“Os
desafios da gestão de escolas
Todos costumam olhar para
uma escola e enxergar a instituição de ensino responsável pelo desenvolvimento
de crianças e adolescentes como seres pensantes, para terem um futuro
bem-sucedido. Mas os gestos sabem que por trás de um plano de ensino de
qualidade e de boa educação está uma empresa que precisa ter um bom gerenciamento
para não terminar com contas no vermelho. Se em uma empresa comum isso não é um
bom sinal, em uma escola significa interromper projetos e investimentos de
melhoria.
Seja por
crise econômica, desemprego ou outras dificuldades do caminho dos pais e
responsáveis, ter uma política efetiva de cobrança é essencial para trazer
profissionalismo e controle de suas operações. Pela lei, nenhum aluno pode ser
impedido de continuar seus estudos durante o período de contrato, portanto, a
escola está sujeita à inadimplência até a matrícula – ou seja, há um risco
iminente que afetará a base da instituição. Por isso, é importante que as
escolas compreendam como devem unificar o seu sistema, analisar os perfis dos
clientes para poder criar uma política preventiva ou até proporcionar a
clientes devedores, negociações com melhores condições de pagamento.
Antes de
mais nada, é importante ressaltar que esse relacionamento começa com um
sentimento de empatia. Os pais compreendem que, para ter um ensino de qualidade
aos seus filhos, a escola deve investir; e a escola tem o papel fundamental de
manter tudo isso em pleno funcionamento, incentivando assim a adimplência. Com
o uso da tecnologia, softwares e sistemas de ponta é possível identificar o que
é uma situação momentânea e o que é comportamento que pode perdurar por meses.
Tudo isso confere maior autoridade para a gestão financeira.
Os
maiores benefícios de se contar com a tecnologia é a redução dos custos
operacionais. Processos manuais podem ser maçantes e passíveis de erros graves,
o que compromete a confiança, gera prejuízos e origina retrabalhos. Com a
automação das tarefas, a otimização dos processos e maior controle de gestão, o
tempo de execução das atividades de uma escola será minimizado e tornará a
rotina mais eficiente. A integração do sistema permitirá que as informações
necessárias para cada tipo de cobrança para cada um dos clientes seja feita de
forma automática.
Por fim,
mas não menos importante, a competitividade existente no mercado obriga que as
escolas repensem suas formas de negócios para sobreviver oferecendo um ensino
de qualidade, buscando alternativas para vencer a inadimplência e manter a
saúde financeira. Por isso, é essencial procurar pelas novas tecnologias que
tornem possível alcançar um elevado grau de excelência, o que tornará a
instituição mais robusta e sólida, com um grande diferencial competitivo.”.
(PATRIK NEGRI.
Empreendedor, desenvolvedor, hustler e CEO da iugu, plataforma on-line para
automação financeira, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de maio de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
16 de março de 2018, mesmo caderno, página 9, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Todos
baterão no peito
Bater no peito é um gesto
simbólico, forte. É a demonstração de uma consciência iluminada para a
necessidade inadiável de conversão e mudança no contexto atual, com suas
lacunas e crises de todos os tipos. Sabe-se que não se avança sem inovações na
tecnologia, nos funcionamentos das instituições, na adoção de novas estratégias
capazes de alcançar soluções para os desafios contemporâneos. Tudo isso é
importante. Mas, acima de tudo, é preciso promover transformações no jeito de
ser de cada cidadão, para que famílias, comunidades, instituições, toda a
sociedade, sejam constituídas por pessoas qualificadas. Assim, fica claro que a
conversão e a mudança podem ser pilares insubstituíveis para que as
consciências se tornem a força capaz de dar novo rumo à humanidade. Eis o maior
desafio existencial e ético-moral.
Sem a
necessária revisão interior, permanecem os passivos e atrasos. São perdidos
culturais e religiosos. Habitua-se a conviver com a incompetência
humanístico-existencial nos mais diversos ambientes. Os indivíduos se tornam
espectros, sem força para desencadear necessárias transformações. Contentam-se
a realizar um “voo cego”, sem rumos, desprovido de clarividência. Quando não se
revisa a própria consciência, a tendência é agir com certa permissividade na
defesa de interesses espúrios, revelando mesquinhez. O resultado é uma
sociedade moralmente desarticulada, com segmentos e instituições que servem
como ancoradouro dos medíocres. O ser humano perde a capacidade e a
sensibilidade para reconhecer o inestimável valor do semelhante – a expressão
do que é nobre e grandioso na promoção do bem.
