quarta-feira, 17 de maio de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A ESSÊNCIA DO UNIVERSO INTERIOR E OS DESAFIOS E EXIGÊNCIAS DA ESCOLA TRANSFORMADORA

“A via harmoniosa que integra os 
corpos do homem ao seu arquétipo
Impulsionados pela vontade espiritual, os indivíduos estão sendo chamados a integrar seus corpos à nota harmônica do arquétipo-síntese humano. Uma vez realizada essa união, os corpos poderão servir plenamente ao ser interno, meta que, desde sempre, esteve reservada a eles.
A unificação da consciência e dos corpos do ser a essa nota harmônica traz-lhes clareza e equilíbrio, transforma completamente sua vida.
É por intermédio do espírito que os corpos do homem contata esses padrões arquétipos. Quando se estabelece a sintonia entre o eu consciente e o nível profundo onde a harmonia integral existe, a vibração arquetípica age com mais liberdade sobre a matéria. Esse é o caminho da cura, que pode ser compartilhada pelo âmago de cada átomo, de cada substância ou de cada célula.
O estabelecimento de uma ressonância entre a vibração das partículas dos corpos e a da matriz cósmica corrige desarmonias, elimina o supérfluo, o ultrapassado ou o dissonante, e leva essas partículas a reencontrar sua função real e sua estrutura correta. Para que isso possa ocorrer, é necessária a entrega por parte do indivíduo. É o desapego e a abertura à consciência elevada que garantem a maleabilidade da matéria e sua receptividade à energia arquetípica.
Os impulsos emanados dos arquétipos atuam sobre os corpos por meio de uma onda vibratória muito potente, de modelação. E, assim como um instrumento musical afinado pode ser usado como referência para a afinação de outro, um ser que exprima o padrão arquetípico puro serve de referência para a aproximação de outros à própria nota harmônica.
O caminho breve para a harmonização não é, portanto, o de insistir em curas parciais, mas o de sintoniza-se, em silêncio e em atenta tranquilidade, com a vida interna, porta-voz da Vontade Maior, espelho do modelo superior para o ser.
A fim de penetrar esse universo sutil, a consciência deve despojar-se do racionalismo críticos e dos aspectos inferiores da mente. Na origem, a mente humana foi criada para atuar como instrumento de revelação da vida interior no mundo concreto. Se por ter sido mal usada tornou-se um obstáculo a essa realização, cabe ao ser abrir-se à Graça.
Tanto o universo macrocósmico quanto o microcósmico são compostos de consciências em diferentes graus de condensação. Desde a energia vivificante, curadora e libertadora que um ser humano pode emitir, até a mutação do estado vibratório global de um planeta, tudo é consciência em movimento e expressão. Seja na existência solar, seja no núcleo de um átomo, ela está presente, unindo níveis e dimensões, constituindo a vida interna do universo.
Quanto mais o homem se deixa trabalhar pelo silêncio interior, mais se aproxima dessa vida universal. Em alinhamento com seu núcleo profundo, suas palavras não transmitem só ideias, mas sobretudo a vibração de sua essência.
A correta utilização das palavras, fruto da sabedoria do silêncio, pode gerar campos energéticos que favorecem a comunicação dos homens com a sua realidade interna. Palavras emitidas em sintonia com a vida profunda emanam ondas curadoras e transformadoras. Cada som proferido deve ser lapidado, sintético. Assim, desperta-se a capacidade de elevar a vibração do nível mental da humanidade. A linguagem deve espelhar a comunicação interior; ela pode ser exata e poética, técnica e amorosa, cósmica e humana ao mesmo tempo.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 14 de maio de 2017, caderno O.PINIÃO, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de maio de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de EUDÁSIO CAVALCANTE MELO, professor, graduado em filosofia, pós-graduado em história, psicopedagogia e gestão educacional, e que merece igualmente integral transcrição:

“Se educo, logo transformo
        Gostaria de iniciar esta reflexão sobre o papel da escola no mundo contemporâneo meio que meio que plagiando René Descartes, grande filósofo francês renascentista, quando diante de um momento de grandes e consideráveis transformações, em função da mudança de paradigma, em que a Terra deixa de ser o centro do Universo e dá lugar ao Sol, o que significou uma nova visão de mundo. Ele afirma de forma categórica, diante das dúvidas geradas com relação ao conhecimento dentro deste novo contexto: “Penso, logo existo”.
         E tenho, como resultado da minha prática em sala de aula, refletido e de uma certa forma me preocupado com ação da escola como instituição educadora e espaço de transformação. Estamos vivendo um momento muito difícil na educação das nossas crianças e adolescentes. E essa dificuldade está diretamente ligada a este contexto histórico em que existe uma crise generalizada em todos os setores da nossa sociedade. E como a escola não pode ser vista de forma desconexa do todo neste contexto social, o processo educativo foi atingido em cheio por esta crise devastadora.
         Qual o verdadeiro papel e qual o grau de colaboração da escola na formação integral dos indivíduos nas suas relações sociais, uma vez que ela gera interferência no modo de ser e agir das pessoas? Para darmos uma resposta plausível à questão acima, que motiva este artigo, e entender melhor esse momento que estamos vivendo, faz-se necessário analisar todo um processo histórico anterior. É verdade afirmar que a história é cíclica, e que a esta trajetória cíclica podemos chamar de períodos históricos, e que no final de cada período vamos encontrar momentos que podemos chamar de desconstrução, como resultado de crises naturalmente geradas no final do ciclo. Estamos vivendo um final de ciclo, no qual percebemos um caos instituído nas diversas áreas que compõem nosso contexto social, econômico, político e, mais preocupante, familiar.
         Voltando na história, mais precisamente no século 15, nos deparamos com um momento de desconstrução, qual seja, o final de um período de aproximadamente 10 séculos de história, o período medieval, montado num modelo de sociedade estamental extremamente obediente à sua hierarquia natural e aos preceitos e valores religiosos cristãos que controlavam o processo de conhecimento da época. Junto a isso, uma economia predominantemente agrícola. Tal estrutura dava sustentação aos sistema medieval.
         A partir do século 15, a história toma um novo rumo. Mudanças significativas geraram um novo sistema econômico capitalista, a instituição de uma sociedade baseada no desenvolvimento de pequenas indústrias manufatureiras, a classe intelectual mais livre para pensar e, como consequência, o desenvolvimento das ciências como construção do saber humano. Aqui encontramos uma característica que foi própria da época, um homem individualista baseado na ideia do “eu posso”. No entanto, saber é poder. E para acompanhar melhor esta linha de evolução da história, faz-se necessário referenciar alguns acontecimentos importantes dentro deste ciclo, tais como a Primeira e Segunda Revolução Industrial, Primeira e Segunda Guerra Mundial, Guerra Fria, globalização econômica, tudo isso como resultado da capacidade do homem de pensar e transformar o mundo através da tecnologia. E, para fechar, como resultado de tudo isso, não podemos nos esquecer da instituição de novos valores, uma necessidade inerente à própria evolução, ou seja, novas relações entre o homem e suas crias tecnológicas, novas relações do homem consigo mesmo e com o outro.
         Creio que agora podemos falar da escola como um espaço onde se aprende e onde se transforma. Essa seria a escola ideal. Afirmo seria, já que a resposta é fácil de ser dada: o sistema educacional não acompanhou toda essa evolução antes elencada. Não conseguiu, em momento algum da história, ser um espaço atrativo em que o aluno pudesse sentir prazer em estar. Historicamente, a escola foi usada como instrumento para formar alunos em vista de interesses alheios, ou seja, exteriores e distantes dos seus projetos pessoais. Aqui está parte do fracasso da escola. Uma escola que não transforma e que não está preocupada com a interioridade humana, mas uma escola que privilegia os interesses exteriores ao próprio homem. Uma escola que não cria possibilidades, mas que possibilita a própria alienação dos seus educandos, gerando limitações e falta de atitudes naqueles que a frequentam.
         Outro aspecto importante que mostra este descompasso da escola na sociedade contemporânea é que ela continua sendo uma mera reprodutora de um conhecimento que não gera no aluno uma visão mais aberta do mundo que o rodeia, não conseguindo evitar que o aluno faça perguntas do tipo: “Para que vou aprender este ou aquele conteúdo?” – o que caracteriza o real desinteresse dos alunos.
         Na verdade, a escola está sobrecarregada. Como as famílias estão fragilizadas nas suas relações estruturais, a escola está tendo que assumir papéis que não fazem parte daquilo que ela se propôs a fazer como instituição geradora de aprendizagem. O mundo continua num processo constante de transformações e parece que a escola não consegue acompanhar e, por isso, não se põe apta a atender às demandas da sociedade contemporânea, gerando, assim, um certo desencontro entre aquela que simplesmente repete as suas práticas internas e estagnadas no tempo e uma sociedade dinâmica que se renova a todo instante.
         É necessário, portanto, que a escola repense a sua prática e sua dimensão social, assumindo o seu papel de agente de transformação, de inclusão e não de exclusão. Para que isso se torne uma realidade, as mudanças devem começar pela construção de um novo paradigma que vise a uma formação mais integral e integrante dos seus educandos, capacitando-os para enfrentar os reais desafios e exigências da sociedade contemporânea, entendendo que a nova escola contemporânea deve resgatar a imagem e valor dos seus formadores, colocando-os não como meros transmissores de conhecimento, mas como um instrumento necessário e imprescindível na construção de mentes pensantes. E, assim, ajudar e incentivar os seus educandos na busca e na valorização de um conhecimento que primeiro os ajude a transformar-se interiormente e, como consequência, provocar uma transformação exterior na construção de uma sociedade mais humana e mais humanizante, em que a tecnologia seja um instrumento de aproximação e não de isolamento entre as pessoas. Uma educação que não retire das pessoas o direito de usufruir o direito maior de todos os direitos humanos, o de pensar.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março/2017 a ainda estratosférica marca de 490,3% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,0%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, em abril, chegou a 4,08%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...