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sexta-feira, 24 de junho de 2011

A CIDADANIA, A VIDA MODERNA E SEUS SABERES

“Vida moderna
A vida moderna tem nos acrescentado muitos conhecimentos e experiências decorrentes de uma verdadeira revolução científica e tecnológica. Com tantas opções, o tempo fica curto e as pessoas se estressam, cada vez mais, para conseguir realizá-las. A verdade é que o ser humano nunca foi tão exposto a tantas novas tecnologias, hábitos e estresses como hoje: inúmeras atividades diárias, alta competitividade na escola, no trabalho, alto consumismo e adaptações a tantos novos hábitos. Ser extremamente ativo e altamente competitivo em tudo significa ter saúde e boa performance.

A vida moderna parece exigir estresse e, absurdamente, parece que certas pessoas sentem prazer em dizer que estão estressadas. Estresse seria um novo inusitado vício? Mas, de acordo com estudos, o estresse representa dois terços das queixas daqueles que freqüentam os consultórios médicos. Ele diminui a nossa qualidade de vida e gera inúmeras doenças, que podem ser simples dor de cabeça ou mal-estar, perda de sono, cansaço, úlceras, amnésia, ata ques cardíacos, derrames, depressão e até suicídio. Dormir pouco é outro resultado da vida superagitada. Em 2010, pesquisadores da Universidade de Warwick e da Universidade de Medicina Federico 2º descobriram que dormir menos de seis horas por noite aumenta em 12% os riscos de problemas de saúde e diminuição da expectativa de vida.

Importante destacar que além da duração, a qualidade do sono é fundamental. O sono saudável proporciona menor batimento cardíaco, melhor circulação sanguínea e maior oxigenação em todo o organismo. Infelizmente, com tantas exigências e performances múltiplas na sociedade moderna, o descanso, equivocadamente, tem significado ociosidade. Estudar e dominar múltiplos idiomas, produzir e ganhar muito dinheiro, correr, dirigir e enfrentar trânsito, trabalhar, malhar, viajar, assistir muito à TV, conectar-se à internet e passar horas no computador tem sido a nossa agenda. Até que ponto a tecnologia tem movido os indivíduos? Como analisar a corrida desenfreada para comprar e esgotar momentaneamente estoques de novidades tecnológicas lançadas, como IPhone, IPad, tablets, TV LED Full HD, Stimy Pad, smart TV, entre outras? Consumismo e vícios preocupantes. O fato ocorre com adultos e jovens. Pesquisa recente com 3,5 mil adolescentes na Universidade de Yale (EUA) mostrou que um em cada 25 jovens fica muito tenso longe do computador e mostra correlação entre alto uso de internet a casos de depressão, uso de drogas e comportamentos agressivos.

Depois de muitos estudos, dados recentes e preocupantes divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) alertam para a correlação entre o uso excessivo de celular e a maior incidência de câncer, especialmente no cérebro. Espantosamente, o Brasil tem mais de 207,5 milhões de assinantes da telefonia celular. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 17 estados brasileiros registraram a marca de mais de um celular por habitante. Há pessoas que têm até quatro celulares fala-se ao celular até no trânsito! A poluição sonora e os efeitos constantes das ondas eletromagnéticas no organismo precisam ser reavaliados. Com certeza, há que se repensar os riscos de tantas tecnologias.

O cérebro trabalha sempre acelerado e, claro, também o coração e todo o organismo. Nesse frenesi por viver e experimentar modismos, onde fica o descanso? Aprender a dar pequenas pausas e relaxar é fundamental. Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Harvard mostram que o relaxamento profundo aumenta a imunidade e aciona genes que proporcionam bem-estar e protegem o organismo especialmente contra pressão alta, dores e artrite reumatóide. Importante ter um tempinho para relaxar todos os dias e obter serenidade. Importante também saber preservar a nossa própria identidade para além de tantos modismos e repensar os custos de tantas tecnologias e estresses. Buscar o equilibro em tudo isso, com certeza denota inteligência e capacidade de decidir sobre os nossos melhores comportamentos e hábitos.”

(VIVINA RIOS BALBINO, Psicóloga, mestre em educação, professora da Universidade do Ceará, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de junho de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e caderno, edição de 17 de junho de 2011, página 11, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“A vida e seus saberes

É simples, mas ao mesmo tempo desafiador, concluir que a vida se conduz e se sustenta de saberes, que são muitos, fonte de poder e até de dominação. Sabido pode ser entendido como aquele que consegue, com palavras e artimanhas, ludibriar os outros. Encontrar saídas e passagens, fazer valer e alcançar seus objetivos e metas, até quando são espúrios e distantes do que se entende e é cidadania. Já vão se tornando obsoletas, e até ridículas, frases ou atitudes que caracterizaram a sagacidade política. Por exemplo, a arte de engambelar os outros, prometer e não cumprir, dar tapinhas nas costas para agradar ou fazer afirmações – até contrárias à própria convicção – para garantir simpatias e resultados positivos para pretensões, mesmo distantes, em projetos próprios.

