quarta-feira, 23 de maio de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA NA ARTE DA COMUNICAÇÃO E OS DESAFIOS DA INTERNET NA SUSTENTABILIDADE


“A arte da comunicação
        Estamos constantemente aprendendo a nos comunicar, a desenvolver diariamente a capacidade de nos relacionar saudavelmente com as pessoas. Comunicar é a comunhão de ideias, objetivos, conflitos, concordâncias e discordâncias. Comunica-se também pelo olhar, pelo silêncio, pelos gestos. Pode levar a algum resultado ou a lugar nenhum. E por mais informal que seja determinado encontro, a comunicação revela a sua presença, a sua importância e a sua delicadeza.
         Uma palavra mal colocada, uma expressão mal usada pode ser a semente de um conflito mais pesado. E os gestos falam, traduzindo o que é dito pela boca ou escutado pelos ouvidos. Uma fala alegre em uma expressão corporal fechada e sisuda mata o que está sendo dito. Comunicar é a participação do cérebro e do corpo, transmitindo e recebendo mensagens.
         Transversalmente a uma boa comunicação está a capacidade de interação, a habilidade de estar inteiro e, principalmente, a intenção sincera voltada para a construção de algo. Interagir com conceitos prontos sobre as pessoas é destruir a comunicação saudável. A ideia é não julgar quem quer que seja. Segundo Marshall Rosenberg, psicólogo americano, criador do método Comunicação Não Violenta, é necessário observar, sentir e contactar com a própria necessidade em nossos encontros, em vez de julgar e analisar. O autor acrescenta que escutar profundamente a nós mesmos e aos outros promove o respeito, a atenção e a empatia.
         Ele define a empatia como a “compreensão respeitosa do que os outros estão vivendo”. Estar inteiro em um encontro formal ou informal é a anterioridade para uma boa comunicação. Rubem Alves nos convida a jogarmos frescobol em nossas relações. O frescobol é uma atividade que cada jogador torce para o outro acertar a bola, em contraposição ao tênis, que os jogadores jogam para vencer o adversário, tentando identificar o seu ponto fraco. Jogar frescobol nas relações, buscando o melhor do outro, é a base para uma comunicação saudável.
         Segundo Marshall Rosenberg o modo como as pessoas falam, a entonação de voz utilizada, a intensidade usada, bem como a capacidade de escutar e de estar inteiro na relação é a chave para a resolução de conflitos. Ocorre que as pessoas, em sua maioria, aprenderam a julgar, a ridicularizar, a competir, a querer mostrar que são mais importantes que as outras, a vangloriar seus atributos em detrimento da qualidade das outras pessoas.
         Em seu livro Mindset, a psicóloga da Universidade de Stanford Carol Dewek propõe uma mudança de modelo mental, de um mindset fixo recheado de preconceitos, verdades absolutas, crenças limitadoras, punições e culpas por erros cometidos para um midset de crescimento repleto de possibilidades, de infinidades, onde o erro é parte da história e importante no processo de aprendizado.
         Propõe a eliminação de rótulos como “você é inteligente” ou “você é burro” para uma referência voltada para o incentivo à dedicação e capacidade de alcançar resultados pelo esforço. Ser ou não ser inteligente são é o que interessa e sim o esforço que está sendo feito para alcançar algo. Se estivermos à capacidade intelectual do outro e não a suas possibilidades de crescimento como pessoa, a comunicação estará fadada ao insucesso.
         Portanto, a maneira de pensar, os valores e crenças interferem na condução da comunicação. Procure estar disponível, aberto, inteiro e sem armadilhas ou defesas em seus relacionamentos. Deixo um último recado que vem do eminente psiquiatra e terapeuta familiar sistêmico Milton Erickson, que propõe às pessoas tornarem-se inocentes sem serem ingênuas.”.

(MÁRCIO ANDRADE BORGES. Psicólogo, mestre em administração, sócio da RH Pequenas Empresas, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de maio de 2018, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 15 de maio de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de RODRIGO CRISTIANO ALVES, professor de jornalismo, publicidade e propaganda do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste), e que merece igualmente integral transcrição:

“Se está na internet, questione!
        ‘Se está na internet, então é verdade’. Talvez seja o jargão mais ouvido nos últimos anos, principalmente depois que inventaram as mídias sociais (porque rede social já existia desde que o mundo é mundo e, o melhor, ela não passa de uma rede de conhecidos e amigos), só que poderíamos dizer que temos uma rede social digital. E as mídias digitais se tornaram um celeiro de produção de mentiras.
         Convenhamos, gostamos sim de uma mentira e, muitas vezes, contamos uma. Faço uso das palavras de Joseph Goebbels, o assessor de comunicação de Hitler, que dizia que uma mentira contada mais de mil vezes se torna uma verdade. Não se trata de um incentivo à mentira, mas uma constatação de que somos tendenciosos a acreditarmos no que se repete à exaustão. O dito popular diz que “a mentira tem perna curta”, mas na internet as mentiras costumam ter pernas bem longas e andam numa rapidez impressionante, na verdade, na velocidade de um clique.
         Sabemos que, desde os primórdios da civilização, a mentira foi utilizada sozinha ou juntamente com a força para a manutenção e/ou conquista do poder. E sobre as mídias essas sempre tiveram papel preponderante também para ajudar a proliferar notícias falsas, seja por meio digital ou impresso. O jornalismo sensacionalista ou os “tabloides”, que em determinado momento já assumiram noticiar mentiras, maquiaram verdades ou proferiram pós-verdades por motivos econômicos e/ou políticos. Ganharam anabolizantes e estão cada vez maiores e mais fortes.
         A fake News, que deixou de ser exclusividade das mídias sensacionalistas, agora pode ser feita por qualquer pessoa com um computador ou celular na mão e uma ideia na cabeça. A facilidade de criação de sites e o fenômeno de propagação das notícias por qualquer pessoa, além da disseminação instantânea das notícias, alimentou de forma assustadora esse fato. Mas como nasce uma fake News? A receita é simples: apresente um título sensacionalista, termos técnicos que transmitam minimamente veracidade, palavras de ordem, como cientistas britânicos afirmam, a Nasa noticiou, ou frases imperativas iniciadas com: cuidado, fiquem atentos, é preciso proteger (...).
         Ainda é interessante salientar que, no caso das fake news, o poder do anonimato é utilizado para divulgar notícias negativas, degradantes, difamadoras e, como às vezes se tratam de equipes profissionais armadas de técnicas e de softwares, elas conseguem “gritar” mais alto na Internet, criando um verdadeiro desequilíbrio. Ou seja, a proteção de uma tela pode suprimir o medo de ser descoberto como autor da notícia falsa.
         WhatsApp, Facebook, Instagram, Twitter, Blogs, sites, Youtube, não importa a mídia, a fake news estará lá e de forma onipresente e podemos atribuir esse fenômeno à tão recente e desejada inclusão digital. Quase todos, agora, têm acesso à internet e, consequentemente, podem cair nas mentiras, ou criá-las. Grupos de Whatsapp e Facebook lideram o ranking das notícias falsas, principalmente pelo fato do poder de compartilhamento. Às vezes, não é preciso compartilhar, o próprio algoritmo da internet se encarrega de lhe apresentar algum post publicado por seus amigos ou conhecidos, que contenham informações mentirosas. O que acontece é que o sistema não reconhece se é verdade ou não, apenas lhe apresenta o conteúdo com base nos seus interesses, curtidas em publicações, pesquisas na internet, quem você segue ou que o você comenta.
         Agora, com a polarização política, não só no Brasil, mas em todo o mundo, e com as vozes polifônicas da internet, as fake news têm criado um novo profissional em produzir notícias falsas para determinados grupos partidários, confundindo o eleitorado e quase obrigando (ou não) à escolha de um lado. Podemos, inclusive, citar a comissão especial criada nos Estado Unidos que investiga o fenômeno da interferência da internet nas últimas eleições presidenciais americanas, que levaram ao poder Donald Trump. Agora, imagina o que a pós-verdade e a fake news farão no Brasil nas eleições desse ano. Cuidado com os bots, fake news, trolls e haters.
         Essa bolha que as redes sociais nos colocam mostra a interferência direta no nosso comportamento social: de dar voz aos que encontram seus pares na internet e compartilham do seu ódio e preconceito de forma coletiva, que dá voz às minorias (que é um fenômeno positivo), que reforça crenças, mesmo que equivocadas. Estamos sendo acalentados pelo algoritmo que nos apresenta novos mundos, que pode nos dar mais conhecimento e talvez menos sabedoria, e que nos deixa menos humanos. Isso tem mudado o mundo, não sei se para melhor ou para pior. De qualquer forma, sempre que estiver navegando na internet e uma “bruxa malvada” ou uma “serpente” lhe oferecer uma suculenta maçã faça três perguntas básicas: quem produziu essa maçã? Ela vem de plantações confiáveis? O que querem me oferecer por meio dessa maçã? Na dúvida, não aceite, ou melhor, questione! Não é só porque está na internet que a informação é verdadeira.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em abril, chegou a 2,76%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.