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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A CIDADANIA E OS RESULTADOS ELEITORAIS

“Sabedoria chinesa

[...] Qian Weichang nasceu em Wuxi, Província de Jiangsu, em 1912. Quando entrou para a Universidade de Tsinghua, em 1931, conseguiu somente cinco pontos em 100 na prova de física nos exames de admissão; por ter recebido notas máximas em língua chinesa e história , foi admitido como estudante de artes na Universidade de Tsinghua, mas em seguida passou para o departamento de física quando o Japão invadiu a China. A transferência, segundo ele, foi motivada por seu desejo de construir armamentos para combater os inimigos. Em 1942, Quian recebeu o título de ph.D pela Universidade de Toronto, no Canadá. Passou a trabalhar como pesquisador associado no laboratório de propulsão a jato do Instituto de Tecnologia da Califórnia, no qual ajudou a desenvolver um sistema para defender Londres dos bombardeios dos foguetes alemães. Voltou à China em 1946 e lecionou nas universidades de Tsinghua, Beijing e Yanjing. Comentando as escolhas que fez na vida, Quian disse que todas foram para contribuir para a prosperidade da China e, com humildade, assumiu: “Não tenho uma especialidade. Serei um especialista em qualquer área nas quais meu país necessitar de meus serviços”.

Por muitas razões, a história e os funerais de Qian Weichang são um exemplo para o Brasil. Em primeiro lugar, revelam a bem-sucedida estratégia de espalhar seus cientistas pelo mundo, em busca de conhecimento, e depois levá-los de volta ao país, para promover seu desenvolvimento. Também revelam o respeito da sociedade chinesa, inclusive do governo, aos seus cientistas e a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, contribuem para a evolução do gigante asiático. Finalmente, explicita o senso de patriotismo expresso nas palavras do velho cientista: “Serei um especialista onde o meu país necessitar de meus serviços”. É, na verdade, uma relação de respeito mútuo: do país aos seus benfeitores e, destes, ao país que os valoriza. [...]”
(OLAVO MACHADO, Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Sistema Fiemg), em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de setembro de 2010, Caderno OPINIÃO, página11).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 1º de outubro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece INTEGRAL transcrição:

“Resultados eleitorais

Os resultados eleitorais norteiam o caminho da sociedade. Esta obviedade guarda no seu bojo exigências e consequências. É grande a responsabilidade de votar. Um desafio, às vésperas das eleições, escolher candidatos que garantam maior qualificação dos quadros parlamentares e executivos. O ato de votar precisa ser precedido de um exercício cidadão de aplicação de critérios para ajuizar valoração quanto aos nomes que estão se oferecendo para serem sufragados nas eleições deste ano. Este exercício supõe muito mais que a comum tentativa de ter sido convencido, enquanto eleitor, por meio de argumentos variados que, às vezes, desqualificam o adversário. Ou os que enaltecem de maneira exagerada e até fanática alguma figura com seus feitos e conquistas não localizados, devidamente, no leito de suas obrigações e das condições garantidas e propícias para que se chegasse a metas e exigências quanto ao bem da sociedade.

É incontestável que a propaganda eleitoral gratuita tenha importância, por vezes mais informativa e laudatória na direção de um exitoso e rápido convencimento e menos como contribuição educativa para que cada cidadão exerça seu poder intransferível de maneira independente e com escolhas que garantam o melhor para a sociedade. Não se pode, no entanto, deixar de reconhecer o quanto tem amudurecido a cidadania na sociedade brasileira. Os partidos têm, é verdade, uma contribuição no âmbito próprio de suas configurações ideológico-partidárias que impulsionam e alavancam, de algum modo, os discernimentos – embora se constatem as indecifráveis e inexplicáveis coligações que misturam combinações por força do interesse de agregar votos que não estariam naquela urna se respeitados princípios e diferenças.

Urge, por isso, uma reforma política que adentre os meandros da realidade eleitoral para ordenar as práticas e exercícios. A contribuição mais significativa, e com força educativa, preparatória para o ato cidadão de votar, é tecida pela ética dos valores e dos princípios transformados em critérios para avaliar os candidatos. Há, no entanto, um sinal do quanto ainda falta para esse amadurecimento. É curioso ouvir a consideração de que se trata de uma postura geral, por isso mesmo, gerando a vaga sensação, quando se faz referência à postura educativa, neste caso no contexto eleitoral, da Igreja Católica. Ela não faz política partidária; essa tem sua incontestável e necessária importância. Ela não pode correr o risco de perder rumos, declinando em direções antidemocráticas e autoritárias. Esta referência tem poder maior do que propaganda eleitoral, ideologia partidária ou outras razões, como aquelas que incluíam a retribuição de favores, os votos comprados ou a condição do eleitor encabrestado. Os critérios éticos discursados em documentos e cartilhas, debates e reflexões na Igreja Católica têm força na ideia que clareia realidades, nomes e permitem discernir o melhor para a sociedade.

A clareza advinda da propriedade dos valores e critérios éticos não permite comprometimentos no exercício da cidadania. Quando se considera a responsabilidade de perseguir o bem comum, tarefa de cada indivíduo e também do Estado, deve-se ter em mente que esta é a razão de ser da autoridade política, supondo que os eleitos tenham comprovada condição para esse exercício. Isto não se alcança sem profundidade ética, que configura e baliza condutas, evitando desvios, garantindo interpretações adequadas da realidade, sensibilizando para o diálogo e capacitando para a priorização das necessidades mais nobres.

Na verdade, o discurso ético, incidindo no contexto eleitoral, é tão mais forte em si do que o partidário, que respeita e investe na cidadania e tem força para influir nos resultados eleitorais. Compreende-se, portanto, que o horizonte ético traçado para avaliar cada candidato tem incidência nos resultados eleitorais. Aliás, precisa ter, sem entrar na confusão que seria gerada ao dizer que a Igreja não é mais Igreja e, sim, o partido tal, ou cabo eleitoral de tal candidato. Cada cidadão, iluminado pela fé e pela ética, tem poder, agora, de definir novo quadro político e influenciar, de maneira determinante, nos resultados eleitorais.”

São, pois, mais páginas com elevado valor EDUCATIVO que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, CIVILIZADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INFORMAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...