quinta-feira, 24 de setembro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA E EXIGÊNCIAS DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS E AS LUZES DA ECOLOGIA INTEGRAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS NA SUSTENTABILIDADE

“Uma chamada para o consumo de energia renovável

       As mudanças climáticas são uma preocupação cada vez maior para o nosso planeta exigem que as empresas tomem medidas responsáveis para ajudar a mitigar o impacto das ações empresariais no meio ambiente.

          Criar políticas de proteção ambiental, reduzir a pegada de carbono ou conservar energia são algumas das práticas que, como empresas, podemos realizar para reduzir esse impacto.

          Mas, ainda hoje, não há como contornar o fato de que manter as empresas em funcionamento requer um consumo de energia em maior ou menor grau. E é aqui que o consumo de energia renovável se torna fundamental. A redução das emissões de dióxido de carbono associada às operações de negócios requer a identificação e compra de eletricidade renovável para reduzir o uso de eletricidade gerada pela queima de combustíveis fósseis.

          E, embora não haja uma abordagem única para o sucesso na aquisição de eletricidade renovável – como, por exemplo, para a IBM, que opera em 170 países, sendo que eletricidade renovável não está disponível em todos os locais –, nós tomamos como guia alguns princípios e ações.

          Primeiro, nos esforçamos para comprar eletricidade renovável onde fizer sentido comercial e ambientalmente. Em alguns lugares, o sobrepreço para a compra de eletricidade renovável pode ser significativo. Nosso objetivo é identificar fontes renováveis de eletricidade com custo competitivo para compra, sempre que possível. No entanto, às vezes devemos e pagamos mais para comprar eletricidade renovável.

          Compramos eletricidade renovável de fontes nas atuais regiões da rede onde operamos. A razão é simples. Para reduzir nossa dependência da eletricidade gerada a partir de combustíveis fósseis, devemos ter fontes confiáveis de eletricidade disponíveis para substituí-la.

          Nossa divisão Global Real Estate é responsável pela compra da eletricidade em locais gerenciados pela IBM. Nós pesquisamos e perguntamos sobre a disponibilidade e o preço da eletricidade renovável a cada ciclo de aquisição. Esse foco constante nos permite manter um conhecimento contínuo do mercado e capturar oportunidades atraentes.

          Trabalhamos ativamente com colegas da indústria e ONGs para influenciar as políticas que levarão a um maior acesso à eletricidade renovável para empresas de todos os tamanhos.

          A IBM é líder em proteção ambienta há mais de 50 anos. Em 2018, atualizamos nossa meta, nos comprometendo a adquirir 55% da eletricidade que consumimos em todo o mundo de fontes renováveis até 2025 e, dessa forma, reduzir o impacto ambiental. Acredito que todos podem e devem fazer a sua parte para reduzir a pegada de carbono e as mudanças climáticas. Isso é uma pequena mostra.”.

(Andriei Gutierrez. Diretor de relações governamentais e assuntos regulatórios da IBM Brasil, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 19 de setembro de 2020, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 23 de setembro de 2020, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de Julia Marisa Sekula, economista e cientista política, é coordenadora do Programa de Clima e Segurança do Instituto Igarapé, fundadora da FinanSOS e coautora de ‘Brasil: Paraíso Restaurável (ed. Sextante), e que merece igualmente integral transcrição:

“Vamos parar de falar em

desenvolvimento sustentável?

       Num contexto global de excesso de informação e escassez de significado, palavras se tornam decisivas. Palavras têm peso e vida própria. Com a consolidação da onda do termo “desenvolvimento sustentável” nos setores privado e público, fica claro, mais uma vez, como mal entendemos nossas vantagens competitivas e como empregamos frases emprestadas na busca de uma (não) narrativa de nação. O custo para o Brasil de não enxergar as atuais oportunidades com a linguagem que elas merecem pode ser grande.

          A expressão “desenvolvimento sustentável” existe desde 1972. Por 48 anos, circulou quieta, espraiando-se sobre um mundo que, aos poucos, se apercebia das mudanças climáticas. Isso não surpreende. A frase é intrinsecamente passiva em sua própria etimologia. A primeira palavra evoca imagens de máquinas e modernização infinita características do uso generalizado da palavra nos séculos 19 e 20. Na segunda, um efeito amortecedor, um cansaço antecipado da necessidade de “segurar” tal desenvolvimento (intensivo de carbono) em prol da sobrevivência das gerações futuras. Uma palavra presa ao conceito econômico que a criou.

          Já há países caminhando noutra direção. A China, por exemplo, apresenta uma alternativa de terminologia. Desde 2012 o país abraça em sua Constituição a “civilização ecológica”. O termo é uma resposta às ameaças climáticas; tão extensas, segundo eles, que exigem outra concepção de civilização humana, baseada em princípios ecológicos e nas tradições milenares de taoísmo e confucionismo, que entendem o homem e a natureza como entes inteiramente interligados – ideia muito maior do que qualquer modelo de desenvolvimento.

          Durante os sete anos em que morei lá, era inimaginável que, um dia, a China pretendesse deixar a posição de maior emissora de gases efeito estufa no mundo. Lembro vividamente das gotas amargas de chuva que faziam a pele coçar, o céu nublado de “smog”, o lago Tai onde jamais havia peixe para pescar... O boom industrial foi acompanhado por uma devastação ambiental. Mas, a partir do momento em que o custo social ficou difícil de ignorar e as oportunidades de tecnologia limpa surgiram, a China se adaptou, construindo uma nova narrativa para o próximo século. Hoje, o gigante asiático é o país que mais investe em energia renovável no mundo.

          O Brasil, com a matriz energética mais limpa do planeta, já está com meio caminho andado. Do G20, o Brasil é o primeiro lugar em estoque de capital natural de terra arável, área florestal e fontes renováveis de água. O Brasil é o lugar em que mais se produz vida na Terra. Vida, nesta escala, não cabe nem combina com a palavra desenvolvimento.

          Da mesma forma que Inglaterra e Estados Unidos emergiram como potências globais devido ao carvão e ao petróleo, o Brasil, diante de um futuro de energia renováveis, nunca esteve tão bem posicionado para ser uma potência global. Diante de um futuro em que acesso à água, a ar limpo e a terras aráveis se tornará questão de sobrevivência, o mundo nunca esteve tão dependente do Brasil e de seus biomas. O nosso “desenvolvimento sustentável”, então, revela-se muito mais do que uma adequação.

          No caso do Brasil, é a oportunidade social, cultural e econômica do século. Enquanto não reconhecer seus próprios ativos estratégicos e lhe faltar uma narrativa, o Brasil ficará sujeito às palavras e forças dos outros. Continuaremos culpando o “outro” pela volatilidade do preço de petróleo, pela demanda de exportação de soja, pelas exigências ambientais dos europeus. Continuaremos no conforto de ser o eterno “país do futuro”. Essa tem sido a frase escolhida.

          Se a gente quiser entrar no campo das potências globais e proporcionar ao brasileiro aquilo que ele merece, precisamos começar a usar palavras e conceitos próprios – o resto já temos. E, não tenho dúvidas, com a nossa cultura rica e diversa, encontraremos os conceitos e as palavras certas. Acredito muito nos povos originários, que entendem com profundidade o poder produtivo e protetivo da natureza há muito mais tempo do que qualquer analista de sustentabilidade. Ali, talvez, com as pessoas a quem repetidamente temos negado a palavra, encontraremos a verdadeira quebra de paradigma – e, quem sabe assim, uma nova narrativa de Brasil.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a)    a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a estratosférica marca de 312,12% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 112,72%; e já o IPCA, em agosto, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,44%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

c)    a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

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