quarta-feira, 5 de maio de 2010

A CIDADANIA E A DEMOCRACIA SENSÍVEL E OBJETIVA

“Prioridade da educação

O êxito da democracia está na educação e esta é responsável pelo futuro do homem e da sociedade brasileira que se deseja construir. Não há democracia sem a formação de democratas e a educação é uma força transformadora da sociedade, cabendo-lhe formar homens e mulheres lúcidos, eticamente íntegros e comprometidos com a construção de uma sociedade justa e fraterna, promovendo ideais e valores reparadores de injustiças e inibidores da sedimentação de qualquer projeto de sociedade injusta e autoritária que oprima ou escravize os estratos sociais mais carentes.

A educação é o problema chave de qualquer povo e é a chave para resolver todos os seus demais problemas. Um país que aspira desenvolver-se precisa investir na saúde intelectual de seu povo. Na ciência e na tecnologia. Na educação. No saber. A expectativa dos eleitores é de que os novos governantes coloquem a educação como prioridade de seu governo, confiando à sociedade civil o importante papel na gestão das unidades de ensino, na fiscalização do uso dos recursos públicos destinados à educação. [...]”
(AUGUSTO FERREIRA NETO, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 3 de setembro de 1994, Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado também no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 30 de agosto de 1994, Caderno OPINIÃO, página 6, de autoria de PAULO EMÍLIO NELSON DE SENNA, que merece INTEGRAL transcrição:

“Democracia sensível e objetiva

O poder do povo, quando ele encarna a autoridade suprema da razão e do direito, é a fonte de toda a grandeza da Nação. É a principal razão para que ele conserve e resguarde a liberdade. Com a eleição de um governo que emane, pois, incontestavelmente do povo e que não exceda a esfera de ação que lhe é constitucionalmente designada, com a estabilidade de uma Constituição legítima e com um Legislativo que represente autorizadamente o País, para assumir e avalizar, em nome dele, nossos compromissos, a missão do novo governo deverá ser ao lado do incentivo a todas as manifestações da inteligência, a de continuamente estimular todos os cidadãos a uma intervenção deliberada na vida pública, para elevá-la a um plano de dignificação de nossos costumes e dar-lhe toda a eficácia necessária à invulnerabilidade das nossas instituições.

Sendo assim, a democracia sensível e objetiva não pode e não deve ser aparentemente organizada, como todo o aparelho estatal também não pode ser ilegítimo. Na ordem financeira o que se requer é uma fiscalização ordenada, sem tomada de medidas clandestinas ou imposição tributária caprichosa. Ao mesmo tempo o dinheiro público não pode ficar exposto ao sabor da aplicação fácil e irrestrita.

Na ordem econômica a sua desordem aniquila as iniciativas e induz à falta generalizada de confiança e a subsequente retração do crédito; os patrimônios ficam expostos à instabilidade e o desequilíbrio dos valores invade e absorve todas as atividades do Estado. Com isto nasce e cresce a desordem administrativa que gera o aumento de uma complicada burocracia, que não serve aos seus fins, senão com o intuito de abranger e dominar um maior número possível de indivíduos, para submetê-los a uma autoridade opressora.

Na ordem moral a sua desordem leva a uma profunda confusão dos espíritos a que se nega até a expressão dos mais elementares desejos.

Contudo, se confiarmos no poder supremo das idéias, sobretudo, quando amanhece no País a oportunidade de podermos acreditar nos governantes, se confiarmos na conciliação da liberdade com a da ordem, se confiarmos nos processos evolutivos da justiça social, para atenuar e mesmo suprimir as desigualdades econômicas, se confiarmos no prestígio e na força do regime democrático, em que a vontade dos governantes tenha por base e por limite, à sombra de cuja proteção prosperam as iniciativas – teremos os benefícios da liberdade e da segurança estendidos a todos e uma democracia adaptada e condicionada às novas solicitações de um mundo melhor.”

São páginas, pois, que ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, EDUCADA, DEMOCRÁTICA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, principalmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como a COPA DO MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências da MODERNIDADE e de um mundo de PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

Um comentário:

Teka disse...

O que impressiona é que lemos artigos de 94 como se fossem atuais. E ai vem a minha inquietação de lá para cá nada fizemos? Por que nos mantemos apáticos a acomodados diante de um processo marcado por corrupções, pelo coronelismo, pelas fraucatuas e os mesmo políticos continuam se reelegendo e fazendo história, mesmo esta marcada pela lama. Onde estavámos em 94 e aonde estamos hoje, que nos acostumamos com os desmandos políticos e ainda nos atravemos a dizer: temos que escolher os menos piores??? O que é isto???? Por que não lutamos pelos bons???? è assim que deveria ser optar entre os ótimos e muito melhores, e não nos contentarmos com um míserno menos pior... que venha 2010 com mudanças para que em 2024 possamos ler estas página e ver que o Brasil mudou e para melhor.