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segunda-feira, 2 de abril de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA AVALIAÇÃO NA QUALIFICAÇÃO E O SUPREMO VALOR DA ÁGUA NA SUSTENTABILIDADE (18/152)


(Abril = mês 18; faltam 152 meses para a Primavera Brasileira)

“De olho no espelho
          O mundo corporativo cada vez mais competitivo e exigente criou e continua criando nas pessoas uma frustração sobre a expectativa do comportamento ideal a ser seguido pelos profissionais em suas rotinas nas organizações. Desde o início da sociedade, o ser humano tem uma inquietação sobre a necessidade de se autoconhecer. A maiêutica socrática desde o período clássico da Grécia Antiga traduziu através da máxima “conhece-te a ti mesmo”, e já era propagada como uma forma de incitar o indivíduo a caminhar por uma viagem íntima. Nas empresas, essa máxima se traduziu por feedback.
         O feedback pode ser entendido como reação a um estímulo, ou mesmo a percepção que um emissor obtém da reação de um receptos à sua mensagem. É uma ferramenta capaz de alinhar as expectativas de um gestor frente a um comportamento de um funcionário. Nesse caso, o receptor pode ser um líder, a instituição ou um cliente para os quais se presta algum tipo de serviço. Esse processo é muito utilizado dentro das organizações para o desenvolvimento comportamental e técnico dos colaboradores, conhecido como one to one ou “um a um”. Essa ferramenta possibilita que as pessoas tenham um retorno claro de como são vistas e como o seu comportamento tem impactado no desempenho de suas atividades e atingimento de metas ou entrega de um serviço para o seu cliente final.
         Para quem se submete a um processo é necessário escutar, estar aberto e ouvir sem filtros. É necessário entender que todas as impressões avaliadas são verdadeiras, pois são a visão do avaliador. E caso exista alguma incoerência com a sua percepção, talvez as ideias que você queira transmitir não estão atingindo os outros da forma como você gostaria. Mas este não é o momento de tentar ficar se justificando. Apenas escute, avalie, correlacione situações em sua mente que possam exemplificar o que o avaliador está tentando transmitir e absorva essas importantes informações.
         Outra observação importante são as expectativas da empresa ou cliente que devem estar alinhadas às suas. Aquele famoso jargão “o cliente está sempre certo”, em muitos casos também vale para o “chefe”. Apesar de os valores macroambientais. Mesmo que você entregue tecnicamente um excelente resultado ou serviço, pode ser que você não se adeque ao que é valor esperado sob a ótica da empresa ou do cliente. Se isso for percebido, mude a estratégia.
         Para os gestores, é necessário entender a importância desses processos de avaliação sistemáticos. Essas ferramentas podem solucionar problemas potenciais, além de esclarecer pontos que precisam ser trabalhados pelo profissional, como postura comportamental, atendimento de metas e outras habilidades importantes para a tarefa. Em muitos casos, esses pontos precisam ser claramente exemplificados. Pesquisa realizada pela revista Forbes, em 2016, mostrou que 47% dos entrevistados sentiam a falta de retornos mais claros sobre a sua performance. Para fortalecer esse processo é necessário usar da impessoalidade, é importante utilizar ferramentas que especifiquem para o profissional em que aspectos ele será avaliado, enumerar dentro de uma faixa entre bom e ruim, para que nas demais avaliações esses mesmos parâmetros sejam reavaliados e se tenha um histórico da evolução do funcionário ou serviço.
         Já as empresas, as maiores financiadas com esse processo de desenvolvimento bilateral, em vez de fortalecer essa cultura com os grupos de liderança criam perfis de comportamentos “idealizados” a serem exigidos das pessoas. São propostas que em vez de motivar o desenvolvimento criam medo nos indivíduos em se expressar e se posicionar. É importante ressaltar que esse é um processo de construção contínua, e que, em muitos casos, após um feedback, o avaliado poderá errar novamente, pois o processo de amadurecimento emocional demanda tempo e aprendizado. Lembrem-se: nós não gerenciamos marionetes nas organizações.
         O feedback deve ser uma ferramenta utilizada para tirar as pessoas do seu lugar-comum. Esse processo deve ser um espelho com o reflexo das habilidades que nos tornem profissionais essenciais para o negócio.”.

