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quarta-feira, 10 de outubro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA HARMONIA E DA PAZ PARA A HUMANIDADE E O PODER DA CLARIVIDÊNCIA NA SUSTENTABILIDADE


“Em tempos vindouros surgirá no 
homem a verdadeira religiosidade
        Neste planeta não houve voluntários em número suficiente para colocar em marcha o Plano Evolutivo de união e cooperação com os Reinos da Natureza. Agora, os problemas são insolúveis do ponto de vista racional, ainda que se procure resolvê-los com reuniões políticas e administrativas, em movimento ecológicos e ambientalistas.
         O progresso tecnológico desviou o homem do verdadeiro e efetivo trabalho que ele tinha a fazer, e hoje existe uma superpopulação despreparada para viver as Leis Superiores, e que mal se acomoda às presentes leis materiais da Terra. Em vez de cooperar com os Reinos da Natureza, a tecnologia viciou o homem em querer sempre mais, sem que ele tivesse tempo sequer de pensar que estava, na realidade, espoliando e desvitalizando o planeta que o hospeda.
         A limitação de todas as ciências é patente nesta época. A impossibilidade de união entre os homens também revelou-se uma tônica. As religiões da superfície da Terra deveriam ter sido o princípio de ligação entre o homem e o Cosmos, mas detiveram-se em diversas idolatrias, até alcançarem a idolatria da própria matéria. Por isso, até hoje existiram mais em função de exercer um poderio político-dogmático e, em certos casos, até econômico, do que propriamente de desempenhar sua autêntica tarefa. Agora é tarde para rever posições, dado que todas essas instituições estão destinadas a desaparecer.
         Aparatos mecânicos, como os engenhos espaciais atuais, estão perturbando a paz e a harmonia em camadas do espaço que vivem de uma realidade magnética e energética perfeitamente equilibrada. O que é chamado de conquista espacial, não é buscado para a glória da evolução única de todo o Cosmos, mas com objetivos de exploração. Grande parte da humanidade da superfície encontra-se desvitalizada, e não tem condições de perceber seus verdadeiros problemas, nem sequer captar as respectivas soluções. A ação maléfica da conquista espacial está ultrapassando as regiões da crosta e da atmosfera terrestres, atingindo áreas que estão além dos limites permitidos à nossa aproximação humana. Com tudo isso, outros planetas estão sendo afetados, necessitando transmutar os efeitos que lhes causados pela imprudência humana. Tampouco sabem que a ação do homem, contrária à harmonia, poderá continuar somente até certo ponto, quando então deverá ser sustada pelo Cosmos.
         Cidades resplandecentes, paisagens divinas, mares de pura irradiação, positiva e curativa, estendem-se onde os homens da superfície da Terra, por não terem ainda desenvolvido os sentidos internos, só enxergam poeira e deserto. A esses “locais”, se assim podem ser chamados, o homem deveria enviar pensamentos de fraternidade, propiciando desse modo à sua consciência o necessário desenvolvimento para comunicar-se com eles. A abertura para essas realidades, porém, não deveria permanecer no plano das palavras, ou de uma compreensão intelectual-mental, mas sim fazer parte do cotidiano do homem.
         A humanidade deveria tornar-se um elemento de equilíbrio, deixando fluir para o plano físico, tão depauperado, harmonia e paz. Isso será possível se cada indivíduo cultivá-las no seu mundo subjetivo e elas se tornarem sua verdadeira aspiração. Então, surgirá finalmente no homem a verdadeira religiosidade, isto é, o estado de abertura aos níveis superiores, ao Espírito, ou como ainda é chamada essa Meta Evolutiva, a Deus.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 16 de setembro de 2018, caderno O.PINIÃO, página 18).
Nota do jornal: Outras mensagens do autor estão em www.comunidadefigueira.org.br e www.irdin.org.br). Trigueirinho faleceu ontem aos 87 anos e esta foi a última coluna enviada por ele para O TEMPO. Leia mais sobre a morte do articulista na página 23.

