segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A CIDADANIA, A CAUSA DO POVO E A GESTÃO EDUCACIONAL (26/34)

(Agosto = Mês 26; Faltam 34 meses para a COPA DO MUNDO DE 2014)

“Onde é a casa do povo?

A resposta a essa pergunta inclui muitas referências importantes, por tratar-se do povo. Numa sociedade, nada mais é importante do que o povo, sua cultura, seus valores, suas demandas e necessidades. Tem importância fundamental a sua casa. É referência ao respeito que o povo merece e o compromisso com a própria vida. Revela o seu equilíbrio e o horizonte que a aspira na Justiça, no respeito ao direito e no apreço irrestrito à dignidade humana, com o compromisso de organização e de funcionamentos que permitam e garantam a conquista da paz verdadeira.

Onde é a casa do povo? No rol de referências incontestáveis estão o Parlamento da nação, as assembléias legislativas, bem como as câmaras municipais. São também casa do povo os lugares todos onde serviços relevantes e imprescindíveis como educação, saúde, lazer são prestados, visando a garantias no âmbito dos direitos e necessidades – compromisso com uma vida qualificada, cidadã, entrelaçando homens e mulheres na luta pelas condições adequadas para a vida da família, dos grupos, associações e segmentos todos de uma sociedade.

A casa do povo não é lugar de discriminação e preconceito, e está na contramão de todo tipo de marginalização ou despersonalização provocadora de prejuízos irreversíveis. O povo precisa de casa e deve sentir-se em casa – um elemento agregador na própria identidade e no fortalecimento da participação cidadã. A Igreja, com suas comunidades, é importante casa do povo. Incontestável e necessária, revela na sua configuração, traços advindos dos valores sustentadores do equilíbrio indispensável para a vida das pessoas e sua inserção numa sociedade de valores. A Igreja com sua rede de comunidades, pelo serviço da espiritualidade essencial para a vida de todos, com o serviço social, a educação e outros programas e projetos, pauta seu funcionamento na dinâmica da comunhão e da participação. As diferenças, em razão de funções, responsabilidades e outras ações, não suplantam nunca a radical igualdade entre todos, pela condição batismal, a filiação divina. Todos são iguais, filhos e filhas de Deus, discípulos e discípulas de Jesus Cristo.

A dinâmica própria da vivência dessa fé e o próprio dessa convivência remetem a todos e a cada um a sua real condição de necessitado de mudança e conversão, não cabendo a boçalidade de se pensar, mesmo por feitos e conquistas, mais importantes do que o outro, do que qualquer outro. Quando assim acontece, e se acontecer, este ou esses se põem em rota de colisão com a verdade mais genuína do amor que define a condição cristã. Isso porque o ideal de santidade, horizonte máximo cultivado como programa e compromisso, se quer ser autêntico nessa cada do povo, situa a todos como iguais nas diferenças, diante do único Deus – único porque é santo e ama sem reservas ou condições. Aí está uma dinâmica com força redentora que a política, por exemplo, não tem. Essa espiritualidade alavanca uma visão em que a responsabilidade moral é exercício primordial nessa casa do povo.

É incontestável que uma igreja, na sua comunidade de fé, longe do horizonte que compreende um templo como lugar de culto para angariar adeptos que endinheiram projetos e até pessoas, longe também daquela compreensão milagreira que atrai e até convence muitas vezes, é uma importante casa do povo. Indispensável para garantir e sustentar processos educativos de espiritualidade, arte, cultura e cuidado social, exercitando consciências para comprometimentos lúcidos e corajosos com a vida de todos, particularmente dos pobres, em vistas a superação de déficits que são atentados permanentes contra a vida de muitos.

Na Igreja com sua rede de comunidades, uma catedral é a casa do povo. Esse é o projeto para a Catedral Cristo Rei, em Belo Horizonte, numa linha de fidelidade ao sentido mais genuíno de catedral na história do ocidente. A catedral é a igreja-mãe na rede de comunidades. Casa do povo não num sentido meramente laico, mas reivindicativo. É o lugar onde o povo gosta de se reunir, encontra sentido, se fortalece. Um locutório, lugar do cultivo da intimidade com Deus, sem medo, fecundando alianças e sentido de pertença na fraternidade geradora de solidariedades.

Casa do povo, a catedral é um lugar ao seu alcance. Lugar dos eruditos e dos simples, de ensinamentos morais e religiosos, do cultivo da esperança, do desabrochar da cidadania. Recinto da beleza, da oração, das variadas formas de arte, da música como o canto gregoriano, na contramão das vulgaridades. A Catedral Cristo Rei, inteligente monumento à fé, com a participação de todos, contando com a colaboração de cada um, pretende ser para todos a casa do povo.”
(DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de julho de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e caderno, edição de 28 de julho de 2011, página, 7, de autoria de ELDO PENA COUTO, Diretor do Colégio Magnum Cidade Nova, que merece igualmente INTEGRAL transcrição;

“Gestão educacional

Atualmente, a maioria das empresas trabalha com metas, independentemente do seu setor de atuação. Elas são adequadas às necessidades e atividades de cada um dos setores, como financeiro, marketing, produção, recursos humanos e outros. Contudo, antes de definir tais atribuições e começar a prever objetivos a serem atingidos, é de extrema importância que a organização desenvolva o chamado planejamento estratégico.

Como lidamos com um mundo corporativo cada mais competitivo e globalizado, até mesmo as instituições de ensino, e, diga-se de passagem, não somente as privadas, mas também as públicas, devem trabalhar com ações que contribuam para a perenidade da sua escola. Dessa maneira, ela poderá se firmar no mercado educacional como referência, seja qual for o foco do seu produto – educação infantil, ensino a distância, ensino técnico, vestibular – que cabe a cada uma escolher. Peter Drucker, o pai da administração moderna, escreveu uma frase que se aplica bem aos que ainda não estão atentos a essa nova realidade: “A melhor maneira de predizer o futuro é criá-lo”.

Para muitos colégios, cultivar uma cultura de resultados é algo novo. Isso porque boa parte da educação acontece na iniciativa pública e nas escolas privadas por meio de subsídios e outros incentivos fiscais. Por esse motivo, uma fatia significativa das instituições atuantes no mercado ainda não têm esse olhar. Mas agora é preciso que elas desenvolvam a consciência e se empenhem em um planejamento estratégico que minimize prejuízos, esforços desnecessários, reduza riscos e aloque pessoas, recursos humanos, financeiros e tecnológicos, aspectos que realmente fazem a diferença na trajetória da instituição.

Ao contrário de outros segmentos, as escolas lidam diretamente com o ser humano em formação. Portanto, antes de se apegarem a termos como receita, lucro líquido, satisfação do cliente e outros índices de avaliação de desempenho, todos os envolvidos nelas devem estar cientes e familiarizados com a missão, os princípios, os valores e a visão. O que a princípio pode parecer pouco importante é crucial para que haja rumo estratégico coerente. Afinal, se nem ao menos aqueles que dependem do negócio estão alinhados com ele, torna-se inviável elaborar e verificar a eficiência das ações planejadas.

A fim de desenvolver uma gestão eficiente, é necessário que quem esteja à frente da escola dedique tempo considerável a tarefas como a capacitação dos professores responsáveis por coordenar cada uma das áreas e instrução dos gestores para que aquele planejamento, surgido por meio da visão estratégica, seja seguido à risca e acompanhado de perto atentamente. Drucker diria que “as únicas coisas que evoluem por vontade própria em uma organização são a desordem, o atrito e o mau atendimento”.

Nas instituições de ensino, de maneira geral, o plano de ação deve seguir como resposta para a seguinte pergunta: “Aonde queremos chegar?”. Todas as ações definidas representam atitudes a serem tomadas. Implantar tarefas viáveis, com chances reais de serem bem-sucedidas e contribuírem para o crescimento da escola, deve ser considerado uma das mais árduas etapas do planejamento, mas, ao mesmo tempo, fundamental, já que a qualidade das ações que surgem são responsáveis por determinar o sucesso do seu plano ou ocasionar mudanças em seu escopo.

Para o acompanhamento do planejamento estratégico, existe um leque de técnicas e metodologias a serem aplicadas. A própria tecnologia já se encarregou de desenvolver softwares que permitem esse acompanhamento. Entretanto, a peça-chave para o sucesso desse planejamento é manter o alinhamento de todos os envolvidos – o que pode acarretar uma reavaliação da estrutura da organização – e a persistência dos líderes. Como bem acrescenta Drucker, “gerenciamento é substituir músculos por pensamentos, folclore e superstição por conhecimento e força por cooperação”.

Portanto, para que uma instituição de ensino ocupe um papel de destaque no atual cenário educacional, em qualquer um dos segmentos que compõem, é preciso que haja uma união de todos estes elementos: alinhamento de todos os envolvidos com a escola com a missão, princípios e valores; gestores capacitados responsáveis por monitorar e orientar de perto funcionários de todas as áreas e, sem dúvida, o desenvolvimento de uma planejamento estratégico, do qual fazem parte ações com objetivos específicos, que definem de forma clara os rumos pretendidos para aquela determinada organização.”

Eis, portanto, mais páginas contendo ADEQUADAS e SÉRIAS abordagens e REFLEXÕES acerca da muito ESPECIAL e exigente CAUSA DO POVO e IMPERIOSA e URGENTE necessidade de, uma vez por todas, ABRAÇARMOS a ABSOLUTA PRIORIDADE de ação e de POLÍTICAS PÚBLICAS: a EDUCAÇÃO, e de QUALIDADE, em toda sua ABRANGÊNCIA, como condição “sine qua non” para o ACESSO ao concerto das NAÇÕES DESENVOLVIDAS, CIVILIZADAS e SUSTENTÁVEIS do primeiro mundo...

Ao lado da superação de outros GIGANTESCOS DESAFIOS, encontramos o vigoroso ÂNIMO e ENTUSIASMO que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS em 2012, a COPA DA CONFEDERAÇÕES de 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigência do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...