“Tecnologias para uma retomada inteligente
Vivemos um momento sem
precedentes. A pandemia mudou o mundo que conhecíamos há alguns meses e o
futuro parece imprevisível, porém é preciso buscar outro olhar. Tive boas
conversas com clientes da IBM aqui no Brasil – tanto com equipes de liderança
quanto com seus funcionários, clientes e parceiros, de empresas e do governo, e
esses executivos não buscam apenas superar a crise.
Em vez
disso, eles veem este momento como um dever de mudanças, uma oportunidade para
repensar o todo – desde o papel da corporação na sociedade moderna, passando
pelas operações de negócios do dia a dia, até a natureza do trabalho em si.
Eles reconheceram que o sucesso no futuro significa transformar a empresa hoje.
Entendo
que existe uma ansiedade pela continuidade, tanto em organizações que são ou foram
afetadas levemente, bem como para as que sentiram o impacto de forma mais aguda
que, neste momento, se preparam para voltar aos escritórios. Para isso é
fundamental considerar a segurança sobre quando e como trazer seus funcionários
de volta. Assim, a confiança é essencial. Ao mesmo tempo, a enorme escala de
planejamento e o número de decisões necessárias podem sobrecarregar os métodos
tradicionais de preparação para que isso ocorra.
Felizmente,
nos últimos anos, o surgimento de tecnologias baseadas em inteligência
artificial (IA) permitem que os gerentes tomem as melhores decisões quase em
tempo real. Para retornar ao trabalho em um mundo de Covid-19, essas
tecnologias podem ajudar os empregadores das seguintes maneiras: retornar de
forma mais inteligente ajudando na tomada de decisões baseadas em evidencias
sobre quando os funcionários devem voltar ao local de trabalho e quando
determinados escritórios devem ser fechados. Essas decisões dependem da coleta
e análise de dados em tempo real a partir de várias fontes, incluindo taxas e
tendências locais de infecção, sintomas e resultados de testes compartilhados
voluntariamente por funcionários, riscos à saúde dos profissionais e suas
famílias e leis estaduais e locais.
Usar o
espaço com sabedoria, auxiliando os gerentes a alocar ambientes rapidamente;
designar zonas proibidas; providenciar a limpeza; e monitorar aglomeração,
distanciamento social e uso de máscaras.
Maximizar
a eficácia do rastreamento de contatos, ajudando as organizações com suporte para
agentes de atendimento e rastreadores de contato, preservando a privacidade dos
funcionários.
Quando
os profissionais voluntariamente avisam seus empregadores sobre um resultado
positivo do teste e dão consentimento, os rastreadores de contato podem realizar
entrevistas e usar informações de várias fontes para ajudar a identificar
indivíduos que devem ser notificados de uma possível exposição; documentar
todas as informações relacionadas aos casos em um sistema seguro e de
preservação da privacidade; e acionar fluxos de trabalho de gerenciamento de
casos projetados pelo empregador para apoiar os funcionários enquanto eles se
recuperam.
Comunicar-se
com funcionários, fornecedores e outras partes interessadas por meio de
aplicativos e agentes virtuais com IA para fornecer as respostas das empresas
empregadoras às perguntas sobre a Covid-19 e recursos humanos. Essas
ferramentas permitem que os funcionários relatem sintomas, saibam se devem ou
não retornar ao trabalho naquele dia e descobrem a melhor hora de chegar ao
escritório para evitar aglomerações.
Este
momento é de fato um desafio. Mas também é uma chance de emergir de forma mais
inteligente, de aplicar as lições aprendidas nos últimos meses na construção de
um futuro seguro e próspero para as empresas e funcionários.
O
retorno dos profissionais ao trabalho, com a mais alta consideração por sua
saúde e segurança, é o primeiro passo essencial.”.
(Joaquim Campos.
Vice-presidente de Cloud and Cognitive Software
da IBM Brasil, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de setembro de 2020, caderno OPINIÃO, página 21).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 11 de setembro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo
Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e
que merece igualmente integral transcrição:
“Bem
viver e bem-querer
Os maiores desafios deste
tempo emolduram o Setembro Amarelo com rostos sem luz e sorrisos opacos, pois a
vida está ainda mais ameaçada. Sentimentos e emoções se embaraçam diante do
peso que recai sobre a humanidade. Não há sinais promissores de que a
civilização contemporânea avançou na aprendizagem sobre os cuidados com a vida.
