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sexta-feira, 29 de junho de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA LIBERDADE NA COMUNICAÇÃO E OS DESAFIOS DA ENERGIA LIMPA NA SUSTENTABILIDADE


“Liberdade de imprensa e de expressão
        As comemorações dos 30 anos sem censura, desde a Constituição de 1988, percorrem o país sob moderadas manifestações de defensores da liberdade de imprensa e de expressão, que confessam estar mais preocupados, no momento, com os delitos ocorridos na internet e, notadamente, com as chamadas fake news, crimes virtuais cada vez mais invasivos e danosos à sociedade.
         A intolerância não é bem-vinda ao seio democrático. A construção da democracia se deve ao conjunto da obra, pela liberdade de imprensa e pela liberdade de expressão, que, somadas, representam valores indeclináveis para a cidadania, ainda mais em dias agudos de inquietação social, carecedores do equilíbrio estatal e do respeito das pessoas às instituições e aos profissionais da comunicação.
         Da mesma forma que os jornalistas precisam preservar o sigilo da fonte, os advogados não podem abrir mão da comunicação protegida pelo privilégio da relação de confidência com o cliente, haja vista que ambas as situações se enquadram na isenção para informações regradas pelo texto constitucional.
         O direito à informação é indispensável para a soberania popular, é fundamental para a democracia e é inegociável nas atividades que demandam pela liberdade de imprensa e pela liberdade de expressão. O resultado é uma sociedade livre, democrática e soberana, capaz de reinterpretar a Constituição e colocá-la no plano da atualidade, da modernidade e das necessidades vitais de uma sociedade progressiva, humana e contemporânea.
         Um Estado eficiente e hodierno, suficientemente interessado no bem coletivo, não pode e não deve se prestar ao papel de simples coadjuvante, mas de protagonista de uma nova era, de um novo ciclo e de uma nova geração que surge cheia de informações rápidas, na maioria das vezes, sem nenhuma credibilidade ou transparência, que precisam ser depuradas, filtradas e, somente depois disso, passadas para o convívio das pessoas. Não se trata de censura, absolutamente, mas de mecanismos da verdade, da ética, da confiança e da transformação social, contrários às recorrentes notícias falsas.
         Parece pouco ou nada crível que uma mesma população de anônimos, que difunde irresponsavelmente informações falsas de uns e de outros, contra uns e contra outros, seja a mesma que apela para os benefícios da lei, que prega uma lisura inexistente e que parte para o vale-tudo, doa a quem doer. Ora, pedir por direitos e responder com falta de educação e parcos conhecimentos civilizatórios é típico de mentes robotizadas e imerecedoras de qualquer compreensão. Portanto, as palavras, a falada e a escrita, não podem servir de pano de fundo para o exercício da mentira, da injúria ou da difamação. A prerrogativa da liberdade de imprensa e de expressão é ser cidadã, real, confiável e excelentemente democrática.
         Nesse sentido, o Poder Judiciário tem relevante função no controle das inverdades, para que os questionamentos da sociedade não sejam suplantados pelas fake news e não restem vencidos pela negligência da apuração das responsabilidades. O jornalismo, por sua vez, ao creditar aos honestos o valor da idoneidade e debitar aos corruptos a negação da coletividade, não pode servir de corpo de pancadas de alguns, que agridem profissionais da comunicação em manifestações populares, na contramão do Estado democrático de direito.
         A advocacia, por meio dos seus verdadeiros e íntegros operadores do Direito, tem compromisso inarredável com a ordem jurídica, mormente com os códigos de moral e de ética, seja para o fortalecimento da democracia e a conquista de um Estado constitucional melhor, para o respeito à manifestação transparente e responsável das classes sociais; ou para o reconhecimento ao trabalho do jornalismo livre, com liberdade de imprensa e liberdade de expressão. A advocacia, assim como a imprensa, que, para o pleno exercício da atividade, precisam de doses diárias de liberdade e justiça.”.

