“Parcerias
que dão certo
Bastante afetada pela
crise política e econômica, a construção civil viu-se impelida, também, a vivenciar
um momento de realinhamento de prioridades, com as empresas reduzindo
significativamente seu quadro funcional e elevando, por conseguinte, a
estatística do desemprego no país.
Já
aprendemos que há diversas maneiras de enfrentar uma crise: otimizar recursos,
melhorar processos e jamais negligenciar o desenvolvimento potencial do capital
humano que sustenta um segmento produtivo. Competitividade e qualidade se
tornaram fator de sobrevivência no mercado global, e os setores, empresas e
trabalhadores que não as atualizam perdem espaço e oportunidades.
Ciente
dessa realidade e do seu papel na área da responsabilidade social empresarial,
o Serviço Social da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais
(Seconci-MG) aderiu às iniciativas que acreditam na qualificação profissional
como via indispensável para a retomada da produção e do processo de
contratações. Nesse contexto, o braço social do Sindicato Patronal da
Construção Civil (Sinduscon-MG) buscou o apoio de parceiros como o Senai/DRMG e
o Sesi/DRMG, com expertise na capacitação de mão de obra, e vem promovendo
cursos, treinamentos, workshops e oficinas nas modalidades de iniciação e
aperfeiçoamento profissional.
São
parceiros que enxergam a construção civil como uma área com grande capacidade
de elevar a taxa de emprego, de produto e renda, a curto ou médio prazo, com
competência de absorver mão de obra, e que se juntam para buscar meios que
propiciem uma melhor inserção desses trabalhadores no mercado de trabalho,
garantindo-lhes, indiretamente, inclusão social e geração de renda, sobretudo
nesses tempos bicudos, de incertezas e de retração geral na atividade econômica
do país.
Desde
abril de 2016, o Seconci-MG vem realizando cursos e oficinas em sua sede,
através de um termo de cooperação técnica firmado com o Sesi e Senai. O
consórcio com essas instituições de ensino facilitou a promoção dos cursos, uma
que elas dispõem de uma estrutura diferenciada na preparação de alunos para
aquisição de conhecimento técnico alinha com as necessidades e inovações da
indústria construtiva, bem como de atividades que podem oportunizar geração de
trabalho e renda. Os parceiros disponibilizaram instrutores, equipamentos,
material didático e meios de certificação, dando lastro à conclusão dos cursos.
Coube ao Seconci-MG operacionalizar os expedientes necessários, como
divulgação, seleção de participantes, segundo os critérios específicos de cada
curso, e toda a logística de realização dos mesmos.
Foram
promovidos cursos de auxiliar e almoxarife, auxiliar de topografia, pedreiro de
alvenaria, pedreiro de acabamento, instalador de sistema de construção a seco
(drywall), eletricista predial assistente, pintor de obras, encanador, costura,
pacth apliquê e de forração de caixas.
Unir
esforços e competências possibilita realizações mais abrangentes e eficientes,
reduz custos operacionais e incrementa processos, comprovando a conveniência e
a assertividade de parcerias que comungam do mesmo interesse
desenvolvimentista. No bojo dessas ações conjuntas exercita-se a
responsabilidade social empresarial, no sentido de promover cidadania e de
possibilitar ao trabalhador tornar-se um agente transformador da indústria onde
atua.”.
(SYLVIA HELENA
COSTA. Supervisora do Departamento de Serviço Social do Seconci-MG, em
artigo publicado no jornal ESTADO DE
MINAS, edição de 27 de janeiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página, de autoria de LINEU
ANDRADE, diretor de Tecnologia do Itaú Unibanco e responsável pelo Cubo
Itaú, maior centro de empreendedorismo da América Latina, e que merece
igualmente integral transcrição:
“A
nova alma do negócio
Esqueça grandes
investimentos em infraestrutura tecnológica, cronogramas de longo prazo e a
obrigatoriedade em acertar. Também jogue fora a antiga máxima repetida por
nossos avós de que é preciso guardar segredo para ter sucesso nos negócios. Com
ela, descarte metodologias processuais ou ideias sobre produtos e serviços de
capacidade e alcance limitados. E se tem receio de empreender na crise,
repense.
O Brasil
sempre foi reconhecido pela aptidão ao empreendedorismo muito pela
característica criativa de seu povo e pelo de sedução que a possibilidade de
ser seu próprio chefe exerce nas pessoas. Ter uma boa ideia, recursos para
investir nela e um plano de negócio bem-elaborado eram basicamente as condições
necessárias para colocar o sonho em prática. Alguma coragem e ousadia davam o
empurrão final para quem, por desejo ou necessidade, se lançava no caminho do
empreendedorismo.
Tirando
as características da personalidade e qualificação, todo o resto já ficou para
trás. Vivemos um momento de transformação estimulado por provocações constantes
e propósitos. O empreendedorismo digital está aí para nos ensinar sobre um novo
jeito de tangibilizar ideias inovadoras, no qual o contexto econômico importa
menos do que o potencial de escalabilidade de um produto ou a disposição de
seus idealizadores em serem colaborativos.
No
passado, a tecnologia era uma barreira de entrada para quem queria empreender,
já que os custos para aquisição de servidores, softwares e licenças eram muito
altos. Sem a tecnologia, era muito difícil atingir escala, o que limitava o
crescimento das empresas. Para resolver essa questão, investia-se cada vez mais
dinheiro em grandes estruturas internas, o que tornava a empreitada mais
complexa se o ambiente econômico fosse desfavorável. Agora, a acessibilidade é
facilitada e, mesmo que se tenha necessidade de máquinas superpotentes para
fazer um processamento em inteligência artificial, por exemplo, o preço é
customizado, já que infraestrutura e serviços estão em nuvem.
É nesse
ambiente que as starups se desenvolvem. São empresas que resolvem problemas
reais, do mundo real, por meio da criação de uma solução com potencial de
escala, usando a tecnologia como meio para atingir o maior número de clientes
ao mesmo tempo. Para além do campo idealizador e da utilização de ferramentas
tecnológicas para tocar seu projeto, esses empreendedores também se desobrigam
em acertar. Eles testam hipóteses e as incrementam ao longo do tempo. Se erram,
voltam a experimentar.
O
planejamento continua sendo fundamental para negócios bem-sucedidos, mas os
prazos encurtaram. A construção se dá ao longo do tempo justamente porque os
testes aprimoram continuamente o plano inicial. Desse modo, o resultado de um
projeto fica atrelado a um conjunto de sucessivas pequenas implementações que
promovem um maior engajamento dos clientes. Como posso me tornar mais simples?
Como posso otimizar o tempo do usuário e entregar mais e melhor? São perguntas
frequentes de um profissional cada vez mais dinâmico e realizador.
Mais do
que uma simples ideia, os novos empreendedores também têm o desejo genuíno de
mudar o patamar das entregas de produtos e serviços para a sociedade. Buscam
agregar inovações que realmente ajudem as pessoas e estão plenamente
disponíveis em colaborar uns com os outros. Querem contribuir com o
ecossistema, em vez de competir entre si. E fazem dessa mudança de paradigma o
trampolim decisivo que ajuda o seu negócio e o restante da cadeia a crescer.
Chegam ao ponto de combinar soluções para produzir um terceiro produto ainda
mais eficiente e completo, desprendidos daqueles segredos inconfessáveis que
nossos avós acreditavam ser o diferencial para o sucesso.
É por
isso que grandes empresas se aproximam desse novo modelo de se fazer e pensar
negócios. É um ganha-ganha contínuo em uma quase simbiose entre o tradicional e
o novo. Não por acaso, os espaços de coworking ou incubadoras de startups se
multiplicam, o que é agregador para todos. Ambientes motivadores trazem inspiração
para que haja transformações positivas em processos tradicionais. Alimentam o
ecossistema, criam densidade e promovem ainda mais interações, tão necessárias
para o desenvolvimento de novas soluções.
E se o
contexto econômico é mais difícil, não há o impedimento para que haja fluxo, já
que a colaboração se sobrepõe à competição e à mentalidade de escassez,
independentemente de o ambiente ser ou não de abundância, estimula a
criatividade. Nesse sentido, o ideal é pensar soluções digitais do início ao
fim do processo, o que certamente reduz os custos e torna desnecessário
depender de um exército para fazê-las funcionar. Sendo assim, o valor agregado
de novas ideias pode ser medido por sua capacidade de escala, quando uma mesma
estrutura de suporte e operação pode multiplicar seu alcance.
Estamos
falando de um ecossistema poderoso, de um novo modelo de empreendedorismo em
que cada agente da cadeia tem o seu papel. Seja a incubadora, o investidor, a
universidade ou quem disponibiliza o ambiente para que as interações aconteçam.
Se parte de um ingrediente inesperado na receita ou de uma sacada genial, o que
importa hoje é a colaboração, o investimento digital, ideias inovadoras e bons
propósitos. Essa é a nova alma dos novos negócios.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas,
soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente
desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca
de 307,82% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 307,58%; e já o IPCA,
também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,89%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria
grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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