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 27 de setembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de ELDO PENA COUTO, diretor do Colégio Magnum Cidade Nova, e que merece igualmente integral transcrição:

“É preciso sensatez
        É difícil manter-se sensato quando sopra o vendo da paixão. O país hoje vive um desses momentos. Aa corrida presidencial, mesmo antes de se iniciar oficialmente, já vinha provocando estremecimentos na sociedade brasileira. A partir de agora, com a efervescência das redes sociais replicando informações fake news, a temporada de debates, propaganda ostensiva e comícios elevam a temperatura e dividem ainda mais as opiniões.
         Tudo isso faz parte do jogo democrático. Contudo, como há muitos ideológicos e econômicos, é fácil resvalar para a radicalização. E isso é um perigo, pois a ambição pelo poder, que tem sido uma atração irresistível para a humanidade desde os tempos mais remotos, pode ser desastrosa. Sofrimentos inenarráveis decorreram dessa ambição, muitas vezes, iniciada timidamente, mas tornando-se incontrolável e avassaladora com o tempo.
         Se toda guerra é a expressão plena do horror, a luta fratricida é ainda mais horrível. Não é precisa lembrar a antiguidade, com a Bíblia narrando as lutas no seio da família de Davi, ou com Tito Lívio acompanhando, passa a passo, a luta de classes na sociedade romana, ou Tucídides mostrando os gregos se matando por anos a fio.
         Os alunos, até hoje, ao estudar história, ficam incrédulos com o banho de sangue ocorrido na Revolução Francesa, que mudou o mundo ocidental, ou com a Guerra da Secessão nos EUA, que ceifou cerca de 1 milhão de vidas de norte-americanos.
         A Coreia dividida até hoje, o Vietnã do Norte e do Sul engalfinhando-se em luta mortal por anos, líderes cambojanos exterminando populações inteiras de seus próprios compatriotas: poder e ideologia combinados para causa dano e sofrimento. Mais recentemente, vimos o esfacelamento da Iugoslávia provocando lutas internas de consequências terríveis envolvendo sérvios, bósnios e croatas. E as legiões de refugiados sírios atestam, com seu sofrimento comovente exposto na mídia, como um país pode ser tragado pelo caos quando facções rivais se deixam levar pela paixão extremada.
         Neste momento de acirramento político no Brasil, é sempre bom debruçarmo-nos sobre os exemplos de outras nações, a fim de evitar os mesmos erros. Como muitos países, temos sérios problemas a resolver envolvendo a busca por uma maior justiça social, melhor distribuição de riquezas, melhor educação, saúde e mais efetiva segurança.
         Contudo, não existem soluções simplistas para problemas tão graves. Foi a ilusão de ter as dificuldades resolvidas por um líder carismático que possibilitou o surgimento de Hitler, que mergulhou o mundo na mais espantosa e terrível guerra de todos os tempos.
         Em tempo de emoção e paixão política, é sempre bom ponderar e refletir com clareza. Não deixa de ser admirável, por exemplo, que o Brasil tenha se mantido um gigante territorial, enquanto a América espanhola se fragmentou tanto. Talvez isso nos ajude a perceber que somos um povo que, apesar de tantas desigualdades e carências, tantas diversidades regionais e subdialetais, ainda se mantém significativamente unido. Certamente, ainda hoje, é motivo de grande esperança podermos constatar que aquilo que nos une ainda é muito maior do que o que nos separa.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de 274,0% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 303,19%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



        

   

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A ESPERANÇA NA LUZ DE BELÉM E A SOCIEDADE DE PRINCÍPIOS NA SUSTENTABILIDADE

