sexta-feira, 18 de outubro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DAS NOVAS TECNOLOGIAS E OS FUNDAMENTOS E DESAFIOS DA PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE NA SUSTENTABILIDADE


“A tecnologia aumenta a produtividade
        As videolocadoras foram bruscamente substituídas pelas redes de streaming; não é difícil imaginar um futuro em que o ato de dirigir será apenas um hobby, e não uma atividade remunerada; e cobradores de ônibus já são figuras cada vez mais raras na rotina da população. Já está claro que algumas profissões vão desaparecer com o avanço da tecnologia. Porém, apesar do que muitos imaginam, esse movimento de mudança tem tudo para ser mais benéfico do que devastador.
         Estudo divulgado pela consultoria Deloitte em 2015 mostrou que no último século, em vez de reduzir vagas, a revolução tecnológica contribuiu para a geração de novos postos de trabalho. Isso prova que a democratização do acesso à informação, a globalização, o aprimoramento da comunicação e outros avanços científicos estão contribuindo para o aumento da produtividade e da oferta de oportunidades.
         Com o avanço da inteligência artificial e do aumento progressivo da capacidade computacional, em breve o mundo será completamente diferente. Ao mesmo tempo em que essa trilha é percorrida, as relações de trabalho também vigorosamente alteradas e um dos mais notórios efeitos dessa revolução já pode ser visto no mercado de recursos humanos.
         Desde o uso de inteligência artificial para promover a combinação entre possíveis colaboradores e a cultura empresarial da companhia, até a criação de estratégias digitais para vagas específicas, o setor está passando por mudanças estruturais, complexas e determinantes. Um dos pontos que evidenciam isso é o retorno do protagonismo dos – até pouco tempo atrás, ultrapassados – testes de personalidade.
         O fator comportamental é um aspecto que costuma permanecer oculto nas entrevistas de emprego, mas são determinantes para a contratação e um dos grandes responsáveis pela rotatividade de colaboradores que não se encaixam na cultura da empresa. Com a chegada do big data e inteligência artificial, os testos que avaliam soft skills estão voltando para se tornar protagonistas do setor.
         E ao unir metodologia, conhecimento de mercado e tecnologia, as ferramentas que analisam as habilidades comportamentais de forma assertiva vão encurtar o processo de contratação, capacitação e efetivação de novos colaboradores. O entendimento pleno do ser humano pode ser responsável por promover a próxima grande revolução no trabalho.”.

(DIEGO FIGUEREDO. CEO da Nexo AI, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de setembro de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 21 de setembro de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de WILSON DE FRANCISCO JÚNIOR, diretor comercial da Lepe Indústria e Comércio, e que merece igualmente integral transcrição:

“A competitividade da indústria
        Base de boa parte do setor industrial, e um dos principais termômetros da economia, o segmento da fundição dá o ar da graça em meio a um cenário de incertezas que ronda o país nos últimos anos, mais precisamente desde 2015. A maior prova de que o mercado de fundidos dá sinais de recuperação são os índices positivos que marcam o setor desde 2017, como aponta a Associação Brasileira da Indústria de Fundição (Abifa). De lá para cá, ele cresceu 16% e projeta otimismo para voltar a produzir seu ápice em 2023. Neste ano, a produção deve chegar a 2,440 milhões de toneladas, 7% a mais do que 2018. Contabilizando em valores, isso dá algo próximo dos US$ 9 bilhões.
         O Brasil está na lista dos top 10 do ranking mundial de fundição. Mas temos capacidade de produzir, anualmente, 4 milhões de toneladas, o que o elevaria para o G-7 dos produtores mundiais. Então, o que nos falta? Simples. Não somos competitivos por uma série de aspectos que impactam os custos da indústria. A começar com a mão de obra, uma das mais caras do mundo. E isso não é porque nossos trabalhadores ganham bem, muito pelo contrário. O fato ocorre porque a carga dos impostos e taxas sobre a folha de pagamento mais do que dobra o custo do salário para o empregador.
         Há ainda a baixa produtividade oriunda da falta de mão de obra capacitada. No caso da fundição, não existem praticamente mais cursos de metalurgia na área técnica e nem na graduação para formar profissionais para o mercado que hoje emprega mais de 55 mil pessoas pelo país. Cabe às empresas prepararem o seu próprio capital humano, encarecendo o custo do mesmo, além de aumentar o tempo entre a necessidade e a disponibilidade dele na linha de produção.
         Também não podemos esquecer o custo da energia elétrica como fator fundamental para a nossa baixa competitividade. Nossas tarifas estão entre as mais altas do mundo, mesmo ela sendo gerada, basicamente, por fontes renováveis. Não bastasse isso, apesar de ser um grande produtor de matérias-primas, no Brasil os impostos, taxas, fretes e perdas durante o processo acabam por fazer com que os custos delas se igualem àqueles que pagam nossos concorrentes externos, como chineses, indianos e norte-americanos.
         Diante dos pontos abordados, é preciso que nossas autoridades agilizem as reformas da Previdência e tributária, ampliem investimentos em infraestrutura e na desburocratização dos processos, e possam banir a corrupção e os desvios com medidas factíveis na prática. Por outro lado, mas não menos importante, trata-se do processo de equalização forçada dos mercados posto em prática por grandes grupos ou setores. São regras e normas a serem seguidas num determinado mercado nos âmbitos comercial, qualidade, logística, processos e garantias, entre outros.
         Dessa forma, os fornecedores devem cumprir essas regras e procedimentos, que acabam por igualar, onde quer que estejam geograficamente instalados, esquecendo-se das desigualdades regionais que muitas vezes fazem a diferença do ponto de vista de competitividade. Como exigir, por exemplo, que um fornecedor brasileiro de uma multinacional com planta no Brasil entregue um componente nas mesmas condições de preços que um fabricante na Alemanha venda para a unidade daquele país, lembrando que, apesar de o item atender ao mesmo projeto, os volumes de produção serão muito diferentes, os equipamentos empregados e toda a cadeia de custos e tributos serão bem peculiares?
         Isso acaba por minar a livre concorrência e impede que novos, e talvez bem competitivos, empreendedores surjam, pois, para uma empresa se habilitar e se certificar perante essas normas, e fornecer a uma multinacional, por exemplo, exige um nível de investimento inicial proibitivo para um negócio em seu começo. E essas certificações são mandatórias.
         Para reverter esse quadro, precisamos que as medidas de governo sejam implementadas rapidamente para que o mercado saia do ostracismo e volte a crescer de forma sólida e sustentável. E que as empresas parem de aceitar imposições absurdas, e entendam que o lucro faz parte de qualquer negócio e que todos na cadeia devem ser remunerados adequadamente.
         Enfim, teremos um longo caminho para alcançar a tão querida competitividade. Mas é preciso acreditar.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de 307,20% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 306,86%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,89%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


        

        

Nenhum comentário: