sexta-feira, 11 de maio de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DAS LIÇÕES QUALIFICADAS E O EDUCADOR QUE ILUMINA O MUNDO INFANTO-JUVENIL NA SUSTENTABILIDADE



“As lições de Kevin Bartlett
        Mês passado, tive a oportunidade de participar de uma conferência da Associação das Escolas Americanas do Brasil (AASB), em Curitiba. Durante dois dias, mais de 10 escolas internacionais compartilharam experiências e tiveram a honra de ouvir o dr. Kevin Martlett, um dos educadores que participou da elaboração dos documentos fundamentais do IB – Bacharelado Internacional.
         Atualmente, o IB é um dos currículos mais adotados por escolas internacionais ao redor do mundo e busca formar cidadãos do mundo, com pensamento crítico e participação ativa. Bartlett também foi, por muitos anos, diretor da ISB – Escola Internacional de Bruxelas. Como ele mesmo ressaltou, sua apresentação traria dicas que ele gostaria de saber quando estava à frente da escola. Hoje, aposentado, o especialista atua como consultor e é uma espécie de “tio” mais velho (e experiente) da Escola Internacional Lincoln, na Argentina.
         Entre suas principais ideias apresentadas na conferência, algumas foram muito marcantes como, por exemplo, ser simples. Muitas vezes, dentro das organizações, usamos inúmeras palavras para conseguirmos nos comunicar. Segundo ele, o excesso de palavras pode levar a um ruído na comunicação e, ao final, sua mensagem não será realmente compreendida. Ao optarmos pelo simples, também estamos optando por uma linguagem de fácil entendimento, que permite que todos os colaboradores estejam alinhados e consigam aplicar aquela linguagem no seu dia-a-dia. Precisamos aprender a acreditar no poder da simplicidade e, com isso, conseguiremos criar um ambiente com mais princípios e menos regras. Isso significa que, se todos os colaboradores entenderem, interiorizarem e forem capazes de aplicar os princípios compartilhados, não precisaremos ficar presos à criação de inúmeras regras, que muitas vezes tornam as organizações engessadas e distantes.
         Outro ponto é que o entendimento do meio é fundamental para o sucesso de qualquer empreendimento. Para Kevin Bartlett, a cultura devora a estratégia no café da manhã, ou seja, não há sucesso na implementação de nenhum plano estratégico se a cultura organizacional não abraçar a ideia e defendê-la como sua verdade. A cultura é a crença compartilhada. Usando a simplicidade por meio dos princípios, somos capazes de criar uma cultura que será o nome para nossas organizações. Se conseguirmos sermos afetivos, seremos ainda mais eficientes.
         De volta à realidade das nossas organizações, inspirados por tantos ensinamentos, nos vemos diante de um grande desafio: como implementar essas ações? Ainda não tenho a resposta, mas acredito que sempre devemos revisitar a missão e visão da instituições. Acredito que em um mundo tão volátil é de extrema importância nos certificarmos que as nossas ações reflitam o cerne do nosso negócio. Seu que existe um gap entre saber e fazer, mas outro importante aprendizado: as coisas não acontecem do dia para a noite, por isso, a repetição da mensagem (como algumas vezes costumamos dizer, como um disco quebrado) é fundamental para construir uma organização saudável.”.

(ROBERTA COELHO. Gerente de marketing da Escola Americana de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de maio de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de LUIS ANTONIO NAMURA POBLACION, presidente da Planneta, engenheiro eletrônico pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com especialização em marketing e administração de empresas e MBA em franchising pela Lousiana State University e Hamburguer University – MC Donald’s. Atua na área de educação há mais de 35 anos, e que merece igualmente integral transcrição:

“O educador no mundo infanto-juvenil
        Educar tem sido missão cada vez mais difícil nos dias atuais. Não só pelos muitos recursos digitais e tecnológicos que parecem ‘roubar’ a infância das crianças, como pelos comportamentos expostos na mídia e em redes sociais que as hipnotizam com conteúdos que estimulam o consumismo, o desperdício e as ‘trolagens’ entre as pessoas. O mundo virtual vem, progressivamente, confundindo seus limites com os do mundo real no cotidiano de crianças e adolescentes. O celular e a internet têm mudado a forma de se relacionar com a família, os amigos e os professores. Como convencer uma criança de 5, 6 anos, por exemplo, de que determinado comportamento é errado, quando ela assiste na internet adultos adotando o mesmo comportamento como se fosse algo legal? E, pior, o tal ‘adulto’ ainda é idolatrado e muitas vezes detém boa posição social.
         Essa inversão de valores chega às escolas, interfere diretamente no comportamento das crianças em sala de aula e, consequentemente, na relação que esse aluno tem com os demais colegas e com seus educadores. O professor, que detém autoridade, vem enfrentando, cada vez mais, dificuldades para impor disciplina e respeito e começa a lidar com sérios problemas, como o aumento da agressividade infantil, a transgressão de regras e a violação dos direitos alheios, entre outras questões. Diante de tal situação, como o professor deve agir para evitar a disseminação de atitudes agressivas e sem limites, passando do âmbito individual de cada aluno para o coletivo?
         É verdade que sempre houve situações-problema envolvendo alunos em sala de aula, mas questão vem tomando dimensões assustadoras. Primeiro, é preciso entender o porquê de tais comportamentos. A mídia e as redes sociais são parte do problema, mas eles podem ter origem, também, na falta ou fragilidade de referências morais e afeto, transtornos familiares, como violência doméstica ou dificuldade dos cuidadores em estabelecer limites e regras; além de conflitos emocionais, barreiras socioeconômicas ou até distúrbios cognitivos ou mentais. Por isso, a forma como o educador lida com os conflitos tem papel crucial na formação emocional da criança e do adolescente. Se o professor grita, bate-boca ou resolve as adversidades de forma agressiva, o aluno tende a reproduzir tais atitudes. Não é desse modo que ele exercerá a sua autoridade. Não mais.
         Mas, diante da multiplicidade de causas e consequências, é insensato buscar receitas mágicas. O que deve ser buscado, gradualmente, é a construção e o fortalecimento da confiança e do respeito por meio do diálogo. É difícil? Muito! No entanto, é preciso aproximar-se do aluno, adotando uma postura calma, porém assertiva, dando a ele a possibilidade de expressar seus sentimentos, seus problemas e falar sobre seus atos. Não ignore o que a criança sente ou o que desencadeou aquela atitude agressiva ou desrespeitosa. Estimular o diálogo é dar a ela oportunidade de se explicar e se retratar, sempre valorizando seus esforços positivos, como manifestações de afeto e senso de responsabilidade; e potencializando a autoestima que o encoraja a superar barreiras. Os debates em grupo também têm seu valor. Promover atividades e brincadeiras criativas que permitam a interação e a reflexão em torno de situações e comportamentos também ajuda a desenvolver a consciência do coletivo sobre limites e boas condutas, além de promover o envolvimento das crianças e jovens na construção de soluções.
         A relação escola-família também é de suma importância. De nada adianta a escola reunir esforços para ‘civilizar’ uma criança se a família não trilhar o mesmo caminho. Por isso, todos os esforços devem ser feitos para aproximar a escola dos pais, a fim de que todos os problemas envolvendo o aluno possam ser debatidos em conjunto, na busca de melhorias, não só do desempenho escolar, mas também em torno de comportamentos e hábitos, para que se construa, assim, a inteligência emocional tão necessária ao convívio em sociedade.
         Os educadores têm uma missão importantíssima e fundamental na construção de um mundo mais solidário. Não só em casa, mas também na escola, se aprendem valores, por meio da convivência entre as crianças – já tão diferentes entre si –, e os adultos. É preciso valorizar a atuação do professor enquanto agente transformador, peça indispensável no desenvolvimento emocional e cognitivo dos alunos. Para tal, é necessário que a escola e o poder público se comprometam a dar a eles condições adequadas de trabalho para que a complexidade de sua profissão e os desafios a que são submetidos, diariamente, não desmotivem esses educadores no pleno desenvolvimento do processo educativo.”;

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em março, chegou a 2,68%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.






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