É esperançoso ver desmoronar, ainda que lentamente, esse traço antipático na cultura e nas posturas, fruto da projeção que a exigência e o gosto pela transparência e a verdade emolduram na vida social e política. Os saberes científicos alargam horizontes, corrigem descompassos, realimentam a esperança de conquistas e momentos novos mais propícios para a vida. Esses saberes constituem um tesouro que expressa a magnificência da inteligência humana, os engenhos admiráveis das pesquisas que modificam perspectivas. Abrem possibilidades e configuram esperanças e boas condições para o viver humano e tratamentos mais racionais da natureza. Dão iluminação diferente ao sentido da vida, ao grande e crucial desafio da existência.

Está localizada na gama complexa e fascinante dos saberes – ciência, política, arte, tecnologia – a referência, sem igual, do saber que é a sabedoria. Vale lembrar o tesouro da palavra de Deus, no Livro bíblico da sabedoria, referência insubstituível e coluna de sustento na vida do povo de Deus, a compreensão da sabedoria como virtude e companheira. No oitavo capítulo dessa obra, ela é tida como um amor que se procura desde a juventude. Quem quer ser sábio deve buscá-la com a pretensão de fazê-la sua esposa, compreendendo que ela é conhecedora da ciência de Deus, é quem seleciona as obras do Criador, é artífice do bom senso para tudo o que existe. Essa obra recorda que o amor à justiça é fruto da sabedoria, pois ela ensina a temperança e a prudência, a fortaleza – os bens mais úteis na vida.

Uma experiência vasta, como capacidade de conhecer o passado e entrever o futuro, conhecendo a sutiliza das palavras e as soluções dos enigmas, brota e se mantém pela força da sabedoria. Sem seu saber e o sabor, o bem se compromete, a justiça não é prioridade e a vida fica mais difícil de ser vivida. Perde facilmente o sentido genuíno de dom. Aquele que se empenha, em meio aos embates, para se apropriar de saberes que sustentam o exercício profissional, abre caminhos para ganhos e sustentos da vida, por fazer da sabedoria a sua esposa. “Nela tem uma fiel conselheira para o bem, o conforto nas preocupações e tristezas”, assevera a literatura sapiencial mais genuína do Israel antigo. Por causa dela é que se podem conquistar louvores diante da multidão; o jovem ser honrado pelos anciãos e nos julgamentos se reconhece a perspicácia. De volta para casa, nela se encontra descanso, pois sua companhia não traz amargura nem tédio a sua convivência, mas sim alegria e contentamento.

Os saberes todos têm sua dinâmica e lugar de produção, destinação e atendimento de demandas próprias. O saber da sabedoria não está simplesmente no ar. Ele se produz e se sustenta também em lugares e por dinâmicas. As obras de infraestrutura em instituições ou cidades são de extrema importância. A queixa mais lamentável é a defasagem no atendimento de demandas, com retardamentos que esgotam a paciência, com escândalo de sacrifícios impostos, em especial sobre os mais pobres, com a complicação advinda da falta de mão de obra especializada e de objetividade e honestidade na gerência de processos.

As instituições e cidades precisam também de obras, lugares de produção da sabedoria, certamente o tesouro mais precioso para a vida de cada um, que pode amalgamar diferenças e com elas construir tempos novos. Garantir sentido para a vida, que se não for autêntico e profundo não tem gosto e torna-se campo aterrador de batalhas, disputas, desgostos e vaidades que enjaulam a vida entendida e vivida no efêmero, que está no que é espetacular. É preciso ter obras como lugar, referência símbolo permanente de beleza e ensinamentos, a busca e a súplica, como o sábio Salomão dirigia a Deus, a fonte inesgotável da sabedoria. “Dá-me a sabedoria que se assenta contigo no teu trono, pois ela tudo conhece e compreende e me guiará com prudência.”

Eis, pois, mais PRECIOSAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para os GIGANTESCOS DESAFIOS que estão colocados, exigindo, de ESTADO, GOVERNO E SOCIEDADE a acolhida da EDUCAÇÃO como PRIORIDADE ABSOLUTA e, assim, estabelecermos os PILARES de SUSTENTAÇÃO de uma VIDA que seja DIGNA, HONRADA, ALEGRE, FELIZ e FECUNDA... para TODOS...

Porém, NADA, NADA mesmo, ARREFECE e ABATE o nosso ÂNIMO e o nosso ENTUSIASMO nestra grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXRTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) EM 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES em 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A CIDADANIA, O RESPEITO E O DIÁLOGO NA FAMÍLIA

"Respeito para que?

Atualmente, encontramos um momento político, social e jurídico no qual nos vemos na necessidade de revisitar conceitos e institutos, visto que atingimos a pós-modernidade, mas com os olhares voltados para trás. Lembro-me, ainda na época como acadêmico do curso de graduação em direito, da tão decantada ideia da crise do direito em geral, na acepção de que ele se encontrava totalmente à margem das grandes transformações sociais e tecnológicas do momento, visíveis nos dias de hoje. Portanto, por mais que escute tal assunto há bastante tempo, ele ainda é atualíssimo e, me parece, sem solução. Agora, pouco mais maduro e experiente, entendo que a crise do direito não está adstrita aos mecanismos ou aos afins a que se destina, sendo ocorrência de uma própria crise nas relações intersubjetivas.