As
muitas dificuldades enfrentadas atualmente podem ser, em grande parte,
resultado do que é produzido nas mentes daqueles que não adotam o gesto ritual,
com força de tocar a consciência, de bater no próprio peito. Esse gesto
simbólico significa reconhecer, humildemente, as próprias limitações. É o
primeiro passo para se viver processos de requalificação. Hoje, bate-se no
peito como sinal de várias outras coisas: para se gabar do pouco que se fez,
para a autopromoção, para justificar o que é da própria conveniência, para
querer apresentar-se como melhor do que o outro, para tentar conquistar
admiração, enaltecendo o que julga possuir em termos de qualidades. Perde-se,
assim, a oportunidade de ser exercitar na indispensável tarefa de reconhecer os
próprios limites. Com isso, corremos o risco de acentuar formas perigosas de
individualismo.
Progressivamente,
as pessoas tornam-se menos habilitadas para o necessário embate de ideias e
perspectivas, dinâmica fundamental para a revisão das próprias convicções e,
consequentemente, para o amadurecimento. Sem abertura para mudança, indivíduos
se agarram a critérios que produzem juízos equivocados. Na contramão de
processos de conversão, vê-se o aumento de posturas enrijecidas, pela
manutenção de reações e considerações cristalizadas, levando a humanidade a
conviver com tantas situações cruéis: preconceitos, ódios, indiferenças. São
alimentadas disputas e tornam-se cada vez mais distantes as possibilidades de
reconciliação. Essas situações revelam mediocridades humanísticas e
espirituais.
E o
tempo precioso da Quaresma, delicadeza de Deus para com o seu povo, é a
oportunidade para resgatar o nobre sentido de bater no peito como experiência
existencial-penitencial, investimento para corrigir a própria conduta,
compreendendo-se como instrumento para promover convivências saudáveis. Ao
bater no próprio peito, reconhecendo limitações, com abertura para evoluir,
cada pessoa torna-se agente no processo qualificado do tecido social,
humanístico, religioso e cultural no mundo contemporâneo. Pode oferecer, assim,
contribuição para edificar uma civilização fraterna e solidária, capaz de superar
os variados tipos de violência.
O gesto
de bater no peito, com humildade e altruísmo, exige vencer qualquer postura
narcísica. Em vez disso, o olhar deve dirigir-se para a pessoa capaz de
transformar o coração de todos: Jesus Cristo, contemplando o seu caminho
redentor de paixão, morte e ressurreição. Bater no peito, com a abertura para
reconhecer as próprias limitações, cultivando a disponibilidade para evoluir, é
exercício que ilumina consciências. Caminho indispensável para o surgimento de
líderes capazes de cumprir a missão que assumiram, cidadãos que prezam e têm
gosto pela solidariedade fraterna, gente que reconhece e valoriza os bens
históricos, culturais e ecológicos.
Bater no
peito, sem medo e até por gosto terapêutico, examinar a própria consciência,
reconhecer erros e mediocridades, um esforço da razão e, acima de tudo, com
abertura para a graça de Deus, com o olhar fixo n’Ele, o Cristo. Aí está o
exercício transformador que qualifica a interioridade humana para alcançar
novos propósitos, a alegria de sair da própria prisão existencial para fazer-se
instrumento do amor e da verdade, edificando um tempo novo, o tempo de Deus!”.
Eis, portanto, mais
páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que
acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a
efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a) a excelência
educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional –, desde a educação
infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em
pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são: I – a inflação,
a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se
em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco
Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março a ainda
estratosférica marca de 299,45% nos últimos
doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos
322,74%; e já o IPCA, em abril, também no acumulado dos últimos doze meses,
chegou a 4,94%); II – a corrupção, há
séculos, na mais perversa promiscuidade
– “dinheiro público versus
interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da
vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e
comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador
chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela
trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é
que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter
transnacional; eis, portanto, que todos
os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos,
pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina,
fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso
patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas
modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente
irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na
Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das
empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é
desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de
problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos,
quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas
de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à
corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da
União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão
Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de
juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica,
previsão de R$ 758,672 bilhões), a
exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e
ainda a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos,
gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande
cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o
nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público
(1961 – 2019)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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