(Abril
= mês 18; faltam 152 meses para a Primavera Brasileira)
“De
olho no espelho
O mundo corporativo cada vez mais
competitivo e exigente criou e continua criando nas pessoas uma frustração
sobre a expectativa do comportamento ideal a ser seguido pelos profissionais em
suas rotinas nas organizações. Desde o início da sociedade, o ser humano tem
uma inquietação sobre a necessidade de se autoconhecer. A maiêutica socrática
desde o período clássico da Grécia Antiga traduziu através da máxima
“conhece-te a ti mesmo”, e já era propagada como uma forma de incitar o
indivíduo a caminhar por uma viagem íntima. Nas empresas, essa máxima se traduziu
por feedback.
O
feedback pode ser entendido como reação a um estímulo, ou mesmo a percepção que
um emissor obtém da reação de um receptos à sua mensagem. É uma ferramenta
capaz de alinhar as expectativas de um gestor frente a um comportamento de um
funcionário. Nesse caso, o receptor pode ser um líder, a instituição ou um
cliente para os quais se presta algum tipo de serviço. Esse processo é muito
utilizado dentro das organizações para o desenvolvimento comportamental e
técnico dos colaboradores, conhecido como one
to one ou “um a um”. Essa ferramenta possibilita que as pessoas tenham um
retorno claro de como são vistas e como o seu comportamento tem impactado no
desempenho de suas atividades e atingimento de metas ou entrega de um serviço
para o seu cliente final.
Para
quem se submete a um processo é necessário escutar, estar aberto e ouvir sem
filtros. É necessário entender que todas as impressões avaliadas são
verdadeiras, pois são a visão do avaliador. E caso exista alguma incoerência
com a sua percepção, talvez as ideias que você queira transmitir não estão
atingindo os outros da forma como você gostaria. Mas este não é o momento de
tentar ficar se justificando. Apenas escute, avalie, correlacione situações em
sua mente que possam exemplificar o que o avaliador está tentando transmitir e
absorva essas importantes informações.
Outra
observação importante são as expectativas da empresa ou cliente que devem estar
alinhadas às suas. Aquele famoso jargão “o cliente está sempre certo”, em
muitos casos também vale para o “chefe”. Apesar de os valores macroambientais.
Mesmo que você entregue tecnicamente um excelente resultado ou serviço, pode
ser que você não se adeque ao que é valor esperado sob a ótica da empresa ou do
cliente. Se isso for percebido, mude a estratégia.
Para
os gestores, é necessário entender a importância desses processos de avaliação
sistemáticos. Essas ferramentas podem solucionar problemas potenciais, além de
esclarecer pontos que precisam ser trabalhados pelo profissional, como postura
comportamental, atendimento de metas e outras habilidades importantes para a
tarefa. Em muitos casos, esses pontos precisam ser claramente exemplificados.
Pesquisa realizada pela revista Forbes,
em 2016, mostrou que 47% dos entrevistados sentiam a falta de retornos mais
claros sobre a sua performance. Para fortalecer esse processo é necessário usar
da impessoalidade, é importante utilizar ferramentas que especifiquem para o
profissional em que aspectos ele será avaliado, enumerar dentro de uma faixa
entre bom e ruim, para que nas demais avaliações esses mesmos parâmetros sejam
reavaliados e se tenha um histórico da evolução do funcionário ou serviço.
Já as
empresas, as maiores financiadas com esse processo de desenvolvimento
bilateral, em vez de fortalecer essa cultura com os grupos de liderança criam
perfis de comportamentos “idealizados” a serem exigidos das pessoas. São
propostas que em vez de motivar o desenvolvimento criam medo nos indivíduos em
se expressar e se posicionar. É importante ressaltar que esse é um processo de
construção contínua, e que, em muitos casos, após um feedback, o avaliado
poderá errar novamente, pois o processo de amadurecimento emocional demanda
tempo e aprendizado. Lembrem-se: nós não gerenciamos marionetes nas
organizações.
O
feedback deve ser uma ferramenta utilizada para tirar as pessoas do seu
lugar-comum. Esse processo deve ser um espelho com o reflexo das habilidades
que nos tornem profissionais essenciais para o negócio.”.
(TARSILA
BALBINO DE CASTRO. Administradora de empresas e estudante de engenharia de
produção no IBS, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de março de 2018, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
22 de março de 2018, caderno OPINIÃO,
página 7, de autoria de OLAVO MACHADO,
presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), e que merece
igualmente integral transcrição:
“Prioridade
à água
Cuidar das águas é
prioridade para a indústria e o objetivo final deste compromisso é a
preservação dos recursos hídricos, cada vez mais escassos. Esse posicionamento
e as iniciativas que o embasam são o foco do Sistema Fiemg e da Confederação
Nacional da Indústria (CNI) no 8º Fórum Mundial da Água, evento global que
reúne as maiores autoridades do planeta no assunto e que vai até amanhã, em
Brasília, no Estádio Mané Garrincha.
A
sustentabilidade, de fato, é parte fundamental do cotidiano da indústria
mineira e brasileira. Entendida em suas três dimensões – econômica, social e
ambiental –, a sustentabilidade abrange ações que vão da redução do consumo –
por meio da reutilização, recirculação e reciclagem de água – até a preservação
das nascentes e de matas ciliares. A isso somam-se investimentos em inovação e
tecnologia. Boas ideias, transformadas em produtos e soluções, colocam à
disposição das próprias empresas e dos cidadãos práticas que demandam menores
quantidades de água.
Em
realidade, a grave crise hídrica vivida por Minas Gerais em 2015 despertou a
nossa atenção para a necessidade de intensificarmos ações visando a preservação
dos recursos hídricos do estado. Além de investir em tecnologias que permitam às
empresas atuar com a menor interferência possível nos corpos d’água, a
indústria mineira intensificou seus cuidados para recompor a vegetação de áreas
de recargas hídricas e proteger nascentes. Essas são duas das principais ações
com as quais nos comprometemos quando lançamos o Pacto de Minas pelas Águas.
Felizmente,
os bons exemplos se espalham pelo estado. Em alguns setores, o percentual de
recirculação de água nos processos produtivos se aproxima de 100%. Na
mineração, chega a 85%, havendo, inclusive, evoluções para a adoção de
processos de extração a seco. No segmento do aço, os esforços para a redução do
volume hídrico gasto por unidade de produção são significativos. Em 2014, eram
necessários 3,43m3 de água por tonelada produzida. Em 2017, o número caiu para
2,7m3.
No
sistema Fiemg, a questão hídrica é compromisso assumido com a indústria e com a
sociedade. O Programa Minas Sustentável, criado em 2011, apoia, incentiva e
orienta empresários mineiros a adotarem processos produtivos mais sustentáveis
e eficientes. Os resultados são robustos. De lá para cá, 9.224 empresas foram
assessoradas e 1.957 orientadas para a ecoeficiência, em 402 municípios. Por
meio desse trabalho, 456 licenças ambientais foram concedidas a indústrias que
passaram a atuar de forma limpa e sustentável. Ao todo, 3.371 trabalhadores e
empresários foram capacitados.
O
Sistema Fiemg desenvolve, ainda, uma série de ações voltadas para a
sustentabilidade por meio de um conjunto de programas: Simbiose Industrial, no
qual as sobras ou resíduos de uma empresa se transformam em matéria-prima ou
insumo para outra; o Economia Circular em Distritos Industriais, que incentiva
a redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia; e o
Minas Clima, que apoia Minas Gerais na construção de uma economia de baixo
carbono.
Com
esse tipo de atitude, contribuímos com a espetacular capacidade de nossa estado
de produzir água e de manter os fluxos contínuos dos rios ao longo das
estações. Por essa característica, Minas Gerais compartilha recursos hídricos
de modo significativo com estados vizinhos, sendo responsável, por exemplo, por
75% da vazão do São Francisco – conhecido como o “Rio da Integração Nacional”.
Em
Minas, situam-se também alguns dos mais importantes reservatórios do sistema
interligado brasileiro de geração e transmissão de energia elétrica. O estado é
responsável por nada menos do que 46% da capacidade de armazenamento do
Subsistema Sudeste e por 31% do Subsistema Nordeste.
São
dados que alertam para a flagrante necessidade de estabelecermos uma gestão
estratégica para esse recurso natural – seja para garantir o desenvolvimento
socioeconômico dos mineiros, seja pela responsabilidade de propiciar uma vazão
de entrega em quantidade e qualidade para outros estados do Brasil.
Neste
contexto, é preciso urgentemente fortalecer o órgão gestor de recursos hídricos
de nosso estado – o Igam. Somente com estrutura adequada e com profissionais
bem remunerados e amparados pelos diferentes poderes ele poderá atuar, de fato,
para aperfeiçoar mecanismos de governança hídrica.
Do
mesmo modo, é preciso acelerar a implantação de infraestrutura de saneamento,
especialmente a coleta e o tratamento do esgoto doméstico. Hoje, 11 anos após a
entrada em vigor da Lei do Saneamento Básico, metade dos brasileiros não tem
acesso a esgoto e 17% ainda não contam com água tratada. É necessário, também,
investir na capacidade de armazenamento de água inovadora – as chamadas
infraestruturas verdes, traduzidas na recuperação e proteção de nossas nascentes
e áreas de recarga hídrica.
O
momento é oportuno para que possamos debater a qualidade e a disponibilidade
hídrica brasileira. Mais de 25 mil pessoas circularão pelo Fórum Mundial da
Água, evento inédito em nosso país. Políticos, profissionais e especialistas de
todos os continentes estão presentes e se capacitarão para colaborar em um
debate franco e aberto. No Espaço da Indústria, Fiemg e CNI marcam a posição do
setor, compartilhando experiências, ideias, produtos, conhecimento e novas
tecnologias para que possamos atuar de maneira ainda mais eficiente para a
sustentabilidade hídrica.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca
de 333,9% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no
acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,84%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade –
“dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se
espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e
irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito,
a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato,
Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso
específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e
que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos
e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.