quinta-feira, 30 de maio de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A QUALIFICAÇÃO E DESAFIOS DA GESTÃO DE ESCOLAS E A LUZ DOS VALORES E VIRTUDES DA HUMANIDADE NA SUSTENTABILIDADE


“Os desafios da gestão de escolas
        Todos costumam olhar para uma escola e enxergar a instituição de ensino responsável pelo desenvolvimento de crianças e adolescentes como seres pensantes, para terem um futuro bem-sucedido. Mas os gestos sabem que por trás de um plano de ensino de qualidade e de boa educação está uma empresa que precisa ter um bom gerenciamento para não terminar com contas no vermelho. Se em uma empresa comum isso não é um bom sinal, em uma escola significa interromper projetos e investimentos de melhoria.
         Seja por crise econômica, desemprego ou outras dificuldades do caminho dos pais e responsáveis, ter uma política efetiva de cobrança é essencial para trazer profissionalismo e controle de suas operações. Pela lei, nenhum aluno pode ser impedido de continuar seus estudos durante o período de contrato, portanto, a escola está sujeita à inadimplência até a matrícula – ou seja, há um risco iminente que afetará a base da instituição. Por isso, é importante que as escolas compreendam como devem unificar o seu sistema, analisar os perfis dos clientes para poder criar uma política preventiva ou até proporcionar a clientes devedores, negociações com melhores condições de pagamento.
         Antes de mais nada, é importante ressaltar que esse relacionamento começa com um sentimento de empatia. Os pais compreendem que, para ter um ensino de qualidade aos seus filhos, a escola deve investir; e a escola tem o papel fundamental de manter tudo isso em pleno funcionamento, incentivando assim a adimplência. Com o uso da tecnologia, softwares e sistemas de ponta é possível identificar o que é uma situação momentânea e o que é comportamento que pode perdurar por meses. Tudo isso confere maior autoridade para a gestão financeira.
         Os maiores benefícios de se contar com a tecnologia é a redução dos custos operacionais. Processos manuais podem ser maçantes e passíveis de erros graves, o que compromete a confiança, gera prejuízos e origina retrabalhos. Com a automação das tarefas, a otimização dos processos e maior controle de gestão, o tempo de execução das atividades de uma escola será minimizado e tornará a rotina mais eficiente. A integração do sistema permitirá que as informações necessárias para cada tipo de cobrança para cada um dos clientes seja feita de forma automática.
         Por fim, mas não menos importante, a competitividade existente no mercado obriga que as escolas repensem suas formas de negócios para sobreviver oferecendo um ensino de qualidade, buscando alternativas para vencer a inadimplência e manter a saúde financeira. Por isso, é essencial procurar pelas novas tecnologias que tornem possível alcançar um elevado grau de excelência, o que tornará a instituição mais robusta e sólida, com um grande diferencial competitivo.”.

(PATRIK NEGRI. Empreendedor, desenvolvedor, hustler e CEO da iugu, plataforma on-line para automação financeira, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de maio de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 16 de março de 2018, mesmo caderno, página 9, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Todos baterão no peito
        Bater no peito é um gesto simbólico, forte. É a demonstração de uma consciência iluminada para a necessidade inadiável de conversão e mudança no contexto atual, com suas lacunas e crises de todos os tipos. Sabe-se que não se avança sem inovações na tecnologia, nos funcionamentos das instituições, na adoção de novas estratégias capazes de alcançar soluções para os desafios contemporâneos. Tudo isso é importante. Mas, acima de tudo, é preciso promover transformações no jeito de ser de cada cidadão, para que famílias, comunidades, instituições, toda a sociedade, sejam constituídas por pessoas qualificadas. Assim, fica claro que a conversão e a mudança podem ser pilares insubstituíveis para que as consciências se tornem a força capaz de dar novo rumo à humanidade. Eis o maior desafio existencial e ético-moral.
         Sem a necessária revisão interior, permanecem os passivos e atrasos. São perdidos culturais e religiosos. Habitua-se a conviver com a incompetência humanístico-existencial nos mais diversos ambientes. Os indivíduos se tornam espectros, sem força para desencadear necessárias transformações. Contentam-se a realizar um “voo cego”, sem rumos, desprovido de clarividência. Quando não se revisa a própria consciência, a tendência é agir com certa permissividade na defesa de interesses espúrios, revelando mesquinhez. O resultado é uma sociedade moralmente desarticulada, com segmentos e instituições que servem como ancoradouro dos medíocres. O ser humano perde a capacidade e a sensibilidade para reconhecer o inestimável valor do semelhante – a expressão do que é nobre e grandioso na promoção do bem.
         As muitas dificuldades enfrentadas atualmente podem ser, em grande parte, resultado do que é produzido nas mentes daqueles que não adotam o gesto ritual, com força de tocar a consciência, de bater no próprio peito. Esse gesto simbólico significa reconhecer, humildemente, as próprias limitações. É o primeiro passo para se viver processos de requalificação. Hoje, bate-se no peito como sinal de várias outras coisas: para se gabar do pouco que se fez, para a autopromoção, para justificar o que é da própria conveniência, para querer apresentar-se como melhor do que o outro, para tentar conquistar admiração, enaltecendo o que julga possuir em termos de qualidades. Perde-se, assim, a oportunidade de ser exercitar na indispensável tarefa de reconhecer os próprios limites. Com isso, corremos o risco de acentuar formas perigosas de individualismo.
         Progressivamente, as pessoas tornam-se menos habilitadas para o necessário embate de ideias e perspectivas, dinâmica fundamental para a revisão das próprias convicções e, consequentemente, para o amadurecimento. Sem abertura para mudança, indivíduos se agarram a critérios que produzem juízos equivocados. Na contramão de processos de conversão, vê-se o aumento de posturas enrijecidas, pela manutenção de reações e considerações cristalizadas, levando a humanidade a conviver com tantas situações cruéis: preconceitos, ódios, indiferenças. São alimentadas disputas e tornam-se cada vez mais distantes as possibilidades de reconciliação. Essas situações revelam mediocridades humanísticas e espirituais.
         E o tempo precioso da Quaresma, delicadeza de Deus para com o seu povo, é a oportunidade para resgatar o nobre sentido de bater no peito como experiência existencial-penitencial, investimento para corrigir a própria conduta, compreendendo-se como instrumento para promover convivências saudáveis. Ao bater no próprio peito, reconhecendo limitações, com abertura para evoluir, cada pessoa torna-se agente no processo qualificado do tecido social, humanístico, religioso e cultural no mundo contemporâneo. Pode oferecer, assim, contribuição para edificar uma civilização fraterna e solidária, capaz de superar os variados tipos de violência.
         O gesto de bater no peito, com humildade e altruísmo, exige vencer qualquer postura narcísica. Em vez disso, o olhar deve dirigir-se para a pessoa capaz de transformar o coração de todos: Jesus Cristo, contemplando o seu caminho redentor de paixão, morte e ressurreição. Bater no peito, com a abertura para reconhecer as próprias limitações, cultivando a disponibilidade para evoluir, é exercício que ilumina consciências. Caminho indispensável para o surgimento de líderes capazes de cumprir a missão que assumiram, cidadãos que prezam e têm gosto pela solidariedade fraterna, gente que reconhece e valoriza os bens históricos, culturais e ecológicos.
         Bater no peito, sem medo e até por gosto terapêutico, examinar a própria consciência, reconhecer erros e mediocridades, um esforço da razão e, acima de tudo, com abertura para a graça de Deus, com o olhar fixo n’Ele, o Cristo. Aí está o exercício transformador que qualifica a interioridade humana para alcançar novos propósitos, a alegria de sair da própria prisão existencial para fazer-se instrumento do amor e da verdade, edificando um tempo novo, o tempo de Deus!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março a ainda estratosférica marca de 299,45% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 322,74%; e já o IPCA, em abril, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,94%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



   
         
          

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