“O
meio ambiente está gritando por socorro
Vivemos a era da
tecnologia, da informática... o mundo não se aquieta, as evoluções e revoluções
ocorrem na velocidade da luz. Entretanto, até hoje, o ser humano ainda não
conseguiu perceber a importância da natureza, que, continuamente, sofre as
agressões e o repúdio egoísta dos seres
racionais.
O ser
humano lida de uma forma predatória e inconsequente com as questões ambientais.
Praticamente, em todo o processo de aglomeração de indivíduos, na maioria
desorganizadamente, o grande malefício é depositado na natureza. Ela é obrigada
a absorver toda e qualquer ação humana.
Em
pleno século 21, a discussão sobre a importância dos cuidados com o meio
ambiente já deveria estar ultrapassada. Viver sustentavelmente deveria fazer
parte da nossa rotina, mas, infelizmente, não é isso que vemos. Aos poucos,
estamos poluindo tudo, dizimando nossa própria fonte de existência.
As
águas que consumimos repletas de cloro, o ar de diversos poluentes, na maioria
tóxicos para a respiração humana, e as terras tornando-se inférteis ou
contaminadas por agrotóxicos. E nós no meio disso tudo, vendo as coisas
acontecerem, reclamando na maioria dos casos e inertes, como se os problemas
também não fossem nossos.
A
importância da natureza em nossa vida é indizível. Sem ela, com certeza, não
existiria vida sobre a Terra e os humanos, acredito eu, entrariam em extinção.
No equilíbrio ambiental encontra-se a perpetuação da vida, a manutenção da
própria espécie com qualidade de vida.
Imaginemos
um caso hipotético: como seria o planeta se, neste instante, por um toque de
mágica, todos os humanos desaparecessem? Agora, pensemos o contrário: o que
seria dos seres humanos se todos os animais e plantas, pelo mesmo toque de
mágica, simplesmente sumissem? Acredito que o planeta não sentiria nenhuma
falta nossa, já o contrário não diria o mesmo. Ou você, que está lendo este
texto, pensa diferente?
Claro
que não quero ser fatalista, mas precisamos repensar nossa relação com as
questões ambientais. Ter conforto proveniente das conquistas e avanços tecnológicos
é algo que todos nós queremos, todavia, torna-se urgente pensar em formas
alternativas para continuar vivendo assim. Alimentar uma cadeia de consumismo
que mais parece uma bomba-relógio planetária não deveria ser uma ação de um ser
pensante, que se diz racional.
É
dever de todos nós idosos, adultos, jovens e crianças proteger a natureza. É
preciso reverter este quadro de insanidade ambiental. Precisamos assumir a
responsabilidade e a consciência da transmissão, para outras gerações, de um
mundo mais sadio, equilibrado, portanto, de um mundo voltado para uma educação
na qual as crianças sintam o prazer e a necessidade da preservação do próprio
planeta, nossa casa comum.
É preciso
saber e querer cuidar da natureza, na mesma proporção que ela sabe cuidar de
cada um de nós.”.
(WALBER
GONÇALVES DE SOUZA. Professor e escritor, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de abril
de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página, de autoria de DOM
WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e
que merece igualmente integral transcrição:
“Via
da alegria
Marcado pela alegria da
ressurreição de Jesus, vive-se o especial tempo da Páscoa. Singular
oportunidade para vencer tristezas, decepções, desencontros que obscurecem o
reconhecimento do sentido da vida, essencialmente destinada à experiência da
alegria. Isso porque o coração humano não consegue manter-se saudável quando se
deixa ocupar pelo mal. Referencial é a experiência dos primeiros discípulos de
Jesus, que ficaram envoltos em trevas da decepção e da tristeza, mas
reencontraram o caminho da esperança. Um movimento de conversão que, ainda
hoje, deve inspirar cada pessoa, quando adoecimentos graves da interioridade
incidem na vida pessoal e no desempenho cidadão. A cura passa por uma
transformação radical, a partir da força da alegria, alavanca para levantar o
caído, recuperar o doente, amparar o desolado, sustentar qualificada presença
no contexto de famílias, instituições, religiões. E os evangelhos são claros ao
indicar a fonte que sustenta o coração dos discípulos: eles se alegraram por
ver o Senhor.