(WILSON CAMPOS. Advogado, presidente da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade da OAB-MG e especialista em direito tributário, trabalhista e ambiental, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de junho de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 23 de junho de 2018, mesmo caderno e página, de autoria de ALBERTO CARLOS PEREIRA FILHO, inventor da patente do processo Vorax, engenheiro aeronáutico com mestrado em tecnologia de plasma pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e membro titular da Academia Nacional de Engenharia (ANE), e que merece igualmente integral transcrição:

“Termelétrica de energia limpa
        Resíduos têm se tornado um grande problema mundial, em especial o resíduo orgânico gerado, diariamente, em grande quantidade pelos municípios. Queimá-los em condições inadequadas causa danos à saúde humana e ao meio ambiente devido aos gases tóxicos, entre eles o monóxido de carbono (CO) e o NOx, arrastando fuligem que carrega agentes carcinogênicos como dioxinas, furanos e metais pesados.
         Felizmente, isso vem mudando. O processamento de resíduos sólidos via combustão, envolvendo tecnologias modernas, é de baixo risco à saúde do ser humano e não é agressivo ao meio ambiente. Trata-se de uma solução eficaz para dar uma destinação correta do lixo e ainda gerar energia limpa – resposta a um problema mundial que está sendo encarado e resolvido. Em geral, ao redor do planeta, já se observa uma forte tendência para a adoção desse tipo de solução. Isso é possível devido ao aprimoramento tecnológico dos sistemas de combustão e tratamento de gases, cada vez mais eficientes. Ademais, geração de energia limpa, via processamento de resíduo sólido, é uma atraente alternativa, economicamente viável.
         Existem várias instalações de combustão que são proeminentes. Em diversos países, a combustão com geração de energia elétrica já vem prevalecendo sobre a destinação do lixo em aterros e reciclagem, alcançando índices bastante significativos. A Dinamarca, por exemplo, incinera 90%; o Japão, 72%; Suíça, 59%; França, 42%, e Alemanha 36% dos resíduos sólidos municipais, entre outras nações.
         Em resumo, a combustão de resíduos sólidos, se processada corretamente, de forma controlada, resulta em menos emissões de poluentes, especificamente aqueles oriundos diretamente da combustão. Não obstante, para uma queima adequada, deve-se investir em tecnologias que promovem os três Ts da combustão: altas temperaturas no reator; alto tempo de resistência e bastante turbulência. Mais ainda, para se resolver o problema do resíduo solido, por completo, é desejável se liquefazer os subprodutos sólidos desse processo – os óxidos e as cinzas, obtendo-se uma matriz inerte, em troca de um subproduto muitas vezes mais tóxico do que aquele processado. Deve-se, também, investir em melhorias no tratamento dos gases, especialmente em filtros de última geração, de forma que a operação não cause impacto ambiental negativo.
         O objetivo final é eliminar os resíduos sólidos gerando energia com eficiência e de forma limpa. A tecnologia Vorax avança nessa direção. A sua patente, a primeira patente verde do Brasil, reconhecida em mais de 30 países, atesta um processo envolvendo uma combustão a partir de uma pirólise que se dá a 1.580 graus Celsius, passa por uma gaseificação, e finaliza com uma combustão completa desses produtos gasosos. O processo Vorax ocorre com tempo de residência superior a três segundos e com a temperatura dos gases efluentes acima de 850 graus Celsius, na saída do reator. O processo segue com um completo tratamento desses gases, iniciando essa etapa com um choque térmico (quench) e lavagem, finalizando com um sistema filtrante composto de cinco elementos, entre eles a zeólita, para contenção de produtos gasosos à base de amônia.
         Os subprodutos sólidos resultantes desse processo, por sua vez, saem do reator no estado líquido e ao se solidificar novamente formam uma matriz inerte e de valor comercial. Isto porque os metais são reaproveitáveis e os orgânicos e óxidos forma uma matriz cerâmica com propriedades próximas da brita, podendo ser utilizada como cargo de concreto, asfalto etc.
         Devido a esses avanços tecnológicos, promovendo gases em condições adequadas par aplicação em caldeiras, como temperatura elevada e bem controlada, com baixos índices de poluentes de combustão, especialmente CO, NOX e fuligem, a tecnologia Vorax é atraente para resolver um gargalo nacional: a construção de usinas termelétricas a partir de queima de biomassa ou combustível derivado de resíduo (CDR), ou mesmo CDP – combustível derivado de pneus, uma vez que no Brasil já se dominam as tecnologias de caldeira e de turbinas a vapor. Ressalte-se, aqui, que usina importada (eficiente) é caríssima, tornando inviável a sua implantação no país.
         O domínio dessa tecnologia, portanto, é fundamental e estratégico para o futuro próximo dos municípios brasileiros: o de solucionar o problema do lixo de forma eficaz, com a geração de energia limpa.
         Neste sentido, com apenas uma solução eficaz para dois problemas complexos, o reator Vorax deve romper paradigmas, convertendo lixo em energia limpa para o Brasil, quem sabe para o mundo, tendo em vista suas vantagens competitivas.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a ainda estratosférica marca de 303,62% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 311,89%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,86%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



