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sexta-feira, 23 de maio de 2014

A CIDADANIA E OS DESAFIOS DA NOVA LIDERANÇA E DOS PRECONCEITOS

“O líder e a atual encruzilhada humana
       
          Estamos vivendo uma era de transformações. A realidade do mundo moderno, as inovações tecnológicas e as mudanças nos padrões culturais e sociais estão alterando sensivelmente as relações do ser humano com seu ambiente familiar e corporativo.
          Antes vivíamos conectados com a natureza, a terra, a água, as coisas que nos faziam bem. Hoje estamos, durante todo o tempo, conectados a um smartphone e a internet, compartilhando individualidades, em uma busca desenfreada pela exposição e com um sentimento de competição. Por fim, fica a sensação de que o dia foi insuficiente para resolver todas as nossas tarefas.
          Nossos amigos agora são virtuais; compartilhamos mensagens em vez de emoções. Pergunto-me se e pergunto-lhes será esse o caminho para o desenvolvimento da humanidade. Se a informação por si só nos levasse a bons lugares, estaríamos vivendo no paraíso. Entretanto, as pessoas estão cada vez mais querendo disputar e demonstrar um status econômico e social. Isso faz com que elas sofram dentro do ambiente corporativo.
          Sabemos que uma organização se faz com a união de pessoas focadas em trabalhar, se organizar e ganhar dinheiro, pois necessitam satisfazer suas necessidades pessoais e econômicas. Nesse ambiente, a palavra solidariedade deve caminhar junto à competitividade e, infelizmente, não é o que observamos atualmente. As pessoas, cada vez mais, tem visto seus colegas de trabalho como concorrentes ou ameaças. Isso gera um sofrimento por estresse, doenças psicossociais ou até físicas e apatia no trabalho. Elas vivem a segunda-feira como um martírio e terminam a sexta-feira como se estivessem saindo de uma prisão.
          De acordo com pesquisa realizada pela International Stress Management Association, no Brasil, quase metade dos profissionais, hoje, está apresentando sintomas de estresse. E o trabalho é a principal causa disso. Ainda segundo a pesquisa, quase 71% das pessoas entrevistadas apontaram a falta de tempo, as relações e o excesso de tarefas como causas primordiais do estresse.
          Diante desse cenário sem perspectivas de mudanças em curto prazo, a figura do novo líder desponta como fator transformador dentro das organizações e na sociedade. Grandes líderes sempre motivaram grandes mudanças movendo as pessoas e as nações pela inspiração, pelo exemplo e pelas atitudes.
          Segundo o físico quântico indiano Amit Goswani, em seminário recente no Brasil, o novo líder deve basear-se no princípio de amor no cérebro, liberando o medo e a necessidade de controle, para deixar a intuição influir. O papel do novo líder é esse. Motivar, transformar ambientes corporativos, defender e proteger o meio ambiente, zelar pelos valores éticos e morais; ser uma vela sempre acesa, inspirando a transformação em outras pessoas. E para isso, é preciso investir fundo no autoconhecimento.
          Um verdadeiro líder precisa, antes de tudo, alcançar a liderança de sua própria vida, para depois seguir como exemplo de transformação. O exemplo de Nelson Mandela como um líder, que passou por um processo profundo de autoconhecimento durante seu exílio e prisão mostrou como ele ficou depois disso, preparado para conduzir uma revolução no seu país e promover mudanças que repercutiram em todo o mundo. Essa é a encruzilhada atual da humanidade. Ou investimos nesse caminho de autoconhecimento, estando preparados para as mudanças necessárias, ou ficamos reféns dos modelos mentais coletivos, correndo o risco de passar a vida sem deixar um legado.”

(GLAUCUS PASSOS BOTINHA. Diretor do grupo Selpe Recursos Humanos e diretor da Associação Comercial e Empresarial de Minas, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de maio de 2014, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 21 de maio de 2014, caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de FREI BETTO, escritor, autor de A obra do artista – uma visão holística do Universo (José Olympio), entre outros livros, e que merece igualmente integral transcrição:

