quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A CIDADANIA BUSCA AS COISAS BOAS DA POLÍTICA

“Os fins e os ideais que nos movem engendram-se a partir da imaginação. Mas não são feitos de substâncias imaginárias. Formam-se com a dura substância do mundo da experiência física e social”.
(JOHN DEWEY, in Uma fé comum).

Mais uma OPORTUNA e CONCISA lição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 15 de setembro de 2009, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de HAROLDO VINAGRE BRASIL, Engenheiro, professor universitário, que também merece INTEGRAL transcrição:

“Coisas da boa política

Em vésperas de eleições é importante falar de política, pois se constitui na ferramenta que molda nossos destinos. Ela só existe porque tem que lidar com a diferença entre os grupos e as pessoas, ou, como dizia Hannah Arendt, a condição do político é da pluralidade. As formigas, porque parecem todas iguais e no que pese possuírem uma organização social que costura o coletivo, muito certamente não exercem a política. As citadas diferenças que propiciam o político deveriam se consolidar nos partidos, que se constituem nas vias por onde fluem as visões de mundo, e, porque não, os interesses legítimos dos grupos sociais. É desse entrechoque que surgem as decisões em prol do bem comum, sempre acima do particular e do privado. (sic)

Fala-se muito que a ética não se coaduna com o exercício do poder, em uma interpretação muita larga de Maquiavel. No entanto ela é a argamassa de qualquer ação pública substantiva. Como dizia Aristóteles (300 a. C.), política é a realização da ética do bem comum ou do interesse público em oposição aos negócios privados. O nosso dramaturgo e também filósofo Augusto Boal, nas entrelinhas de suas peças de teatro, falava que “a política não é a arte do possível, e sim a de tornar possível o que é necessário, para o povo”. Isso como contraponto ao que afirmava o nosso sociólogo maior, quando no exercício da política.

Há muita discussão sobre a chamada ética de resultados e a ética dos princípios em que a primeira parece dizer que o fim justifica os meios. E Norberto Bobbio pergunta: mas o que justifica os fins? Não é caso de se perguntar também se os maus meios por acaso não corrompem os bons fins? Dizer que a ética política é a ética dos resultados, e não dos princípios, leva-nos a questionar: mas de todos os resultados? Os vencidos sempre estarão sem razão, simplesmente porque foram vencidos? A chave de tudo, segundo Bobbio, está na legitimidade dos objetivos que também obriga à legitimidade dos meios. Daí ele conclui que toda ação livre, como é o caso da política, não pode fugir ao julgamento do lícito e do ilícito, mesmo se por alegadas razões de estado. Donde a conclusão de que qualquer corrupção política é ilícita pela presunção de que o interesse particular está sendo passado à frente do interesse coletivo.

Não se faz boa política sem bons políticos. Em uma democracia sã somos nós os eleitores, em última instância, os responsáveis pela escolha desses representantes. Está nascendo uma consciência no Brasil, ainda incipiente, em função da transparência dos meios de comunicação, que nossa democracia está doente nos três níveis de poder. Ela é percorrida por uma frouxidão ética, que aparece nos atos e nas declarações de quase todos os líderes em evidência. Há até um certo cinismo pragmático de aceitação dos desvios como fatos inevitáveis do fazer político. Face a essa conjuntura, cabe a nós em 2010 cairmos em um certo exagero de exacerbar nosso julgamento dos candidatos, ao ponto de diminuir o tamanho dos furos de nossas peneiras e bloquear todo postulante com uma biografia que esteja maculada por qualquer desvio publicamente constatado.”

Isto posto, entre outras SEVERAS ações da agenda da MOBILIZAÇÃO, certamente PONTIFICAM as CAMPANHAS FICHA LIMPA e VOTO FORTE, como nos MOTIVAM os clamores do presente texto.

O nosso PRESIDENTE LULA outra dia afirmava em bom som: “...O século 21 é o século do Brasil...”

E que seja VERDADEIRAMENTE o século do BRASIL DECENTE, DIGNO, AFEITO aos VALORES e PRINCÍPIOS MORAIS, onde NUNCA MAIS existam movimentos ABOMINÁVEIS e ABSURDOS - necessários (?) – como ... “PELA ÉTICA NA POLÍTICA”, pois a questão é simples: se NÃO é ÉTICA, também POLÍTICA NÃO PODE SER... Também é bom que GOVERNANTES e POLÍTICOS honrem seu PATRONO SÃO TOMÁS MORO e lhe sejam fiéis seguidores...


O BRASIL TEM JEITO!... É a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA.

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa política depende de bons políticos e cabe ao eleitor esta decisão. Com certeza, o valor do voto é maior do que se imagina. Se temos um Brasil com políticos "clientelistas", "populistas", "corruptos" e por assim vai é culpa de nós eleitores. Nós que nos deixamos levar por promessas de empregos, por "falsos projetos" até por medo de perseguição...imagine que isto ainda existe....pena...triste vermos políticos somando anos e anos de mandatos, somando fortunas e fortunas e do outro lado vemos um país de desigualdades, onde profissões como de educadores cada vez mais são desvalorizadas, onde vemos o caos na saudade .sem falar na violência, na degradação ambiental, no caos urbano........e os políticos moram em aps de alto luxo, mansões etc para não verem nada mesmo......... 2010 está aí.vamos manter nossas lembranças acesas e qdo clicar um número na urna termos certeza de que estamos optando por um bom político para que posssamos então falar da Boa politica