segunda-feira, 14 de maio de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA INOVAÇÃO E DA CIÊNCIA E A TRANSCENDÊNCIA DO TRABALHO NA SUSTENTABILIDADE


“A aposta na ciência
        A inovação e a pesquisa científica no Brasil se destacam no cenário internacional quando há apoio financeiro e vontade política dos governantes, que nem sempre entendem a importância da ciência para o desenvolvimento sustentável, que, em última instância, significa qualidade de vida para a população. O reconhecimento é mundial quando se fala de empresas e instituições como a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), que pode fechar inédita parceria com gigante do setor, a norte-americana Boeing; o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), entidade de ensino superior pública ligada à Força Aérea Brasileira, responsável pela formação de gerações de profissionais de reconhecida capacidade; e a empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), desenvolvedora de tecnologia de ponta.
         Também merecem destaque os inúmeros centros de pesquisa científica de organismos como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), UnB (Universidade de Brasília), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal do Rio de Janeiro, entre tantos outros espalhados pelo país. O que esses centros precisam é de apoio irrestrito do governo para que projetos fundamentais voltados para a inovação tecnológica não se percam por falta de verbas.
         No caso específico da Embrapa, que comemora 45 anos de atividades, chama a atenção o saldo positivo de suas realizações. A empresa, por meio de pesquisas, tirou o país da situação de importador de alimentos básicos para a de exportador e de fornecedor para a população. Os agricultores brasileiros, ao incorporar a tecnologia à produção do campo, entraram para o time dos maiores produtores de grãos, carne e frutas do mundo.
         Os pesquisadores da Embrapa tornaram férteis os solos que eram ácidos e pobres, portanto, com baixíssima produtividade. Com o aumento gradativo da produção nas lavouras, a demanda por mais terras diminuiu de forma significativa. Depois de conseguir tornar o solo próprio para o plantio, os cientistas da empresa se depararam com outro desafio: a adaptação ao clima tropical de espécies originárias de outras regiões do planeta, como a exitosa experiência do plantio de trigo no cerrado. As barreiras foram vencidas e a capacidade de produzir foi ampliada e diversificada.
         A ciência brasileira, sempre em busca da inovação, obteve outros êxitos no desenvolvimento e disseminação de tecnologias sustentáveis, disponibilizando novas práticas de manejo do solo e da água, além de insumos biológicos que permitem fertilizar plantações e preservar os inimigos naturais das pragas. Nas lavouras de soja, por exemplo, está sendo adotada técnica revolucionária: a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que favorece o meio ambiente e aumenta a produtividade com baixa emissão de carbono, evitando o desmatamento para o aumento da área de cultivo. Na safra 2016/2017, a redução do dióxido de carbono foi de 65 milhões de toneladas.
         As autoridades devem se conscientizar de que a atuação de empresas como a Embrapa não pode ser afetada pelo corte de verbas, pois, em última análise, contribuem para a geração de saldo na balança comercial, no aumento da arrecadação e na criação de empregos em todas as cadeias produtivas. A pesquisa científica e a inovação, em todas as áreas do conhecimento, não podem ser interrompidas.”.

