“Importância
da cultura organizacional nas empresas
As transformações do
século XXI, cada vez mais aceleradas e impactantes, têm pressionado as empresas
a se adaptarem a novos cenários para se manterem competitivas e relevantes. Em
busca de alcançar esses objetivos, novos modelos de organização interna,
voltados para o crescimento da mentalidade de que o trabalho deve ser um local
prazeroso e coeso, são colocados em prática.
A
principal forma de trabalhar os costumes é por meio da cultura organizacional,
que consiste no conjunto de hábitos e valores que regem as ações do cotidiano.
Ela funciona como uma diretriz para guiar o comportamento e a mentalidade dos
colaboradores de uma empresa. Por se tratar de um conceito bastante abrangente,
é preciso defini-lo. Para isso, é necessário reunir um sistema de valores
compartilhados que orientem a rotina de todas as equipes, contendo normas,
princípios e expectativas. O material criado precisa estar bem estabelecido e
coerente com as atividades do dia a dia.
Esses
aspectos definidos são capazes de consolidar a instituição. Dessa forma, uma
cultura organizacional forte e bem precisa consegue influenciar a forma como os
profissionais se relacionam entre si e com os clientes, proporcionando um
entendimento da personalidade da empresa, que qualifica uma identidade e o
compartilhamento de seus valores. Isso fortalecerá a produtividade, o ambiente
de trabalho e, por consequência, os resultados.
O grande
caso de sucesso de uma cultura corporativa bem trabalhada é da multinacional
norte-americana Google. Uma das principais marcas do mundo atribui grande parte
do seu sucesso ao desenvolvimento da gestão de seus colaboradores. Conhecida
por ter uma atmosfera casual e democrática, o ambiente é aberto e propício para
que os funcionários possam expressar suas opiniões e ideias, de forma a
amenizar as relações de poder entre as hierarquias.
A
empresa aplica suas crenças e condutas desde o processo de contratação, no qual
busca pessoas alinhadas com o discurso da companhia. Guiados pela inovação, os valores e as missões são claros e de
conhecimento de todos, o que impulsiona a criação e a dá propósito ao trabalho.
O jeito Google de ser criou uma identidade, que é exportada para seus clientes
e induz a percepção que eles têm sobre a marca e reflete nos rendimentos.
A
criação e a implementação da cultura organizacional são essenciais para a construção
de uma marca e de diretrizes para a rotina de trabalho. Para que esses valores
funcionem, é importante que esteja bem difundido entre todos os colaboradores e
que o discurso e a prática sejam coerentes. A cultura forte e bem-definida é
capaz de estruturar a companhia, traçando o rumo e os objetivos que deseja
alcançar, o que vai influenciar diretamente nos resultados.”.
(Matheus Vieira
Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo
Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 25 de janeiro de 2020, caderno OPINIÃO, página 13).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de
setembro de 2018, mesmo caderno, página 9, de autoria de EUDÁSIO CAVALCANTE MELO, professor, graduado em filosofia,
pós-graduado em história, psicopedagogia, gestão educacional e mídias na
educação, e que merece igualmente integral transcrição:
“Política,
educação e modernidade
Ao acompanharmos o
desfecho de recentes acontecimentos na política nacional, fica evidente a pouca
consciência política dos nossos representantes quanto à gestão pública, ou
seja, uma política cristalizada em velhas ações e conceitos ultrapassados com
relação às novas demandas da sociedade moderna.
Pode
parecer desalentador às pessoas que têm postura ética. Não é por acaso que a
sociedade moderna está desnorteada, diante desse volume incontrolável de
mudanças que a obriga a pensar e a construir novos paradigmas. E que a força a
rever alguns conceitos e valores construídos ao longo desses últimos séculos,
que deram sustentação a um modelo sóciopolítico e econômico que tem sofrido
sérias rachaduras na sua estrutura vital.
Quando
falamos de mudanças na história, vêm logo à mente fatos importantes que deram
rumos novos e significativos à vida das pessoas que compõem as diferentes
culturas mundo afora. Mudanças provocadas em função das exigências
circunstanciais de cada povo, ocorridas ora de forma pacífica, ora de forma
violenta. O que nos leva a afirmar que as mudanças são necessidades inerentes à
própria condição humana.
Se
retomarmos a história, na Grécia antiga, encontramos uma ideia de participação
coletiva onde o homem era considerado como ser essencialmente político. Todas
suas ações giravam em torno de um único interesse: o bem-estar e felicidade de
um coletivo calcada numa prática sustentada por ações virtuosas, qual seja, a
prática do bem. A democracia, neste modelo político grego, tinha como
fundamento a ética.
Transpondo
esta ideia de democracia para nossa realidade moderna e contemporânea, não será
difícil admitir e entender que vivemos numa sociedade bem mais complexa na sua
constituição cultural. Mas, afinal, o que caracteriza a política, hoje? Nossa
prática política é egocêntrica – uma política do eu para mim mesmo.
Não
podemos, porém, perder a esperança de sermos representados por pessoas
dignamente políticas. Se isso se tornar realidade, poderemos, quem sabe, pensar
num país cuja democracia seja diluída em possíveis promessas de oportunidade
para todos, em que a qualidade de vida não se restrinja a uns poucos, mas que
tenhamos uma população orgulhosa de viver neste Brasil. E que esse reflexo de
bem-estar comece nas famílias, passe pelas escolas e se estenda a todos, em
nome no interesse comum.
Esse
sonho se tornará realidade se construirmos uma consciência do nosso compromisso
como cidadãos e cidadãs comprometidos com nossas escolhas vitais. Essa esperança
e esse sonho passam pela educação. Assim podemos afirmar, porque uma das
características do mundo contemporâneo é o dinamismo exigido na forma de
interatividade. Estamos vivendo experiências novas a todo momento. E quando nos
referimos ao novo como resultado da evolução e explosão tecnológica não podemos
deixar de lado a escola como espaço que exige, de forma constante, práticas que
atendam às necessidades, desafios e demandas que o mundo moderno contemporâneo
nos impõe. Tudo em vista da formação do cidadão e da cidadã que carrega em si,
potencialmente, o desejo de mudar e de ser diferente dentro de um universo
escolar que insiste em não querer enxergar, muito menos construir perspectivas
nesse sentido.
Trazer a
modernidade para as escolas não tem sido uma tarefa tão fácil, pois as mudanças
que precisam ocorrer dentro das instituições escolares devem passar pelo crivo
particular de cada pessoa que faz parte da comunidade escolar. Ou seja, a
escola não muda se as pessoas que fazem parte dela não estiverem dispostas a
mudar. Portanto, educar dentro desse novo olhar moderno e contemporâneo é,
simplesmente, criar possibilidades, oferecendo, assim, condições aos alunos de
se tornarem atores protagonistas da sua própria aprendizagem, com olhares
atentos para um futuro calcado em bases sólidas e consistentes em experiências
mais humanas.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais
como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e sem
tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I –
a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca
de 318,85% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 302,48%; e já o IPCA,
também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,31%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega,
do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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