“A
tecnologia aumenta a produtividade
As videolocadoras foram
bruscamente substituídas pelas redes de streaming; não é difícil imaginar um
futuro em que o ato de dirigir será apenas um hobby, e não uma atividade
remunerada; e cobradores de ônibus já são figuras cada vez mais raras na rotina
da população. Já está claro que algumas profissões vão desaparecer com o avanço
da tecnologia. Porém, apesar do que muitos imaginam, esse movimento de mudança
tem tudo para ser mais benéfico do que devastador.
Estudo
divulgado pela consultoria Deloitte em 2015 mostrou que no último século, em
vez de reduzir vagas, a revolução tecnológica contribuiu para a geração de
novos postos de trabalho. Isso prova que a democratização do acesso à
informação, a globalização, o aprimoramento da comunicação e outros avanços
científicos estão contribuindo para o aumento da produtividade e da oferta de
oportunidades.
Com o
avanço da inteligência artificial e do aumento progressivo da capacidade
computacional, em breve o mundo será completamente diferente. Ao mesmo tempo em
que essa trilha é percorrida, as relações de trabalho também vigorosamente alteradas
e um dos mais notórios efeitos dessa revolução já pode ser visto no mercado de
recursos humanos.
Desde o
uso de inteligência artificial para promover a combinação entre possíveis
colaboradores e a cultura empresarial da companhia, até a criação de
estratégias digitais para vagas específicas, o setor está passando por mudanças
estruturais, complexas e determinantes. Um dos pontos que evidenciam isso é o
retorno do protagonismo dos – até pouco tempo atrás, ultrapassados – testes de
personalidade.
O fator
comportamental é um aspecto que costuma permanecer oculto nas entrevistas de
emprego, mas são determinantes para a contratação e um dos grandes responsáveis
pela rotatividade de colaboradores que não se encaixam na cultura da empresa.
Com a chegada do big data e inteligência artificial, os testos que avaliam soft
skills estão voltando para se tornar protagonistas do setor.
E ao
unir metodologia, conhecimento de mercado e tecnologia, as ferramentas que
analisam as habilidades comportamentais de forma assertiva vão encurtar o
processo de contratação, capacitação e efetivação de novos colaboradores. O
entendimento pleno do ser humano pode ser responsável por promover a próxima
grande revolução no trabalho.”.
(DIEGO
FIGUEREDO. CEO da Nexo AI, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de
setembro de 2019, caderno OPINIÃO,
página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
21 de setembro de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de WILSON DE FRANCISCO JÚNIOR, diretor
comercial da Lepe Indústria e Comércio, e que merece igualmente integral
transcrição:
“A
competitividade da indústria
Base de boa parte do
setor industrial, e um dos principais termômetros da economia, o segmento da
fundição dá o ar da graça em meio a um cenário de incertezas que ronda o país
nos últimos anos, mais precisamente desde 2015. A maior prova de que o mercado
de fundidos dá sinais de recuperação são os índices positivos que marcam o
setor desde 2017, como aponta a Associação Brasileira da Indústria de Fundição
(Abifa). De lá para cá, ele cresceu 16% e projeta otimismo para voltar a
produzir seu ápice em 2023. Neste ano, a produção deve chegar a 2,440 milhões
de toneladas, 7% a mais do que 2018. Contabilizando em valores, isso dá algo
próximo dos US$ 9 bilhões.
O Brasil
está na lista dos top 10 do ranking mundial de fundição. Mas temos capacidade
de produzir, anualmente, 4 milhões de toneladas, o que o elevaria para o G-7
dos produtores mundiais. Então, o que nos falta? Simples. Não somos
competitivos por uma série de aspectos que impactam os custos da indústria. A
começar com a mão de obra, uma das mais caras do mundo. E isso não é porque
nossos trabalhadores ganham bem, muito pelo contrário. O fato ocorre porque a
carga dos impostos e taxas sobre a folha de pagamento mais do que dobra o custo
do salário para o empregador.
Há ainda
a baixa produtividade oriunda da falta de mão de obra capacitada. No caso da
fundição, não existem praticamente mais cursos de metalurgia na área técnica e
nem na graduação para formar profissionais para o mercado que hoje emprega mais
de 55 mil pessoas pelo país. Cabe às empresas prepararem o seu próprio capital
humano, encarecendo o custo do mesmo, além de aumentar o tempo entre a
necessidade e a disponibilidade dele na linha de produção.
Também
não podemos esquecer o custo da energia elétrica como fator fundamental para a
nossa baixa competitividade. Nossas tarifas estão entre as mais altas do mundo,
mesmo ela sendo gerada, basicamente, por fontes renováveis. Não bastasse isso, apesar
de ser um grande produtor de matérias-primas, no Brasil os impostos, taxas,
fretes e perdas durante o processo acabam por fazer com que os custos delas se
igualem àqueles que pagam nossos concorrentes externos, como chineses, indianos
e norte-americanos.
Diante
dos pontos abordados, é preciso que nossas autoridades agilizem as reformas da
Previdência e tributária, ampliem investimentos em infraestrutura e na
desburocratização dos processos, e possam banir a corrupção e os desvios com
medidas factíveis na prática. Por outro lado, mas não menos importante,
trata-se do processo de equalização forçada dos mercados posto em prática por
grandes grupos ou setores. São regras e normas a serem seguidas num determinado
mercado nos âmbitos comercial, qualidade, logística, processos e garantias,
entre outros.
Dessa
forma, os fornecedores devem cumprir essas regras e procedimentos, que acabam por
igualar, onde quer que estejam geograficamente instalados, esquecendo-se das
desigualdades regionais que muitas vezes fazem a diferença do ponto de vista de
competitividade. Como exigir, por exemplo, que um fornecedor brasileiro de uma
multinacional com planta no Brasil entregue um componente nas mesmas condições
de preços que um fabricante na Alemanha venda para a unidade daquele país,
lembrando que, apesar de o item atender ao mesmo projeto, os volumes de
produção serão muito diferentes, os equipamentos empregados e toda a cadeia de
custos e tributos serão bem peculiares?
Isso
acaba por minar a livre concorrência e impede que novos, e talvez bem
competitivos, empreendedores surjam, pois, para uma empresa se habilitar e se certificar
perante essas normas, e fornecer a uma multinacional, por exemplo, exige um
nível de investimento inicial proibitivo para um negócio em seu começo. E essas
certificações são mandatórias.
Para
reverter esse quadro, precisamos que as medidas de governo sejam implementadas
rapidamente para que o mercado saia do ostracismo e volte a crescer de forma
sólida e sustentável. E que as empresas parem de aceitar imposições absurdas, e
entendam que o lucro faz parte de qualquer negócio e que todos na cadeia devem
ser remunerados adequadamente.
Enfim,
teremos um longo caminho para alcançar a tão querida competitividade. Mas é
preciso acreditar.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de
307,20% nos últimos doze meses, e a taxa
de juros do cheque especial chegou em históricos 306,86%; e já o IPCA, em
setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,89%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos
e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria
grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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