segunda-feira, 14 de junho de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DA QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO DE PESSOAS NAS NOVAS TECNOLOGIAS E TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E O PODER DA SOLIDARIEDADE E HUMANIDADE NO ZELO COM A CASA COMUM NA SUSTENTABILIDADE

“Novos rumos para o setor de recursos humanos

        Com a evolução da tecnologia, diversos setores empresariais vêm sofrendo impactos, e com a área de recursos humanos não é diferente. O departamento tem se tornado cada vez mais protagonista nas organizações e agora, mais do que nunca, tem a tecnologia a seu lado.

         Segundo o levantamento da Associação Nacional para a Economia Empresarial (Nabe), o modelo de trabalho híbrido será mantido por 80% das organizações brasileiras, mudando completamente alguns conceitos e planejamentos de RH. A pandemia fez com que todas as empresas, independentemente do porte, revissem seu planejamento estratégico e sua cultura. Será que eles realmente estão de acordo com os objetivos da organização? Nesse contexto, os profissionais de gestão de pessoas precisam atuar ainda mais estrategicamente, fazendo com que o RH 4.0 ganhe força.

         Esse novo modelo tem como foco a utilização de tecnologia nos processos de gestão de pessoas. Mas vale ressaltar que não se trata apenas de implementar o software da moda, e sim de mudar a forma como as atividades são realizadas, saber trabalhar com dados e ter clareza na jornada dos funcionários na empresa.

         O primeiro pilar do RH 4.0 e que o diferencia do modelo tradicional é a tecnologia. Nesse setor, a tecnologia abre portas para otimizar processos como análise de perfis comportamentais e facilitar o recrutamento de novos talentos.

         Outro diferencial desse novo RH é a estratégia. Recursos tecnológicos por si sós não são suficientes. É preciso que o profissional de gestão de pessoas tenha os objetivos definidos, consiga planejar e entenda profundamente do negócio da empresa. É importante destacar que, no RH 4.0, as ações do setor fazem parte do planejamento estratégico da organização, e, com isso, a área passa a ter um peso maior nas decisões da empresa. O RH, nesse sentido, atua como guardião dos objetivos do planejamento estratégico.

         Além disso, a gestão comportamental é outro fator importante, que, alinhado à tecnologia e estratégia, gera resultados eficazes. Essa etapa permite a análise mais detalhada dos perfis dos colaboradores e identifica seus pontos fortes e fracos, o que permite que estratégias sejam traçadas.

         De forma geral, a tecnologia provê a coleta e tratamento das informações, a estratégia define o direcionamento desses dados, e a gestão comportamental une essas duas visões para montar equipes eficazes para as empresas. Nesse sentido, esse novo modelo de RH une todos os pilares e proporciona uma mudança na cultura organizacional, fazendo com que as equipes estejam mais preparadas e engajadas.

         Mesmo que não receba o nome de RH 4.0, já é possível ver empresas que aplicam esses fundamentos e conquistam bons resultados, como Embraer, AeC, Magazine Luiza e Localiza.

         Os conceitos do RH 4.0 estão se tornando cada vez mais prioritários para as empresas. As novas gerações já estão mais familiarizadas com essas ideias, mas, para os profissionais mais tradicionais, pode ser um grande desafio. Por isso, é necessário entender que a utilização da tecnologia e estratégias no setor de recursos humanos não é uma ameaça para os colaboradores, mas sim uma forma de potencializar as habilidades do setor e, de forma geral, da empresa.”.

(Pedro Boggione Costa. Gerente regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 12 de junho de 2021, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 11 de junho de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Tempo de cuidar

        É tempo de cuidar, horizonte largo e interpelante da ação emergencial promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e Cáritas Brasileira. Trata-se do prosseguimento da necessária ação em favor dos pobres e vulneráveis, apresentada na Páscoa de 2020, relançada na Páscoa deste ano – a iluminação de um olhar misericordioso e comprometido em favor dos que precisam mais. Iniciativa providencial para esse tempo de sofrimento com a pandemia. Crise sanitária sem precedentes nestas últimas décadas, que tem produzido incidências nefastas e dolorosas no tecido já esgarçado da sociedade brasileira, aumentando seus rasgões, com feridas de grande gravidade humanitária.

