(Outubro
= mês 14; faltam 10 meses para a Olimpíada 2016)
“Mutirão
em apoio aos pequenos negócios
O ano de 2015 tem sido
de grandes desafios para os empreendedores. As dificuldades na economia exigem
dos empresários uma gestão ainda mais eficiente do negócio para permanecer no
mercado. Mais do que nunca, é hora de melhorar o desempenho, cortar custos,
garantir um bom atendimento e inovar.
Por
isso, o Sebrae inicia hoje, 21/9, a maior ação de capacitação de pequenos
negócios que já promoveu no país. Até o próximo dia 26. Microempreendedores
individuais (MEI), donos de microempresas, de pequenas empresas e propriedades
rurais têm uma oportunidade única para aperfeiçoar a gestão do negócio e ganhar
mais competitividade no mercado.
Uma
intensa agenda de capacitações gratuitas será oferecida aos empreendedores em
todos os 26 estados e no Distrito Federal sobre temas estratégicos para a boa
gestão do negócio – em especial sobre vendas e finanças, temas que ganham uma
relevância muito maior em tempos de dificuldades na economia.
Esta
semana de capacitação faz parte do Movimento Compre do Pequeno Negócio,
iniciativa que o Sebrae lidera junto à sociedade para estimular o consumo nos
pequenos negócios. O marco do movimento é o próximo dia 5 de outubro, que
queremos que se torne uma data anual forte no varejo brasileiro em homenagem a
esses empreendimentos. Um dia para priorizar e incentivar os pequenos negócios
que fazem parte do dia a dia dos cidadãos.
O
fortalecimento dos pequenos negócios, que representam 95% do total de empresas
brasileiras e respondem por 27% do PIB, é uma saída para a recuperação da
economia. O Brasil não sairá da crise nem se tornará um país mais desenvolvido
se não levar em consideração os pequenos negócios. Eles desempenham um papel
social fundamental: geram mais da metade dos empregos formais do país, o que
garante salário a 17 milhões de trabalhadores com carteira assinada.
Quando
o consumidor prioriza comprar em uma pequena empresa, ele faz com o que o
dinheiro circule pela região e ajuda o negócio a se tornar mais competitivo, a
investir mais em inovação e qualidade de seus produtos e serviços. Mais
fortalecido, o negócio aumenta seu potencial de contratação, gerando mais
emprego e renda.
Mas
não adianta o consumidor querer priorizar o pequeno negócio se ele não está
preparado para atender às expectativas do cliente. Sabemos que consumidores
satisfeitos voltam – e recomendam o local para outras pessoas. Não é esse
conhecimento que todo empresário deseja? Ainda mais em tempos de crise, quando
as pessoas ficam muito mais seletivas em relação ao que comprar e onde comprar.
Durante
a semana de capacitação, o Sebrae vai promover um grande mutirão em diferentes
regiões para apoiar os pequenos negócios de Minas Gerais. Em palestras em
Cataguases, Itabira e Ponte Nova, os empreendedores poderão aprender sobre
temas como tendências de negócios e oportunidades na crise. Belo Horizonte,
Itajubá, Barbacena e Ipatinga são exemplos de cidades que vão contar com
seminários de varejo e vendas.
Essas
e várias outras atividades estarão à disposição do empreendedor nesses dias.
Procure o Sebrae do estado ou ligue para o nosso canal de atendimento – 0800
570 0800 – para informações sobre a programação da semana.
Pode
ter certeza de que a recuperação da economia, que todos desejamos, está
associada ao desempenho dos pequenos negócios brasileiros – o que depende tanto
da valorização desse segmento pelo consumidor quanto da iniciativa do
empresário de se capacitar. Os empreendedores podem contar conosco neste
desafio e não deixem de aproveitar as muitas oportunidades para isso nesta
semana.”
(LUIZ
BARRETO. Presidente do Sebrae Nacional, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de
setembro de 2015, caderno OPINIÃO, página
7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
26 de setembro de 2015, mesmo caderno e página, de autoria de ALESSANDRA APARECIDA SOUZA LIMA MARQUES, advogada
e professora, formada em letras pelo UFMG, pós-graduada em estudos linguísticos
pela UNI-BH, e que merece igualmente integral transcrição:
“Educação,
hoje
A instituição escola e
o processo educacional no mundo contemporâneo se corporificam por meio do corpo
docente e da inserção do aluno como sujeito coparticipativo nesse contexto.
Historicamente, o sistema escolar se reconhece como um processo de construção
hegemônica alicerçada numa estratégia de poder. Mudar esse cenário e enxergar o
aluno como sujeito ativo, e não como mero espectador, significa uma releitura e
um olhar diferenciado cujas raízes, inegavelmente, encontram-se no professor e
filósofo da educação Paulo Freire.
Oportunamente,
discutir a educação atual neste mês não deixa de ser uma forma de celebrar o
aniversário de Paulo Freire, que completaria em 2015 seus 94 anos.
Freire
influenciou todo o pensamento pedagógico contemporâneo. Sua filosofia
educacional enfatiza o aluno como agente primordial na construção do
conhecimento e, consequentemente, na produção de significados. Assim, seria a
idealização de uma pedagogia em que a práxis humana relaciona-se com a prática
da liberdade de pensar, e não apenas reproduzir o conhecimento transmitido.
Partir desse pressuposto é usar do conhecimento para potencializar as
habilidades e competências já internalizadas pelo aluno. Na visão de Paulo
Freire, “a leitura da palavra deve ser precedida pela leitura do mundo”.
Dizer
que o aprendizado eficaz parte de uma prática educacional relacionada à
sociedade é colocar em prática os ideais defendidos por Paulo Freire. Nessa
perspectiva, o papel do educador deve ser de mediador de debates e, portanto,
de incitar o educando a discussões críticas, formando agentes sociais de
mudança. Longe de uma educação ortodoxa, em que a exclusividade expositiva é
apreciada e cujas tradições muitas vezes não reconhecem o aluno como
codirigente, a educação contemporânea tem como desafio negar o autoritarismo
historicamente arraigado e a submissão do aluno visto apenas como assimilador
de conteúdo.
O
educador hoje precisa compreender não só como o aluno elabora e constrói o
conhecimento, mas também deve contextualizar os fatos e, dialeticamente,
mesclar experiências e saber. Redescobrir, diante de tantos atrativos que
conquistam atualmente os alunos, sua vocação humanista capaz de desenvolver uma
nova pedagogia reflexiva, prazerosa e recreativa.
A
reinvenção no contexto atual demanda uma interatividade entre professor e aluno
pautada no diálogo e na compreensão e aceitação de que é necessário considerar
um pré-conhecimento, uma concepção de mundo trazida na bagagem do estudante.
Na
filosofia educacional de Paulo Freire, a educação é compartilhada, almejando
uma nova perspectiva de futuro. Segundo ele “ninguém educa ninguém, ninguém
educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”.
Percebe-se,
assim, que o sujeito se descobre e, a partir de sua vivência social, a função
do educador será de contribuir para a ampliação de seu conhecimento de forma
sistematizada. A intervenção feita acontece democraticamente, podendo ser
percebida como uma troca de aprendizado.
A
prática pedagógica vista com um olhar mais esperançoso, fundamentada na
liberdade e no reconhecimento do outro como sujeito/agente vem consolidar a
concepção progressista de Paulo Freire, que vê a educação relacionada à
sociedade e acredita que sua transformação ocorra a partir da visão crítica
construída pelo sujeito. Logo, a prática pedagógica é intencionalmente
transcendental à transmissão do conhecimento.
Caminhar
para o conhecimento é também ressignificar a didática escolhida, é decodificar
criticamente o mundo em que se vive. Mundo da intersubjetividade onde haverá
sempre a discordância de ideias, e é esse o contexto que propicia o
crescimento, o aprendizado e o exercício prazeroso do pensar.”
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a)
a educação
– universal e de qualidade –, desde a educação
infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em
pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República
proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução
educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do
país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da
justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da
sustentabilidade...);
b)
o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são: I – a inflação,
a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se
em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco
Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a
estratosférica marca de 350,79% ao ano; e mais, também em agosto, o IPCA
acumulado nos últimos doze meses chegou a 9,52%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a
lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan
Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de
corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem
mostrando também o seu caráter transnacional;
eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos
borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um
verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque,
rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim,
é crime...); III – o desperdício, em
todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos,
indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O
Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança
das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é
desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de
problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos,
quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas
de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à
corrupção e à falta de planejamento...”;
c
c) a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com projeção para 2015, apenas segundo a proposta do
Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,356 trilhão, a título de juros,
encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão
de R$ 868 bilhões), a exigir alguns
fundamentos da sabedoria grega:
-
pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e
ainda a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela cidadania e
qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que
possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e
potencialidades com todas as
brasileiras e com todos os
brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários
previstos e que contemplam eventos como a
Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das
exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das
organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”