Para que haja uma ordem social pacífica e igualitária, não basta instruir um verdadeiro arsenal jurídico positivista no qual se afirmem as diferenças e estabeleçam igualdade material a todos, quando, na verdade, o que bastaria para isso somente o retorno a padrões comportamentais e manifestação de virtudes que há muito deixaram de ser objetivos centrais de qualquer entidade familiar. Hoje, é muito comum alguém elogiado ou diferenciado de outros pelo fato de ser honesto, evidenciando esse adjetivo como uma verdadeira qualidade, quando de fato deveria ser algo inato a qualquer ser humano. E o respeito humano? Para que serve? O respeito é inato ou é algo que se conquista e se perde? Se for conquistado, o que é preciso fazer para obtê-lo?

Em busca de uma resposta a essas indagações, encontrei uma breve lição do padre Antônio Vieira (1608-1693), que diz: “O não ter respeito a alguns, é procurar, com a morte, a universal destruição de todos”. Refletindo sobre esse ensinamento, vejo que a crise das relações humanas, consequentemente a crise do direito, prepassa a total falta de respeito (consideração ou respeito à opinião pública) entre os cidadãos, o que acarreta ingerência, desigualdade, arbitrariedade, abusos, lesão, dano, esperando-se que o Poder Judiciário seja o verdadeiro salvador e mantenedor da ordem pública, uma vez que a partir desse desrespeito surgem os conflitos de interesses, cuja solução é atividade-fim dessa função.

Por sua vez, o Judiciário repleto, atolado, assoberbado de tarefas (infindáveis processos nos quais a sua eclosão se dá pelo desrespeito de alguém em detrimento de outrem), não consegue, obviamente, emitir uma resposta rápida a tais situações, por mais que se clame por celeridade e efetividade. Então, o que fazemos? Passamos a desrespeitar o próprio Judiciário, pois temos o direito de exigir uma atividade jurisdicional célere e efetiva. Essa ótica não se aplica somente ao caso acima narrado, mas também em qualquer outra esfera. Portanto, o respeito serve para que possamos conviver humanisticamente entre nós. É condição essencial para o operador do direito, para o acadêmico de direito, para o cidadão em suas relações sociais. Enfim, o respeito é essencial para a vida harmônica, justa, igual e feliz que todos esperam, mas que se julgam impossíveis, pelo simples desrespeito ao respeito.”
(MARCU ANTÔNIO G. DA SILVA FILHO, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 11 de fevereiro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 15 de fevereiro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de VIVINA RIOS BALBINO, Psicóloga, mestre em educação, professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Diálogo entre pais e filhos

A importância da família na educação dos filhos é fundamental. Pesquisa recente realizada na Universidade de San Diego, Califórnia (EUA) confirma, mais uma vez, esse grande impacto positivo. Crianças e adolescentes que têm uma refeição diária ou um momento diário para diálogos e interação familiar amistosa podem ter diminuídas em até 80% a chance de se envolverem em atos de violência, agressões, drogas e prostituição. Isso é fantástico e precisa ser cultivado. A família é o primeiro grupo social da criança e atitudes de carinho, atenção e estimulação sensorial e motora são fundamentais para o desenvolvimento infantil saudável em todos os aspectos: afetivo, psicomotor, sentimentos, comunicação, fala e o cognitivo. É exatamente nessa primeira fase do desenvolvimento infantil até a pré-escola que se processam as maiores e decisivas transformações do cérebro e no comportamento. Grandes traumas ou grandes problemas de saúde podem originar graves problemas na vida adulta. É importante que os pais saibam da importância que eles têm na criação desse repertório comportamental básico dos seus filhos.

Desde o nascimento e certamente por toda a vida, os pais são elementos de suma importância para os filhos: exemplo, compromisso e atenção constante são fundamentais para a formação de qualidade dos filhos. A velha e verdadeira educação de berço ainda é atual e importante. Dessa forma, assumir com responsabilidade e compromisso a educação dos filhos deve ser uma prioridade para os pais. Acho até que deveria existir um pequeno curso para ser pai e ser mãe. Talvez seja essa a nossa tarefa mais complexa na vida – educar bem os nossos filhos! Será que todos os pais estão preparados para essa missão, principalmente na sociedade atual com graves problemas sociais e uma verdadeira revolução nos costumes, valores e atitudes? Consumismo exacerbado, alta competitividade profissional, inclusão cada vez maior da mulher no mercado de trabalho, luta da mulher pela divisão do trabalho doméstico, revolução tecnológica com tantos atrativos, que podem induzir a equívocos e desvios, a precoce escolarização da criança e as tantas atividades extracurriculares a que são submetidas. É um tema abordado pelos psicólogos mundo afora. Até que ponto o excesso de cobrança da criança, principalmente na pré-escola e escolarização precoce podem afetar negativamente o seu desenvolvimento?