(EDITORIAL do jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de maio de 2018, caderno OPINIÃO, página 6).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 4 de maio de 2018, mesmo caderno, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece integral transcrição:

“Trabalhar e reconstruir
        O cenário desafiador do desemprego aflige milhões de famílias, atrasa o desenvolvimento nacional e causa graves prejuízos. Para superar essa situação, passo importante é compreender que os conceitos de trabalho e trabalhador vão muito além de indicadores econômicos. É preciso considerar o trabalho de cada cidadão, em articulação com iniciativas nas famílias, comunidades e na sociedade, para que o país conquiste novos rumos e seja alcançado um novo patamar sociocultural, com repercussões positivas na economia. Em meio à crise que atinge frontalmente os trabalhadores, convém resgatar, para além de teorizações, o sentido inegociável do trabalho humano – atividade que remete à reconstrução e à qualificação da sociedade.
         Gerar empregos é urgência reconhecidamente inegável, principalmente quando se tem visão global sobre a importância do trabalho. A doutrina social da Igreja Católica, incontestável referência na defesa e promoção da dignidade humana, oferece muitas contribuições nesse sentido. A doutrina considera que homem e mulher, feitos à imagem e semelhança de Deus, são inseridos na magnífica criação com o dever de cultivar e proteger a Terra, compromisso de fé e, ao mesmo tempo, respeito ao genuíno sentido de humanidade. Somente o ser humano tem a prerrogativa e a condição para gerenciar a obra de Deus. Esse pressuposto torna possível reconhecer: o trabalho é elemento constituinte de todas as pessoas, que se realizam, forjando a própria identidade transcendente e vocacional, a partir de um ofício.
         Por isso – entende a doutrina social da Igreja –, o trabalho representa a dimensão fundamental da existência. Trata-se de caminho para participar da obra da criação, é expressão da plena humanidade ao longo da história. Com essa convicção, tem-se a certeza, também, de que cada ofício não pode ser contaminado por comodismos, preguiça, ou mesmo pela falta de responsabilidade na realização das próprias tarefas – posturas que comprometem o desenvolvimento integral. O trabalho é um direito e necessidade, permite, permite o sustento e a realização pessoal, social e política, mas também é dever de todos.
         Ninguém pode sentir-se no direito de não trabalhar, ou de executar mal as próprias atribuições. O trabalho humaniza, desenvolve o sentimento de corresponsabilidade, de pertencimento à sociedade. Perceba que trabalhar tem duas dimensões: a objetiva e a subjetiva. A primeira relaciona-se ao processo produtivo, enquanto o sentido subjetivo diz respeito ao agir de cada indivíduo – capaz de contribuir com projetos necessários à promoção do bem de todos.
         O trabalho tem significação muito maior do que os recursos materiais e técnicos mobilizados para o exercício de determinada função, indo além do que se produz. Relaciona-se, também, com as contribuições de cada pessoa em diferentes âmbitos e integra a interioridade dos indivíduos. Quando se considera o mundo do trabalho, fundamental é priorizar a condição humana, para evitar enrijecimentos que façam prevalecer os interesses parciais, contrários ao bem comum. A dimensão social do trabalho é um chamado para que as pessoas se unam em uma grande rede comprometida com o próximo e com a sociedade.
         Reconhecer essa dimensão social muito contribui para lidar com questões variadas, a exemplo da complexa relação entre capital e trabalho. Cada trabalhador passa a ser compreendido não apenas como instrumento para obtenção do lucro, mas como importante agente na reconstrução da sociedade. Quando se percebe o valor subjetivo do trabalho, a ecologia integral – que nunca exclui o ser humano – torna-se parâmetro dos projetos e ações.
         Todos reconheçam: a intervenção humana diária nas obras da criação, via trabalho, é sagrada. Precisa ser instrumento de Deus para fazer desabrochar o bem e a justiça. A todos seja garantido o direito ao exercício sagrado do trabalho digno. E a cada pessoa que tem o seu ofício, uma convocação: vamos trabalhar, incansavelmente, para construir um novo mundo a partir do amor.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em março, chegou a 2,68%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




     

sexta-feira, 11 de maio de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DAS LIÇÕES QUALIFICADAS E O EDUCADOR QUE ILUMINA O MUNDO INFANTO-JUVENIL NA SUSTENTABILIDADE



“As lições de Kevin Bartlett
        Mês passado, tive a oportunidade de participar de uma conferência da Associação das Escolas Americanas do Brasil (AASB), em Curitiba. Durante dois dias, mais de 10 escolas internacionais compartilharam experiências e tiveram a honra de ouvir o dr. Kevin Martlett, um dos educadores que participou da elaboração dos documentos fundamentais do IB – Bacharelado Internacional.
         Atualmente, o IB é um dos currículos mais adotados por escolas internacionais ao redor do mundo e busca formar cidadãos do mundo, com pensamento crítico e participação ativa. Bartlett também foi, por muitos anos, diretor da ISB – Escola Internacional de Bruxelas. Como ele mesmo ressaltou, sua apresentação traria dicas que ele gostaria de saber quando estava à frente da escola. Hoje, aposentado, o especialista atua como consultor e é uma espécie de “tio” mais velho (e experiente) da Escola Internacional Lincoln, na Argentina.
         Entre suas principais ideias apresentadas na conferência, algumas foram muito marcantes como, por exemplo, ser simples. Muitas vezes, dentro das organizações, usamos inúmeras palavras para conseguirmos nos comunicar. Segundo ele, o excesso de palavras pode levar a um ruído na comunicação e, ao final, sua mensagem não será realmente compreendida. Ao optarmos pelo simples, também estamos optando por uma linguagem de fácil entendimento, que permite que todos os colaboradores estejam alinhados e consigam aplicar aquela linguagem no seu dia-a-dia. Precisamos aprender a acreditar no poder da simplicidade e, com isso, conseguiremos criar um ambiente com mais princípios e menos regras. Isso significa que, se todos os colaboradores entenderem, interiorizarem e forem capazes de aplicar os princípios compartilhados, não precisaremos ficar presos à criação de inúmeras regras, que muitas vezes tornam as organizações engessadas e distantes.
         Outro ponto é que o entendimento do meio é fundamental para o sucesso de qualquer empreendimento. Para Kevin Bartlett, a cultura devora a estratégia no café da manhã, ou seja, não há sucesso na implementação de nenhum plano estratégico se a cultura organizacional não abraçar a ideia e defendê-la como sua verdade. A cultura é a crença compartilhada. Usando a simplicidade por meio dos princípios, somos capazes de criar uma cultura que será o nome para nossas organizações. Se conseguirmos sermos afetivos, seremos ainda mais eficientes.
         De volta à realidade das nossas organizações, inspirados por tantos ensinamentos, nos vemos diante de um grande desafio: como implementar essas ações? Ainda não tenho a resposta, mas acredito que sempre devemos revisitar a missão e visão da instituições. Acredito que em um mundo tão volátil é de extrema importância nos certificarmos que as nossas ações reflitam o cerne do nosso negócio. Seu que existe um gap entre saber e fazer, mas outro importante aprendizado: as coisas não acontecem do dia para a noite, por isso, a repetição da mensagem (como algumas vezes costumamos dizer, como um disco quebrado) é fundamental para construir uma organização saudável.”.

(ROBERTA COELHO. Gerente de marketing da Escola Americana de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de maio de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de LUIS ANTONIO NAMURA POBLACION, presidente da Planneta, engenheiro eletrônico pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com especialização em marketing e administração de empresas e MBA em franchising pela Lousiana State University e Hamburguer University – MC Donald’s. Atua na área de educação há mais de 35 anos, e que merece igualmente integral transcrição:

