segunda-feira, 28 de junho de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA QUALIFICAÇÃO DO ENSINO BÁSICO NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E OS TRANSCENDENTES E INADIÁVEIS PROPÓSITOS DE PROFUNDAS MUDANÇAS ESTRUTURAIS DO ESTADO NA SUSTENTABILIDADE

“Brasil pode muito

 mais na educação

        O debate em torno do Fundeb, independentemente do resultado final, tem sido positivo para o país. Devagar vamos derrubando alguns mitos que por muito tempo pautaram nossa visão sobre gestão pública.

         Um deles é a velha ideia de que um serviço só é público se for estatal. Só pensa assim quem confunde Estado com máquina pública e é exatamente essa confusão que estamos aprendendo a desfazer.

         Esse debate já avançou em muitas áreas. Ninguém entra, por exemplo, no Hospital do Subúrbio, em Salvador, gerenciado via PPP, ou no Hospital Regional de Jundiaí, gerido pelo Instituto Sírio-Libanês, uma organização social, e diz: “Que absurdo, estes hospitais estão tirando recursos da saúde pública”.

         O mesmo acontece com orquestras, como a Osesp, com parques, como o Ibirapuera, com unidades básicas de saúde e creches conveniadas, em todo o país.

         Em todas essas áreas, o recurso público não é percebido como do “sistema”, seja ou não estatal. O recurso existe para atender da melhor maneira possível aos cidadãos.

         Isso nada tem a ver com esquerda x direita ou sobre a discussão em abstrato sobre o tamanho do Estado. A pergunta é bem mais simples: como tornar efetivos os direitos que enunciamos na Constituição?

         Esse debate agora ganhou espaço na educação básica. Todos sabemos que nossos resultados não são bons nessa área e que é perfeitamente plausível introduzir inovações. Uma dessas inovações, e nem de longe a única, é representada pelos contratos de gestão com instituições filantrópicas.

         Um estudo recente, conduzido por M. Danish Shakeel e Paulo E. Peterson, de Harvard, mostrou que os alunos de escolas charter, nos Estados Unidos, tiveram um ganho médio duas vezes superior ao dos alunos de escolas tradicionais, ao longo de 12 anos (2005-2017). E que “o ganho em matemática foi de quatro vezes mais para os alunos afro-americanos da oitava série”.

         Os ganhos são pouco expressivos para alunos de classe média e no curto prazo, mas surgem com força em um prazo maior, com alunos em desvantagem. É apenas um indício, há muitos outros critérios a observar. A simples adoção de um modelo não resolve o problema. Mas nos sugere que pode ser temerário desconsiderar que existem alternativas e estabelecer em lei o monopólio de um ou outro sistema.

         O argumento que mais me toca é a possibilidade da quebra do apartheid educacional. Isso ninguém me contou. Eu vi, foi aqui no Brasil, fruto de um programa criado pelo Estado brasileiro, sobre o qual me permito um breve relato pessoal.

         Durante alguns anos dirigi uma instituição universitária de excelência, ótimo Enade, mensalidade alta, alunos de famílias de maior renda. Em um certo momento chegaram os alunos do ProUni. Eram cerca de 300 estudantes, que passei a acompanhar no dia a dia.

         É evidente que eles tinham dificuldades. Não tinham curso de inglês nem feito high school nos Estados Unidos. Vinham de longe, não usavam as melhores mochilas e havia, sim, muito preconceito.

         Preconceito que vinha muito mais das famílias do que dos estudantes, que rapidamente aprendiam o sentido da diversidade. Lembro das conquistas, da ida dos alunos ao exterior e também das frustrações. No fundo, aquele microcosmo produzia o encontro dos Brasis que sempre teimamos em manter apartados.

         Confesso que vibrei, sozinho na minha sala, quando me chegou o dado de que os alunos bolsistas haviam conquistado uma nota média melhor do que a dos não bolsistas. Até hoje, escrevendo essas linhas, alguma coisa mexe aqui dentro.

         Alguns vão dizer que tudo é impossível, que é apenas um exemplo, que não tem jeito, que no ensino básico tem que separar, que há um mundo exclusivo para o andar de cima e que o resto deve ficar onde está e onde sempre esteve.

         Mas não concordo. Cada um pode ter a visão que quiser do Brasil. Meus respeitos, mas acho que podemos fazer bem melhor do que andamos fazendo nesses anos todos.”.

(Fernando Schüler. Professor do Insper e curador do projeto Fronteiras do Pensamento. Foi diretor da Fundação Iberê Camargo; em artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 17 de dezembro de 2020, caderno poder, página A11).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 25 de junho de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“(Re)Construir o Brasil

        Reconstruir é um processo intrínseco a todo percurso histórico, seja na vida pessoal ou quando se considera o conjunto de uma sociedade. Historiadores e outros mestres de saberes contribuem para que a importância dos processos de reconstrução seja mais reconhecida. O Brasil, em diferentes momentos de sua história, passou por esses processos. Em passado recente, o país reconstruiu a sua democracia, que lamentavelmente é foco de ataques e brutais tentativas de retrocesso. Agora, nesta terceira década do terceiro milênio, cenários interpelam a consciência cidadã sobre a urgente demanda de se reconstruir o Brasil. Os números da pandemia, em razão da incompetência governamental, por falta de um plano global estratégico para a gestão da crise, inscrevem no horizonte da cidadania consciente e humanitária a convicção de que é preciso (re)construir o Brasil. Sejam considerados os óbitos, as famílias enlutadas, os desdobramentos da pandemia com impactos na economia, particular e dolorosamente com o aumento da desigualdade social, com muita gente sem emprego e sem comida.

         As análises sociopolíticas independentes e cientificamente embasadas demonstram, em muitos âmbitos da conjuntura social e política, um processo crescente e perigoso de deterioração do tecido social. As considerações técnico-científicas explicitam desmontagens que atingem a própria democracia, requerendo mais lucidez e serenas considerações de todos os cidadãos. Não se pode deixar-se iludir com os sinais positivos dados por setores da economia, pois o enriquecimento considerável de oligarquias não amenizará a gravidade das crises social e política em andamento. São necessárias providências e intervenções urgentes para evitar que se constitua, na sociedade brasileira, verdadeira “abominação da desolação” – expressão bíblica que define um momento caótico da vida do povo de Israel. A história do Brasil, com seus “altos e baixos”, com seus percalços e vicissitudes, merece respeito. É uma herança com relevante potencial humanístico para alavancar a (re)construção do País. Por isso mesmo, não pode estar em mãos equivocadas e nem refém daqueles que promovem a desconstrução, maquiados como se buscassem defender princípios e valores inegociáveis, mas distantes do que é essencialmente necessário.

         A histórica crise política é a ferida diagnosticada mais preocupante. Até por isso, corre-se o risco de acreditar que a solução de fenômeno amplo esteja, simplesmente, em torno de um, dois ou três nomes para sufrágio que definirá a liderança maior. Deve preceder ao processo eleitoral, especialmente considerando o contexto político-partidário, a necessária consciência cidadã de que o Brasil vai mal e precisa mudar. Mudar e mudar muito, com urgência, para tentar recuperar oportunidades não aproveitadas, funcionamentos democráticos sucateados. O País vive retrocessos que representam o retorno a etapas superadas e, também, a carência de uma visão moderna sobre gestão capaz de oferecer respostas adequadas a este tempo. Há de se discutir e, assim, melhor perceber as degradações gravíssimas na educação, na saúde, nas lides ambientais, com escolhas equivocadas e pouco inteligentes, de indivíduos, de processos, de princípios. Antes, sempre, deve-se investir no consenso de que o Brasil, sem nenhum propósito agoureiro, vai mal, e os cidadãos todos precisam querer mudanças e um novo tempo.

         É imprescindível um novo e grande movimento civilizatório na sociedade brasileira. O ponto de partida seja a crescente consciência da necessidade de mudanças, para possibilitar novos propósitos, escolhas e posturas capazes de reconfigurar a política e a economia, com incidências sociais fortes e velozes. Muitas coisas precisam entrar em pauta agora, como profícuo movimento para desatolar a sociedade brasileira. É característica do País viver antecipadamente o período eleitoral, mas sempre contaminado com vícios interesseiros, que reduzem a discussão política a dois ou três nome. Consequentemente, permanece enjaulada a “oportunidade de ouro” para promover as mudanças necessárias e encontrar as respostas adequadas aos desafios sociais. O que se espera é uma pauta dialogal e civilizatória, que inclua também redobrada atenção ao linguajar corrente, exercício facilitado pelas redes sociais e tecnologias contemporâneas.

         Ora, as narrativas estão cada vez mais superficiais e desconexas, impedindo avanços e clarividências. Convive-se com falas descarrilhadas, incompatíveis com os cargos ocupados, comprometendo a seriedade das instituições. Um verdadeiro caos de narrativas, que aumentam a confusão, as polarizações, efetivando radicalizações, alimentando medos e desconfianças. Na tarefa de (re)construir o Brasil, é importante investir em discursos esclarecedores da verdade, com força para alargar a mundividência cidadã, fecundando escolhas que mudem cenários e personagens inadequados aos anseios da sociedade. Prevaleçam as narrativas que possam fazer a sociedade brasileira sonhar com mudanças, para que seja aberto novo ciclo civilizatório em que todos efetivamente busquem salvar vidas, respeitar dignidades e direitos, salvaguardar a casa comum com políticas ambientais sensatas, varrer os cenários de vergonhosas desigualdades sociais, garantir a vivência de valores e princípios inegociáveis. Isto é (re)construir o Brasil.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

 a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 335,25% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 124,51%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,06%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

  

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