“Neste momento da história, o
 centro de tudo está numa mulher
        A festa do Natal está toda concentrada na figura da criança Jesus, o Filho de Deus, que decidiu morar entre nós. A celebração do Natal vai além desse fato. Restringindo-se somente a ele, caímos no erro teológico do cristomonismo (só Cristo conta), olvidando que existem ainda o Espírito e o Pai, que sempre atuam conjuntamente.
         Cabe realçar a figura de Sua Mãe, Maria de Nazaré. Se ela não tivesse dito o “sim”, Jesus não teria nascido. E não haveria o Natal.
         Como ainda somos reféns da era do patriarcado, este nos impede de compreender e valorizar o que diz o Evangelho de Lucas a respeito de Maria: “O Espírito Santo virá sobre ti e a energia do Altíssimo armará sua tenda sobre ti e é por isso que o Santo gerado será chamado Filho de Deus” (Lc 1,35).
         As traduções comuns, dependentes de uma leitura “masculinista”, dizem: “a virtude do Altíssimo te cobrirá com sua sombra”. O original grego afirma: “a energia do Altíssimo armará sua tenda sobre ti”. Trata-se de um modismo linguístico hebraico para significar “morar não passageira, mas definitivamente”, sobre Maria. Como afirma o texto, a partir de agora, Maria de Nazaré será a portadora permanente do Espírito. Ela foi “espiritualizada”, quer dizer, o Espírito faz parte dela.
         Curiosamente, a mesma palavra “tenda” são João aplica à encarnação do Verbo: “E o Verbo se fez carne e armou sua tenda entre nós”, quer dizer, morou definitivamente entre nós.
         Qual a conclusão que tiramos? Que a primeira pessoa divina enviada ao mundo não foi o Filho, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. Foi o Espírito Santo. Quem é o terceiro na Trindade é o primeiro na ordem da criação, isto é, o Espírito Santo. O receptáculo dessa vinda foi uma mulher do povo, simples como todas as mulheres camponesas da Galileia, de nome Miriam, ou Maria.
         Ao acolher a vinda do Espírito, ela foi elevada à altura da divindade. Por isso, diz: “o Santo gerado será chamado Filho de Deus” (Lc 1,35). Somente alguém que está na altura de Deus pode gerar um Filho de Deus. Maria, por essa razão, será divinizada, semelhantemente ao homem Jesus de Nazaré. É o Filho eterno encarnado em nossa realidade humana que celebramos no Natal.
         Eis que, num momento da história, o centro é ocupado por uma mulher, Maria de Nazaré. Nela estão presentes duas pessoas divinas: o Espírito Santo e o Filho do Pai.
         Nossa Senhora de Guadalupe, com traços mestiços, tão venerada pelo povo mexicano, aparece como uma mulher grávida, com todos os símbolos da cultura dos astecas. Sempre que vou ao México, visito a bela imagem de pano de Guadalupe. Vestido de frade, várias vezes perguntei a um peregrino anônimo: “Hermanito, tu adoras a la Virgen de Guadalupe?” E recebia sempre a mesma resposta: “Si, frailecido, como no voy adorar a la Virgen de Guadalupe? Si que la adoro”.
         Pois nessa mulher se escondem as duas pessoas divinas, o Filho que crescia em suas entranhas pela energia do Espírito que morava nela. E ambas, sendo Deus, podem e devem ser adoradas. Daí nasceu a inspiração para o meu livro “O Rosto Materno de Deus”.
         Sempre lamentei que a maioria das mulheres, mesmo teólogas, não tenha assumido ainda sua porção divina, presente em Maria, por obra do Espírito Santo. Ficam só com o Cristo, o homem divinizado.
         O Natal será mais completo se, junto ao Menino que tirita de frio na manjedoura, incluirmos sua Mãe, que o acalenta amparada por seu esposo, José. Ele também mereceria uma reflexão especial: sua relação com o Pai Celeste.
         No meio da crise de nosso país, há ainda uma estrela como a de Belém a nos dar esperança.”.

(LEONARDO BOFF. Teólogo e filósofo, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 15 de dezembro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de dezembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de ELDO PENA COUTO, diretor do Colégio Magnum, e que merece igualmente integral transcrição:

“Sociedade de princípios
        As recentes revelações de fatos lastimáveis ocorridos no cenário político e empresarial do país, que se somam a uma série de outros que a mídia vem divulgando nos últimos anos, evidenciam que vivemos em uma sociedade na qual prevalecem valores duvidosos.
         Pessoas que exercem ou exerceram funções de liderança política, de gestão empresarial ou à frente de instituições públicas revelam-se, na verdade, regidas pelo egoísmo e por um pragmatismo estarrecedor.
         Surge, então, uma pergunta inevitável: como uma sociedade pode ter chegado a esse nível deplorável? Antes de responder apressadamente, é preciso ressaltar que esse comportamento não é homogêneo. Há um segmento da sociedade brasileira que, como ocorre em qualquer lugar do mundo, é responsável, honesto, trabalhador, honrado. Contudo, é desolador constatar que, infelizmente, esse segmento não é o que administra o país, sustenta as instituições, faz as leis, desenvolve os projetos de interesse público.
         Exatamente onde as pessoas de bem deveriam atuar, percebe-se que estão ausentes. Esse espaço está ocupado por outro segmento, que vem se mostrando cada vez mais desenvolto, audacioso e voraz, ignorando qualquer noção de idoneidade, que é totalmente ofuscada pelo interesse pessoal, familiar e partidário. Como algo tão pernicioso encontrou terreno favorável para germinar, vicejar e frutificar? Fica evidente que, em determinadas circunstâncias, as pessoas ficam diante do momento de fazer escolhas. Suas atitudes são decorrentes das opções feitas nesse instante. Se são regidas pelo egoísmo e pelo interesse, suas escolhas serão, naturalmente, distorcidas. Escolhemos aquilo a que damos valor. E essa noção de valor se origina nos princípios que regem pessoas, grupos, instituições, sociedades.
         Em suma, esses princípios são os pilares pelos quais nos regemos. Por isso, quando nos referimos a alguém que emprega meios duvidosos a fim de obter vantagens em níveis diversos, dizemos que se trata de uma pessoa sem princípios.
         Por serem tão decisivos durante o processo formativo, crianças e adolescentes precisam ser alertados para que aprendam a fazer suas escolhas a partir de princípios. Mas, onde e quando eles lhes são ensinados? Nas instituições familiares, escolares e religiosas.
         É inquestionável que o mais importante aprendizado ocorre na família, principalmente por meio do exemplo dos pais. Assim, quando os pais se regem por princípios equivocados, situação ainda mais agravada quando se distanciam das instituições religiosas, as escolas se veem na contingência de preencher esse vácuo e assumir a responsabilidade de conscientizar as crianças e adolescentes a respeito da importância de se regerem por princípios e, a partir deles, construírem seu sistema pessoal de valores.
         Por isso, uma escola não pode ser um simples espaço de formação acadêmica e deve ambicionar mais do que colocar alunos nas universidades. Precisa ser um local onde o respeito a regras e normas seja considerado relevante, onde se demonstre que cada indivíduo tem um papel importante na formação de uma sociedade constituída de pessoas que precisam atuar de forma consciente, a partir dos princípios e valores que sustentem suas decisões.
         Para que isso seja possível, é necessário que a escola privilegie também o trabalho com princípios como verdade, equidade, justiça, amor a Deus, amor ao próximo, humildade, empatia, autoconhecimento e inquietude. Esses princípios devem ser contemplados no planejamento escolar e, além de ensinados, precisam ser vivenciados cotidianamente na instituição, tanto nas atividades propostas, como no exemplo dado pelos educadores.
         Portanto, se pretendemos viver em uma sociedade sustentada por instituições fortes e constituída por pessoas que demonstrem atitudes superiores, altruístas e confiáveis, respeitadoras do próximo e do meio ambiente, precisamos, antes de mais nada, de escolas verdadeiras, cuja missão e objetivos sejam definidos a partir da valorização de princípios.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro/2017 a ainda estratosférica marca de 333,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,73%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em novembro, chegou a 2,80%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!”.





segunda-feira, 28 de agosto de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O GRAVE DESAFIO DA INOVAÇÃO E A TRANSCENDÊNCIA DA POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Inovação desde a seleção
        No meu dia a dia, converso com vários empresários e empreendedores e algo em comum entre todos é a preocupação com a inovação. Essa deve começar desde o processo de seleção dos colaboradores, mas nem sempre é isso o que acontece.
         Pensar fora da caixa e fazer diferente têm sido um grande desafio. Vejo que muitas empresas ficam presas no círculo vicioso de sempre buscar o mesmo, pois é mais seguro, em vez de investir no novo e correr o risco de “perder dinheiro”. Com esse pensamento, acabam ficando em experiências técnicas em vez das competências de cada um. Existe uma célebre frase que diz: “A definição de insanidade é fazer a mesma coisa repetidamente e esperar resultados diferentes”.
         As organizações deveriam levar para o dia a dia lições importantes sobre a maior crise brasileira: o momento é de reinventar, deixar de lado o que deu errado e trilhar um modo empreendedor e inovador. No livro Pense simples, do empreendedor Gustavo Caetano, ele reforça a ideia de se fazerem testes e executar projetos levando em conta os pilares better, cheaper and faster ou “melhor, mais barato e mais rápido”, e caso um deles obtenha sucesso, você pode ter encontrado o caminho para o seu negócio.
         Em um mercado atual com diversos profissionais em busca de recolocação, vejo organizações divulgando suas oportunidades com a premissa de um tempo exigido no setor de atuação. Buscar um profissional de outro mercado ou área traz oxigenação para o negócio e, assim, uma probabilidade maior de criação e sucesso. Este é o momento para diversificar e investir em novas possibilidades para os negócios. Alguns vão dizer: “Mas o risco de contratar dessa forma é maior”. Pois bem, um dos principais conceitos de investimento é: quanto maior o risco, maior a probabilidade de retorno.
         Uma das técnicas possíveis são os chamados hackatons, no qual o candidato se junta a uma equipe para desenvolver um produto ou solução a partir de um desafio e então é traçado um perfil. Existem também análises quânticas para avaliação do perfil do candidato e, principalmente, a avaliação por competências. O presidente do conselho de administração da Starbucks, Howard Schultz, disse uma vez que “contratar pessoas é uma arte, e não uma ciência. Os currículos não podem dizer se alguém se encaixa na cultura de uma empresa”. O importante neste processo é atrair públicos diferentes. Ou seja, o primeiro passo para as organizações é a quebra de padrão.
         No nosso escritório da Câmara Americana do Comércio (Amcham), em Belo Horizonte, contratamos profissionais de diversas áreas, como administração, publicidade e propaganda, relações internacionais, direito e design para cargos nem sempre da sua “função”. Há o caso de um profissional de relações internacionais empregado na área comercial, inicialmente, e que hoje ocupa um cargo de liderança em uma multinacional alimentícia, na área de vendas.
         Na busca incessante por talentos, é necessário que a empresa deixe algumas barreiras de lado como o medo de errar, a dificuldade de lidar com o diferente, os métodos e comunicação arcaicos e engessados.
         As empresas devem buscar a mudança, mas o profissional também precisa desempenhar seu papel. Vejo pessoas se formando sem analisar o que o mercado pede. Ou seja, cada pessoa deve ir além da sua capacitação, pois ter ensino superior hoje não é o único critério de escolha. É necessário se reciclar e procurar novos aprendizados.
         O momento econômico se mantém difícil, mas o mercado tem se comportado com um ânimo um pouco melhor. Ainda é hora de manter os cintos apertados e fazer nossa lição de casa. Entretanto, devemos estar preparados, pois bons ventos logo chegarão.”.

(RAFAEL DANTAS. Gerente da Câmara Americana do Comércio (Amcham), em Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de agosto de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 10 de agosto de 2017, mesmo caderno e página, de autoria de ELDO PENA COUTO, diretor do Colégio Magnum Cidade Nova, e que merece igualmente integral transcrição:

“Educação política
        É próximo à desolação o sentimento despertado em mim por comentários de alunos, inspirados no noticiário político divulgado pela mídia diariamente. Vejo estudantes idealistas com a fisionomia transformada pela preocupação ao analisarem as declarações e atitudes de nossos representantes nos poderes Legislativo e Executivo. Isso me preocupa, pois as consequências negativas do comportamento de nossos políticos exercem e exercerão influência na formação de milhões de crianças e jovens em todo o país.
         Nas salas, os professores percebem atitudes semelhantes por parte dos adolescentes, que são praticamente unânimes em qualificar os políticos, em geral, como pessoas não idôneas. Assim, o discurso que ouvem nas aulas, dando ênfase à responsabilidade que os eleitores devem ter ao eleger seus representantes, acaba esvaziando-se tristemente, pois os alunos argumentam que não adianta querer separar o joio do trigo na hora de votar: a realidade demonstra que só há, praticamente, joio.
         Desse modo, não só a descrença generalizada em relação aos políticos, mas, ainda mais grave, a identificação dessa classe com o comportamento antiético e corrupto gera o sentimento de que as instituições brasileiras são pouco confiáveis. O maior temor dos educadores é que essas novas gerações acabem por descrer de princípios e valores fundamentais, sem os quais uma sociedade civilizada não pode subsistir.
         Numa época em que até crianças dispõem de comunicação instantânea em seus celulares e tablets, alunos já me procuraram algumas vezes para comentar vídeos que trocam entre si, mostrando políticos e autoridades de outros países indo trabalhar de bicicleta, morando em apartamentos ou casas simples, cultivando hábitos modestos, recebendo vencimentos próximos aos de grande parte da população. A realidade bem diferente se verifica no Brasil, onde políticos e autoridades dispõem de carros oficiais e motoristas pagos com o dinheiro dos contribuintes, viajam em jatos exclusivos, ostentam luxo, criam leis que lhes concedem privilégios vergonhosos, enquanto a maioria da população enfrenta, dia a dia, as maiores dificuldades na dura batalha pela sobrevivência, deixa-os indignados.
         Essa desilusão tão precoce não pode ser benéfica para estudantes tão jovens, pois é próprio da sua idade exatamente o oposto: o idealismo e a inquietude, que as boas escolas procuram canalizar positivamente, a fim de levá-los a exercer, no futuro próximo, o importante papel de transformadores da sociedade.
         Assim, é inegável que cabe às escolas assumir também a missão de ajudar os pais a educar as crianças e jovens que lhes são confiados, promovendo ações que visem também à educação política dos alunos. Os estudantes brasileiros precisam conscientizar-se de que a política é um importante avanço na história da humanidade, a ponto de filósofos terem dedicado a ela estudos até hoje grande relevância. Aristóteles, há mais de 2.300 anos, já havia ensinado: “O homem é um animal político”. Seu contemporâneo Platão escreveu o conhecidíssimo livro A República, que continua sendo lido e estudado até a atualidade.
         Desse modo, penso que as escolas podem contribuir significativamente para mudar o desolador quadro da política brasileira. Ações aparentemente corriqueiras, como a escolha de representantes de turma e a interação dos colegas com eles na vivência escolar, podem dar oportunidade de se vivenciar uma prática democrática relevante para a formação política de crianças e adolescentes. O mesmo se aplica à eleição e atuação dos grêmios estudantis, sempre uma oportunidade não só de formar lideranças, mas também de despertar a consciência da importância das escolhas que o voto individual possibilita.
         Deve-se considerar que, hoje, a escola assume uma nova configuração. Ao privilegiar o raciocínio e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, a escola pode dar atenção a atividades que visam incrementar ações relevantes para a formação de atitudes que interferirão positivamente no comportamento interpessoal. Isso poderá contribuir para formar, nas novas gerações, uma consciência política que deletará o atual modelo, motivo de constrangimento nacional e exposição negativa internacional.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho/2017 a ainda estratosférica marca de 399,05% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 321,30%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 2,71%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        

 





sexta-feira, 26 de maio de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O TESOURO DA PAZ E DO SILÊNCIO E A LUZ DA FORMAÇÃO INTEGRAL NAS ESCOLAS

