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quarta-feira, 23 de maio de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA NA ARTE DA COMUNICAÇÃO E OS DESAFIOS DA INTERNET NA SUSTENTABILIDADE


“A arte da comunicação
        Estamos constantemente aprendendo a nos comunicar, a desenvolver diariamente a capacidade de nos relacionar saudavelmente com as pessoas. Comunicar é a comunhão de ideias, objetivos, conflitos, concordâncias e discordâncias. Comunica-se também pelo olhar, pelo silêncio, pelos gestos. Pode levar a algum resultado ou a lugar nenhum. E por mais informal que seja determinado encontro, a comunicação revela a sua presença, a sua importância e a sua delicadeza.
         Uma palavra mal colocada, uma expressão mal usada pode ser a semente de um conflito mais pesado. E os gestos falam, traduzindo o que é dito pela boca ou escutado pelos ouvidos. Uma fala alegre em uma expressão corporal fechada e sisuda mata o que está sendo dito. Comunicar é a participação do cérebro e do corpo, transmitindo e recebendo mensagens.
         Transversalmente a uma boa comunicação está a capacidade de interação, a habilidade de estar inteiro e, principalmente, a intenção sincera voltada para a construção de algo. Interagir com conceitos prontos sobre as pessoas é destruir a comunicação saudável. A ideia é não julgar quem quer que seja. Segundo Marshall Rosenberg, psicólogo americano, criador do método Comunicação Não Violenta, é necessário observar, sentir e contactar com a própria necessidade em nossos encontros, em vez de julgar e analisar. O autor acrescenta que escutar profundamente a nós mesmos e aos outros promove o respeito, a atenção e a empatia.
         Ele define a empatia como a “compreensão respeitosa do que os outros estão vivendo”. Estar inteiro em um encontro formal ou informal é a anterioridade para uma boa comunicação. Rubem Alves nos convida a jogarmos frescobol em nossas relações. O frescobol é uma atividade que cada jogador torce para o outro acertar a bola, em contraposição ao tênis, que os jogadores jogam para vencer o adversário, tentando identificar o seu ponto fraco. Jogar frescobol nas relações, buscando o melhor do outro, é a base para uma comunicação saudável.
         Segundo Marshall Rosenberg o modo como as pessoas falam, a entonação de voz utilizada, a intensidade usada, bem como a capacidade de escutar e de estar inteiro na relação é a chave para a resolução de conflitos. Ocorre que as pessoas, em sua maioria, aprenderam a julgar, a ridicularizar, a competir, a querer mostrar que são mais importantes que as outras, a vangloriar seus atributos em detrimento da qualidade das outras pessoas.
         Em seu livro Mindset, a psicóloga da Universidade de Stanford Carol Dewek propõe uma mudança de modelo mental, de um mindset fixo recheado de preconceitos, verdades absolutas, crenças limitadoras, punições e culpas por erros cometidos para um midset de crescimento repleto de possibilidades, de infinidades, onde o erro é parte da história e importante no processo de aprendizado.
         Propõe a eliminação de rótulos como “você é inteligente” ou “você é burro” para uma referência voltada para o incentivo à dedicação e capacidade de alcançar resultados pelo esforço. Ser ou não ser inteligente são é o que interessa e sim o esforço que está sendo feito para alcançar algo. Se estivermos à capacidade intelectual do outro e não a suas possibilidades de crescimento como pessoa, a comunicação estará fadada ao insucesso.
         Portanto, a maneira de pensar, os valores e crenças interferem na condução da comunicação. Procure estar disponível, aberto, inteiro e sem armadilhas ou defesas em seus relacionamentos. Deixo um último recado que vem do eminente psiquiatra e terapeuta familiar sistêmico Milton Erickson, que propõe às pessoas tornarem-se inocentes sem serem ingênuas.”.