“O educador no mundo infanto-juvenil
        Educar tem sido missão cada vez mais difícil nos dias atuais. Não só pelos muitos recursos digitais e tecnológicos que parecem ‘roubar’ a infância das crianças, como pelos comportamentos expostos na mídia e em redes sociais que as hipnotizam com conteúdos que estimulam o consumismo, o desperdício e as ‘trolagens’ entre as pessoas. O mundo virtual vem, progressivamente, confundindo seus limites com os do mundo real no cotidiano de crianças e adolescentes. O celular e a internet têm mudado a forma de se relacionar com a família, os amigos e os professores. Como convencer uma criança de 5, 6 anos, por exemplo, de que determinado comportamento é errado, quando ela assiste na internet adultos adotando o mesmo comportamento como se fosse algo legal? E, pior, o tal ‘adulto’ ainda é idolatrado e muitas vezes detém boa posição social.
         Essa inversão de valores chega às escolas, interfere diretamente no comportamento das crianças em sala de aula e, consequentemente, na relação que esse aluno tem com os demais colegas e com seus educadores. O professor, que detém autoridade, vem enfrentando, cada vez mais, dificuldades para impor disciplina e respeito e começa a lidar com sérios problemas, como o aumento da agressividade infantil, a transgressão de regras e a violação dos direitos alheios, entre outras questões. Diante de tal situação, como o professor deve agir para evitar a disseminação de atitudes agressivas e sem limites, passando do âmbito individual de cada aluno para o coletivo?
         É verdade que sempre houve situações-problema envolvendo alunos em sala de aula, mas questão vem tomando dimensões assustadoras. Primeiro, é preciso entender o porquê de tais comportamentos. A mídia e as redes sociais são parte do problema, mas eles podem ter origem, também, na falta ou fragilidade de referências morais e afeto, transtornos familiares, como violência doméstica ou dificuldade dos cuidadores em estabelecer limites e regras; além de conflitos emocionais, barreiras socioeconômicas ou até distúrbios cognitivos ou mentais. Por isso, a forma como o educador lida com os conflitos tem papel crucial na formação emocional da criança e do adolescente. Se o professor grita, bate-boca ou resolve as adversidades de forma agressiva, o aluno tende a reproduzir tais atitudes. Não é desse modo que ele exercerá a sua autoridade. Não mais.
         Mas, diante da multiplicidade de causas e consequências, é insensato buscar receitas mágicas. O que deve ser buscado, gradualmente, é a construção e o fortalecimento da confiança e do respeito por meio do diálogo. É difícil? Muito! No entanto, é preciso aproximar-se do aluno, adotando uma postura calma, porém assertiva, dando a ele a possibilidade de expressar seus sentimentos, seus problemas e falar sobre seus atos. Não ignore o que a criança sente ou o que desencadeou aquela atitude agressiva ou desrespeitosa. Estimular o diálogo é dar a ela oportunidade de se explicar e se retratar, sempre valorizando seus esforços positivos, como manifestações de afeto e senso de responsabilidade; e potencializando a autoestima que o encoraja a superar barreiras. Os debates em grupo também têm seu valor. Promover atividades e brincadeiras criativas que permitam a interação e a reflexão em torno de situações e comportamentos também ajuda a desenvolver a consciência do coletivo sobre limites e boas condutas, além de promover o envolvimento das crianças e jovens na construção de soluções.
         A relação escola-família também é de suma importância. De nada adianta a escola reunir esforços para ‘civilizar’ uma criança se a família não trilhar o mesmo caminho. Por isso, todos os esforços devem ser feitos para aproximar a escola dos pais, a fim de que todos os problemas envolvendo o aluno possam ser debatidos em conjunto, na busca de melhorias, não só do desempenho escolar, mas também em torno de comportamentos e hábitos, para que se construa, assim, a inteligência emocional tão necessária ao convívio em sociedade.
         Os educadores têm uma missão importantíssima e fundamental na construção de um mundo mais solidário. Não só em casa, mas também na escola, se aprendem valores, por meio da convivência entre as crianças – já tão diferentes entre si –, e os adultos. É preciso valorizar a atuação do professor enquanto agente transformador, peça indispensável no desenvolvimento emocional e cognitivo dos alunos. Para tal, é necessário que a escola e o poder público se comprometam a dar a eles condições adequadas de trabalho para que a complexidade de sua profissão e os desafios a que são submetidos, diariamente, não desmotivem esses educadores no pleno desenvolvimento do processo educativo.”;

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 333,9% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 324,1%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em março, chegou a 2,68%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.