         Situação que torna ainda mais cruel os cenários da secular desigualdade da sociedade brasileira, que deve e precisa provocar os brios dos cidadãos. Esses cenários estão se agravando a tal ponto que exigem o engajamento pleno e prioritário de instituições e segmentos da sociedade. As carências alimentares, na contramão dos indicadores que mensuram e apontam a melhoria da economia, se põem como questionamento humanitário, clamando por novas posturas cidadãs. Há muita gente que acorda sem saber o que terá para comer. A situação extrema não dá a ninguém o direito de repousar sem inquietações. No ar se desenha a necessidade de uma nova lógica presidindo os conceitos da economia, exigidos a sair, celeremente, da economia que mata para uma economia solidária, de um desenvolvimento comprometido para um desenvolvimento integral. Essas metas serão alcançadas por intermédio de lógicas novas fecundadas pelo tempero insubstituível da solidariedade.

         A situação de carência extrema, sofrida por mais da metade da população brasileira, não suporta mais a prevalência da lógica da contrapartida como única possibilidade de abrir as mãos abarrotadas de recursos das pessoas bem situadas financeiramente na sociedade. Não há como exigir contrapartida quando o outro só tem a oferecer a sobrevida da fome e da miséria. Não há possibilidade para barganhas. O socorro é emergencial e urgente sob pena de esmaecer-se, de se provocar uma convulsão social que pode ser silenciosa, mas com peso de guerra.

         A sociedade brasileira está desafiada a aprender uma nova lógica que não é marca de nenhuma sigla partidária. O selo é o da solidariedade. Encontrar os vulneráveis e abrir a mão e o coração para socorrê-los, é gesto necessário para possibilitar um recomeço. Embora em continuidade histórica e sobre trilhos de recursos da própria cultura e do próprio potencial, a sociedade brasileira tem que se compreender exigida à necessidade de recomeçar. Há um caos político-social, com incidências humanitárias, que requer um recomeço. Não será um recomeço do zero, mas a humilde aprendizagem a partir de uma economia com lógica completamente diferente da que está vigorando atualmente. Economia que mata muitos e privilegia regiamente uma fatia mínima da sociedade.

         O papa Francisco, na carta encíclica Fratelli tutti, sublinha que durante décadas tinha-se a impressão que o mundo havia aprendido com tantas guerras e fracassos e, lentamente, caminhava para variadas formas de integração. Mas é do papa também a afirmação que a história mostra sinais de regressão, o que leva à pergunta: a sociedade brasileira tem progressos e avanços? Indiscutivelmente. Contudo, os retrocessos são mais volumosos particularmente sobre as consequências humanitárias, evidentes nos cenários das desigualdades sociais, sempre vergonhosas e perversas. Manipulações legais e governamentais incidem com prejuízos que são aberrações irracionais em nome de uma equivocada e suicida maneira de tratar a Casa Comum.

         Por isso, é hora da prática da humildade de aprendiz, fecundando a mente e os corações com o remédio da sensibilidade singular, que se pode cultivar no gesto diário de socorrer aquele que está precisando porque não tem nada e não pode esperar o depois.

         A Igreja Católica, em sintonia com outras confissões religiosas e segmentos sensíveis da sociedade, com selo humanitário reconhecido, intensifica a ação emergencial solidária É Tempo de Cuidar, tecendo e fortalecendo redes de solidariedade, socorrendo pobres e vulneráveis e criando oportunidade para o exercício de novas práticas que possam contribuir na recomposição social e política do Brasil. Essa recomposição é o ato de tecer a unidade capaz de curar as divisões entre pessoas e segmentos da sociedade. Inclui-se, nesse processo, a compreensão lúcida do embate e dos cenários políticos, desafiando a cidadania a buscar uma saída ante a encruzilhada nebulosa e sem opções, carente de respostas esperançosas, com escassez de lideranças que possam oferecer soluções aos graves problemas.

         Lamentavelmente, brinca-se com a sacralidade do dom da vida. Obscuridades ganham força de convencimento, a mesquinhez do lucro ilude mentes a pensar que, salvando a própria pele, se pode viver num mundo paradisíaco. Sublinha ainda o papa Francisco, na carta encíclica Fratelli tutti: “aumentam as distâncias entre as pessoas, e cresce um revés drástico, tornando lenta e dura a marcha rumo a um mundo mais unido e mais justo” Há, sem pessimismos ou desânimos, um caos em curso, embora com sinais de saída.

         A sociedade brasileira precisa reconstruir-se, intuir novas escolhas políticas e humanitárias, com repercussão na lógica da economia, distanciando-a daquela que mata, para o desabrochar de um novo tempo, num ciclo propício a uma cidadania diferente da atual. Assim, é indispensável a ajuda de analistas para o entendimento da realidade complexa, a abertura ao diálogo e a prática da solidariedade. Por isso, ecoe forte nos corações os clamores dos pobres e famintos para a preparação de uma sociedade mais fraterna e justa. Será agora significativo e determinante compreender, neste tempo, a urgência de que é tempo de cuidar.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

 a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 335,25% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 124,51%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,06%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

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