“A
arte da comunicação
Estamos constantemente
aprendendo a nos comunicar, a desenvolver diariamente a capacidade de nos
relacionar saudavelmente com as pessoas. Comunicar é a comunhão de ideias,
objetivos, conflitos, concordâncias e discordâncias. Comunica-se também pelo
olhar, pelo silêncio, pelos gestos. Pode levar a algum resultado ou a lugar
nenhum. E por mais informal que seja determinado encontro, a comunicação revela
a sua presença, a sua importância e a sua delicadeza.
Uma
palavra mal colocada, uma expressão mal usada pode ser a semente de um conflito
mais pesado. E os gestos falam, traduzindo o que é dito pela boca ou escutado
pelos ouvidos. Uma fala alegre em uma expressão corporal fechada e sisuda mata
o que está sendo dito. Comunicar é a participação do cérebro e do corpo,
transmitindo e recebendo mensagens.
Transversalmente
a uma boa comunicação está a capacidade de interação, a habilidade de estar
inteiro e, principalmente, a intenção sincera voltada para a construção de
algo. Interagir com conceitos prontos sobre as pessoas é destruir a comunicação
saudável. A ideia é não julgar quem quer que seja. Segundo Marshall Rosenberg,
psicólogo americano, criador do método Comunicação Não Violenta, é necessário
observar, sentir e contactar com a própria necessidade em nossos encontros, em
vez de julgar e analisar. O autor acrescenta que escutar profundamente a nós
mesmos e aos outros promove o respeito, a atenção e a empatia.
Ele
define a empatia como a “compreensão respeitosa do que os outros estão
vivendo”. Estar inteiro em um encontro formal ou informal é a anterioridade
para uma boa comunicação. Rubem Alves nos convida a jogarmos frescobol em
nossas relações. O frescobol é uma atividade que cada jogador torce para o
outro acertar a bola, em contraposição ao tênis, que os jogadores jogam para
vencer o adversário, tentando identificar o seu ponto fraco. Jogar frescobol
nas relações, buscando o melhor do outro, é a base para uma comunicação
saudável.
Segundo
Marshall Rosenberg o modo como as pessoas falam, a entonação de voz utilizada,
a intensidade usada, bem como a capacidade de escutar e de estar inteiro na
relação é a chave para a resolução de conflitos. Ocorre que as pessoas, em sua
maioria, aprenderam a julgar, a ridicularizar, a competir, a querer mostrar que
são mais importantes que as outras, a vangloriar seus atributos em detrimento
da qualidade das outras pessoas.
Em seu
livro Mindset, a psicóloga da
Universidade de Stanford Carol Dewek propõe uma mudança de modelo mental, de um
mindset fixo recheado de preconceitos, verdades absolutas, crenças limitadoras,
punições e culpas por erros cometidos para um midset de crescimento repleto de
possibilidades, de infinidades, onde o erro é parte da história e importante no
processo de aprendizado.
Propõe
a eliminação de rótulos como “você é inteligente” ou “você é burro” para uma
referência voltada para o incentivo à dedicação e capacidade de alcançar
resultados pelo esforço. Ser ou não ser inteligente são é o que interessa e sim
o esforço que está sendo feito para alcançar algo. Se estivermos à capacidade
intelectual do outro e não a suas possibilidades de crescimento como pessoa, a
comunicação estará fadada ao insucesso.
Portanto,
a maneira de pensar, os valores e crenças interferem na condução da
comunicação. Procure estar disponível, aberto, inteiro e sem armadilhas ou
defesas em seus relacionamentos. Deixo um último recado que vem do eminente
psiquiatra e terapeuta familiar sistêmico Milton Erickson, que propõe às
pessoas tornarem-se inocentes sem serem ingênuas.”.
(MÁRCIO
ANDRADE BORGES. Psicólogo, mestre em administração, sócio da RH Pequenas
Empresas, em artigo publicado no jornal ESTADO
DE MINAS, edição de 13 de maio de 2018, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
15 de maio de 2018, caderno OPINIÃO,
página 7, de autoria de RODRIGO
CRISTIANO ALVES, professor de jornalismo, publicidade e propaganda do
Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste), e que merece
igualmente integral transcrição:
“Se
está na internet, questione!
‘Se está na internet,
então é verdade’. Talvez seja o jargão mais ouvido nos últimos anos,
principalmente depois que inventaram as mídias sociais (porque rede social já
existia desde que o mundo é mundo e, o melhor, ela não passa de uma rede de
conhecidos e amigos), só que poderíamos dizer que temos uma rede social
digital. E as mídias digitais se tornaram um celeiro de produção de mentiras.
Convenhamos,
gostamos sim de uma mentira e, muitas vezes, contamos uma. Faço uso das
palavras de Joseph Goebbels, o assessor de comunicação de Hitler, que dizia que
uma mentira contada mais de mil vezes se torna uma verdade. Não se trata de um
incentivo à mentira, mas uma constatação de que somos tendenciosos a
acreditarmos no que se repete à exaustão. O dito popular diz que “a mentira tem
perna curta”, mas na internet as mentiras costumam ter pernas bem longas e
andam numa rapidez impressionante, na verdade, na velocidade de um clique.
Sabemos
que, desde os primórdios da civilização, a mentira foi utilizada sozinha ou
juntamente com a força para a manutenção e/ou conquista do poder. E sobre as
mídias essas sempre tiveram papel preponderante também para ajudar a proliferar
notícias falsas, seja por meio digital ou impresso. O jornalismo
sensacionalista ou os “tabloides”, que em determinado momento já assumiram
noticiar mentiras, maquiaram verdades ou proferiram pós-verdades por motivos
econômicos e/ou políticos. Ganharam anabolizantes e estão cada vez maiores e
mais fortes.
A fake
News, que deixou de ser exclusividade das mídias sensacionalistas, agora pode
ser feita por qualquer pessoa com um computador ou celular na mão e uma ideia
na cabeça. A facilidade de criação de sites e o fenômeno de propagação das
notícias por qualquer pessoa, além da disseminação instantânea das notícias,
alimentou de forma assustadora esse fato. Mas como nasce uma fake News? A
receita é simples: apresente um título sensacionalista, termos técnicos que
transmitam minimamente veracidade, palavras de ordem, como cientistas
britânicos afirmam, a Nasa noticiou, ou frases imperativas iniciadas com:
cuidado, fiquem atentos, é preciso proteger (...).
Ainda
é interessante salientar que, no caso das fake news, o poder do anonimato é
utilizado para divulgar notícias negativas, degradantes, difamadoras e, como às
vezes se tratam de equipes profissionais armadas de técnicas e de softwares,
elas conseguem “gritar” mais alto na Internet, criando um verdadeiro
desequilíbrio. Ou seja, a proteção de uma tela pode suprimir o medo de ser
descoberto como autor da notícia falsa.
WhatsApp,
Facebook, Instagram, Twitter, Blogs, sites, Youtube, não importa a mídia, a
fake news estará lá e de forma onipresente e podemos atribuir esse fenômeno à
tão recente e desejada inclusão digital. Quase todos, agora, têm acesso à
internet e, consequentemente, podem cair nas mentiras, ou criá-las. Grupos de
Whatsapp e Facebook lideram o ranking das notícias falsas, principalmente pelo
fato do poder de compartilhamento. Às vezes, não é preciso compartilhar, o
próprio algoritmo da internet se encarrega de lhe apresentar algum post
publicado por seus amigos ou conhecidos, que contenham informações mentirosas.
O que acontece é que o sistema não reconhece se é verdade ou não, apenas lhe
apresenta o conteúdo com base nos seus interesses, curtidas em publicações,
pesquisas na internet, quem você segue ou que o você comenta.
Agora,
com a polarização política, não só no Brasil, mas em todo o mundo, e com as
vozes polifônicas da internet, as fake news têm criado um novo profissional em
produzir notícias falsas para determinados grupos partidários, confundindo o
eleitorado e quase obrigando (ou não) à escolha de um lado. Podemos, inclusive,
citar a comissão especial criada nos Estado Unidos que investiga o fenômeno da
interferência da internet nas últimas eleições presidenciais americanas, que
levaram ao poder Donald Trump. Agora, imagina o que a pós-verdade e a fake news
farão no Brasil nas eleições desse ano. Cuidado com os bots, fake news, trolls e haters.
Essa
bolha que as redes sociais nos colocam mostra a interferência direta no nosso
comportamento social: de dar voz aos que encontram seus pares na internet e
compartilham do seu ódio e preconceito de forma coletiva, que dá voz às
minorias (que é um fenômeno positivo), que reforça crenças, mesmo que
equivocadas. Estamos sendo acalentados pelo algoritmo que nos apresenta novos
mundos, que pode nos dar mais conhecimento e talvez menos sabedoria, e que nos
deixa menos humanos. Isso tem mudado o mundo, não sei se para melhor ou para
pior. De qualquer forma, sempre que estiver navegando na internet e uma “bruxa
malvada” ou uma “serpente” lhe oferecer uma suculenta maçã faça três perguntas
básicas: quem produziu essa maçã? Ela vem de plantações confiáveis? O que
querem me oferecer por meio dessa maçã? Na dúvida, não aceite, ou melhor,
questione! Não é só porque está na internet que a informação é verdadeira.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca
de 333,9% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no
acumulado dos últimos doze meses, em abril, chegou a 2,76%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...”
– e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade
urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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