Faz sucesso nos Estados Unidos um importante documentário feito por uma mãe e advogada Vicki Abeles intitulado Race to Nowhere (Corrida para lugar nenhum), que questiona e faz fortes críticas à cultura da “alta performance” que impera nos subúrbios de classe média alta norte-americana. Segundo o trabalho, ao longa das últimas décadas, a corrida da população endinheirada para pôr os seus filhos numa universidade de elite cresceu mais do que a oferta de vagas e o resultado é uma competição acirrada com altas cobranças de excelência em notas e múltiplas atividades extracurriculares para entrar por exemplo em Harvard. Ela chama a atenção para os riscos de doenças psicossomáticas, evasão escolar, envolvimento com drogas, agressões, depressão e até suicídio. Com certeza, é um importante alerta para todos os pais e, embora seja uma realidade nos EUA, sentimos que essa tendência de “alta performance” existe também no Brasil e no mundo todo, principalmente a precoce escolarização e múltiplas atividades extracurriculares. Diante de tantas cobranças, ainda há espaço para as crianças brincarem livremente? Será que não estamos impondo uma agenda muito apertada aos nossos filhos e que essa escolarização precoce também não “esconderia” certo comodismo dos pais ao transferir a responsabilidade da educação dos filhos à escola? Uma excelente reflexão para esse início de ano letivo. Educação de qualidade na família e na escola, mas dentro dos limites.”

Eis, mais OPORTUNAS e PEDAGÓGICAS ponderações e REFLEXÕES acerca da implantação DEFINITIVA em nosso PAÍS de uma EDUCAÇÃO que leve à CULTURA da DISCIPLINA, da PARCIMÔNIA, da MODERAÇÃO, do RESPEITO MÚTUO, da FRATERNIDADE e,sobretudo, da ÉTICA em TODAS as nossa RELAÇÕES...

E tudo isso é que nos MOTIVA e nos FORTALECE nesta grande CRUZADA NACIONAL, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A CIDADANIA GRITA: FORA, O ANALFABETISMO!

“ESCREVENDO O FUTURO

Ler, compreender, escrever. O estudante capaz de dominar esses três momentos está pronto para desenvolver com sucesso sua vida. Essa é uma das carências de nosso país, que carrega nas costas milhões de analfabetos e outros tantos que, precariamente alfabetizados, leem mas não percebem os significados, não têm condição de usar o que apreenderam mal. Chegaram à porta do conhecimento, mas não alcançam abri-la para desfrutar as maravilhas do mundo do saber e da comunicação.

Anísio Teixeira, educador perseguido por ditaduras, já dizia, em 1920, da dificuldade que tinha o Brasil de caminhar na direção do futuro se a educação não fosse prioridade nossa. Ao longo dos anos, muita gente continua batalhando para transformar a realidade dos brasileiros. Foi o que pude assistir, no último fim de semana, ao participar da Olimpíada da Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.

Durante meses, meninos e meninas de todos os cantos do Brasil foram chamados para participar desse desafio, dessa aventura. Escreveram textos em suas escolas municipais e estaduais. Seus escritos foram discutidos e selecionados regionalmente e, a seguir, nacionalmente. Quatro são os temas abordados: reportagem, opinião, poesia e memória. Coube-me participar da fase final da turma que escolheu a memória.

Diante de mim, sozinho no palco, uma dezena de estudantes entre 11 e 15 anos viraram do avesso a minha vida, meu trabalho, minha infância, meu passado, meu presente e meu futuro. Esse é o ponto máximo do projeto: eles se informam de várias maneiras sobre a biografia do personagem a ser inquirido. Perguntam com uma precisão que não encontro em muito repórter adulto profissional. E, mais importante, ouvem com silêncio e atenção as respostas. Pois foram orientados assim, pois só dessa maneira poderiam escrever sobre esse simples escritor de canções.

Finda a agradável entrevista, assistida pelos 225 brasileirinhos que participavam do certame, minha tarefa agora era esperar pelo dia seguinte, quando, entre as duas centenas de escritos, alguns seriam eleitos e lidos para a plateia e para mim.

Sábado, no meio do dia, lá estou de novo, no palco. Pouco a pouco são revelados os textos em que eles, essa maravilhosa e bonita juventude do meu país, descrevem o que apreenderam das pesquisas, das músicas, das letras e da entrevista. Em primeiro lugar: tudo escrito com correção, clareza e sentimento. Ouvir aquelas palavras me emocionaram muito, me arrepiaram. Fiz força para não chorar. Não tive condições de lhes falar muito, era demais para meu coração. Só lhes disse do meu orgulho: diante deles e do que vira e ouvira, cada vez mais acredito no Brasil. Eles estão escrevendo o futuro.”
(FERNANDO BRANT, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 de novembro de 2010, Caderno CULTURA, página 10).

Mais uma IMPORTANTE, também PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 16 de novembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de VIVINA RIOS BALBINO, Psicóloga, mestre em educação, professora da Universidade Federal do Ceará, que merece INTEGRAL transcrição:

“Fora, analfabetismo!

Apesar de todos os esforços, o Brasil ainda apresenta um quadro vergonhoso de analfabetismo. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009 (Pnad), 14,1 milhões de brasileiros são analfabetos funcionais. Tiveram educação sem qualidade. Os dados são alarmantes. Infelizmente, investir em educação não tem sido prioridade. Somente 5,8% do Produto Interno Bruto (PIB) é aplicado na educação, enquanto os países desenvolvidos investem 15% do seu PIB. O Brasil gasta mais na educação do que países como Chile, Espanha ou Argentina, mas gasta muito mais dinheiro com alunos do ensino superior do que com os do ensino fundamental. Outro dado preocupante: no seu oitavo ano, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA) gastou R$ 2 bilhões e matriculou milhões de alunos, mas o índice de analfabetismo caiu apenas 0,3 ponto percentual. O que está errado? Sabemos que a educação básica é o maior fator de inclusão social e uma das mais importantes conquistas de um país democrático e desenvolvido. Falta uma política efetiva de qualificação e de valorização do ensino e dos professores, principalmente da educação básica. Formar educador com qualidade deve ser prioridade.

Nas universidades, importante é priorizar os cursos que formam educadores – pedagogia e licenciaturas. Empregar bons mestres e doutores nessa área estratégica das licenciaturas e não professores menos qualificados. Esses cursos ainda têm pouco prestígio dentro das universidades, mas formar professores deve ser priorizado. O prestígio virá também com a valorização real da categoria, com a implantação do piso nacional salarial do educador no Brasil e com a convicção de que a educação transforma a realidade. A alfabetização é o fator que mais proporciona cidadania e inclusão social. Nossos índices educacionais têm melhorado bastante, mas sabemos que os desafios educacionais no Brasil ainda são enormes. Existem vários programas na área da educação no Brasil, como Índice de Desenvolvimento da Educação Básica; Prova Brasil e Sistema de Avaliação da Educação Básica; Exame Nacional do Ensino Médio; Exame de Desempenho dos Estudantes do Ensino Superior; Programa Universidade para Todos, entre outros. O Ministério da Educação (MEC) realiza, desde 2003, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), voltado para a alfabetização de jovens, adultos e idosos. O programa é uma porta de acesso à cidadania e o despertar do interesse pela elevação da escolaridade.

Porém, há que se repensar nesse governo uma nova gestão educacional brasileira priorizando a erradicação do analfabetismo. Cidadania pela educação – cidadão letrado e consciente dos seus direitos e deveres na sociedade. No Brasil, cerca de 1,5 milhão de jovens entre 15 e 17 anos ainda estão fora das escolas, ficando à mercê do envolvimento com drogas, bebidas e criminalidade. É certo que muitos deles buscam o mercado de trabalho, sendo possível conjugar as duas atividades com compromisso. Pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou um aumento de 82% para 84,1% da demanda nas escolas de ensino médio. O Ministério da Educação estuda a possibilidade de tornar o ensino obrigatório dos 4 aos 17 anos no Brasil e que de fato todos estejam estudando. Outro dado preocupante é que cerca de 30% das crianças na faixa de 4 a 6 anos também não estão matriculadas em escolas. Crianças e adolescentes fora das escolas, como mostram os dados, cria um espaço perigoso para o surgimento de graves problemas sociais como: ociosidade, desestruturação familiar, envolvimento com drogas, bebidas, pequenos delitos, prostituição e pedofilia, entre outros. A omissão do Estado cria esses outros graves problemas sociais. Além de implantar políticas públicas eficazes, é importante cooptar todos os estudantes para os grandes projetos científicos e humanitários, promovendo uma revolucionária inclusão social pela educação de qualidade em todos os níveis de ensino, em um mutirão nacional para eliminar o analfabetismo de adultos e inserir todas as crianças no ensino. Temos de buscar a formação do cidadão ficha limpa pela educação de qualidade para todos, com a inclusão de conteúdos obrigatórios na área dos direitos humanos e da cidadania. Isso transformará o nosso país.”

Estamos, pois, diante de mais PRECIOSAS e OPORTUNAS indicações e REFLEXÕES que nos escancaram a PRIORIDADE ABSOLUTA do país – a EDUCAÇÃO – que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A CIDADANIA E A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS (15/45)

(Setembro = mês 15; Faltam 45 meses para a COPA DO MUNDO DE 2014)

“[...] LIDERANÇA E ESPIRITUALIDADE

É no domínio da teologia, dos estudos sobre a espiritualidade, que encontramos o caminho para a compreensão dos aspectos da liderança que não são capturáveis por uma lógica científica. Se olharmos para o mercado sem o viés da ciência econômica, do marketing, da gestão, seremos capazes de perceber que mercado é um local físico ou virtual onde pessoas interagem, criando relações, organizações e instituições que permitem não só sua existência econômica, mas também física, psicológica, emocional e cultural. O fenômeno mais amplo e mais claramente perceptível do mercado é que nele se dão relações de troca, de diferentes naturezas, entre seres humanos. Cada uma das ciências busca isolar um aspecto dessas relações como base para a elaboração de suas teorias, mas nenhuma consegue abordar o ser humano como um ser em relação ao todo. É a teologia que faz esse esforço.

A liderança capaz de produzir os sentimentos de entusiasmo, pertencimento, participação, em projetos de forma integral, em que a dimensão ética, moral, emocional, cultural e estética se desvela de forma interligada, é aquela capaz de produzir o cultivo de uma experiência contaminada por uma Presença, não física, divina, que traz efeitos de paz, alegria, sensação de acolhida e plenitude, que abrem espaço para que as pessoas que com ela participam da vida do trabalho descubram em si potenciais que elas mesmas não conheciam. Ao longo da condução das tarefas, essa tipo de diferença é capaz de produzir o reavivamento constante dessa experiência, fonte sempre renovada de energia, uma forma de alimento da alma que aumenta a força da adesão a um projeto que, em si, se apresenta como um caminho, no sentido metafísico do termo, que, se percorrido, desvela o que há de melhor para as pessoas.

O curioso é que o faz ao abrir caminhos para a vivência da característica central da vida no Espírito, que é marcada por autoconsciência e por linguagens que exprimem essa autoconsciência, sejam elas verbais, não verbais, artísticas, intelectuais ou de realizações profissionais. Ela reativa os fundamentos da vida comunitária, em que a ética da colaboração e do cuidado estão presentes a cada ação.”
(CARMEN MIGUELES, in Liderança baseada em valores: caminhos para a ação em cenários complexos e imprevisíveis / Carmen Migueles & Marco Tulio Zanini ( organizadores); Angela Fleury... [et al.]. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, páginas 56 e 57).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de agosto de 2010, Caderno OPINIÃO, página 13, de autoria de VIVINA RIOS BALBINO, Psicóloga, mestre em educação, escritora, que merece INTEGRAL transcrição:

“Educação em direitos humanos

A crise moral e ética, tão disseminada na sociedade, estaria impulsionando estudos e reflexões? Com certeza, a explosão e banalização da violência e delitos e da própria vida têm estimulado estudos de psicólogos, sociólogos, psiquitatras e demais profissionais da área. Modismos fúteis, culto exagerado ao prazer, liberdade sem limites e a famosa lei de levar vantagem em tudo, mesmo que se violem os direitos de outros, são fatos comuns. Uma sociedade sem normas, em que tudo pode ser feito? Crimes, mortes, mentiras, traições, corrupção, trapaças, roubos?

Felizmente, percebe-se uma tendência mundial de expressar repúdio a essa realidade social tão perversa. No livro Vernon god little, de DBC Pierre (pseudônimo do escritor australiano Peter Warren Finlay), há uma reflexão crítica sobre a sociedade norte-americana (ocidental, brasileira?), que, ao incentivar o sucesso desmedido, a vaidade, o egoísmo, a esperteza, quebra de valores, leva os indivíduos a uma vida fútil, vazia e destruidora. Nessa crítica, evidencia a TV como coadjuvante importante na construção dessa cultura perniciosa. As propagandas apelativas de bebidas alcoólicas, que associam o produto ao sexo banal, à beleza, felicidade, além das novelas de conteúdo fútil, são exemplos no Brasil. Como saída para esse vazio, DBC Pierre vislumbra a possibilidade de uma mudança espiritual capaz de mudar essa perigosa realidade. No cinema, o filme Beleza americana retratou, de forma crítica, os valores e costumes d decadente sociedade norte-americana. A série Dogville também nos brindou com excelente crítica ao povo estadunidense, mostrando de forma realista valores fúteis e mesquinhos movendo ações vis de cidadãos no dia a dia. Infelizmente, tudo isso parece norma. Mas, como aceitar?

A sociedade civil tem reagido. A recente aprovação do Projeto Ficha Limpa no Brasil é uma demonstração clara de que o cidadão não aceita mais corrupção e crimes de políticos. Ser correto, ter ficha limpa agora é necessário e importante a conscientização do cidadão ficha-limpa. Ser honrado, íntegro, digno e contra as violações, seria nossa obrigação como cidadão. Importante a consciência de que o livre-arbítrio e a liberdade são limitados e que nenhum indivíduo pode violar o direito do outro. Isso é fundamental para que a civilidade e os códigos morais e éticos se sobreponham às tantas futilidades e banalidades vigentes.

Criticamos veementemente vícios e imoralidades em autoridades, políticos, líderes, mas é difícil fazer autocrítica e reconhecer os próprios vícios. Sou um cidadão correto e íntegro? A preocupação com a coletividade, o compromisso social de cada um para melhorar o mundo também é visto com ceticismo e crítica. Ser cidadão ficha-limpa é o começo dessa importante mudança até cobrarmos do Estado políticas públicas mais efetivas nessa área. Sabemos que respeito, virtudes e civilidade podem contribuir para evitar e resolver conflitos trazendo qualidade de vida. Piero Massimo Forni, especialista em civilidade pela Universidade John Hopkins, afirma que, “se melhorarmos a nossa capacidade de nos relacionar, teremos menos brigas, estresse e, consequentemente, menos processos e pessoas doentes”. Calculou até o custo da falta de civilidade nos Estados Unidos: US$ 30 bilhões por ano. Quanto custaria no Brasil a falta de civilidade e de respeito ao outro?

Civilidade, ética, moral, altruísmo, honradez, integridade estão em consonância com o cumprimentos dos direitos humanos. Urge a construção de um projeto nacional de educação em direitos humanos na família, na escola e na mídia. Sabemos que as maiores violações dos direitos humanos têm início na família, na infância e em que se estrutura a nossa personalidade. Daí a importância desse projeto nacional em direitos humanos desde criança – a “aprendizagem” da civilidade, cidadania e do respeito aos direitos humanos. Essa é a base para um mundo melhor!”

São, portanto, mais páginas com INQUIETAÇÕES e REFLEXÕES que acenam para as URGENTES e NECESSÁRIAS transformações que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, CIVILIZADA, LIVRE, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA , que permita PARTILHAR as suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do TERCEIRO MILÊNIO, da GLOBALIZAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INFORMAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A CIDADANIA, AS VIRTUDES E A CIVILIDADE

“Muitas são as coisas espantosas, porém nada é mais espantoso que o homem. [...] Ele possui a fala e o pensamento rápido como o vento e todas as demais artimanhas com os quais pode organizar uma cidade. [...] Penetrante até além do que caprichosamente poderíamos sonhar é sua fértil habilidade, tanto para o bem como para o mal. Quando honra as leis de seu país e mantém a justiça que jurou diante dos deuses respeitar, ergue-se orgulhosamente na cidade; mas não tem cidade quem, estupidamente, atola no delito.” (SÓFOCLES, in Antígona).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de janeiro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de VIVINA RIOS BALBINO, Psicóloga e mestre em educação, que merece INTEGRAL transcrição:

“Virtudes civilidade

A crise moral e ética tão disseminada na sociedade contemporânea estaria impulsionando estudos e reflexões? No livro O vestígio e a aura – corpo e consumismo na moral do espetáculo, discutindo aspectos da sociedade contemporânea, especialmente o culto exagerado ao corpo, o psicanalista Jurandir Freire Costa diz: “Seja como for, o carro da história não tem marcha a ré. Querendo ou não, somos todos contemporâneos, e este é o nosso mundo. A futilidade, a ganância e a violência só conseguiram, até hoje, empolgar os tolos, os medíocres e os arrogantes. E, na maioria dos casos e dos fatos, sempre fomos mais que isso”. Sem dúvida tem havido supervalorização da aparência, modismos fúteis, culto exagerado ao prazer, liberdade excessiva e a famosa lei de levar vantagem em tudo, mesmo que isso viole os direitos dos outros. Uma sociedade sem normas, onde pode-se tudo? Percebemos uma tendência mundial de expressar descontentamento e repúdio a essa realidade social atual tão perversa e que gera tantas violações de direitos. Observamos esse fato na literatura, no cinema, em alguns estudos do comportamento e em alguns setores organizados da sociedade civil.

Virtudes e civilidade podem contribuir para evitar e resolver conflitos trazendo melhoria na nossa qualidade de vida? Piero Massimo Forni, especialista em civilidade pela Universidade Johns Hopkins, afirma que “se melhorarmos a nossa capacidade de nos relacionar, teremos menos brigas, estresse e, consequentemente, menos processos e pessoas doentes”. Calculou até o custo da falta de civilidade nos Estados Unidos, país com democracia plena: US$ 30 bilhões por ano. Quanto custaria aqui no Brasil a falta de civilidade? Um desafio para pesquisadores da área. Vejo consonância desse desafio com proposta minha de reeducar para os direitos humanos. Civilidade, ética, moral, altruísmo, honradez, integridade estão em consonância com o cumprimentos dos direitos humanos.

Não resta dúvida de que as virtudes, tão subestimadas, criticadas e vistas como “caretas” na atual sociedade, podem contribuir para melhorar as relações humanas. Ser honrado, íntegro, digno e contra as violações não seria nossa obrigação como cidadão? Criticamos veementemente vícios e imoralidades em autoridades, políticos, líderes, mas é difícil fazer autocrítica. Infelizmente, muitas pessoas estão tão embevecidas com os modismos perniciosos da sociedade, com a visão de levar vantagem em tudo, que esses vícios têm se tornado hábito e até dificultado o convívio com pessoa correta, digna, coerente e eticamente comprometida, percebida como chata, destoante social. A preocupação com a coletividade, o compromisso social de cada um para melhorar o mundo é visto com ceticismo e crítica. Ser exemplo e referência de boa conduta é o começo dessa importante mudança até para cobrarmos do Estado políticas públicas efetivas nessa área.

Numa sociedade que prioriza o consumismo, a aparência, o prazer fácil e descompromissado, a fragilidade do caráter, a banalização do viver e o mau exemplo, que tal dar uma trégua a esse automatismo comportamental social e cultivar as virtudes? Conscientizar na família, na escola e na mídia para a construção de relacionamentos pessoais e sociais baseados nas virtudes e na civilidade: honradez, integridade, honestidade, humildade, decoro e altruísmo – cultivar a essência humana desde a infância para a construção de um mundo de paz e de efetivo cumprimento dos direitos humanos. Sejamos um exemplo material dessa importante mudança e teremos, com certeza, um mundo melhor e menos perverso – mais virtudes e mais civilidade, sempre!”

