sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA CULTURA ORGANIZACIONAL NAS EMPRESAS E AS GRAVES EXIGÊNCIAS DA MODERNIDADE DAS ESCOLAS NA SUSTENTABILIDADE


“Importância da cultura organizacional nas empresas
        As transformações do século XXI, cada vez mais aceleradas e impactantes, têm pressionado as empresas a se adaptarem a novos cenários para se manterem competitivas e relevantes. Em busca de alcançar esses objetivos, novos modelos de organização interna, voltados para o crescimento da mentalidade de que o trabalho deve ser um local prazeroso e coeso, são colocados em prática.
         A principal forma de trabalhar os costumes é por meio da cultura organizacional, que consiste no conjunto de hábitos e valores que regem as ações do cotidiano. Ela funciona como uma diretriz para guiar o comportamento e a mentalidade dos colaboradores de uma empresa. Por se tratar de um conceito bastante abrangente, é preciso defini-lo. Para isso, é necessário reunir um sistema de valores compartilhados que orientem a rotina de todas as equipes, contendo normas, princípios e expectativas. O material criado precisa estar bem estabelecido e coerente com as atividades do dia a dia.
         Esses aspectos definidos são capazes de consolidar a instituição. Dessa forma, uma cultura organizacional forte e bem precisa consegue influenciar a forma como os profissionais se relacionam entre si e com os clientes, proporcionando um entendimento da personalidade da empresa, que qualifica uma identidade e o compartilhamento de seus valores. Isso fortalecerá a produtividade, o ambiente de trabalho e, por consequência, os resultados.
         O grande caso de sucesso de uma cultura corporativa bem trabalhada é da multinacional norte-americana Google. Uma das principais marcas do mundo atribui grande parte do seu sucesso ao desenvolvimento da gestão de seus colaboradores. Conhecida por ter uma atmosfera casual e democrática, o ambiente é aberto e propício para que os funcionários possam expressar suas opiniões e ideias, de forma a amenizar as relações de poder entre as hierarquias.
         A empresa aplica suas crenças e condutas desde o processo de contratação, no qual busca pessoas alinhadas com o discurso da companhia. Guiados pela inovação, os valores e as missões são claros e de conhecimento de todos, o que impulsiona a criação e a dá propósito ao trabalho. O jeito Google de ser criou uma identidade, que é exportada para seus clientes e induz a percepção que eles têm sobre a marca e reflete nos rendimentos.
         A criação e a implementação da cultura organizacional são essenciais para a construção de uma marca e de diretrizes para a rotina de trabalho. Para que esses valores funcionem, é importante que esteja bem difundido entre todos os colaboradores e que o discurso e a prática sejam coerentes. A cultura forte e bem-definida é capaz de estruturar a companhia, traçando o rumo e os objetivos que deseja alcançar, o que vai influenciar diretamente nos resultados.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 25 de janeiro de 2020, caderno OPINIÃO, página 13).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de setembro de 2018, mesmo caderno, página 9, de autoria de EUDÁSIO CAVALCANTE MELO, professor, graduado em filosofia, pós-graduado em história, psicopedagogia, gestão educacional e mídias na educação, e que merece igualmente integral transcrição:

“Política, educação e modernidade
        Ao acompanharmos o desfecho de recentes acontecimentos na política nacional, fica evidente a pouca consciência política dos nossos representantes quanto à gestão pública, ou seja, uma política cristalizada em velhas ações e conceitos ultrapassados com relação às novas demandas da sociedade moderna.
         Pode parecer desalentador às pessoas que têm postura ética. Não é por acaso que a sociedade moderna está desnorteada, diante desse volume incontrolável de mudanças que a obriga a pensar e a construir novos paradigmas. E que a força a rever alguns conceitos e valores construídos ao longo desses últimos séculos, que deram sustentação a um modelo sóciopolítico e econômico que tem sofrido sérias rachaduras na sua estrutura vital.
         Quando falamos de mudanças na história, vêm logo à mente fatos importantes que deram rumos novos e significativos à vida das pessoas que compõem as diferentes culturas mundo afora. Mudanças provocadas em função das exigências circunstanciais de cada povo, ocorridas ora de forma pacífica, ora de forma violenta. O que nos leva a afirmar que as mudanças são necessidades inerentes à própria condição humana.
         Se retomarmos a história, na Grécia antiga, encontramos uma ideia de participação coletiva onde o homem era considerado como ser essencialmente político. Todas suas ações giravam em torno de um único interesse: o bem-estar e felicidade de um coletivo calcada numa prática sustentada por ações virtuosas, qual seja, a prática do bem. A democracia, neste modelo político grego, tinha como fundamento a ética.
         Transpondo esta ideia de democracia para nossa realidade moderna e contemporânea, não será difícil admitir e entender que vivemos numa sociedade bem mais complexa na sua constituição cultural. Mas, afinal, o que caracteriza a política, hoje? Nossa prática política é egocêntrica – uma política do eu para mim mesmo.
         Não podemos, porém, perder a esperança de sermos representados por pessoas dignamente políticas. Se isso se tornar realidade, poderemos, quem sabe, pensar num país cuja democracia seja diluída em possíveis promessas de oportunidade para todos, em que a qualidade de vida não se restrinja a uns poucos, mas que tenhamos uma população orgulhosa de viver neste Brasil. E que esse reflexo de bem-estar comece nas famílias, passe pelas escolas e se estenda a todos, em nome no interesse comum.
         Esse sonho se tornará realidade se construirmos uma consciência do nosso compromisso como cidadãos e cidadãs comprometidos com nossas escolhas vitais. Essa esperança e esse sonho passam pela educação. Assim podemos afirmar, porque uma das características do mundo contemporâneo é o dinamismo exigido na forma de interatividade. Estamos vivendo experiências novas a todo momento. E quando nos referimos ao novo como resultado da evolução e explosão tecnológica não podemos deixar de lado a escola como espaço que exige, de forma constante, práticas que atendam às necessidades, desafios e demandas que o mundo moderno contemporâneo nos impõe. Tudo em vista da formação do cidadão e da cidadã que carrega em si, potencialmente, o desejo de mudar e de ser diferente dentro de um universo escolar que insiste em não querer enxergar, muito menos construir perspectivas nesse sentido.
         Trazer a modernidade para as escolas não tem sido uma tarefa tão fácil, pois as mudanças que precisam ocorrer dentro das instituições escolares devem passar pelo crivo particular de cada pessoa que faz parte da comunidade escolar. Ou seja, a escola não muda se as pessoas que fazem parte dela não estiverem dispostas a mudar. Portanto, educar dentro desse novo olhar moderno e contemporâneo é, simplesmente, criar possibilidades, oferecendo, assim, condições aos alunos de se tornarem atores protagonistas da sua própria aprendizagem, com olhares atentos para um futuro calcado em bases sólidas e consistentes em experiências mais humanas.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca de 318,85% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 302,48%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,31%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



Nenhum comentário: