante de tantas cobranças, ainda há espaço para as crianças brincarem livremente? Será que não estamos impondo uma agenda muito apertada aos nossos filhos e que essa escolarização precoce também não “esconderia” certo comodismo dos pais ao transferir a responsabilidade da educação dos filhos à escola? Uma excelente reflexão para esse início de ano letivo. Educação de qualidade na família e na escola, mas dentro dos limites.”

Eis, mais OPORTUNAS e PEDAGÓGICAS ponderações e REFLEXÕES acerca da implantação DEFINITIVA em nosso PAÍS de uma EDUCAÇÃO que leve à CULTURA da DISCIPLINA, da PARCIMÔNIA, da MODERAÇÃO, do RESPEITO MÚTUO, da FRATERNIDADE e,sobretudo, da ÉTICA em TODAS as nossa RELAÇÕES...

E tudo isso é que nos MOTIVA e nos FORTALECE nesta grande CRUZADA NACIONAL, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...