É preciso, assim, progredir na ciranda do bem viver e do bem-querer – os
trilhos sobre os quais a vida transcorre, de estação em estação, até chegar ao
seu destino final. Uma viagem que exige o domínio da arte de cuidar, a partir
do reconhecimento de que a vida é dom e responsabilidades.
Viver é
inscrever-se em um contínuo caminho de lições, conforme bem assevera o ditado
popular “vivendo e aprendendo”. Essa constatação ainda se confirma quando
pessoas mais vividas manifestam surpresa diante de um acontecimento e dizem:
“pensei já ter visto de tudo”. A vida é dom de riqueza inesgotável e, por isso
mesmo, sempre apresenta novas lições. Todos são aprendizes, desafiados a
superar muitas provas. Sejam oferecidas as condições para que cada pessoa possa
superá-las. Para os cristãos, o Evangelho de Jesus Cristo é referência
fundamental que leva a aprendizados condizentes dom o dom de viver. A gramática
do Evangelho da Vida congrega princípios e metas, códigos e experiências,
lições e ensinamentos, partindo sempre da cláusula pétrea: o dom da vida é
inviolável, merece cuidados e todas as condições para se desabrochar. Nesse
sentido, o Evangelho ensina que o bem-querer, traduzido em gestos de amor ao
próximo, é indissociável do bem viver.
Importante
considerar também que o dom inviolável da vida, para ser protegido, exige
constante reflexão sobre as emoções e as dores carregadas no coração humano.
São essas emoções e dores que sustentam a vida de cada um. Por isso, saber
reconhecer e lidar com os próprios sentimentos é uma importante forma de
sabedoria, uma ciência sobre o viver. Distanciar-se da reflexão sobre os
próprios sentimentos muito contribui para não se enxergar sentido na vida. E
são terrificantes, embora não raramente distantes da luz midiática, as
estatísticas dos que desistem de viver, com preocupante aumento de vítimas
entre jovens – o futuro de uma humanidade que precisa renovar-se para não se
declinar. Muita gente está sem forças para continuar vivendo, e ajudar na
edificação de um mundo mais justo, solidário e fraterno. Consequentemente, as
estatísticas sobre o suicídio podem revelar número de mortes semelhante ao de
pandemias.
Dentre
as renovações urgentes está a necessidade de se superar desigualdades sociais
que representam graves ameaças à vida humana. A opacidade amarela deste mês de
setembro alerta que a vida, embora seja dom precioso, é constantemente
ameaçada. São, pois, muito necessárias políticas públicas com força e
velocidade para debelar os processos que levam à destruição das vidas. O
comprometimento da qualidade do bem-querer tem forte incidência sobre o bem
viver. E o adoecimento planetário ambiental contracena com o adoecimento
emocional humano. É preciso sublinhar a responsabilidade de se investir nos
sentimentos que modulam a vida, com iniciativas que qualifiquem a dimensão
emocional da humanidade, especialmente a partir da contribuição da
espiritualidade. Isso permite cultivar o equilíbrio assentado em valores
humanistas que possibilitem redimensionar critérios, juízos e escolhas.
Corajosamente
casa pessoa deve dedicar atenção aos sentimentos, buscando o diálogo, com
disposição para escutar e oferecer afeto. Famílias sejam mais atentas e
aconchegantes. Escolas tornem-se mais interativas, inspirando nos alunos a
sensação de pertencimento. Igrejas busquem ser cada vez mais sensíveis às dores
humanas, garantindo a espiritualidade e as palavras que devolvam esperança.
Todos se dediquem a edificar uma sociedade que seja livre das indiferenças, sem
idolatrias e hegemonias mesquinhas, aprendendo lições com esta, partilhada por
Cora Coralina: “Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada
do que vivemos tem sentido se não tocarmos o coração das pessoas. E isso não é
coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não
seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura
enquanto durar”. Eis a compreensão necessária: alcançar pela força do
bem-querer o necessário bem viver.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia,
da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em julho a estratosférica marca de 312,12%
nos últimos doze meses, e a taxa de
juros do cheque especial chegou ainda em históricos 112,72%; e já o IPCA, em
agosto, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,44%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de
R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma
lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$
100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor
privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia,
ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega,
do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário