(Fevereiro
= mês 40; faltam 130 meses para a Primavera Brasileira)
“Como
liderar uma empresa
A atenção é habilidade
essencial para o aprendizado e fundamental para a liderança atual. Ela nos
ajuda a resistir às distrações, inibir impulsos prejudiciais em nossas ações,
postergar as recompensas na busca por metas e ficar preparados para aprender o
necessário para chegar aos objetivos desejados.
Nas
empresas, o que mais se espera da liderança é que se mantenha em busca dos
objetivos, mesmo diante de dificuldades e reveses, para, desse modo, coordenar
os colaboradores na busca pelo sucesso nos resultados. Por isso, é fundamental
que, diante de novas situações, o aprendizado (e a atenção sobre ele) seja
fonte para liderar em tempos de transformações em alta velocidade, sejam elas
digitais ou mercadológicas.
Quando
os líderes ajudam seus colaboradores a otimizar o aprendizado técnico e
comportamental, eles fortalecem competências vitais à transformação digital e
garantem uma nova velocidade de resposta em cenários mais instáveis.
É
preciso lembrar que esse é um novo tipo de formação, tanto para colaboradores
quanto para líderes, no meio organizacional. Não há precedentes na forma de
cultivar a habilidade de aprendizagem que estou falando, mas sei que os líderes
que reforçam a preparação da atenção, bem como cultivam um ambiente de maior
aprendizado, conseguem diminuir a ansiedade e dar melhores respostas diante da
velocidade que a transformação digital impõe.
Como
liderar uma empresa? Compreendendo um mundo mais amplo, entendendo o modo com
as mudanças ocorrem, percebendo a interdependência dos aspectos físicos e digitais
de um negócio. O modo certo de realizar essa empreitada ainda não está
absolutamente definido, mas algumas premissas são efetivamente claras. É nas
“soft skills” que estão nossas pistas para a maior consistência na adaptação
das organizações e dos líderes. Autogestão, autoconsciência, empatia e
habilidades sociais, são os principais fatores de sucesso, porque claramente a
empresa pode comprar o último software do mercado, a melhor máquina conectada,
ter os melhores desenvolvedores técnicos, porém é a interdependência sistêmica
entre pessoas que vai levar a organização a outro patamar no momento de
entregar produtos ou serviços aos clientes.
O papel do
líder na transformação digital é formar outros líderes para lidar com o futuro
e com o que ele mesmo não lidou. O que vamos fazer não está claro dentro do
universo organizacional. Sabemos, sim, que será novo e que precisaremos de
pessoas que façam diferente do que fizemos até aqui. Esse é um grande desafio.
Afinal, como formar um sucessor sem ensinar “a fórmula de como lidar com a
organização”, já que tudo está em transformação? O foco é a atenção para
aprender e reaprender constantemente.”.
(Celso Braga.
CEO do Grupo Bridge, psicólogo e mestre em educação, em artigo publicado no
jornal O TEMPO Belo Horizonte,
edição de 31 de janeiro de 2020, caderno OPINIÃO,
página 21).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 02 de fevereiro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo
Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e
que merece igualmente integral transcrição:
“Brumas
e catástrofes
A chuva, dom da criação,
derramada para fecundar a terra e garantir bens essenciais, tem se tornado um
pesadelo: mais uma vez, avoluma-se o número de pessoas que perdem suas vidas e
contabilizam-se graves prejuízos. Realidade que se hospeda no mesmo horizonte
da tragédia-crime de Brumadinho.
Causa
perplexidade constatar as lições não aprendidas, o que aponta para a
necessidade de mudanças de hábitos e providências que não podem surgir de
soluções apressadas, do improviso, mas da inteligência na intuição de novos
processos capazes de promover intervenções assertivas e a necessária correção
de rumos que garantam condições adequadas para os cidadãos.
