segunda-feira, 14 de setembro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DO BEM VIVER E BEM-QUERER NA QUALIFICAÇÃO DA HUMANIDADE NA SUSTENTABILIDADE

“Tecnologias para uma retomada inteligente

       Vivemos um momento sem precedentes. A pandemia mudou o mundo que conhecíamos há alguns meses e o futuro parece imprevisível, porém é preciso buscar outro olhar. Tive boas conversas com clientes da IBM aqui no Brasil – tanto com equipes de liderança quanto com seus funcionários, clientes e parceiros, de empresas e do governo, e esses executivos não buscam apenas superar a crise.

          Em vez disso, eles veem este momento como um dever de mudanças, uma oportunidade para repensar o todo – desde o papel da corporação na sociedade moderna, passando pelas operações de negócios do dia a dia, até a natureza do trabalho em si. Eles reconheceram que o sucesso no futuro significa transformar a empresa hoje.

          Entendo que existe uma ansiedade pela continuidade, tanto em organizações que são ou foram afetadas levemente, bem como para as que sentiram o impacto de forma mais aguda que, neste momento, se preparam para voltar aos escritórios. Para isso é fundamental considerar a segurança sobre quando e como trazer seus funcionários de volta. Assim, a confiança é essencial. Ao mesmo tempo, a enorme escala de planejamento e o número de decisões necessárias podem sobrecarregar os métodos tradicionais de preparação para que isso ocorra.

          Felizmente, nos últimos anos, o surgimento de tecnologias baseadas em inteligência artificial (IA) permitem que os gerentes tomem as melhores decisões quase em tempo real. Para retornar ao trabalho em um mundo de Covid-19, essas tecnologias podem ajudar os empregadores das seguintes maneiras: retornar de forma mais inteligente ajudando na tomada de decisões baseadas em evidencias sobre quando os funcionários devem voltar ao local de trabalho e quando determinados escritórios devem ser fechados. Essas decisões dependem da coleta e análise de dados em tempo real a partir de várias fontes, incluindo taxas e tendências locais de infecção, sintomas e resultados de testes compartilhados voluntariamente por funcionários, riscos à saúde dos profissionais e suas famílias e leis estaduais e locais.

          Usar o espaço com sabedoria, auxiliando os gerentes a alocar ambientes rapidamente; designar zonas proibidas; providenciar a limpeza; e monitorar aglomeração, distanciamento social e uso de máscaras.

          Maximizar a eficácia do rastreamento de contatos, ajudando as organizações com suporte para agentes de atendimento e rastreadores de contato, preservando a privacidade dos funcionários.

          Quando os profissionais voluntariamente avisam seus empregadores sobre um resultado positivo do teste e dão consentimento, os rastreadores de contato podem realizar entrevistas e usar informações de várias fontes para ajudar a identificar indivíduos que devem ser notificados de uma possível exposição; documentar todas as informações relacionadas aos casos em um sistema seguro e de preservação da privacidade; e acionar fluxos de trabalho de gerenciamento de casos projetados pelo empregador para apoiar os funcionários enquanto eles se recuperam.

          Comunicar-se com funcionários, fornecedores e outras partes interessadas por meio de aplicativos e agentes virtuais com IA para fornecer as respostas das empresas empregadoras às perguntas sobre a Covid-19 e recursos humanos. Essas ferramentas permitem que os funcionários relatem sintomas, saibam se devem ou não retornar ao trabalho naquele dia e descobrem a melhor hora de chegar ao escritório para evitar aglomerações.

          Este momento é de fato um desafio. Mas também é uma chance de emergir de forma mais inteligente, de aplicar as lições aprendidas nos últimos meses na construção de um futuro seguro e próspero para as empresas e funcionários.

          O retorno dos profissionais ao trabalho, com a mais alta consideração por sua saúde e segurança, é o primeiro passo essencial.”.

(Joaquim Campos. Vice-presidente de Cloud and Cognitive  Software da IBM Brasil, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de setembro de 2020, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 11 de setembro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Bem viver e bem-querer

       Os maiores desafios deste tempo emolduram o Setembro Amarelo com rostos sem luz e sorrisos opacos, pois a vida está ainda mais ameaçada. Sentimentos e emoções se embaraçam diante do peso que recai sobre a humanidade. Não há sinais promissores de que a civilização contemporânea avançou na aprendizagem sobre os cuidados com a vida. É preciso, assim, progredir na ciranda do bem viver e do bem-querer – os trilhos sobre os quais a vida transcorre, de estação em estação, até chegar ao seu destino final. Uma viagem que exige o domínio da arte de cuidar, a partir do reconhecimento de que a vida é dom e responsabilidades.

          Viver é inscrever-se em um contínuo caminho de lições, conforme bem assevera o ditado popular “vivendo e aprendendo”. Essa constatação ainda se confirma quando pessoas mais vividas manifestam surpresa diante de um acontecimento e dizem: “pensei já ter visto de tudo”. A vida é dom de riqueza inesgotável e, por isso mesmo, sempre apresenta novas lições. Todos são aprendizes, desafiados a superar muitas provas. Sejam oferecidas as condições para que cada pessoa possa superá-las. Para os cristãos, o Evangelho de Jesus Cristo é referência fundamental que leva a aprendizados condizentes dom o dom de viver. A gramática do Evangelho da Vida congrega princípios e metas, códigos e experiências, lições e ensinamentos, partindo sempre da cláusula pétrea: o dom da vida é inviolável, merece cuidados e todas as condições para se desabrochar. Nesse sentido, o Evangelho ensina que o bem-querer, traduzido em gestos de amor ao próximo, é indissociável do bem viver.

          Importante considerar também que o dom inviolável da vida, para ser protegido, exige constante reflexão sobre as emoções e as dores carregadas no coração humano. São essas emoções e dores que sustentam a vida de cada um. Por isso, saber reconhecer e lidar com os próprios sentimentos é uma importante forma de sabedoria, uma ciência sobre o viver. Distanciar-se da reflexão sobre os próprios sentimentos muito contribui para não se enxergar sentido na vida. E são terrificantes, embora não raramente distantes da luz midiática, as estatísticas dos que desistem de viver, com preocupante aumento de vítimas entre jovens – o futuro de uma humanidade que precisa renovar-se para não se declinar. Muita gente está sem forças para continuar vivendo, e ajudar na edificação de um mundo mais justo, solidário e fraterno. Consequentemente, as estatísticas sobre o suicídio podem revelar número de mortes semelhante ao de pandemias.

          Dentre as renovações urgentes está a necessidade de se superar desigualdades sociais que representam graves ameaças à vida humana. A opacidade amarela deste mês de setembro alerta que a vida, embora seja dom precioso, é constantemente ameaçada. São, pois, muito necessárias políticas públicas com força e velocidade para debelar os processos que levam à destruição das vidas. O comprometimento da qualidade do bem-querer tem forte incidência sobre o bem viver. E o adoecimento planetário ambiental contracena com o adoecimento emocional humano. É preciso sublinhar a responsabilidade de se investir nos sentimentos que modulam a vida, com iniciativas que qualifiquem a dimensão emocional da humanidade, especialmente a partir da contribuição da espiritualidade. Isso permite cultivar o equilíbrio assentado em valores humanistas que possibilitem redimensionar critérios, juízos e escolhas.

          Corajosamente casa pessoa deve dedicar atenção aos sentimentos, buscando o diálogo, com disposição para escutar e oferecer afeto. Famílias sejam mais atentas e aconchegantes. Escolas tornem-se mais interativas, inspirando nos alunos a sensação de pertencimento. Igrejas busquem ser cada vez mais sensíveis às dores humanas, garantindo a espiritualidade e as palavras que devolvam esperança. Todos se dediquem a edificar uma sociedade que seja livre das indiferenças, sem idolatrias e hegemonias mesquinhas, aprendendo lições com esta, partilhada por Cora Coralina: “Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido se não tocarmos o coração das pessoas. E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar”. Eis a compreensão necessária: alcançar pela força do bem-querer o necessário bem viver.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a)    a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a estratosférica marca de 312,12% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 112,72%; e já o IPCA, em agosto, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,44%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

c)    a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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