“Reflexões
sobre poder e corrupção
Partirei
do princípio de que o conceito “poder” é, foi e sempre será o maior desejo do
ser humano. De pequenos poderes – ser chefe numa empresa, síndico de um prédio,
o preferido da turma, o mais temido da galera – passando por poderes que a
sociedade valoriza – chefe de família, líder comunitário, presidente de alguma
associação ou clube –, chegando ao poder constituído – vereador, deputado,
senador, ministro, juiz e por aí vai. O certo é que, desde que o mundo é mundo
e em busca dos poderes econômico, político, social, religioso, milhões morrem
em guerras e catástrofes e por fome e ódio. Os poucos líderes que manipulam o
poder se vão, após “venderem caro suas almas”.
Desfazendo-se
aos nossos olhos, queimando em fogueiras de vaidades! Viciados pela doença do
poder, contaminados pela “mosca azul” que infecta a política, a economia e os
três Poderes constituídos, nossos falsos messias se embriagam nas ilusões, na
idolatria falsa que ergue monumentos, depois os depreda, que os ama e, logo
após, os odeia, pois é assim que a humanidade sempre caminhou.
Assistimos
impassíveis – afinal brasileiros são pacíficos e bastam futebol, samba,
cerveja, carnaval e baladas decadentes, porém eternos políticos –
“autoridades”, incluindo religiosas, sociais, classistas, jurídicas,
executivas, empresariais e semelhantes, nos conduzindo a abismos colossais e
seguimos, ainda que injuriados, espantados com a cara de pau dos nossos líderes
falando que moramos num país tropical, abençoado por Deus e bonito por
natureza! Apertado em ônibus, preso em trânsito, com péssimas saúde e educação,
pagando absurdos por serviços horrorosos, ficamos esperando “opa disso,
Olimpíada daquilo”, ou “bolsa-faz-de-conta-que-tá-tudo-bem”. Afinal, nunca
antes no Brasil ... Cada líder descobre que foi ele que descobriu o país.
Nesse
filme, somos apenas os espectadores, que pagamos caro o ingresso, apanhamos na
fila para entrar, não conseguimos sentar na sala vip, passamos fome e sede e,
ainda, perdemos o jogo. Somos lanterninhas, segunda divisão em saúde, educação,
moradia! Mas, calma, hão que comemorar, afinal, brasileiro adora título: somos
a quinta economia do mundo! E campeões na corrupção!
Por
falar em corrupção, ela é tudo isso que fazemos no dia a dia: molhar a mão do
guarda, comprar do cambista, fingir que está doente para não trabalhar e matar
aula. Sim, tudo que é grande começou minúsculo. Mas a corrupção do outro é
sempre o pior!
Fica a
sabedoria do ditado indígena: “a consciência é uma pedra pontiaguda: se age
mal, a pedra rola e a consciência dói. Se continua com as más ações, a pedra
esmerilha e já não há mais dor”! Quanto a mim, desejo que minha consciência
sempre doa, quando eu transgredir meus parâmetros, moralidades. Pois tentação
nunca falta! Uma coisa: meus 30 anos lidando com comportamento e mais de 64 mil
clientes atendidos permitem que eu diga: nunca vi um poderoso, corrupto, feliz
e com paz de espírito!
Acorda
Brasil! Acorda mundo! Vamos construir um novo tempo!”
(EDUARDO
AQUINO. Escritor e neurocientista em artigo publicado no jornal SUPER NOTÍCIA, edição de 2 de junho de
2013, caderno CIDADES, coluna
Bem-vindo à Vida, crônicas sobre o comportamento e o relacionamento humano,
página 2).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 2 de junho
de 2013, caderno MEGACLASSIFICADOSADMITE-SE, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2, de
autoria de HOMERO REIS, que é coach,
e que merece igualmente integral transcrição:
“A
difícil arte de trabalhar em equipe
As transformações que
ocorrem nas organizações não são apenas relacionadas com processos e
estruturas, abrangem especialmente as relações entre as pessoas e dessas com o
trabalho. A transição do trabalho individualizado para o trabalho em
equipe exige o desenvolvimento de novas
habilidades nos gestores. Com essas mudanças nas características do mundo do
trabalho, cresce cada vez mais a importância de desenvolver habilidades para
lidar com as pessoas e com as equipes.
Trabalhar
em equipe é parte essencial da vida profissional. O trabalho em equipe
tornou-se a prática preferida das instituições, à medida que sistemas hierárquicos
tradicionais dão lugar a métodos de trabalho mais polivalentes e
horizontalizados. Para que os gestores desenvolvam um bom trabalho em suas
equipes, é preciso integrar seus componentes, envolver todos em torno do mesmo
objetivo, manter a motivação, maximizar o desempenho do grupo, conduzir os
trabalhos mantendo o foco na missão corporativa, avaliar os resultados
alcançados, entre outras coisas.