(TARSILA BALBINO DE CASTRO. Administradora de empresas e estudante de engenharia de produção no IBS, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de março de 2018, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 22 de março de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de OLAVO MACHADO, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), e que merece igualmente integral transcrição:

“Prioridade à água
        Cuidar das águas é prioridade para a indústria e o objetivo final deste compromisso é a preservação dos recursos hídricos, cada vez mais escassos. Esse posicionamento e as iniciativas que o embasam são o foco do Sistema Fiemg e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) no 8º Fórum Mundial da Água, evento global que reúne as maiores autoridades do planeta no assunto e que vai até amanhã, em Brasília, no Estádio Mané Garrincha.
         A sustentabilidade, de fato, é parte fundamental do cotidiano da indústria mineira e brasileira. Entendida em suas três dimensões – econômica, social e ambiental –, a sustentabilidade abrange ações que vão da redução do consumo – por meio da reutilização, recirculação e reciclagem de água – até a preservação das nascentes e de matas ciliares. A isso somam-se investimentos em inovação e tecnologia. Boas ideias, transformadas em produtos e soluções, colocam à disposição das próprias empresas e dos cidadãos práticas que demandam menores quantidades de água.
         Em realidade, a grave crise hídrica vivida por Minas Gerais em 2015 despertou a nossa atenção para a necessidade de intensificarmos ações visando a preservação dos recursos hídricos do estado. Além de investir em tecnologias que permitam às empresas atuar com a menor interferência possível nos corpos d’água, a indústria mineira intensificou seus cuidados para recompor a vegetação de áreas de recargas hídricas e proteger nascentes. Essas são duas das principais ações com as quais nos comprometemos quando lançamos o Pacto de Minas pelas Águas.
         Felizmente, os bons exemplos se espalham pelo estado. Em alguns setores, o percentual de recirculação de água nos processos produtivos se aproxima de 100%. Na mineração, chega a 85%, havendo, inclusive, evoluções para a adoção de processos de extração a seco. No segmento do aço, os esforços para a redução do volume hídrico gasto por unidade de produção são significativos. Em 2014, eram necessários 3,43m3 de água por tonelada produzida. Em 2017, o número caiu para 2,7m3.
         No sistema Fiemg, a questão hídrica é compromisso assumido com a indústria e com a sociedade. O Programa Minas Sustentável, criado em 2011, apoia, incentiva e orienta empresários mineiros a adotarem processos produtivos mais sustentáveis e eficientes. Os resultados são robustos. De lá para cá, 9.224 empresas foram assessoradas e 1.957 orientadas para a ecoeficiência, em 402 municípios. Por meio desse trabalho, 456 licenças ambientais foram concedidas a indústrias que passaram a atuar de forma limpa e sustentável. Ao todo, 3.371 trabalhadores e empresários foram capacitados.
         O Sistema Fiemg desenvolve, ainda, uma série de ações voltadas para a sustentabilidade por meio de um conjunto de programas: Simbiose Industrial, no qual as sobras ou resíduos de uma empresa se transformam em matéria-prima ou insumo para outra; o Economia Circular em Distritos Industriais, que incentiva a redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia; e o Minas Clima, que apoia Minas Gerais na construção de uma economia de baixo carbono.
         Com esse tipo de atitude, contribuímos com a espetacular capacidade de nossa estado de produzir água e de manter os fluxos contínuos dos rios ao longo das estações. Por essa característica, Minas Gerais compartilha recursos hídricos de modo significativo com estados vizinhos, sendo responsável, por exemplo, por 75% da vazão do São Francisco – conhecido como o “Rio da Integração Nacional”.
         Em Minas, situam-se também alguns dos mais importantes reservatórios do sistema interligado brasileiro de geração e transmissão de energia elétrica. O estado é responsável por nada menos do que 46% da capacidade de armazenamento do Subsistema Sudeste e por 31% do Subsistema Nordeste.
         São dados que alertam para a flagrante necessidade de estabelecermos uma gestão estratégica para esse recurso natural – seja para garantir o desenvolvimento socioeconômico dos mineiros, seja pela responsabilidade de propiciar uma vazão de entrega em quantidade e qualidade para outros estados do Brasil.
         Neste contexto, é preciso urgentemente fortalecer o órgão gestor de recursos hídricos de nosso estado – o Igam. Somente com estrutura adequada e com profissionais bem remunerados e amparados pelos diferentes poderes ele poderá atuar, de fato, para aperfeiçoar mecanismos de governança hídrica.
         Do mesmo modo, é preciso acelerar a implantação de infraestrutura de saneamento, especialmente a coleta e o tratamento do esgoto doméstico. Hoje, 11 anos após a entrada em vigor da Lei do Saneamento Básico, metade dos brasileiros não tem acesso a esgoto e 17% ainda não contam com água tratada. É necessário, também, investir na capacidade de armazenamento de água inovadora – as chamadas infraestruturas verdes, traduzidas na recuperação e proteção de nossas nascentes e áreas de recarga hídrica.
         O momento é oportuno para que possamos debater a qualidade e a disponibilidade hídrica brasileira. Mais de 25 mil pessoas circularão pelo Fórum Mundial da Água, evento inédito em nosso país. Políticos, profissionais e especialistas de todos os continentes estão presentes e se capacitarão para colaborar em um debate franco e aberto. No Espaço da Indústria, Fiemg e CNI marcam a posição do setor, compartilhando experiências, ideias, produtos, conhecimento e novas tecnologias para que possamos atuar de maneira ainda mais eficiente para a sustentabilidade hídrica.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,84%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 517 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