(MÁRCIO ANDRADE BORGES. Psicólogo, mestre em administração, sócio da RH Pequenas Empresas, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de maio de 2018, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 15 de maio de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de RODRIGO CRISTIANO ALVES, professor de jornalismo, publicidade e propaganda do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste), e que merece igualmente integral transcrição:

“Se está na internet, questione!
        ‘Se está na internet, então é verdade’. Talvez seja o jargão mais ouvido nos últimos anos, principalmente depois que inventaram as mídias sociais (porque rede social já existia desde que o mundo é mundo e, o melhor, ela não passa de uma rede de conhecidos e amigos), só que poderíamos dizer que temos uma rede social digital. E as mídias digitais se tornaram um celeiro de produção de mentiras.
         Convenhamos, gostamos sim de uma mentira e, muitas vezes, contamos uma. Faço uso das palavras de Joseph Goebbels, o assessor de comunicação de Hitler, que dizia que uma mentira contada mais de mil vezes se torna uma verdade. Não se trata de um incentivo à mentira, mas uma constatação de que somos tendenciosos a acreditarmos no que se repete à exaustão. O dito popular diz que “a mentira tem perna curta”, mas na internet as mentiras costumam ter pernas bem longas e andam numa rapidez impressionante, na verdade, na velocidade de um clique.
         Sabemos que, desde os primórdios da civilização, a mentira foi utilizada sozinha ou juntamente com a força para a manutenção e/ou conquista do poder. E sobre as mídias essas sempre tiveram papel preponderante também para ajudar a proliferar notícias falsas, seja por meio digital ou impresso. O jornalismo sensacionalista ou os “tabloides”, que em determinado momento já assumiram noticiar mentiras, maquiaram verdades ou proferiram pós-verdades por motivos econômicos e/ou políticos. Ganharam anabolizantes e estão cada vez maiores e mais fortes.
         A fake News, que deixou de ser exclusividade das mídias sensacionalistas, agora pode ser feita por qualquer pessoa com um computador ou celular na mão e uma ideia na cabeça. A facilidade de criação de sites e o fenômeno de propagação das notícias por qualquer pessoa, além da disseminação instantânea das notícias, alimentou de forma assustadora esse fato. Mas como nasce uma fake News? A receita é simples: apresente um título sensacionalista, termos técnicos que transmitam minimamente veracidade, palavras de ordem, como cientistas britânicos afirmam, a Nasa noticiou, ou frases imperativas iniciadas com: cuidado, fiquem atentos, é preciso proteger (...).
         Ainda é interessante salientar que, no caso das fake news, o poder do anonimato é utilizado para divulgar notícias negativas, degradantes, difamadoras e, como às vezes se tratam de equipes profissionais armadas de técnicas e de softwares, elas conseguem “gritar” mais alto na Internet, criando um verdadeiro desequilíbrio. Ou seja, a proteção de uma tela pode suprimir o medo de ser descoberto como autor da notícia falsa.
         WhatsApp, Facebook, Instagram, Twitter, Blogs, sites, Youtube, não importa a mídia, a fake news estará lá e de forma onipresente e podemos atribuir esse fenômeno à tão recente e desejada inclusão digital. Quase todos, agora, têm acesso à internet e, consequentemente, podem cair nas mentiras, ou criá-las. Grupos de Whatsapp e Facebook lideram o ranking das notícias falsas, principalmente pelo fato do poder de compartilhamento. Às vezes, não é preciso compartilhar, o próprio algoritmo da internet se encarrega de lhe apresentar algum post publicado por seus amigos ou conhecidos, que contenham informações mentirosas. O que acontece é que o sistema não reconhece se é verdade ou não, apenas lhe apresenta o conteúdo com base nos seus interesses, curtidas em publicações, pesquisas na internet, quem você segue ou que o você comenta.
         Agora, com a polarização política, não só no Brasil, mas em todo o mundo, e com as vozes polifônicas da internet, as fake news têm criado um novo profissional em produzir notícias falsas para determinados grupos partidários, confundindo o eleitorado e quase obrigando (ou não) à escolha de um lado. Podemos, inclusive, citar a comissão especial criada nos Estado Unidos que investiga o fenômeno da interferência da internet nas últimas eleições presidenciais americanas, que levaram ao poder Donald Trump. Agora, imagina o que a pós-verdade e a fake news farão no Brasil nas eleições desse ano. Cuidado com os bots, fake news, trolls e haters.
         Essa bolha que as redes sociais nos colocam mostra a interferência direta no nosso comportamento social: de dar voz aos que encontram seus pares na internet e compartilham do seu ódio e preconceito de forma coletiva, que dá voz às minorias (que é um fenômeno positivo), que reforça crenças, mesmo que equivocadas. Estamos sendo acalentados pelo algoritmo que nos apresenta novos mundos, que pode nos dar mais conhecimento e talvez menos sabedoria, e que nos deixa menos humanos. Isso tem mudado o mundo, não sei se para melhor ou para pior. De qualquer forma, sempre que estiver navegando na internet e uma “bruxa malvada” ou uma “serpente” lhe oferecer uma suculenta maçã faça três perguntas básicas: quem produziu essa maçã? Ela vem de plantações confiáveis? O que querem me oferecer por meio dessa maçã? Na dúvida, não aceite, ou melhor, questione! Não é só porque está na internet que a informação é verdadeira.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em abril, chegou a 2,76%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.





        
          

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DO AMOR-SABEDORIA E AS EXIGÊNCIAS DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA SUSTENTABILIDADE

“Sublimar os impulsos subjetivos 
é a tarefa do homem moderno
        Sob um clássico ponto de vista, os atos de um indivíduo podem ser de três tipos: os atos não egoístas e desinteressados, os levados a efeito conforme seus deveres individuais e os que envolvem o mau uso da liberdade individual. Dos três, os homens mais sábios preferem praticar os que o libertam e o conduzem a esferas mais amplas da existência e da consciência. Todavia, tal decisão não tem apenas conotações pessoais e exclusivistas, se a consciência humana já compreende que no universo tudo é interligado, que pela elevação de uma de suas partes o todo se eleva e que a assunção de passos evolutivos é a maior ajuda a se prestar ao mundo.
         A ação do homem deve estar em consonância com o que já pôde captar como lei e padrão evolutivo. Qualquer ato contrário ao propósito superior redunda em desestabililização da sua aura, decorrente do choque entre partículas de diferentes vibrações: as que tendem à harmonia e as que tendem ao caos.
         Um ato é a concretização de um impulso subjetivo – uma inspiração superior, uma ideia, um ideal, um sentimento, um desejo, um instinto ou outro, a depender do nível em que sua consciência se encontre polarizada. Os atos imprimem padrões vibratórios específicos provenientes da esfera material da existência planetária em geral.
         Quando o indivíduo se reúne ao contingente que dará origem à humanidade futura, ele pode ver, externamente, a ação de energias inteligentes guiando a existência para uma meta preestabelecida pela sabedoria cósmica. Seus olhos devem estar preparados para enxergar além das aparências, para traspassar os véus de ilusão e reconhecer a verdade mesmo onde névoas tentem ofuscá-la.
         Os estímulos que lhe são transmitidos avivam-lhe o reconhecimento da necessidade de manter a consciência focalizada em níveis de pureza e harmonia. Favorecem-lhe o contato com o espírito, e simultaneamente alimentam nele a compaixão – qualidade que lhe permite levar em conta não só a sua evolução, mas a de todo o universo. Se o Amor-Sabedoria não lhe revelasse essa compaixão, sua jornada limitar-se-ia aos passos que poderia dar dentro das fronteiras das leis naturais. Porém, quando o poder da transcendência intrínseco ao Amor-Sabedoria se introduz e se instala no ser, ele já não evolui por si ou para si, mas por meio dele a própria essência da vida pode expandir-se mais livremente.
         Assim como a sabedoria dos ciclos planetários e universais prepondera sobre o desejo humano de evoluir, a energia de um estado superior exige preparo e maturidade mais profundos dos que expressos em níveis inferiores: por isso para que um indivíduo ou um grupo ascenda a novos estados são necessárias depurações.
         Os desejos e os pensamentos que em estágios anteriores constituíam fonte à ampliação da consciência do indivíduo, se em dado momento não forem subjugados à luz espiritual, transformam-se em empecilhos para a ascensão. Após certas etapas, é preciso reconhecer a necessidade de libertar-se dos envolvimentos com as forças que circulam no mundo, incitando respostas que não correspondem ao nível no qual já está polarizado. Assim, a consciência é hoje estimulada a proceder: com simplicidade, aderindo sem resistências ao caminho interior, cuja essência é incalculável pelas forças do caos.
         Expressar uma existência de plena dedicação ao espírito é um grande desafio aos homens.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de dezembro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 2 de janeiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de FELIPE DE BRITO FREITAS, professor do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste), e que merece igualmente integral transcrição:

“Educação responsável e tecnologia
        Historicamente, a humanidade trabalha em favor de diminuir o seu esforço. Parece conflitante, porém, quando se trata de evolução tecnológica e inovação, esse objetivo torna-se ainda mais contundente. Um bom exemplo disso é a robotização de diversas atividades operacionais em linhas de produção de fábricas e na agricultura. Tarefas repetitivas e braçais já podem ser facilmente substituídas por máquinas e computadores.
         A revista Exame indicou em uma de suas publicações 32 profissões que podem acabar em, no máximo, 20 anos. Destacam-se as profissões de analistas de crédito, corretores de seguros, motoristas de táxis, de ônibus e de caminhões com mais de 90% de chances de acabar nas próximas duas décadas. Em comum, elas apresentam características de repetição de processos e lógicas de funcionamento bem definidas, atividades facilmente programáveis e robotizáveis. Em contrapartida, professores, programadores e analistas de segurança da informação são atividades que a publicação aponta com menos de 20% de chances de acabar.
         Paralelamente, devemos lembrar que, em tempos não muito remotos, a capacidade de processamento dos computadores apresentava-se como fator limitante à evolução e à robotização de tarefas. Hoje, qualquer smartphone que carregamos nos nossos bolsos possui uma capacidade de processamento cerca de mil vezes maior que os computadores de 30 anos atrás. O mesmo ocorre com a capacidade de armazenamento de informações. Praticamente toda a ciência e conhecimento humano estão na rede mundial de computadores, compartilhados e sem custo de acesso.
         É inegável que a evolução tecnológica nos traz conforto. Há quem reclame, sinta medo ou a critique, mas ninguém sente falta do preenchimento de cheques, das mensagens SMS, da internet discada só usada nos fins de semana ou da desorientação em uma cidade desconhecida. Nem as ligações telefônicas fazem-nos falta mais. Robôs tradutores em aplicativos de celular diminuem ainda mais as barreiras da ciência e da informação compartilhada.
         Diante disso, percebemos que os principais obstáculos na evolução da tecnologia tratam-se da eficiência energética e da consequente preservação do meio ambiente. Os estudos em busca de melhorias nas formas de usar, gerar e transportar eficientemente a energia são tão importantes quanto aqueles que envolvem as tecnologias de processamento da informação e de robotização. Imagine se seu celular somente fosse recarregado a cada semana, a cada mês ou a cada década!
         A educação não pode se desprender dessa dinâmica. Muitos estudos apontam para as novas relações de trabalho em que a informação é livre e a metamorfose, constante. A alteração nas formas de ensinar e no que ensinar já são temas de debates em meio às instituições de ensino dos diversos níveis de educação, no Brasil e no exterior. As mudanças curriculares de instituições de educação no exterior apontam para a migração dos currículos dos moldes conteudistas de habilidades e competências. Afinal de contas, a informação estará disponível para todos, mas fará a diferença o profissional que souber o que fazer com ela.
         Em busca de se alinharem com essas tendências, algumas escolas pelo mundo têm ensinado a tecnologia e “com tecnologia”. Veja que são duas situações diferentes. Ensinar tecnologia é ensinar como funciona, como é projetada e como é construída. Ensinar “com tecnologia” é ensinar com o auxílio de aparato tecnológico disponível.
         Educar com auxílio da tecnologia é um desafio. O uso deve ser transparente tal qual é o uso de um caderno ou uma caneta, evitando o risco de apenas digitalizar o ensino. O uso dos recursos tecnológicos deve servir para aproximar a educação ao universo do aluno do século 21 e, além disso, empoderar o educador, oferecendo-lhe recursos para melhorar sua eficiência em sala de aula. Algumas atividades mecânicas como correção de provas e trabalhos e transmissão de conteúdo podem ser substituídos pelas máquinas, enquanto ao professor será reservado tempo para planejar sua aula, mediar o aprendizado e aprimorar suas metodologias de ensino.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro/2017 a ainda estratosférica marca de 333,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,73%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em dezembro, chegou a 2,95%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!”.



    

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DO ENSINO E OS DESAFIOS DA PROMOÇÃO HUMANA NA SUSTENTABILIDADE

“Formação educacional de surdos no país
        Tem sido um desafio a inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais no Brasil. Nesse quadro, a inserção de pessoas surdas no âmbito escolar é um assunto que merece relevância e discussões aprofundadas, pois envolve uma preocupação com um grupo minoritário que sofre de uma invisibilidade social gritante.
         Discutir sobre a formação educacional de surdos no Brasil, e como ela vem acontecendo, aponta para uma reflexão sobre as necessidades educativas especiais negligenciadas há muito tempo, principalmente porque a construção da escola inclusiva para um grupo de pessoas que tem uma língua diferenciada e própria não é uma tarefa simples.
         É sabido que os alunos surdos encontram-se, muitas vezes, à margem das questões sociais, culturais e educacionais, e são vistos socialmente pela deficiência e, consequentemente, pela limitação. Não são (re)conhecidos por suas habilidades e potencialidades.
         Nesse sentido, o Enem 2017 aborda um tema que não é surpreendente, porque há muitos anos as propostas de inclusão das pessoas com deficiência são amplamente discutidas. Contudo, as formas de implantação ainda deixam a desejar. Apesar da relevância social, o tema causou impacto em muitos ouvintes e provocou a admiração dos surdos. Essa mistura de emoções nos leva a intensificar as discussões sobre os desafios encontrados pelos surdos no que diz respeito à sua formação educacional.
         A sociedade brasileira tem discutido alternativas e se mobilizado para incluir todos, sem distinção. Isso significa dizer que incluir a surdez é também indagar sobre as perspectivas e sobre as legislações vigentes. A educação se constitui como um direito da pessoa com deficiência e está prevista na Lei 13.146/2015 (Brasil, 2015), no artigo 27, como um dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade.
         Com o intuito de ampliar o direito à educação e o acesso à comunicação, a língua brasileira de sinais/Libras foi reconhecida no Brasil por meio do Decreto 5.626/2005 (Brasil, 2005), que regulamenta a Lei 10.436/2002 (Brasil, 2002), em que as instituições federais de ensino básico e superior devem proporcionar aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de Libras/língua portuguesa nas salas de aulas e em outros espaços educacionais que viabilizem o acesso, a comunicação e a educação.
         Nesse sentido, a legislação orienta os sistemas de ensino que garantam o ingresso e a permanência dos estudantes surdos nas escolas. Isso representa ressignificar o espaço escolar de forma tal que todas as ações educativas e práticas pedagógicas estejam voltadas para a inserção do aluno surdo e demais deficientes em um único espaço de aprendizagem, a sala de aula.
         Seria, na prática, disponibilizar apoio e serviços não mais como uma modalidade de ensino para a educação inclusiva ou um atendimento específico paralelo à educação regular, mas ofertar uma educação inclusiva para além desse muros. A inclusão deve ser pensada e implantada sob a ótica do aumento das oportunidades de desenvolvimento educacional e profissional, reforçada a produção pelas potencialidades, produzindo viabilidade e igualdade de condições. Eis o grande desafio do sistema educacional de ensino.
         Entretanto, o que se vê na prática são escolas despreparadas, ambientes educacionais restritivos, que discriminam e estigmatizam, poucos professores especializados, falta de acessibilidade, de tecnologia assistiva e infraestrutura. O modelo inclusivo educacional ainda está longe de sustentar a ideia do respeito mútuo às diferenças individuais, à diversidade e aos múltiplos saberes.
         Algumas instituições de educação superior têm cumprido o seu papel social e educacional no que concerne às legislações vigentes referentes à inclusão. Núcleos de educação inclusiva, responsáveis por planejar, implementar, coordenar e executar ações de políticas de garantias dos direitos das pessoas com deficiência estão sendo implantados com equipes multidisciplinares e salas de recursos.
         Assim, essas ações oportunizam o direito à escola e ao trabalho a todas as pessoas, reconhecendo os benefícios da convivência na diversidade, promovendo a inclusão do aluno e do colaborador no ambiente universitário, aprimorando procedimentos metodológicos e promovendo espaços de discussão e estudos sobre questões relativas à inclusão das pessoas com deficiência.”.

(DENISE MATIAS SOARES SILVA. Pedagoga do Centro Universitário do Leste de Minas (Unileste), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 11 de novembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de INELIA GARCIA, graduada em educação física pela Universidade do Chile, pós-graduada em ginástica de manutenção e atividade física, saúde e envelhecimento e diretora técnica da rede The Pilates Studio Brasil, e que merece igualmente integral transcrição:

“Envelhecer bem
        O livro Brasil: uma visão geográfica e ambiental no início do século 21, lançado em 2016 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que, até 2050, a população idosa vai triplicar no país. Ela passará dos 19,6 milhões (10% da população brasileira), registrados em 2010, para 66,5 milhões de pessoas, em 2050 (23%). Estima-se, ainda, que em 2030 haja uma inversão no cenário demográfico e que o número absoluto e o percentual de brasileiros com mais de 60 anos ultrapasse o de crianças de até 14 anos, chegando a 41,5 milhões (18% da população) versus 39,2 milhões (17,6%), segundo estimativas do IBGE.
         O Brasil está envelhecendo e apresenta uma crescente expectativa de vida. E, para ajudar os idosos a se cuidar melhor nesta fase da vida, apresento um pouco do que aprendi durante os 20 anos de convivência que tive com minha grande mestra e amiga Romana Kryzanowska, que tinha uma paixão singular pelo autêntico método Pilates, um carinho e respeito supremo pelos idosos e pelo nosso grande mestre Joseph Pilates, criador da contrologia (pilates).
         Durante as nossas agradáveis conversas sobre bem-estar, saúde e o método pilates, Romana sempre fez questão de enfatizar o quanto o ser Pilates se preocupava em preparar as pessoas desde cedo para chegar a esta fase da vida com uma saúde completa física, mental e emocional, assim como desenvolver aos que já se encontram nela a autonomia e a funcionalidade para fazer as atividades simples do dia a dia.
         Joseph Pilates defendia que para termos uma longevidade física e mental é preciso nos atentar desde cedo a alguns aspectos importantes, como conquistar e manter um bom condicionamento físico e mental por meio da contrologia e de atividades físicas ao ar livre, tomar sol pela manhã, cuidar da alimentação, estimular a mente, organizar melhor a agenda para ter tempo para o lazer e a sociabilização, respirar melhor, ter um bom sono e desenvolver a espiritualidade.
         Os exercícios físicos praticados de uma maneira sistemática estimulam os idosos nos aspectos físico, psicológico e social, já que essas atividades são consideradas como um possível agente antidepressivo. E, obviamente, também ajudam a estimular o relacionamento entre eles e seus familiares, amigos e sociedade em geral, melhorando a autoestima, a capacidade de aprendizagem e de treinamento da funcionalidade para que se sintam motivados e capacitados a fazer as simples atividades do cotidiano.
         A realização de atividades físicas tem diversos objetivos para os idosos. Entre eles, destaco: melhorar as condições musculares e articulares, a flexibilidade, desenvolvendo a autoimagem e a autoestima, que são importantes para preservar e promover a independência e autonomia das atividades da vida diária; beneficiar o sistema cardiorrespiratório, como a circulação periférica; auxiliar na prevenção da obesidade e da descalcificação óssea, evitando ou retardando o aparecimento da osteoporose; beneficiar os atos de caminhar, sentar, levantar, subir e descer escadas, aumentando o controle do corpo, do movimento e gesto motor; e fazer com que eles consigam se higienizar de uma maneira mais natural e prazerosa.
         O Autêntico Método Pilates de Condicionamento Físico e Mental (ou Contrologia) foi criado por Joseph Pilates há mais de 100 anos para mudar o corpo e a vida dos praticantes por meio de um sistema complexo de movimentos seguros e eficazes que ajudam as pessoas a cuidar do próprio corpo e conquistar uma vida saudável e feliz em todas as idades. Por meio da prática que trabalha de forma global e integrada o corpo físico, mental e emocional, alunos a partir dos 10 anos conseguem melhorar postura, concentração, capacidade vascular e cardiorrespiratória, força, flexibilidade, resistência e controle motor, reduzir tensão muscular, estresse, fadiga e dores crônicas, eliminar as consequências do sedentarismo, reabilitar lesões e desacelerar processos degenerativos e de envelhecimento.
         E no que o pilates pode beneficiar especificamente seus praticantes da terceira idade? O envelhecimento leva as pessoas, com o passar dos anos, a uma perda acentuada da corporalidade saudável e o método criado por Joseph Pilates retarda todo esse processo. Ele melhora os aspectos físico, psicológico e a memória, deixando o envelhecimento mais lento, com pensamentos positivos, alegria e esperança.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro/2017 a ainda estratosférica marca de 332,38% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 321,29%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em outubro, chegou a 2,70%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

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- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
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Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!”.