“Protagonismo
da crise no impulsionamento da inovação
Desde que a pandemia da
Covid-19 chegou ao Brasil, temos enfrentado uma série de desafios, tanto no
âmbito social quanto no econômico. No entanto, isso não é motivo para deixar
que o pessimismo prevaleça. Os problemas existem, mas até eles têm seu lado
positivo. E um deles é motivar as pessoas a buscarem soluções e alternativas. O
resultado disso são novos modelos de negócios, inovadores e criativos, que
comprovam, cada vez mais, o potencial e a expertise do ser humano.
Uma
pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), feita com mais de 400
empresários de todo o país, concluiu que 83% deles consideram as soluções
inovadoras decisivas para a sobrevivência no chamado “novo normal”. Por isso,
dar visibilidade a essas novidades é essencial para fomentar a inovação.
Uma das
maiores necessidades atualmente diz respeito à infraestrutura de saúde, que
está na linha de frente no combate à pandemia. Nesse sentido, destacam-se os
esforços para o desenvolvimento de equipamentos como respiradores, que precisam
ser seguros e de baixo custo para atender à demanda crescente. Pensando nisso,
a Life Tech Engenharia criou a chamada Bolha de Respiração Individual
Controlada (Bric). Trata-se de um tipo de capacete que funciona como respirador
mecânico e, ao mesmo tempo, protege o profissional da saúde em atendimento.
É
importante chamar atenção ainda para as inovações no âmbito da prevenção, que
podem se manter em alta até após a pandemia. Um exemplo de solução que
apresenta esse potencial é o Baumer Purifica. Trata-se de um equipamento
voltado para a captura e tratamento do ar, reduzindo a carga viral no ambiente
em que está instalado. Nessa mesma linha há um projeto da Universidade de
Guarulhos (UNG), uma “cortina especial” que permite desinfetar entradas e
saídas utilizando a clorexidina, substância voltada para antissepsia de
superfícies.
Além
disso, há soluções de tecnologia da informação que também exercem um papel
importante no combate à pandemia. A startup brasileira Ilhasoft desenvolveu um
chatbot de combate às fake News chamado Health Buddy, que compila e
disponibiliza informações sobre o avanço do contágio por meio de uma integração
com o sistema da Universidade John Hopkins.
Esses
exemplos ilustram a possibilidade de se aproveitar de problemas e imprevistos
para criar novas soluções. Há números, inclusive, que comprovam que a
sobrevivência na crise depende da habilidade do empreendedor de observar o
contexto e manter o foco no cliente. Como é o caso de uma pesquisa da
aceleradora ACE, que mostrou que aproximadamente 15% das startups brasileiras
conseguiram crescer durante a pandemia. Não é uma tarefa fácil. Mas, com
atenção especial ao mercado, aos processos internos e às demandas da sociedade,
está longe de ser impossível.”.
(Matheus Vieira
Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo
Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 11 de julho de 2020, caderno OPINIÃO, página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
13 de julho de 2020, caderno A.PARTE,
página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI,
e que merece igualmente integral transcrição:
“Os
óbitos por corrupção
‘O tonel vazio é o aquele
que faz barulho’, diz o ditado popular italiano. Quanto mais oco, sem nada por
dentro, mais entediante ele fica.
O
candidato a um cargo eleitoral, no período que antecede a eleição, aquele que,
sem honestidade, conteúdo, proposta, experiência, propósito decente, visão e consciência
do que o aguarda, não raramente adota meios abjetos para alcançar seu
propósito. Mente, frauda, difama os adversários, escondendo-se atrás de
atitudes mesquinhas.
Com
propósitos eleitorais, procura enganar os ingênuos, aqueles que não se apercebem
do interesse sórdido, da finalidade egoísta de prestígio e riqueza imerecidos,
que de outra forma, com suor e trabalho, nunca conseguiria.
São
esses tonéis vazios os futuros protagonistas dos mensalões, dos petrolões, do
desmonte da máquina pública, dos esquemas que dilapidam as finanças do país.
São exatamente eles que já deixaram ou ainda deixarão os mais necessitados
morrerem nas filas da saúde, os hospitais em estado vergonhoso, roubando o que
é imprescindível para salvar uma vida, enquanto gastam o que desviaram em luxos
descabidos.
Costuma-se
encontrar “eleitos” que transpiram a inutilidade cívica e humana de suas ações,
que confirmam o uso malandro de suas largas prerrogativas. Estes chegam ao fim
de um mandato sem poder dizer “contribuí para o bem dos meus eleitores, da
sociedade, da nação”. Assim, são enterrados na vala dos esquecidos, dos sem
méritos.
Os
antissociais que almejam um cargo eletivo passarão pelo mandato imerecidamente
conquistado, labutando incessantemente para manter o poder pessoal, e para isso
fazem qualquer coisa, “até o diabo”, como confessou uma ex-presidente da
República.
Deu um
susto ao planeta, no fim de semana, o presidente estadual de um partido, no
Estado do Rio de Janeiro, incitando com ênfase os candidatos de sua sigla a
propor na campanha “fazer muito e roubar pouco”. Pediu desculpas, mas a quem
assiste ao vídeo as desculpas provavelmente não interessam.
O povo
brasileiro já foi enganado inúmeras vezes, entre alguns raros intervalos
felizes. Amargou o sofrimento, a falta de assistência, de resposta às
necessidades básicas, de apoio ao desenvolvimento, à criação de oportunidades
inclusão. A nação brasileira contabiliza, desde 2015, 12 milhões de
desempregados, consequência dos bilhões de reais desviados das contas públicas
por quadrilhas que ganharam notoriedade nas fases da Lava Jato.
A triste
realidade nacional, a dívida pública, o desacerto das finanças, que penalizam a
nação inteira, são decorrentes de uma agressão persistente a favor de bandos e
partidos organizados. Neste momento pré-eleitoral, já se nota nas atitudes
sórdidas que pretendem promover candidatos o potencial deletério que carregam.
O
cidadão que descobre ter sido enganado, espoliado, desempregado por aqueles que
escolheu para os altos cargos públicos sofre, quando é tarde demais, de
decepção e, ainda, de indignação, ao se deparar com o acúmulo de fortunas de
corruptos, que não se importam com o sofrimento e a mortes que provocam.
Quando
se pensa nos milhares de óbitos da pandemia, pode-se chegar à conclusão de que
são irrisórios comparados aos óbitos que a corrupção gera, aos analfabetos que
produz, aos sofrimentos que dissemina.
Um
recurso público surrupiado faltará no que é mais essencial.
Na atual
pré-campanha eleitoral, as fake News já se erguem como protagonistas – adotadas
por candidatos sem conteúdo decente, sem boas intenções, sem propostas, e
apenas voltados a estontear o eleitor para enganá-lo.
Atrás
dos falsos se escondem exatamente os futuros ladrões da coisa pública,
protagonistas dos próximos mensalões e dos esquemas que têm empobrecido a nação
brasileira.
Se a
pandemia leva a óbito milhares de pessoas, a corrupção leva a milhões.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia,
da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em maio a estratosférica marca de 303,43%
nos últimos doze meses, e a taxa de
juros do cheque especial chegou ainda em históricos 117,06%; e já o IPCA, em
junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,13%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega,
do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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