“Empresas
e profissões inclusivas se sobressaem
Se o segredo do sucesso é
saber se adaptar e sobreviver às mudanças, os tempos atuais representam uma
ótima oportunidade para comprovar se essa máxima funciona ou não.
Nossos
filhos já nascem muito mais aliados da diversidade e da inclusão do que nós, e
nos dão broncas, diariamente, por causa das colocações preconceituosas ou
excludentes que faziam parte, normalmente, de nosso vocabulário. Eles sabem que
não fazemos por mal, mas não admitem que continuemos agindo como no passado. E
não podemos mais colocar a culpa na educação ou na cultura. A paciência curta
dos mais jovens mostra que estamos fora de sintonia com o modus operandi do
mundo de hoje.
As novas
empresas parecem sofrer desse mesmo tipo de impaciência em relação às empresas
tradicionais. Elas nascem na velocidade das startups e parecem se abastecer da
energia da diversidade e da inclusão para ditar novo modus operandi no mercado.
A
diversidade e a inclusão alavancam resultados e deixam para trás quem quer
enxergar tudo de forma padronizada. Quando uma empresa abre espaço para as
diferenças e consegue ouvir a pluralidade de ideias, ela produz mais soluções,
elimina pontos cegos do processo e melhora sua tomada de decisão. Em tempos de
crise, isso significa economizar recursos e talentos. E é assim, incluindo todo
mundo e evoluindo de forma sustentável, que o lucro aparece.
Assim
acontece com as startups financeiras, ou fintechs, das quais a Nubank é um dos
exemplos entre tantos já presentes em nosso mercado. Usando uma linguagem solta
e descontraída, a empresa desafiou as instituições financeiras tradicionais ao
apostar em um único serviço: o cartão de crédito sem taxa ou anuidade. Com um
departamento exclusivo da diversidade e inclusão a Nubank mostra para seus
colaboradores e clientes que se preocupa em caminhar na direção de uma
comunicada igualitária, fazendo disso parte de sua missão.
Outro
mercado que surgiu nos últimos anos é o de youtubers, ou influenciadores
digitais. Uma das principais características desses produtores de conteúdo é a
pluralidade. Jovens negras, que não se viam representadas pelos padrões de
beleza dos comerciais, assim como corpos fora do padrão e o público LGBTQI+,
hoje ditam novos padrões comportamentais e estéticos em seus canais e atraem
empresas que querem abraçar essa diversidade e garantir mais consumidores para
seus produtos e serviços.
Companhias
que já nascem diversas e inclusivas saem na frente na disputa de mercado, pois
conseguem atrair mais talentos para seus ambientes colaborativos e produtivos.
De acordo com a pesquisa da Harvard Business Review, os conflitos são reduzidos
em 50%, nesses casos. Ter diferentes pontos de vista, mas acima de tudo
expressar as ideias e conduzir as relações com respeito e empatia, é
característica que os novos gestos devem adquirir, além de ser valores
essenciais para empresas que desejam se manter competitivas e se tornar
realmente inovadoras.
Então,
como empresários, precisamos sair das bolhas corporativas, entender rapidamente
a diversidade que nos cerca e garantir que essa diversidade esteja representada
em nosso negócio. Quando abrimos espaço para a diversidade e incluímos as
diferenças, multiplicamos as possibilidades de solucionar os desafios que
enfrentamos todo dia. Não dá mais para rotular este assunto como “mimimi”.
Diversidade e inclusão são poderosas estratégias de transformação. Acredite.”.
(RONALDO
FERREIRA JR.. Conselheiro da Associação Nacional das Agências de Live
Marketing (Ampro) e sócio-fundador da um.a.#diversidadeCriativa, agência
especializada em eventos, campanhas de incentivo e trade, em artigo publicado
no jornal ESTADO DE MINAS, edição de
3 de julho de 2019, caderno OPINIÃO,
página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 07 de fevereiro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVERIA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo
Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e
que merece igualmente integral transcrição:
“Audácia
de recomeçar
O olhar sobre a sociedade
e seus muitos territórios específicos precisa, neste momento, ser iluminado
pela luz da audácia de recomeçar. As devastadoras chuvas desse janeiro de 2020,
causando mortes e perdas materiais, enlutando precocemente as famílias,
comprometendo infraestruturas, são consequências de uma natureza enfurecida
pelo tratamento impiedoso recebido daqueles que deveriam ser os guardiões da
Casa Comum. As vidas perdidas são o clamor surdo e interpelante dirigidos
especialmente aos que governam: é preciso ser audacioso e recomeçar.
No
horizonte interpelante delineado e indicado pela Ecologia Integral, a audácia
do recomeço requer a iluminação de que o primeiro passo deve sr a aceitação e a
humildade para reconhecer as evidentes lições a serem aprendidas. Não bastam
ações paliativas. É indispensável ser audacioso nas concepções, nos gestos, e
ter competência para discernir a respeito de prioridades e investimentos.
O
tamanho do desafio é imensurável e a oportunidade de se inaugurar um novo tempo
é única. Requer magnanimidade, almas distanciadas dos moldes apequenados que se
evidenciam nos gestos nos pronunciamentos e nas soluções propostas ante as
dificuldades e atrasos que se arrastam nas muitas realidades da sociedade
brasileira, em que os pobres pagam a maior parte da conta. Enquanto isso, a
penúria é justificada pela falta de recursos que, de fato, tornam-se minguados
também pela incompetência na gestão e estreitezas na escolha de prioridades.
O ponto
de partida para quem vive uma cidadania qualificada precisa ser a vergonha de
tudo o que se refere às condições inumanas e perigosas impostas aos mais
pobres. As catástrofes e as perdas precisam agora do antídoto, que deve brotar
célere e incidente na audácia do indispensável recomeço. Não cabem paliativos.
Requer-se abertura à iluminação advinda das interpelações da Ecologia Integral,
que reclama ordem e dinâmicas econômicas diferentes das atuais, responsáveis
pelo descompasso na igualdade, que é direito de todo cidadão.
Uma nova
inteligência na gestão, particularmente governamental, exige a consideração
articulada entre compreensão ecológica e infraestrutura: é preciso considerar o
conjunto dos elementos envolvendo as pessoas, as condições e circunstâncias da
Casa Comum, ou seja, tudo o que diz respeito aos funcionamentos da sociedade. A
responsabilidade primeira dos governos não pode ser exercida exclusivamente
pelo norte do viés político, menos ainda, partidário. Aponta-se na direção de
fóruns permanentes, em que tomam assento arquitetos, urbanistas, economistas,
para uma nova ordem justa e solidária, no horizonte da Economia de Francisco.
Ambientalistas e detentores de uma compreensão sobre a “escada de humanismo” se
mobilizam para formatar projetos e ações com força para interferir favoravelmente
na realidade, com mudanças radicais, a partir da implantação de novas
estruturas com arrojadas e corajosas propostas – evidências com práticas consolidadas
em outras ações.
Dentre
os segmentos que requerem essas necessárias e urgentes intervenções, um exemplo
emblemático é a extração de minério que não pode continuar utilizando processos
ultrapassados, nem mesmo para justificar a geração de empregos e renda, pois
beneficiam temporariamente parcela ínfima da população, enquanto os prejuízos
decorrentes dessa atividade atingem o conjunto da sociedade. O tema da água,
primordial – desde a ocorrência das chuvas torrenciais desastrosas, ao consumo
humano de água potável – é vigoroso neste debate, capaz de pautar a audácia de
se recomeçar. É inadiável pensar-se um projeto – independentemente dos altos
custos que possa significar –, que acabe com o uso criminado de rios, riachos e
córregos usados como esgoto, a exemplo do rio da Velhas que polui o rio São
Francisco com os mais abomináveis rejeitos produzidos na Capital mineira.
A
audácia de recomeçar – como resultado de lições aprendidas, considerados os
crimes e descompassos ambientais – não perdoará governantes e construtores da
sociedade que não se empenharem na escuta dos especialistas para encontrar novos
modos de sustentabilidade, a partir de intervenções urbanísticas adequadas,
particularmente nos âmbitos da política habitacional, da recuperação dos rios –
o rio Arrudas, em Belo Horizonte, pode se tornar limpo e, quem sabe, até
navegável em alguns trechos, seguindo a mesma linha de outros grandes centros
urbanos.
Sem a
compreensão dos recursos e das dinâmicas no horizonte da ecologia integral, em
que todos, sem exceção, são aprendizes, aliados da visão técnica de urbanistas
e arquitetos, as cidades e regiões metropolitanas caminharão resvalando na
direção do caos, arriscando-se ao esgotamente das possibilidades de solução. A
urgência deste momento singular aponta para a importância dos conhecimentos
técnicos. Não aqueles engessados pela burocracia ou pela ignorância de exercer
o poder, atrasando processos, mas o que constrói equipamentos sustentáveis, com
rapidez inusitada para instalar novo tempo agora, é requerido. Do cidadão ao
governante mais responsabilizado, o que se exige, sob pena de se arcar com um
prejuízo maior, é a tarefa insubstituível de adotar novas propostas, novos
hábitos e práticas, novas estruturas – a comprovada audácia de recomeçar.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca
de 318,85% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 302,48%; e já o IPCA, em
janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega,
do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência
na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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