Nesse
sentido, coordenar os trabalhos de uma equipe envolve uma série de habilidades
e competências para a gestão. É necessário criar integração entre os membros do
grupo para que o trabalho flua em direção às metas coletivas.
Mediante
o trabalho, o ser humano, ao produzir algo, produz também a si próprio. A
atividade individualizada, isolada, muitas vezes não consegue alcançar os
resultados esperados, dada a fragmentação existente na divisão do trabalho e os
limites do próprio ser humano no desenvolvimento da tarefa. A interação
propiciada pelo trabalho em grupo vem contribuir, e muito, para que haja um enriquecimento
sempre maior dos membros que participam da atividade pela influência inevitável
que ocorre entre todos.
Os
melhores talentos de uma pessoa impulsionam os melhores de outra e de mais
outra, para produzir resultados muito além do que qualquer uma delas poderia
conseguir individualmente.
Tornam-se
cada vez mais vitais as equipes de pessoas a que podemos recorrer para obter
informação e conhecimento especializado – isto inclui companheiros de
repartição, colegas de profissão, parceiros e outros a quem podemos enviar
mensagens eletrônicas. Não há dúvida de que a capacidade do grupo pode ser mais
poderosa do que a do indivíduo.
O
grupo surge oferecendo mais vantagens para a organização do trabalho de uma
forma geral. Mas o fato de as pessoas estarem trabalhando juntas não é
suficiente para garantir a eficácia do que está sendo feito.
Ao
interagir, cada grupo constrói um clima emocional próprio por meio das relações
de troca entre seus membros. Um grupo dificilmente trabalhará como equipe se
não desenvolver uma razoável competência interpessoal. Aperfeiçoando suas
habilidades de comunicação, de liderança, de divisão de tarefas e papéis, de
negociação e de abertura para a mudança. O clima criado no grupo afeta o
trabalho e o desempenho global, caracterizando tendências de coesão e
integração de esforços ou competição e desagregação.
Um
grupo transforma-se em equipe quando passa a prestar atenção à sua forma de
trabalhar e procura resolver os problemas que afetam o seu funcionamento. Seu
crescimento e desenvolvimento resultam no modo como os conflitos são
enfrentados e resolvidos. Quando as equipes trabalham no seu ponto máximo, com
participação ativa de seus integrantes, os resultados podem, mais do que apenas
se somar, se multiplicar. A explicação desse aspecto do desempenho da equipe
está nos relacionamentos dos seus membros, na química entre eles.
Os
seres humanos são os componentes
essenciais da equipe. Nossos relacionamentos sociais singularmente complexos
constituem uma vantagem crucial para a sobrevivência desde os tempos mais
remotos. O próprio Darwin foi o primeiro a considerar que “os grupos humanos
cujos membros estavam prontos para trabalhar em conjunto em prol do bem comum
sobreviviam melhor e tinham mais descendentes do que aqueles cujos membros
agiam em benefício próprio, ou do que os indivíduos que não faziam parte de
grupo algum”.
É
verdade que o futuro pertence a organizações baseadas em equipes. O trabalho de
equipe é considerado um caminho testado para aumentar a qualidade do serviço,
reduzir os custos, aumentar a produtividade e promover a satisfação de todos os
envolvidos.”
Eis, pois, mais páginas contendo importantes,
adequadas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise
de liderança de nossa história - que é
de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e urgente
necessidade de profundas mudanças em
nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de
questões deveras cruciais como:
a) a
educação – universal e de qualidade, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas;
b) o
combate, implacável e sem trégua,
aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente e
diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja,
próximos de zero; II – a corrupção, como
um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, em todas as suas
modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, inexoravelmente
irreparáveis;
c) a
dívida pública brasileira, com
projeção para 2013, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$ 1
trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos
(apenas com esta rubrica, previsão de R$ 610 bilhões), também a exigir uma
imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tanta
sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa
capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de extremas e sempre crescentes necessidades
de ampliação e modernização de
setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; a moradia; saneamento
ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados,
macrodrenagem urbana, logística reversa); meio
ambiente; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; assistência social; previdência social;
segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia
federal; defesa civil; pesquisa e desenvolvimento; logística; ciência,
tecnologia e inovação; sistema financeiro nacional; comunicações; esporte,
cultura e lazer; turismo; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade,
produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que,
de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela cidadania e
qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada,
qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que
possa partilhar suas extraordinárias e abundantes riquezas, oportunidades e
potencialidades com todas as
brasileiras e com todos os
brasileiros, especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a
Copa das Confederações neste mês, a 27ª Jornada Mundial da Juventude no Rio de
Janeiro em julho; a Copa do Mundo de 2014; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC
e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da
globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do
conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um
possível e novo mundo da justiça, da
liberdade, da paz, da igualdade – e com
equidade –, e da fraternidade
universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a
nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...
O
BRASIL TEM JEITO!...