“Pequenas
lições de grandeza
Em ‘Seis Propostas para o
Próximo Milênio’, palestras que pronunciaria em 1985 na Universidade de Harvard
– se a morte não tivesse interrompido sua obra –, Ítalo Calvino, o grande
escritor de família italiana, tratou de objetos literários que gostaria de ver
preservados. É uma bela coletânea sobre a complexidade das estruturas
narrativas. Apesar do foco literário, podemos projetá-la para a vida social e
política.
Roguemos
para que nossos governantes e políticos se comprometam com a leveza, primeira
das seis propostas. Ao constatar que o esforço do governo para resgatar a
economia quase não alterou o desemprego nem a vida da população, resta a prece
para que se corrija a monstruosidade registrada pelo IBGE: o rendimento total
dos 10% mais ricos supera a soma dos 80% mais pobres; em 2018, o rendimento
médio mensal do 1% da classe mais rica foi de R$ 27.744; os 50% mais pobres
receberam R$ 820, valor 33,8 vezes menor. Pede-se a leveza de um cotidiano
tranquilo, seguro e farto na cozinha. Não dá para postergar.
O
segundo valor, a rapidez, deve responder ao povo nas ruas nesse ciclo explosivo
das comunicações. Brasileiros estão cansados da conhecida lenga-lenga: “Vamos
construir a pátria dos nossos filhos”. Urge construí-la nas cidades devastadas
por más administrações. Lincoln ensinava: “Podeis ludibriar uma parte do povo
durante o tempo todo, ou o povo durante algum tempo; mas não podereis ludibriar
todo o povo durante todo o tempo”.
O Brasil
que ressurgiu da última eleição espera por exatidão, valor massacrado nestes
tempos de fake News. Precisamos banir o refrão nazista de que uma mentira
repetida três vezes torna-se verdade no quarto relato. Precisamos banir a falta
de escrúpulo, a mentira, a hipocrisia.
Bobbio,
outro italiano, chama a atenção para dois fenômenos adversos e estritamente
ligados: o poder oculto e o que oculta, que se esconde, escondendo. O poder
invisível deve ser escancarado. Daí a necessidade da visibilidade para que se
possa acreditar nos representantes. O país não aceita mais o Estado visível e o
invisível, com estruturas corrompidas, gabinetes secretos, decisões longe do
público, “o poder mascarado” destruindo a nação.
Nossa
cultura abriga valores nobres, como respeito, lealdade, dignidade, ética. A
vontade plural merece ser respeitada. Trata-se, então, de promover a
multiplicidade (quinto valor) dos olhares sobre a realidade. A pluralidade
social, econômica e cultural constitui referência para o planejamento e
administração de políticas públicas, o que recomenda a mobilização de classes e
categorias profissionais.
A última
lição de Calvino trata da consistência. No caso, o resgate da responsabilidade,
que implica seriedade, densidade. O contraponto é o improviso irresponsável.
Nesta
parte do milênio, o Brasil precisa praticar a humanidade como Confúcio definiu:
“A humanidade é mais essencial para o povo do que água e fogo. Vi homens
perderem sua vida por se entregarem à água ou ao fogo; nunca vi alguém perder a
vida por se entregar à humanidade”.”.
(Gaudêncio
Torquato. Jornalista, professor (USP) e consultor político, em artigo
publicado no jornal O TEMPO Belo
Horizonte, edição de 27 de outubro de 2019, caderno O.PINIÃO, página 19).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 25 de outubro de 2019, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo
Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e
que merece igualmente integral transcrição:
“Verdade
sobre o Sínodo para a Amazônia
O Sínodo para a Amazônia,
convocado pelo papa Francisco há dois anos, em 17 de janeiro de 2017, e que
está sendo realizado no Vaticano neste mês de outubro, movimentou internamente
a Igreja Católica, interpelou outras confissões religiosas, correu nas veias
dos cristãos, encheu de esperança o coração dos povos tradicionais e habitantes
deste precioso território. Ganhou lugar pauta mundial – ambientalistas, meios
de comunicação, governantes e diferentes segmentos da sociedade dedicam toda a
atenção ao sínodo, que lança novas luzes sobre a história e sobre os
preocupantes contextos social, religioso e ambienta. Também, lamentavelmente, o
sínodo serviu de pauta para muitos que se dedicam a propagar notícias falsas.
Foi alvo de interpretações equivocadas, inclusive dentro da própria Igreja,
alimentou medos e preconceitos, distanciamentos e fechamentos a respostas que
precisam ser buscadas para se alcançar necessárias transformações. Contudo, o
transcurso dessa experiência sinodal tem sido fecundo e vencedor. É uma
evangélica réplica às interpretações inadequadas, com a partilha em torno da
verdade sobre o sínodo.
Não se
pode desconsiderar, de maneira alguma, que a Igreja é sinodal. Isso significa
que trilha o seu caminho com a participação e o envolvimento de todos,
desafiados sempre a se abrir à ação amorosa e transformadora do Espírito Santo,
mestre e guia da Igreja. Nunca é demais lembrar e ler, mais uma vez, o capítulo
15 dos Atos dos Apóstolos, sobre a primeira experiência sinodal da Igreja
Católica, há mais de dois mil anos. O ponto de partida dessa primeira
experiência da Igreja nascente foi marcado pela tensão que, inevitavelmente,
faz parte dos processos de entendimentos quando se busca novos rumos, novas
resposta à luz do Evangelho de Jesus, fiel aos princípios e às tradições
inegociáveis que sustentam a Igreja. Uma assembleia sinodal que parte da escuta
uns dos outros, porta-vozes de clamores dos pobres e dos injustiçados.
Sensíveis às interpretações vindas da realidade em permanente mutação.
Contracenando
nesses processos, homens e mulheres são desafiados ao diálogo, de modo a
clarear novas direções, a avaliar sua abertura de coração para se deixar
interpelar pela voz de Deus, pelos clamores dos sofridos e pela contribuição em
busca da verdade. Essa é uma experiência que exige escutas. Um processo que
agrega riquezas e permite reconhecer limites, ao submeter-se a confrontos na
elaboração da lucidez que faz entrever e encontrar o modo novo de se viver a
verdade do Evangelho que não muda. É imutável a verdade do Evangelho, que tem
força, propriedade e razão para transformar mentes e corações. Para gerar a
sabedoria indispensável a respostas novas, próprias a cada época. Por isso, é
oportuno retomar o magnífico processo sinodal descrito nos Atos dos Apóstolos,
pois comprova que escutar uns aos outros e a Deus é o único caminho seguro na
busca diária e permanente da verdade, a se conhecer com sua força libertadora.
Assim,
numa Igreja sinodal, isto é, aquela que prima sua vida e testemunho pela escuta
permanente de Deus, dos irmãos e, particularmente, dos clamores dos pobres e
sofredores, dinâmica a ser vivida em toda a Igreja, em todas as suas
instâncias, e em todas as relações, realiza-se o Sínodo dos Bispos para a Amazônia.
Uma convocação de quem tem a autoridade para escutar bispos, padres, cristãos,
leigos, peritos, convidados, mas especialmente os representantes dos povos da
Amazônia: o papa Francisco. O papa faz esse caminho sinodal precedido por uma
longa preparação, a partir de ampla participação de diferentes setores e um
concentrado esforço para o entendimento da realidade.
A
esperançosa realização do Sínodo para a Amazônia, emoldurada por
espiritualidade, respeito fraterno mútuo e solidário, pela dedicação a um
trabalho sério – qualificado do ponto de vista teológico, pastoral e científico
–, reunirá agora indicações, linhas e aportes aos necessários e urgidos novos
caminhos para a Igreja em missão na região. Será, ainda, referência, lição e
compromisso com uma nova ordem na Casa Comum, no horizonte da ecologia
integral. Ser sinodal é condição fundamental para que a Igreja avance, a
exemplo da família, da sociedade ou de qualquer outra instituição. Depende
sempre da competência humana e espiritual e requer o equilíbrio que abre as
portas para a escuta. Não há outro caminho para ser destinatário da verdade
revelada por Deus e do amor que ele esparge. E o papa Francisco é admirável
referência, sinal visível da unidade na Igreja nessa competência humana e
espiritual de escuta. Quem não escuta ataca: quem não escuta se defende com
acusações; quem não escuta se entrincheira, ilusória e agressivamente, em
ataques desrespeitosos, na semeadura de cizânias, da discórdia e da confusão.
Realidade muito diferente da referência de sinodalidade, presente nos Atos dos
Apóstolos.
A
experiência do Sínodo para a Amazônia, mesmo revelando os limites humanos, os
confrontos nos embates dos entendimentos, num percurso que continua a exigir de
todos a condição de aprendizes, apontará novos caminhos para a Igreja e para
homens e mulheres de boa vontade, no compromisso com a vida plena, em todas as
suas etapas, da concepção ao declínio natural. Lição a ser aprendida sempre e
praticada em todas as circunstâncias: escutar a Deus e uns aos outros. E o
desafio: abrir-se a novos caminhos fiéis à verdade que não muda e ao
inegociável dos princípios. Uma esperança: novos modos e dinâmicas no horizonte
imutável dos valores do Evangelho de Jesus. Um dever: acolher com humildade,
fecundando a unidade. Um convite: participação e compromisso missionário para
que a Igreja cumpra sua tarefa de fazer de todos, discípulos e discípulas
abertos ao novo que vem de Deus. Uma indicação aos que se fecham e se encapam
como defensores da verdade, atacando e dividindo: a conversão. No mais,
agradecer, celebrar e praticar as luzes novas que em si trazem, por ser fruto
da escuta de Deus e uns dos outros, o amor que unicamente tudo pode. A hora é
esta: acolher, pelas do papa Francisco, a verdade sobre o Sínodo para a Amazônia.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca
de 307,82% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 307,58%; e já o IPCA,
também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,89%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria
grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
- rigorosamente,
não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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