                         

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA CAPACITAÇÃO PESSOAL E A CIÊNCIA E AS TECNOLOGIAS NA SUSTENTABILIDADE

“Capacitação de pessoal
O desafiador cenário político e econômico atual tem levado muitas empresas a lutar pela competitividade e a rever seus custos. E quando se fala em redução de custos, uma das primeiras áreas a ter o orçamento cortado é a de recursos humanos. No entanto, a disputa pelo mercado cresce a cada instante e vencem as empresas que tiverem estratégias bem definidas.
Um grande erro estratégico em momentos de crise é esquecer-se da gestão de pessoas, justamente quando é necessário obter o melhor desempenho possível das equipes para o alcance dos resultados.
São as pessoas que promovem as mudanças e fazem a diferença dentro das organizações. Portanto, equipes capacitadas e com o direcionamento correto estarão melhor preparadas para enfrentar desafios e ajustes repentinos.
Costumo contar uma pequena história para quem opta pelo caminho mais fácil na redução de custos e tem dúvidas sobre treinar ou não treinar pessoal. Diversas empresas ainda temem investir em funcionários e perde-los para a concorrência. O grande problema, na verdade, é o efeito que a ausência de capacitação causa nas empresas que continuam com esses colaboradores por anos.
É momento de fazer mais com menos e usar a criatividade. Por isso, existem diversas alternativas para manter os funcionários atualizados com baixo ou nenhum custo. Treinamentos internos, compartilhamento de melhores práticas através de reuniões e fóruns na própria empresa e contar com parceiros de negócio para viabilizar capacitações são apenas algumas das inúmeras possibilidades. Além disso, diversas associações e entidades de classe promovem excelentes cursos de curta duração, alguns gratuitos e outros com valores módicos.
Em tempos de crise, inovação é a palavra-chave. E mesmo com o atual clima de maior confiança econômica, ainda não se sabe ao certo como o Brasil estará em 2017. Portanto, além das competências técnicas, o desenvolvimento de habilidades humanas também é essencial. Flexibilidade, trabalho em equipe, liderança e bom relacionamento interpessoal são características fundamentais para o profissional que deseja se destacar no mercado de trabalho. As pessoas devem ter ciência que não são contratadas para exercer estritamente uma função ou trabalhar no setor tal. São contratadas para dar resultados. É preciso adaptar-se.
Desde o fim do ano passado, estamos reimplantando o setor de RH e as políticas de gestão de pessoas no Colégio ICJ. Como instituição de ensino, nossa principal missão é educar. E por que não aplicar essa mesma lógica às equipes de colaboradores?
Iniciamos em 2016 o programa de treinamento e desenvolvimento de pessoal do Colégio ICJ e já promovemos treinamentos com o pessoal de portaria e recepção, limpeza, além dos funcionários do transporte escolar, livraria e lancheria. No mês de outubro, realizamos uma palestra para as equipes administrativa e pedagógica de todas as empresas do grupo, visando maior integração dos setores para encerrar o ano letivo de 2016 e chegar em 2017 mais alinhados e coesos. Em pouco tempo, já observamos melhorias. É hora de quebrar o paradigma da capacitação apenas como custo. Afinal, capacitação é o investimento cada vez mais necessário para quem quer sair na frente.”.