Assiste-se,
no entanto, a um “bate-cabeça” comprometedor. Um contexto de nefastas consequências
explicitadas nas falas e linguagens que revelam a estreiteza de compreensão por
parte daqueles que, por necessidade e obrigação, deveriam projetar luzes novas,
apontar rumos. Muitos, curiosamente, movidos por interesses questionáveis, se
tornam reféns de grupos e pessoas mal intencionadas. Assim, os planos e
prioridades são definidos por critérios medíocres, próprios de quem se
encastela em um discurso desmoralizante, capaz de intimidar apenas aqueles que
se equiparam pela mediocridade. Espera-se, com urgência, dada a incidência dos
clamores, especialmente dos pobres, reação eficaz e novas respostas. É
preocupante a falta de preparo na forma de conduzir os processos, gerando
confusão, acentuando oportunismos, validando critérios inócuos, a exemplo do que
se esconde na impiedade da busca irracional do lucro, louvado como alavanca do
aquecimento e da melhora da economia.
As
brumas e as catástrofes nas evidências das reações agressivas da natureza são o
retrato desolador da falta de ações com força de mudanças, da vagareza das
soluções que pedem urgências, enquanto a mediocridade da conservação estreita
inovações para assegurar o apequenado que se conquistou. As consequências são
evidentes na religiosidade que não consegue emitir sua profecia, órfã dependente
de discursos ideológicos e partidários; nos governos que não conseguem,
minimamente, eleger suas prioridades; nas instituições que servem mais aos que
aos compõem, ao invés de fazer de seus servidores protagonistas em ações
transformadoras – incluindo os cidadãos que não conseguem mudar nem mesmo
hábitos simples e corriqueiros.
Pense-se
na evidência do lixo produzido e inadequadamente tratado. Além de agravar
enchente e degradações, denuncia o descuido da sociedade. São estreitezas
pessoais e sociais que pesam e prejudicam a sociedade brasileira na dinâmica
mundial e no próprio horizonte nacional. Tudo isso reflete também oportunismos,
com o intuito de conquistar votos, impulsionar projeção pessoal ou
político-partidária, contracenando com rigorismos doutrinários e disputas
ideológicas assépticas, que não efetivam avanços e atolam ainda mais a
sociedade em brumas e catástrofes.
Constata-se,
de modo preocupante, a falta de estrutura moral, espiritual e emocional,
desfigurando e aprisionando a cidadania numa condição depressiva. Muitas vezes,
prefere-se não reagir e apenas viver do cultivo de uma dor, sem buscar a cura
ou tratamento adequado – a se fortalecer para realizar grandes mudanças.
Lamenta-se o cenário do protagnonismo dos profetas que se põem em defesa da
verdade, enquanto os agoureiros, até causando medo e submissão, tiram proveito
para ganhar o sustento e promoção, neutralizando reações urgentes na construção
de respostas novas. São muitas as lições, e poucas as aprendidas. Lições que
exigem a produção de nova compreensão, de novas práticas e hábitos. Neste
exigido investimento para a vida nova clamada pela sociedade contemporânea, o
horizonte da Ecologia Integral é o mais produtivo e com força transformadora.
Sem novas dinâmicas, sem a substituição de lógicas, sem a humilde assunção de
hábitos não ocorrerão as mudanças adequadas para substituir as brumas e
catástrofes que desnorteiam o cotidiando deste tempo.
Não cabe
dar as costas, produzir reações agressivas ou antagônicas às interpelações vigentes,
desenhadas na perspectiva da Ecologia Integral – embora incomodem alguns e
aparentem ser menos importantes do que realmente são. O capítulo quarto da
Carta Encíclica Laudato Sí, do papa
Francisco, num horizonte rico e amplo, ao abordar o entendimento sobre a
Ecologia Integral, é a impostação completa e a indicação inteligente da urgente
saída que se busca. A sociedade brasileira precisa ser tocada nos seus brios,
os cidadãos sensibilizados, pela solidariedade, no seu patriotismo. É indispensável
aos governantes, na condição de aprendizes-servidores, se deixarem iluminar por
uma nova lógica. Ao invés da rigidez que ajuda a matar, a fé precisa ser
praticada e fortalecida como conquista da liberdade para a qual Deus criou a
vida, a ser preservada em todas as suas etapas. É preciso ter vergonha, se
incomodar, trabalhando e contribuindo na construção de mudanças fortes,
urgentes, para que sejam superadas as catástrofes e pairem as brumas do amor e
das solidariedades.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca
de 318,85% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 302,48%; e já o IPCA,
também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,31%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão sendo
apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já
se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega,
do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência
na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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