“As enfermidades humanas, as 
epidemias planetárias e a cura
O corpo mental, o emocional e o físico do ser humano alimentam-se das energias do nível da consciência do qual são parte, processam-nas, incorporam o que lhes serve e eliminam o que não lhes convém. Portanto, essa metabolismo, bem conhecido no nível físico concreto, existe também no âmbito dos sentimentos e emoções e no dos pensamentos. A enfermidade é um processo que induz o corpo a um descompasso em relação ao padrão arquetípico sadio, que lhe corresponde pela Lei Evolutiva Universal. A doença poderá vir à tona numa fase posterior. Por isso, a cura, para ser efetiva, considera a globalidade do ser, até mesmo suas intenções e seus ideais mais sinceros. Muitas vezes, ao dissiparem-se núcleos sutis de conflito, a harmonia reflete-se no corpo físico.
Desde que as forças involutivas se introduziram na matéria do planeta, do ponto de vista psíquico este corpo celeste passou a ser doente. A enfermidade tornou-se parte intrínseca da sua substância, pois essas forças afastaram-no do arquétipo que estava destinado a expressar. Entre os reinos da Natureza, o reino humano foi o que mais se entregou a essas forças negativas, devido ao uso inadequado do seu livre-arbítrio e do desejo.
Há casos em que o próprio expurgo de vibrações, que devem abandonar as células a fim de um novo equilíbrio instalar-se, apresenta sintomas de enfermidade, mas, na realidade, é um processo purificador. A causa primeira das enfermidades em nível humano é o autocentramento, cultivado pelo ego. Quando a cura interior se efetua, o desaparecimento das enfermidades físicas ou psíquicas é facilitado.
Quanto às enfermidades, elas atuam como elementos purificadores ou equilibradores de forças e energias. À medida que uma enfermidade planetária vai sendo controlada pela ciência e vai deixando de ser fatal, aparecem novas, conforme o que ainda deve ser restaurado ou purificado na raça humana e no planeta.
As enfermidades epidêmicas, que sempre emergiram, funcionam como instrumentos do Juízo pelo qual a Terra já está passando; só atingem os que necessitam de certo tipo de purificação. O atual Juízo permitirá à Terra assumir novo papel no sistema solar, bem como acolher a humanidade futura, mais sutil e harmoniosa.
O homem ainda pode ajudar na cura do planeta, pois sabe-se que o som tem grandes repercussões sobre a matéria. O ruído, não apenas de palavras faladas, mas de formas-pensamento, constitui nódulos densos a serem movidos do gangrenado tecido psíquico que hoje envolve o planeta. Esse zumbido destruidor será capaz de rasgar as camadas de proteção do planeta e de provocar abalos sísmicos. Um considerável auxílio já é dado quando o silêncio externo se instala, mas imensamente maior é a ajuda quando o homem silencia também os movimentos de seus núcleos psíquicos negativos.
Quando o ser humano amadurece, ele pode ajudar o planeta, deixado de praticar ações dispensáveis e abstendo-se de atuar se não tiver claro o que é para ser feito. Ao manifestar tal padrão, denota ter passado por uma grande cura. Todavia, se ele abdicar de querer e de buscar os resultados de suas ações, pode tornar-se receptáculo da Lei Evolutiva Universal. Não age mais à revelia da ordem cósmica e, assim, permite que se instale nos planos terrestres uma serenidade profunda.
O silêncio e a paz são uma verdadeira necessidade. Que cada um os cultive como um tesouro inestimável.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 21 de maio de 2017, caderno O.PINIÃO, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 30 de março de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de ELDO PENA COUTO, diretor do Colégio Magnum, e que merece igualmente integral transcrição:

“Educandário, um lugar fora de moda?
        Anos atrás, algumas escolas brasileiras se autodenominavam educandários. A palavra ficou obsoleta, mas não a educação, que continua sendo um problema a ser resolvido no país. As famílias que podem pagar fogem das escolas públicas, pois a maioria delas passou a ser sinônimo de mau ensino. Indecisos os pais, cuja maioria não tem condição de entender da realidade escolar. Contudo, a qualidade das escolas particulares não é homogênea. Pelo contrário, o ensino privado no Brasil é bem diversificado e poucos estabelecimentos se preocupam em oferecer uma formação completa aos alunos. Três principais modelos se destacam nesse mercado.
         O primeiro reúne escolas para as quais a educação é um negócio como outro qualquer. Essa concepção nasceu de um equívoco, originado pela necessidade de os estabelecimentos escolares assumirem um caráter empresarial. Orientados por um pragmatismo frio e calculista, alguns estabelecimentos de ensino passaram a considerar qualquer preocupação que fuja do currículo escolar como algo anacrônico. Todo meio de convencer a “clientela” a procurar seus serviços passou a ser válido, inclusive a propaganda agressiva e, frequentemente, enganosa. Essa questão mereceu destaque na mídia no último ano, quando ficou claro que algumas escolas estavam usando o Enem de maneira duvidosa, a fim de se promover. Criando turmas especiais, conseguiam figurar-se entre os primeiros colocados no ranking do Exame Nacional do Ensino Médio, dando a impressão, às pessoas em geral, de que a qualidade do ensino de suas instituições mantinha esse padrão.
         O segundo modelo reúne escolas que se propõem seriamente a oferecer um ensino de alto nível. Com testes de seleção exigentes, conseguem reunir alunos empenhados em estudar com afinco e desenvolvem uma cultura de conseguir ingressar nos cursos mais concorridos das universidades de maior prestígio. Têm a preocupação de atrair profissionais competentes para formar suas equipes de professores e especialistas. Por conseguir, de seus alunos bons e reais resultados na hora de disputar um lugar em um curso superior, adquirem prestígio junto à sociedade e concentram seus esforços em manter esse sucesso, sua melhor propaganda.
         O terceiro grupo é formado por escolas para as quais a educação de verdade exige mais do que um bom ensino acadêmico: para esses colégios, educar implica também responsabilidade com formação. Assim, ao mesmo tempo em que adotam um modelo moderno de gestão e oferecem um ensino de qualidade indiscutível, mantendo-se sempre em ótimas colocações no ranking do Enem, oferecem aos seus alunos um grande número de atividades formativas, fora do currículo, e procuram desenvolver neles uma cultura centrada em princípios e valores, importantes por toda a vida.
         Lamentavelmente, muitos pais, por não ter tido esse tipo de educação, encontram dificuldade em compreender que seus filhos necessitam mais do que um ensino pragmático para gerir sua vida futura. Não percebem que a própria sociedade só pode caminhar para um desenvolvimento verdadeiro se tiver como integrantes e lideres pessoas que se regem por princípios e valores e que aprenderem a dar a devida importância à ética e à honestidade nas relações que envolvem a família, o convívio social em profissional.
É inegável que o ensino tem-se desenvolvido significativamente nos últimos anos. Pouco a pouco, as escolas vão substituindo o velho modelo, que privilegiava o puro conhecimento, pelo atual, que procura dar condições aos alunos de desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de analisar, interpretar e resolver problemas. Mas, é necessário mais. É preciso que as escolas que assumem a função de agentes transformadores da sociedade sejam a regra, não apenas algumas poucas exceções. Ao mudarem o foco do ensino para o raciocínio, nossos estabelecimentos de ensino devem também preocupar-se em motivar os alunos a usar a inteligência para melhorar suas relações com o outro, desenvolver a compaixão, a amizade desinteressada pelos semelhantes e procurar serem corretos no dia a dia até nos atos mais prosaicos, como o uso da internet e das redes sociais.
Um povo que anseia por uma sociedade mais justa e um mundo melhor deve primeiro insistir em melhorar a qualidade não só do ensino, mas também da formação oferecida pelas escolas. Mais do que simples estabelecimentos de ensino, seria melhor se os colégios se preocupassem em ser também educandários. Mesmo que a palavra esteja fora de moda...”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março/2017 a ainda estratosférica marca de 490,3% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,0%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, em abril, chegou a 4,08%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...