(CLAUDIA ABREU. Coordenadora de RH do Colégio ICJ, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de dezembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 27 de outubro de 2016, mesmo caderno, página 9, de autoria de OLAVO MACHADO, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Sistema Fiemg), e que merece igualmente integral transcrição:

“Prioridade à educação
        A indústria brasileira sempre considerou a educação como uma de suas principais prioridades. É isso, certamente, o que explica a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em 1942, e logo em seguida, quatro anos depois, do Serviço Social da Indústria (Sesi), com a missão de cuidar, respectivamente, do ensino profissionalizante (Senai) e da educação básica (Sesi).
         Mais de sete décadas depois, estamos mais uma vez comemorando o acerto desse caminho, especialmente para Minas Gerais e para a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), a partir dos resultados do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), reconhecido como a mais importante porta de acesso às principais universidades do país para milhares de jovens estudantes. Entre as 277 escolas Sesi de todo o país, as 12 primeiras colocações são de escolas do Sesi de Minas Gerais – e entre as 20 primeiras, 15 também são do nosso estado.
         São resultados relevantes para a indústria e decorrem dos investimentos realizados no Projeto Sesi Educação Integral, na capacitação de professores e equipe pedagógica, no processo de avaliação dos alunos, nas ferramentas utilizadas em sala de aula e na infraestrutura das escolas. O objetivo, sempre, é o de atender à indústria mineira com a formação de alunos capacitados a enfrentar um mercado de trabalho cada vez mais exigente e ávido por profissionais competitivos e inovadores.
         Esses resultados também decorrem do trabalho voluntário realizado em todo o estado pela Fiemg e, muito especialmente, por seus 138 sindicatos filiados, localizados nas mais diferentes regiões mineiras, onde representam milhares de empresas de todos os setores e segmentos industriais. O que move todos nós é a crença de que a educação é e sempre será fundamental para a construção de uma indústria forte, moderna, diversificada, inovadora, desenvolvedora de tecnologia e capaz de agregar valor ao produto industrial de Minas Gerais. Estes, sabemos todos, são diferenciais competitivos estratégicos em um mundo de economia globalizada e de concorrência cada vez mais intensa.
         Hoje, o Sesi de Minas Gerais é reconhecido como uma das maiores redes de ensino privado do estado, com resultados expressivos nos últimos cinco anos: 69 mil matrículas na educação básica e 32 mil alunos matriculados no programa Educação de Jovens e Adultos. Com o Programa Escola Móvel, o Sesi de Minas esteve presente em 301 municípios mineiros, nos quais formou 39 mil alunos, com taxa de empregabilidade de 79%. Vale dizer: dos 39 mil alunos formados pela Escola Móvel, 30.810 conseguiram trabalho.
         No campo do ensino profissionalizante, é relevante o desempenho das unidades operadas pelo Senai, incluindo 36 unidades operacionais com serviços tecnológicos, 28 laboratórios e mais de três mil empresas atendidas. No CIT – Câmpus Cetec (Centro de Inovação e Tecnologia) estão três institutos e cinco institutos de tecnologia, com 23 mestres e 24 doutores, R$ 149 milhões de investimento em estrutura e clientes do porte da ANP, Aperam, CBMM, Copasa, Fiat, GM, Gasmig, Gerdau, Igam, Iveco, Kinross, Petrobrás, Renault, Rio Tinto, Vale e Votorantim. Em Itajubá, no Sul de Minas, estamos implantando, com previsão de operação, o ISI CEDIIEE, com investimento de R$ 400 milhões, de nove laboratórios.
         Instalado no CIT – Câmpus Cetec, já está em funcionamento o Laboratório Aberto Senai, com atendimento, até agora, de 30 startups, 12 micro e pequenas empresas e 25 mensalistas makers. Também está em pleno andamento o Fiemg Lab, programa criado para funcionar com acelerador de empresas de base tecnológica e startups. O investimento é de R$ 9 milhões e, em uma primeira fase, serão analisados projetos de mais de 100 empresas. No campo da formação de técnicos qualificados para a indústria mineira, o Senai recebeu, no período de 2011 a 2016, 690 mil alunos matriculados em cursos de aprendizagem industrial, cursos técnicos, cursos de qualificação e cursos de aperfeiçoamento. Em 2014 e 2015, alunos, alunos do Senai de Minas Gerais conquistaram, respectivamente, o 1º lugar na Olimpíada do Conhecimento Nacional e na Worldskills, que é a maior competição mundial na área do ensino profissionalizante, com a crença de que educação gera conhecimento, inovação, tecnologia e competitividade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 475,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 328,9%; e já em novembro o IPCA acumulado também nos últimos doze meses chegou a 6,99%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 





sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

A CIDADANIA, A BUSCA DE NOVOS HORIZONTES E OS CAMINHOS DA INDÚSTRIA E DA SUSTENTABILIDADE

“Fim do modelo populista genérico
        Independentemente dos desdobramentos políticos, e da velocidade com que medidas para um real e amplo ajuste nas compras e na estrutura do Estado brasileiro venham a acontecer, o final do ano de 2015 traz uma conclusão clara, quase um vaticínio: o modelo de Estado populista, genérico, não segmentado, chegou ao fim no Brasil. Está esgotado, e encerrado. O que é o modelo populista genérico? É aquele modelo de Estado cujo crescimento nunca tem limites, e parte do princípio de que é normal, e até mesmo obrigação do Estado, gerar ou buscar recursos e responsabilizar-se por assistência direta à população, em todas as instâncias, e formas.
         Esse modelo enxerga conta naturalidade o crescimento vegetativo da folha de pagamento além da inflação, o aumento constante da estrutura de municípios, estados e União, e vê como prioridade secundária a austeridade fiscal, e administrativa. De uma maneira genericamente bem-intencionada, o mais importante é “atender o povo”. Acabam sendo atendidas as corporações, principalmente. Esse modelo está impregnado na maior parte da classe política, de todos os partidos, e no inconsciente da maioria da população brasileira. E, aparentemente, é pleno de boas intenções. Mas, na prática, traz resultados pouco expressivos e resulta em um desastre fiscal e financeiro, que acaba por inviabilizar o funcionamento da máquina pública em seus atributos e funções mais básicos. É o que está acontecendo com a União e a maioria dos estados e municípios brasileiros, hoje. A partir de 2016, com o agravamento da crise econômica gerada pelas distorções do setor público, veremos uma mudança de mentalidade e foco, infelizmente, não por convicção, já que a “mente populista” não muda da noite para o dia, mas, por necessidade. E aí se verão cortes pouco criteriosos, queda brutal de qualidade em serviços essenciais à população, e a precarização de funções típicas e fundamentais de Estado, em nome da manutenção e da priorização da folha de pagamento e das obrigações previdenciárias. Esse tabu já foi quebrado em diversos países, inclusive na França, onde, inclusive, a estabilidade absoluta do funcionalismo é questionada neste exato momento a partir de proposição do ministro da Economia e Finanças, Emmanuel Macron, e cuja quebra tem o apoio majoritário da população.
         O fim da era do estado populista-genérico no Brasil terá, portanto, um momento de transição em 2016 e 2017, em que conviverão os cortes sem critério e a teimosia sobre o modelo populista – gerando mais quebradeiras – até que, gradualmente, se encontrem soluções legais e prevaleça um modelo de reforma institucional de funções, estrutura e controle social que privilegie os serviços públicos, as funções do Estado e não a sua própria estrutura e uma mentalidade assistencialista. De uma maneira geral, é preciso redução estrutural entre 10% e 15% em todo o aparato estatal brasileiro, e nas suas despesas, e esse é um fato inexorável. Dessa forma se encerra, sem choro, vela ou saudade, o modelo populista genérico, que tanto mal fez, e cuja negação inicia um ciclo civilizatório no país.”

(GUSTAVO GRISI. Economista, especialista do Instituto Millenium, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 10 de novembro de 2015, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 3 de dezembro de 2015, mesmo caderno e página, de autoria de OLAVO MACHADO, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Sistema Fiemg), e que merece igualmente integral transcrição:

“Caminhos da indústria
        Para onde caminha a indústria mineira? Quais são as perspectivas do desenvolvimento industrial regional em nosso estado? Quais são as dificuldades enfrentadas pelo setor e quais são as oportunidades? Quais são os melhores projetos para sustentar e estimular o desenvolvimento da economia e da indústria? Como criar um ambiente propício aos negócios? Qual é a responsabilidade do governo, das entidades representativas de classe, das empresas e da sociedade de cada região?
         Importantes e cruciais, essas perguntas começaram a ser respondidas ontem, com o lançamento do Plano de Competitividade Industrial Regional de Minas Gerais (PCIR). Idealizado e desenvolvido pela Fiemg, com a coordenação da Superintendência de Desenvolvimento Industrial e da Gerência de Projetos Coletivos para a Indústria, esse plano tem o ousado objetivo de contribuir para determinar os rumos da indústria mineira nas 12 regiões de planejamento estabelecidas segundo critérios geográficos e econômicos.
         Nos últimos três anos, a Fiemg dedicou-se à formulação do PCIR com a realização de estudos setoriais e regionais extremamente detalhados e que consideraram a realidade de cada uma das regiões. Cumprimos, nesses três anos, uma extensa e intensa agenda compartilhada com os empresários da indústria, formuladores de políticas públicas e privadas de interesse industrial, universidades e, muito especialmente, os centros de pesquisa e de desenvolvimento de tecnologia e lideranças políticas regionais. Nesse trabalho, foi fundamental a colaboração e participação das regionais da Fiemg e dos sindicatos de indústrias representativos dos setores dinamizadores das diversas regiões do estado.
         Nesse momento em que entregamos o PCIR à sociedade mineira, penso que podemos celebrar a conquista da sinergia perfeita entre todos os atores interessados e envolvidos com o desenvolvimento social e econômico de Minas Gerais e que se uniram para investigar, identificar, analisar e priorizar fatores estruturantes capazes de criar um ambiente propício à inovação e ao desenvolvimento de tecnologias capazes de agregar valor ao produto mineiro e de assegurar-lhe competitividade nos mercados brasileiro e internacional.
         O Portal PCIR, lançado ontem, contempla todas as proposições de curto, médio e longo prazo para os 21 setores dinamizadores de Minas, identificados nesses três anos de estudos. No início de 2016, esse mesmo conteúdo estará disponível também em versão impressa e individualizada para cada região do estado, constituindo-se, portanto, em planos regionais e setoriais que podem contribuir decisivamente para o progresso dos municípios mineiros. Nossa expectativa é de que eles sejam utilizados como instrumentos direcionadores do trabalho desenvolvido por organismos públicos e privados comprometidos com o crescimento econômico e o desenvolvimento social de Minas Gerais.
         Em essência, o PCIR coloca à disposição da sociedade mineira um amplo conjunto de proposições direcionadoras para o setor industrial, naturalmente com repercussões sobre os demais setores da economia. Com essa iniciativa, a Federação das Indústrias de Minas Gerais renova e reafirma o compromisso de fazer do desenvolvimento regional uma prioridade permanente, por considerá-lo o melhor caminho para reduzir desigualdades e democratizar oportunidades para todas as regiões do estado com a criação de ambiente propício ao crescimento econômico e desenvolvimento social.
         O agravamento do quadro recessivo da economia brasileira para este e os próximos anos – a previsão é de crescimento negativo de 4% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, segundo balanço divulgado pelo IBGE – mostra, mais que nunca, que é preciso empenhar todos os esforços visando a retomada do crescimento da economia de forma consistente, duradoura e sustentável. Esse, exatamente, é o objetivo do PCIR.
         É preciso entender e compreender, no entanto, que, embora relevante e estratégico, o PCIR é apenas um primeiro passo, um projeto. Fazer dele um efetivo instrumento de crescimento econômico e desenvolvimento social é missão de todos os segmentos da sociedade, que precisam se unir, solidariamente, para garantir sua execução. O que esperamos é que o PCIR funcione como instrumento de sensibilização e mobilização dos setores público e privado em um grande e solidário mutirão por Minas Gerais.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)      a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);

     b)      o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a estratosférica marca de 414,30% para um período de doze meses; e mais, em outubro, o IPCA acumulado nos últimos doze meses chegou a 9,93%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

     c)       a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2015, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,356 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 868 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”  


   

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A CIDADANIA, A FORÇA DA HARMONIA E SERENIDADE E OS CAMINHOS DA SUSTENTABILIDADE

“Como alcançar a harmonia e 
a serenidade nos dias atuais
        No decorrer da vida podemos perceber que para estar sadios é importante cultivarmos a serenidade. Mas como conseguir isso? Como não nos deixarmos afetar pelo que sucede à nossa volta?
         Primeiro, temos de tomar consciência de que a serenidade é um estado que vem de dentro de nós, do nosso interior. Dessa forma, nada que esteja fora de nós deve ser empecilho para manifestarmos esse estado. Podemos desenvolvê-lo quando adquirimos neutralidade diante dos acontecimentos e seguimos nosso caminho sem dispersão ou desordem. Quem conquista essa atitude se torna como uma fortaleza e não se abala com circunstâncias.
         A serenidade não depende de fatores externos; por isso, é inútil busca-la em pessoas, em situações ou em ambientes. E, como já dissemos, poderá ser encontrada somente dentro de nós. Por outro lado, o mundo é o nosso campo de trabalho para exercitá-la. A vida atual, tão atribulada para a maioria, é uma prova para testar o grau de serenidade que podemos atingir e, ao mesmo tempo, um estímulo para robustecê-la.
         Desenvolvemos a serenidade ao estabelecermos um ritmo ordenado e harmonioso em nosso dia a dia.
         A maioria das pessoas não cuida disso espontaneamente e, para que possam desenvolver ordem e disciplina, quase sempre a vida lhes apresenta um ritmo compulsório, como por exemplo: horários rígidos a cumprir, dias certos de repouso. Mas quem voluntariamente distribui as atividades em horários regulares, de modo flexível e com atenção à ordem, tem como resultado um cotidiano que facilita a serenidade.
         Ao nos adestrarmos na disciplina de uma vida ritmada, deixamos de ficar ansiosos para que as coisas comecem ou terminem segundo nossas expectativas, quase sempre sem fundamento real. Assim, podemos canalizar a atenção, o pensamento e o sentimento para o momento presente, e não para um futuro que imaginamos. Assim, a rotina diária não mais nos incomodará e, finalmente, poderemos perceber que a vida jamais termina – nossa existência, então, liberta-se dos limites do tempo.
         Vivendo o ritmo diário com sabedoria, aprendemos a usar o tempo corretamente. Isso permite que, ao iniciarmos uma nova tarefa, nos sintamos restaurados. E, mesmo quando necessitamos de repouso, nosso estado físico já não será de desgaste ou inquietação, porque evitamos dispersões e permanecemos inteiros, atentos ao que estávamos fazendo. Desse modo, os períodos de renovação, tais como sono e repouso, têm efeitos mais abrangentes.
         Alcançamos a serenidade pelo alinhamento da nossa consciência humana, exterior, com níveis espirituais da alma. Isso pode ser conseguido mais facilmente depois de termos imprimido um ritmo harmonioso na vida diária.
         Importante seria reservarmos um momento durante o dia para estar em quietude. Nesse momento, com o cérebro descansado, assistimos ao que se passa na mente. O que faremos a partir daí vai depender do nosso temperamento e do tipo de pensamentos que emergirem. Podemos simplesmente vê-los passar ou procurar transformá-los. Com o tempo, os pensamentos vão-se acalmando e entramos então em outra fase: a de observar a respiração, sem interferir, entretanto, em seu ritmo natural.
         Esse aquietamento deve ser realizado sem preocupação com resultados. Podemos praticá-lo durante anos a fio, aparentemente sem resultado algum. Mas um dia nos damos conta de que nossa mente ficou mais calma, mais concentrada, e por fim nos encontramos serenos.”

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 1 de novembro de 2015, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 19 de novembro de 2015, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de OLAVO MACHADO, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Sistema Fiemg), e que merece igualmente integral transcrição:

“Carta da Indústria
        O Brasil atravessa um dos momentos mais complexos de sua história. Nesta conjuntura, são fundamentais correção de rotas, sentido de3 urgência e enfrentamento de questões econômicas, políticas e institucionais, que são obstáculos ao desenvolvimento pleno do país. Essas questões estão explicitadas na Carta da Indústria, divulgada no 10º Encontro Nacional da Indústria (Enai)), que contou com a participação de uma delegação de 55 industriais mineiros coordenados pela Fiemg. O documento identifica os principais problemas e contém propostas para a superação da crise.
         A raiz dos problemas do Estado brasileiro está nas dificuldades de governança e de governabilidade. Entre os obstáculos, estão o aumento contínuo dos gastos públicos, as pressões pelo aumento da carga tributária, a insegurança jurídica e a ineficiência do Estado. Entendemos que tudo isso reduz a produtividade, a única forma de crescimento sustentável com aumento do bem-estar. A combinação dos problemas de governança com a complexidade regulatória gera uma percepção de paralisia, inércia e falta de evolução em temas centrais para a competitividade da economia.
         A Carta da Indústria aponta as ações indispensáveis para o país voltar a crescer. Na visão dos empresários, os compromissos fundamentais são:
         Ajuste macroeconômico. A estabilidade e a previsibilidade são fundamentais para o crescimento. É essencial garantir as condições para o equilíbrio das contas públicas e o controle da inflação. Mas esse ajuste tem de ser alcançado com uma agenda crível e com uma trajetória que gere confiança nos agentes sobre a sua sustentabilidade e eficácia.
         Sustar iniciativas fiscais desequilibradoras. É fundamental sustar iniciativas que agravam o quadro fiscal de longo prazo, aumentam os custos para as empresas, deterioram as condições de competitividade e geram incertezas sobre o futuro.
         Qualidade do ajuste fiscal. O problema fiscal brasileira deve ser enfrentado de forma estrutural. As fontes de pressão sobre o gasto público precisam ser combatidas na origem. Regras automáticas de expansão das despesas e falta de atenção às mudanças demográficas precisam ser revistas. Ao não enfrentar as fontes de pressão, criam-se as condições para ajustes provisórios e de baixa qualidade que penalizam investimentos e elevam a ineficiência do Estado. E mais grave: antecipam a necessidade de ajustes que amplificam a insegurança sobre o futuro.
         Carga tributária. É inaceitável o aumento da carga tributária, seja pela criação de novos tributos ou pela elevação das alíquotas dos existentes. O aumento de recursos precisa vir da racionalização das despesas e do crescimento da economia.
         Simplificação radical do ambiente de negócios e melhoria da qualidade regulatória. É preciso mudanças na percepção dos produtores e investidores sobre a qualidade do ambiente de negócios no Brasil – notadamente nas áreas tributária e de relações de trabalho – e que se destravem os obstáculos regulatórios que inibem as decisões de investimentos de vários setores da economia brasileira.
         Foco nas exportações. Garantir foco nas exportações por meio de iniciativas que promovam a desburocratização, facilitação do comércio, abertura de mercados e mudança de preços relativos que tornem atraente a atividade exportadora.
         Infraestrutura. É a grande oportunidade para a economia brasileira. As mudanças mais expressivas dos marcos regulatórios foram feitas. O fundamental é atuar para que as condições de atração de investimento sejam realistas, rentáveis e seguras. A qualificação e independência das agências reguladoras é uma condição importante para aumentar a segurança jurídica dos investidores.
         Produtividade e inovação. O desenho das políticas e as iniciativas  empresariais devem privilegiar a produtividade e a inovação. É importante que o ajuste macroeconômico não desative instrumentos e ativos que não podem sofrer interrupções, a exemplo das atividades de pesquisa & desenvolvimento.
         O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, afirmou que é preciso ação, construção de consensos e firme decisão política para fazer as reformas de que o pais necessita para crescer. Ele defendeu uma reforma da Previdência, avanços no sistema tributário, nas relações de trabalho e na regulação das concessões. E destacou a importância de os empresários se mobilizarem para viabilizar as reformas que vão elevar a competitividade.
         O momento exige transformações abrangentes. É preciso que o setor público se comprometa com uma profunda melhoria do ambiente de negócios no Brasil. A agenda passa pelo reequilíbrio macroeconômico, pois a estabilidade e a previsibilidade são condições fundamentais para o crescimento. Mas o ajuste precisa ser rápido e cirúrgico para minimizar os custos que o acompanham.
         O problema fiscal deve ser enfrentado de forma estrutural. Neste sentido, é necessário rever regras automáticas de expansão dos gastos, assim como se deve dar atenção às mudanças demográficas que afetam a Previdência Social.
         A CNI defende a aprovação de outros avanços, como na estrutura tributária, nas relações de trabalho, na regulação das concessões e na abertura de mercados para facilitar as trocas no comércio exterior. Em um momento como este, torna-se inoportuna a proposta do governo de elevar impostos. Fazemos coro às palavras do presidente Robson Andrade e rejeitamos, peremptoriamente, as constantes propostas de criação de impostos e de aumento dos já existentes. Não aceitamos a ressurreição da CPMF. Quem produz e cria empregos neste país não suporta mais tantos obstáculos e burocracia à produtividade e à competitividade. São desiguais os sacrifícios impostos aos empresários e empresas. O setor bancário precisa ser mais transparente, assim como o tratamento da dívida e seu serviço. A população não aguenta mais tanto imposto a receber serviços de péssima qualidade. Revisar de maneira independente nossa Constituição é fundamental para equalizar os muitos direitos e poucos deveres. A conta não fecha.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)      a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);

     b)      o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a estratosférica marca de 414,30% para um período de doze meses; e mais, também em setembro, o IPCA acumulado nos últimos doze meses chegou a 9,49%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

     c)       a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2015, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,356 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 868 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”