A
palavra de Deus descreve com riqueza de detalhes esse momento: olhos
entumecidos com lágrimas de alegria ao verem o Senhor ressuscitado. Assim, as
portas fechadas pelo medo, onde se encontravam trancados os discípulos
envolvidos pela tristeza, se escancararam. Neles foi infundida a força maior
que vem da presença do Cristo vivo e a alegria duradoura e verdadeira do amor.
Renovados, os discípulos saíram mundo afora, com inigualável disposição, para
anunciar a boa-nova. Suportaram até mesmo o martírio, fiéis à missão de
entrelaçar vidas e corações, oferecendo a todos a oportunidade para também
beberem nesta fonte de amor – a presença do Cristo vivo e vitorioso. E, assim,
os discípulos conseguiram apresentar ao mundo o caminho: a verdade, o amor e a
fé – a via da alegria.
Mas
muitos, em busca de felicidade, pegam o caminho equivocado. Seguem itinerários
aparentemente fáceis que levam apenas à superficialidade. Acabam por sucumbir
diante do vazio existencial e, não raramente, desistem de viver. Consequentemente,
tantos jovens, crianças e até mesmo pessoas amadurecidas tornam-se incapazes de
reconhecer a vida como dom. Uma grave situação, que resulta dos modos
inapropriados de se procurar a alegria, a felicidade, a partir das lógicas de
uma sociedade consumista: prioriza-se o que é fugaz e superficial, relativizam-se
valores absolutos. Opção perigosa que conduz a frustrações e, consequentemente,
cria o ambiente propício para as diferentes formas de violências. A própria
vida, que deve ser respeitada e defendida desde o momento primeiro, na
fecundação, até o último, com o declínio natural, é desconsiderada. Ignora-se a
sua sacralidade.
Com
isso, ao invés da desejada aproximação, há progressivo distanciamento da via da
alegria. E um ciclo perverso se estabelece, marcado pela falta de ideias nobres
capazes de solucionar problemas contemporâneos, garantir mais civilidade e
desenvolvimento integral para toda a sociedade. Vale recordar o que diz o papa
Francisco, na abertura de exortação apostólica, sobre o anúncio do evangelho no
mundo atual: “A alegria do evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles
que se encontram com Jesus. Todos que se deixam salvar por Ele são libertados
do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo,
renasce sem cessar a alegria.”
Há,
pois, uma via da alegria que se renova e se comunica. O grande risco do mundo
atual, com sua múltipla e avassaladora oferta de consumo, sublinha o papa
Francisco, é uma tristeza individualista que brota do coração comodista e
mesquinho, cada vez mais habituado à busca desordenada de prazeres superficiais
e a uma consciência que enjaula o ser humano no isolamento. As pessoas não
podem se aprisionar aos próprios interesses, incapacitando-se para enxergar o
outro, o pobre, para ouvir a voz de Deus e experimentar a doce alegria de seu
amor, deixando esfriar o entusiasmo para fazer o bem, adverte o papa Francisco.
É
preciso que todos tomem consciência: o coração tem uma via da alegria, que
ultrapassa as simples sensações ou as afinidades a partir de interesses de
determinados grupos. O alicerce da autêntica felicidade é o profundo e
respeitoso sentido da vida, construído a partir do reconhecimento do
inestimável valor de cada pessoa. Infelizmente, o mundo contemporâneo parece
estar na contramão da autêntica via da alegria. Sem reconhecer o valor do
outro, especialmente dos que enfrentam a pobreza, a humanidade aproxima-se do
colapso. E é preciso aproveitar este tempo da Páscoa para a necessária
transformação humana. O Filho amado de Deus-Pai se oferece na cruz, morre e
ressuscita pela salvação do mundo – é a vitória da vida sobre a morte. Um
acontecimento que deve inspirar, em todos os lugares, as amizades solidárias,
educando, principalmente, crianças e jovens para o compromisso com a sociedade
e o bem comum; para a cultura da vida, capaz de transformar ambientes de
violência com suas tristes histórias, suicídios, homicídios e delinquências.
Não
bastam mudanças na economia ou nos sistemas para se alcançar felicidade
duradoura. Conhecer e seguir Cristo, a partir de uma espiritualidade que se
desdobra em caridade, altruísmo e qualificado exercício da cidadania, é que
permite conectar o coração humano, permanentemente, com a verdadeira via da
alegria.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em março a ainda estratosférica marca de
299,45% nos últimos doze meses, e a taxa
de juros do cheque especial chegou em históricos 322,74%; e já o IPCA, também
no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,58%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria
grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência
na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte
de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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