sexta-feira, 7 de agosto de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E O PODER DAS LIBERDADES E FUNDAMENTOS DA DEMOCRACIA NA SUSTENTABILIDADE

“O novo desenvolvimento econômico verde

        Assunto de extrema relevância e prioridade de governos, empresas e sociedade é a conservação dos recursos naturais, principalmente após a pandemia. Não restam dúvidas sobre a inadiável responsabilidade global em promover e incentivar a proteção ambiental como forma de reduzir riscos à saúde e assegurar a recuperação econômica.

         No papel conservacionista, o setor de florestas plantadas pede a dedicação e a atenção da sociedade para sua proposta. Em Minas, a maior cultura agrícola produz 2,3 milhões de hectares de florestas para prover madeira sustentável, ao passo que conserva mais de 1,3 milhão de hectares de vegetação nativa.

         O setor de florestas plantadas cultiva árvores que, com o auxílio da ciência, são melhoradas para que se adaptem a diferentes climas e condições físicas em constante alteração, de modo a produzirem madeira de qualidade e de forma renovável. A relação entre as florestas plantadas e as matas nativas é simbiótica no modelo de manejo que o setor adota: protegem, oferecem serviços ambientais, amenizam o clima, protegem o solo e os recursos hídricos, entre outras vantagens. Lamentavelmente, ainda existem aqueles que insistem em produzir de forma inadequada e em desrespeito às regras ambientais. Não se deve desclassificar uma atividade tomando por referência os maus representantes que devem ser excluídos e responsabilizados. Quem planta de forma responsável não desmata, ao contrário, utiliza áreas que já passaram pela intervenção e uso humano, conhecidas como “áreas consolidadas”.

         É inadiável e imprescindível a união de esforços entre setor produtivo, governo e sociedade para combater a perda de recursos naturais que nos coloca diante de inúmeros riscos, alguns irreversíveis, como o aquecimento climático e a escassez hídrica.

         As florestas plantadas são escudos às matas naturais, mas também sofrem e correm os mesmos riscos porque são formadas por árvores que, mesmo de espécies diferentes, padecem frente à perda dos recursos naturais. A conservação e o enfrentamento da crescente e ameaçadora perda ambiental é prioridade do setor, que precisa da qualidade de clima, água, solo, nutrientes e fauna para garantir o suprimento de madeira demandado pela sociedade e proteger a pressão que as florestas nativas recebem por quem ainda não despertou para a promoção ambiental.

         Em Minas Gerais, uma das mais claras ameaças às florestas são os incêndios, em sua maioria causados pelo homem, que consomem, de forma crescente, centenas de milhares de hectares de vegetação, provocando a perda de vida, material genético, animais, moradias, empobrecimento do solo, alteração climática, doenças respiratórias, perda de água e do investimento de homens e mulheres que acreditam na produção de árvores como atividade econômica limpa e renovável.

         Só teremos uma sociedade saudável se formos um planeta saudável. A aliança necessária entre a conservação ambiental, a promoção da vida humana e a vigilância climática deve ser o centro das decisões estratégicas para a agenda de recuperação econômica de quem acredita que ainda há esperança. Bons exemplos não faltam e buscam retribuir a atenção e confiança com sustentabilidade socioambiental, promovendo o novo e desejado desenvolvimento econômico verde.”.

(Adriana Maugeri. Presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 3 de agosto de 2020, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 26 de julho de 2020, caderno OPINIÃO, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal; assume a presidência da corte em setembro, e que merece igualmente integral transcrição:

“O silêncio dos humilhados

        A liberdade de expressão ocupa uma posição destacada no sistema constitucional brasileiro, dela derivando as demais liberdades, como por exemplo as liberdades de manifestação do pensamento (art. 5º, inc. 4), de consciência e de crença (inc. 6), de expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença (inc. 9).

         O Supremo Tribunal Federal, calcado nessas garantias pétreas, consagrou a liberdade de imprensa sem qualquer condicionante, ao não recepcionar a vetusta lei de imprensa, erigida exatamente no período em que as liberdades públicas estavam suprimidas. Encarta-se nesse argumento protetor da liberdade de expressão a “vedação de toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”.

         Forçoso convir que a possibilidade de difusão de opiniões e de pontos de vista sobre os mais variados temas de interesse público é condição sine qua non para a subsistência de um regime democrático. Além de promover a dignidade e a autonomia individuais, também potencializa a tomada de decisões políticas em uma democracia.

         Nos dizeres do professor alemão Konrad Hesse, “[a] liberdade de informação é pressuposto da publicidade democrática; somente o cidadão informado está em condições de formar um juízo próprio e de cooperar, na forma intentada pela Lei Fundamental, no processo democrático”. Ainda, Rui Barbosa destaca que “de todas as liberdades, a do pensamento é a maior e a mais alta. Dela decorrem todas as demais. Sem ela todas as demais deixam mutilada a personalidade humana, asfixiada a sociedade”.

         Uma das questões mais caras numa democracia, é a vocalização das pessoas vulneráveis. O ideário democrático pressupõe a existência de um espaço público robusto e dinâmico, em que os temas de interesse geral possam ser debatidos com franqueza e liberdade, que não se encerram apenas no exercício do direito de voto.

         Amartya Sen, laureado economista indiano, destaca que governos autoritários mundo afora têm conseguido gigantescas vitórias eleitorais, mesmo sem coerção evidente sobre o processo de votação, mas suprimindo a discussão pública e a liberdade de informação, o que evidencia o liame indissociável entre a liberdade de expressão e a democracia.

         Deveras, como cediço, a democracia também não se restringe ao predomínio da vontade da maioria. Ela pressupõe que todas as pessoas, em especial os grupos minoritários, tenham vez e tenham voz no processo político por meio do exercício pleno das liberdades públicas – em especial a liberdade de expressão.

         A democracia só se realiza através da inclusão no espaço público dos integrantes dos grupos tradicionalmente excluídos, aos quais também deve ser reconhecida a possibilidade de se autogovernarem. Nesse ponto, a Suprema Corte, como guardiã primeira dos direitos humanos encartados na Constituição, exerce nobre virtude perene: equilibra a participação democrática entre maiorias e minorias e impede o indesejável “silêncio dos humilhados”.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a estratosférica marca de 300,31% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 110,24%; e já o IPCA, em julho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,31%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!


“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

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