“Preconceitos
       
          García Márquez, em Doze contos peregrinos, conta a história de um cachorro que, todos os domingos, era encontrado no cemitério de Barcelona, junto ao túmulo de Maria dos Prazeres, uma ex-prostituta.
          Com certeza se inspirou nas histórias reais de Bobby, um terrier de Edimburgo, Escócia, que durante 14 anos guardou o túmulo de seu dono, enterrado em 1858. Pessoas comovidas com a sua fidelidade cuidavam de alimentá-lo. O animal foi sepultado ao lado e, hoje, há ali uma pequena escultura dele e uma lápide, na qual gravaram: “Que a sua lealdade e devoção sejam uma lição para todos nós”.
          Em Tóquio, ergueram também uma estátua na estação Shibuya, em homenagem a Hachiko, cão da raça Akita que todos os dias ali aguardava seu dono retornar do trabalho. O homem morreu em 1925. Durante 11 anos o cachorro foi aguardá-lo na mesma hora em que costumava regressar. Hoje, a estação tem o nome do animal.
          Cães e seres humanos são mamíferos e, como tal, exigem cuidados permanentes, em especial na infância, na doença e na velhice. Manter vínculos de afeto é essencial à felicidade da espécie humana. A Declaração da Independência dos EUA teve a sabedoria de incluir o direito à felicidade, considerada uma satisfação das pessoas com a própria vida.
          Pena que atualmente muitos estadunidenses considerem a felicidade uma questão de posse, e não de dom. Daí a infelicidade geral da nação, traduzida no medo à liberdade, nas frequentes matanças, no espírito bélico, na indiferença para com a preservação ambiental e as regiões empobrecidas do mundo.
          É o chamado “mito do macho”, segundo o qual a natureza foi feita para ser explorada, a guerra é intrínseca à espécie humana, como acreditava Churchill; e a liberdade individual está acima do bem-estar da comunidade.
          O darwinismo social é uma ideologia cujos hipotéticos fundamentos já foram derrubados pela ciência, em especial a biologia e a antropologia. Basta ler os trabalhos do pesquisador Frans de Waal, editados no Brasil pela Companhia das Letras. Essa ideologia foi introduzida na cultura ocidental pelo filósofo inglês Herbert Spencer, que no século 19 deslocou supostas leis da natureza, indevidamente atribuídas a Darwin, para o mundo dos negócios. John D. Rockfeller chegou ao ponto de atribuir à riqueza um caráter religioso ao afirmar que a acumulação de uma grande fortuna “nada mais é que o resultado de uma lei da natureza e de uma lei de Deus”.
          Na natureza há mais cooperação que competição, afirmam hoje os cientistas. O conceito de seleção natural de Darwin deriva de sua leitura de Thomas Malthus, que em 1798 publicou um ensaio sobre o crescimento populacional. Malthus afirmava que a população que crescer à velocidade maior que o seu estoque de alimentos seria inevitavelmente reduzida pela fome.
          Spencer agarrou essa ideia para concluir que, na sociedade, os mais aptos progridem à custa dos menos aptos e, portanto, a competição é positiva e natural. E os que são cegos às verdadeiras causas da desigualdade social alegam que a miséria decorre do excesso de pessoas neste planeta, e que medidas rigorosas de limitação da natalidade devem ser aplicadas.
          Nem Malthus nem Spencer colocaram uma questão muito simples que, em dados atuais, merece resposta: se somos 7 bilhões de seres humanos e, segundo a FAO, produzimos alimentos para 12 bilhões de bocas, como justificar a desnutrição de 1,3 bilhão de pessoas? A resposta é óbvia: não há excesso de bocas, há falta de justiça.
          Quanto mais são derrubadas barreiras entre classes, hierarquias, pessoas de cor de pele diferente, mais os privilegiados e seus ideólogos se empenham em busca de possíveis justificativas para provar que, entre humanos, uns são naturalmente mais aptos que outros.
          Outrora, os nobres eram considerados uma espécie diferente, dotada de “sangue azul”. Como quase não tomavam sol e tinham a pele muito branca, as veias das mãos e dos braços davam essa impressão.
          Com a Revolução Industrial, gente comum se tornou rica, superando em fortuna a nobreza. Foi preciso então uma nova ideologia para tranquilizar aqueles que galgam o pico da opulência sem olhar para trás. “Que o Estado e a Igreja cuidem dos pobres”, insistiam eles. E tão logo o Estado e A Igreja passaram a dar atenção aos pobres (e é bom frisar, sem deixar de cuidar dos ricos, que o digam o BNDES e a Cúria Romana), como no caso do Estado de bem-estar social, do socialismo e da Teologia da Libertação, os privilegiados puseram a boca no trombone, demonizando as políticas sociais, acusadas de gastos excessivos, e a “opção pelos pobres” da Igreja.
          Preconceitos e discriminações não nascem na natureza. Brotam em nossas cabeças e contaminam as nossas almas.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas transformações em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)    a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos (por exemplo, os sempre crescentes congestionamentos especialmente nas regiões metropolitanas...);

     c)    a dívida pública brasileira, com projeção para 2014, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 654 bilhões), a exigir igualmente uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais particularmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Copa do Mundo; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...

O BRASIL TEM JEITO!...
  
           


quarta-feira, 5 de junho de 2013

A CIDADANIA, O PODER, A CORRUPÇÃO E A ARTE DE TRABALHAR EM EQUIPE

“Reflexões sobre poder e corrupção
         
          Partirei do princípio de que o conceito “poder” é, foi e sempre será o maior desejo do ser humano. De pequenos poderes – ser chefe numa empresa, síndico de um prédio, o preferido da turma, o mais temido da galera – passando por poderes que a sociedade valoriza – chefe de família, líder comunitário, presidente de alguma associação ou clube –, chegando ao poder constituído – vereador, deputado, senador, ministro, juiz e por aí vai. O certo é que, desde que o mundo é mundo e em busca dos poderes econômico, político, social, religioso, milhões morrem em guerras e catástrofes e por fome e ódio. Os poucos líderes que manipulam o poder se vão, após “venderem caro suas almas”.
         Desfazendo-se aos nossos olhos, queimando em fogueiras de vaidades! Viciados pela doença do poder, contaminados pela “mosca azul” que infecta a política, a economia e os três Poderes constituídos, nossos falsos messias se embriagam nas ilusões, na idolatria falsa que ergue monumentos, depois os depreda, que os ama e, logo após, os odeia, pois é assim que a humanidade sempre caminhou.
         Assistimos impassíveis – afinal brasileiros são pacíficos e bastam futebol, samba, cerveja, carnaval e baladas decadentes, porém eternos políticos – “autoridades”, incluindo religiosas, sociais, classistas, jurídicas, executivas, empresariais e semelhantes, nos conduzindo a abismos colossais e seguimos, ainda que injuriados, espantados com a cara de pau dos nossos líderes falando que moramos num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza! Apertado em ônibus, preso em trânsito, com péssimas saúde e educação, pagando absurdos por serviços horrorosos, ficamos esperando “opa disso, Olimpíada daquilo”, ou “bolsa-faz-de-conta-que-tá-tudo-bem”. Afinal, nunca antes no Brasil ... Cada líder descobre que foi ele que descobriu o país.
         Nesse filme, somos apenas os espectadores, que pagamos caro o ingresso, apanhamos na fila para entrar, não conseguimos sentar na sala vip, passamos fome e sede e, ainda, perdemos o jogo. Somos lanterninhas, segunda divisão em saúde, educação, moradia! Mas, calma, hão que comemorar, afinal, brasileiro adora título: somos a quinta economia do mundo! E campeões na corrupção!
         Por falar em corrupção, ela é tudo isso que fazemos no dia a dia: molhar a mão do guarda, comprar do cambista, fingir que está doente para não trabalhar e matar aula. Sim, tudo que é grande começou minúsculo. Mas a corrupção do outro é sempre o pior!
         Fica a sabedoria do ditado indígena: “a consciência é uma pedra pontiaguda: se age mal, a pedra rola e a consciência dói. Se continua com as más ações, a pedra esmerilha e já não há mais dor”! Quanto a mim, desejo que minha consciência sempre doa, quando eu transgredir meus parâmetros, moralidades. Pois tentação nunca falta! Uma coisa: meus 30 anos lidando com comportamento e mais de 64 mil clientes atendidos permitem que eu diga: nunca vi um poderoso, corrupto, feliz e com paz de espírito!
         Acorda Brasil! Acorda mundo! Vamos construir um novo tempo!”

(EDUARDO AQUINO. Escritor e neurocientista em artigo publicado no jornal SUPER NOTÍCIA, edição de 2 de junho de 2013, caderno CIDADES, coluna Bem-vindo à Vida, crônicas sobre o comportamento e o relacionamento humano, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 2 de junho de 2013, caderno MEGACLASSIFICADOSADMITE-SE,  coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2, de autoria de HOMERO REIS, que é coach, e que merece igualmente integral transcrição:

“A difícil arte de trabalhar em equipe
        
          As transformações que ocorrem nas organizações não são apenas relacionadas com processos e estruturas, abrangem especialmente as relações entre as pessoas e dessas com o trabalho. A transição do trabalho individualizado para o trabalho em equipe  exige o desenvolvimento de novas habilidades nos gestores. Com essas mudanças nas características do mundo do trabalho, cresce cada vez mais a importância de desenvolver habilidades para lidar com as pessoas e com as equipes.
         Trabalhar em equipe é parte essencial da vida profissional. O trabalho em equipe tornou-se a prática preferida das instituições, à medida que sistemas hierárquicos tradicionais dão lugar a métodos de trabalho mais polivalentes e horizontalizados. Para que os gestores desenvolvam um bom trabalho em suas equipes, é preciso integrar seus componentes, envolver todos em torno do mesmo objetivo, manter a motivação, maximizar o desempenho do grupo, conduzir os trabalhos mantendo o foco na missão corporativa, avaliar os resultados alcançados, entre outras coisas.
         Nesse sentido, coordenar os trabalhos de uma equipe envolve uma série de habilidades e competências para a gestão. É necessário criar integração entre os membros do grupo para que o trabalho flua em direção às metas coletivas.
         Mediante o trabalho, o ser humano, ao produzir algo, produz também a si próprio. A atividade individualizada, isolada, muitas vezes não consegue alcançar os resultados esperados, dada a fragmentação existente na divisão do trabalho e os limites do próprio ser humano no desenvolvimento da tarefa. A interação propiciada pelo trabalho em grupo vem contribuir, e muito, para que haja um enriquecimento sempre maior dos membros que participam da atividade pela influência inevitável que ocorre entre todos.
         Os melhores talentos de uma pessoa impulsionam os melhores de outra e de mais outra, para produzir resultados muito além do que qualquer uma delas poderia conseguir individualmente.
         Tornam-se cada vez mais vitais as equipes de pessoas a que podemos recorrer para obter informação e conhecimento especializado – isto inclui companheiros de repartição, colegas de profissão, parceiros e outros a quem podemos enviar mensagens eletrônicas. Não há dúvida de que a capacidade do grupo pode ser mais poderosa do que a do indivíduo.
         O grupo surge oferecendo mais vantagens para a organização do trabalho de uma forma geral. Mas o fato de as pessoas estarem trabalhando juntas não é suficiente para garantir a eficácia do que está sendo feito.
         Ao interagir, cada grupo constrói um clima emocional próprio por meio das relações de troca entre seus membros. Um grupo dificilmente trabalhará como equipe se não desenvolver uma razoável competência interpessoal. Aperfeiçoando suas habilidades de comunicação, de liderança, de divisão de tarefas e papéis, de negociação e de abertura para a mudança. O clima criado no grupo afeta o trabalho e o desempenho global, caracterizando tendências de coesão e integração de esforços ou competição e desagregação.
         Um grupo transforma-se em equipe quando passa a prestar atenção à sua forma de trabalhar e procura resolver os problemas que afetam o seu funcionamento. Seu crescimento e desenvolvimento resultam no modo como os conflitos são enfrentados e resolvidos. Quando as equipes trabalham no seu ponto máximo, com participação ativa de seus integrantes, os resultados podem, mais do que apenas se somar, se multiplicar. A explicação desse aspecto do desempenho da equipe está nos relacionamentos dos seus membros, na química entre eles.
         Os seres humanos  são os componentes essenciais da equipe. Nossos relacionamentos sociais singularmente complexos constituem uma vantagem crucial para a sobrevivência desde os tempos mais remotos. O próprio Darwin foi o primeiro a considerar que “os grupos humanos cujos membros estavam prontos para trabalhar em conjunto em prol do bem comum sobreviviam melhor e tinham mais descendentes do que aqueles cujos membros agiam em benefício próprio, ou do que os indivíduos que não faziam parte de grupo algum”.
         É verdade que o futuro pertence a organizações baseadas em equipes. O trabalho de equipe é considerado um caminho testado para aumentar a qualidade do serviço, reduzir os custos, aumentar a produtividade e promover a satisfação de todos os envolvidos.”

Eis, pois, mais páginas contendo importantes, adequadas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história  - que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
     
     a)     a educação – universal e de qualidade, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, inexoravelmente irreparáveis;
     
     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2013, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 610 bilhões), também a exigir uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tanta sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos);  a educação; a saúde; a moradia; saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; pesquisa e desenvolvimento; logística; ciência, tecnologia e inovação; sistema financeiro nacional; comunicações; esporte, cultura e lazer; turismo; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que possa partilhar suas extraordinárias e abundantes riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros, especialmente no horizonte de investimentos bilionários  previstos e que contemplam eventos como a Copa das Confederações neste mês, a 27ª Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em julho; a Copa do Mundo de 2014; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...


O BRASIL TEM JEITO!...