Eis, pois, mais páginas que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM, com o mesmo ENTUSIASMO, a mesma ALEGRIA, a mesma DETERMINAÇÃO, nessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que promova a PARTILHA das imensas CONQUISTAS da CIVILIZAÇÃO CONTEMPORÂNEA e das EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS do PAÍS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, FÉ e ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A CIDADANIA E A EDUCAÇÃO LEVAM À INCLUSÃO SOCIAL

“A partir das relações do homem com a realidade, resultantes de estar com ela e de estar nela, pelos atos de criação, recriação e decisão, vai ele dinamizando o seu mundo. Vai dominando a realidade. Vai humanizando. Vai acrescentando a ela algo de que ele mesmo é o fazedor. Vai temporalizando os espaços geográficos. Faz cultura. E é ainda o jogo destas relações do homem com o mundo e do homem com os homens, desafiado e respondendo ao desafio, alterando, criando, que permite a imobilidade, a não ser em termos de relativa preponderância, nem das sociedades nem das culturas. E, na medida em que cria, recria e decide, vão se conformando as épocas históricas. É também criando, recriando e decidindo que o homem deve participar destas épocas.”
(PAULO FREIRE, in Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1999).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de novembro de 2009, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de VIVINA RIOS BALBINO, Psicóloga e professora universitária, que merece INTEGRAL transcrição:

“Educação e inclusão social

Sabemos que a educação é o fator maior de inclusão social, cidadania e realização profissional. Segundo o educador brasileiro Paulo Freire, é por meio dela que o homem se torna cidadão e aprende a ler a realidade social como participante ativo. Prova disso é a recente pesquisa da Associação dos Magistrados do Brasil, Justiça em números – novos ângulos, de Maria Tereza Sadek, que revela a relação direta entre o nível de escolaridade e a busca dos direitos na Justiça no país. Sobre os resultados, a autora comenta que a alfabetização implica maior conhecimento dos direitos e as pessoas procuram mais a Justiça. Nos estados mais pobres, com maior número de analfabetos, há menor procura pela Justiça. Segundo o presidente da AMB, as pessoas mais esclarecidas reivindicam mais os seus direitos e têm maior noção de cidadania.

Frequentar escola, principalmente na infância e na adolescência, assumindo com compromisso o processo educativo, é de suma importância. Mas, no Brasil, cerca de 1,5 milhão de jovens entre 15 e 17 anos estão fora das escolas ficando à mercê do envolvimento com drogas, bebidas e criminalidade. É certo que muitos deles buscam o mercado de trabalho, mas é possível conjugar as duas atividades. Pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou um aumento de 82% para 84,1% da demanda nas escolas de ensino médio. O Ministério da Educação (MEC) estuda a possibilidade de tornar o ensino obrigatório dos 4 aos 17 anos no Brasil e que de fato todos estejam estudando. Outro dado preocupante é que cerca de 30% das crianças na faixa dos 4 a 6 anos também não estão matriculadas em escolas. Crianças e adolescentes fora das escolas, como mostram os dados, criam um espaço perigoso para o surgimento de graves problemas sociais, como ociosidade, desestruturação familiar, envolvimento com drogas, bebidas, pequenos delitos, prostituição e pedofilia, entre outros.

O MEC inova em vários programas educativos com sucesso, como o Programa Universidade para Todos (ProUni); Exame Nacional do Ensino Médio (Enem); sistemas de cotas nas universidades, Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), Prova Brasil, entre outros. Mas é necessário avançar na maior inclusão social pela educação buscando processos mais eficientes de inserção de crianças e jovens em escolas de qualidade, em que os conhecimentos estejam articulados à realidade social dos alunos, proporcionando de fato a formação de uma nova consciência intelectual e cidadã.

Há discussão de mudanças no enfoque teórico-metodológico. De curso meramente preparador para o vestibular para uma educação geral de qualidade com bons laboratórios e também conteúdos embasados na sociologia, filosofia e psicologia, que possibilitem o aprofundamento da dimensão humana nos problemas do dia a dia: o indivíduo cidadão, político, sensível aos direitos humanos e participante das grandes questões sociais da comunidade e do país.

Nas universidades, importante priorizar os cursos que formam educadores – pedagogia e licenciaturas. Alocar bons mestres e doutores nessa área estratégica, e não professores menos qualificados. Esses cursos ainda têm pouco prestígio nas universidades. O prestígio virá com a valorização real da categoria, com a implantação do piso nacional salarial do educador no Brasil e com essa consciência de que a educação transforma a realidade. Importante cooptar todos os estudantes para os grandes projetos científicos e humanitários, promovendo uma revolucionária inclusão social pela educação de qualidade em todos os níveis de ensino, incluindo o mutirão nacional para eliminar o analfabetismo de adultos. Com certeza, é um projeto possível!”

Eis, pois, mais uma dimensão muito ESPECIAL da grande CRUZADA NACIONAL pela EDUCAÇÃO e, assim, para a CIDADANIA E QUALIDADE, visando a transformação do BRASIL numa NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, ÉTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, partilhando TODAS as RIQUEZAS, quer CULTURAIS, NATURAIS, ECONÔMICAS, aí as originadas do PRÉ-SAL, com TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS...

O BRASIL TEM JEITO! – porque é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa ESPERANÇA...