“Novos rumos para o setor de recursos humanos
Com
a evolução da tecnologia, diversos setores empresariais vêm sofrendo impactos,
e com a área de recursos humanos não é diferente. O departamento tem se tornado
cada vez mais protagonista nas organizações e agora, mais do que nunca, tem a
tecnologia a seu lado.
Segundo
o levantamento da Associação Nacional para a Economia Empresarial (Nabe), o
modelo de trabalho híbrido será mantido por 80% das organizações brasileiras,
mudando completamente alguns conceitos e planejamentos de RH. A pandemia fez
com que todas as empresas, independentemente do porte, revissem seu
planejamento estratégico e sua cultura. Será que eles realmente estão de acordo
com os objetivos da organização? Nesse contexto, os profissionais de gestão de
pessoas precisam atuar ainda mais estrategicamente, fazendo com que o RH 4.0
ganhe força.
Esse
novo modelo tem como foco a utilização de tecnologia nos processos de gestão de
pessoas. Mas vale ressaltar que não se trata apenas de implementar o software
da moda, e sim de mudar a forma como as atividades são realizadas, saber
trabalhar com dados e ter clareza na jornada dos funcionários na empresa.
O
primeiro pilar do RH 4.0 e que o diferencia do modelo tradicional é a
tecnologia. Nesse setor, a tecnologia abre portas para otimizar processos como
análise de perfis comportamentais e facilitar o recrutamento de novos talentos.
Outro
diferencial desse novo RH é a estratégia. Recursos tecnológicos por si sós não
são suficientes. É preciso que o profissional de gestão de pessoas tenha os
objetivos definidos, consiga planejar e entenda profundamente do negócio da
empresa. É importante destacar que, no RH 4.0, as ações do setor fazem parte do
planejamento estratégico da organização, e, com isso, a área passa a ter um
peso maior nas decisões da empresa. O RH, nesse sentido, atua como guardião dos
objetivos do planejamento estratégico.
Além
disso, a gestão comportamental é outro fator importante, que, alinhado à
tecnologia e estratégia, gera resultados eficazes. Essa etapa permite a análise
mais detalhada dos perfis dos colaboradores e identifica seus pontos fortes e
fracos, o que permite que estratégias sejam traçadas.
De forma
geral, a tecnologia provê a coleta e tratamento das informações, a estratégia
define o direcionamento desses dados, e a gestão comportamental une essas duas
visões para montar equipes eficazes para as empresas. Nesse sentido, esse novo
modelo de RH une todos os pilares e proporciona uma mudança na cultura
organizacional, fazendo com que as equipes estejam mais preparadas e engajadas.
Mesmo
que não receba o nome de RH 4.0, já é possível ver empresas que aplicam esses
fundamentos e conquistam bons resultados, como Embraer, AeC, Magazine Luiza e
Localiza.
Os
conceitos do RH 4.0 estão se tornando cada vez mais prioritários para as
empresas. As novas gerações já estão mais familiarizadas com essas ideias, mas,
para os profissionais mais tradicionais, pode ser um grande desafio. Por isso,
é necessário entender que a utilização da tecnologia e estratégias no setor de
recursos humanos não é uma ameaça para os colaboradores, mas sim uma forma de
potencializar as habilidades do setor e, de forma geral, da empresa.”.
(Pedro Boggione Costa. Gerente regional da
Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 12 de junho de 2021, caderno OPINIÃO,
página 19).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 11 de junho de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Tempo de cuidar
É
tempo de cuidar, horizonte largo e interpelante da ação
emergencial promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e Cáritas
Brasileira. Trata-se do prosseguimento da necessária ação em favor dos pobres e
vulneráveis, apresentada na Páscoa de 2020, relançada na Páscoa deste ano – a
iluminação de um olhar misericordioso e comprometido em favor dos que precisam
mais. Iniciativa providencial para esse tempo de sofrimento com a pandemia.
Crise sanitária sem precedentes nestas últimas décadas, que tem produzido
incidências nefastas e dolorosas no tecido já esgarçado da sociedade
brasileira, aumentando seus rasgões, com feridas de grande gravidade
humanitária.
Situação
que torna ainda mais cruel os cenários da secular desigualdade da sociedade
brasileira, que deve e precisa provocar os brios dos cidadãos. Esses cenários
estão se agravando a tal ponto que exigem o engajamento pleno e prioritário de
instituições e segmentos da sociedade. As carências alimentares, na contramão
dos indicadores que mensuram e apontam a melhoria da economia, se põem como
questionamento humanitário, clamando por novas posturas cidadãs. Há muita gente
que acorda sem saber o que terá para comer. A situação extrema não dá a ninguém
o direito de repousar sem inquietações. No ar se desenha a necessidade de uma
nova lógica presidindo os conceitos da economia, exigidos a sair, celeremente,
da economia que mata para uma economia solidária, de um desenvolvimento
comprometido para um desenvolvimento integral. Essas metas serão alcançadas por
intermédio de lógicas novas fecundadas pelo tempero insubstituível da
solidariedade.
A
situação de carência extrema, sofrida por mais da metade da população
brasileira, não suporta mais a prevalência da lógica da contrapartida como
única possibilidade de abrir as mãos abarrotadas de recursos das pessoas bem
situadas financeiramente na sociedade. Não há como exigir contrapartida quando
o outro só tem a oferecer a sobrevida da fome e da miséria. Não há
possibilidade para barganhas. O socorro é emergencial e urgente sob pena de
esmaecer-se, de se provocar uma convulsão social que pode ser silenciosa, mas
com peso de guerra.
A
sociedade brasileira está desafiada a aprender uma nova lógica que não é marca
de nenhuma sigla partidária. O selo é o da solidariedade. Encontrar os
vulneráveis e abrir a mão e o coração para socorrê-los, é gesto necessário para
possibilitar um recomeço. Embora em continuidade histórica e sobre trilhos de
recursos da própria cultura e do próprio potencial, a sociedade brasileira tem
que se compreender exigida à necessidade de recomeçar. Há um caos
político-social, com incidências humanitárias, que requer um recomeço. Não será
um recomeço do zero, mas a humilde aprendizagem a partir de uma economia com
lógica completamente diferente da que está vigorando atualmente. Economia que
mata muitos e privilegia regiamente uma fatia mínima da sociedade.
O papa
Francisco, na carta encíclica Fratelli tutti, sublinha que durante
décadas tinha-se a impressão que o mundo havia aprendido com tantas guerras e
fracassos e, lentamente, caminhava para variadas formas de integração. Mas é do
papa também a afirmação que a história mostra sinais de regressão, o que leva à
pergunta: a sociedade brasileira tem progressos e avanços? Indiscutivelmente.
Contudo, os retrocessos são mais volumosos particularmente sobre as
consequências humanitárias, evidentes nos cenários das desigualdades sociais,
sempre vergonhosas e perversas. Manipulações legais e governamentais incidem
com prejuízos que são aberrações irracionais em nome de uma equivocada e
suicida maneira de tratar a Casa Comum.
Por
isso, é hora da prática da humildade de aprendiz, fecundando a mente e os
corações com o remédio da sensibilidade singular, que se pode cultivar no gesto
diário de socorrer aquele que está precisando porque não tem nada e não pode
esperar o depois.
A Igreja
Católica, em sintonia com outras confissões religiosas e segmentos sensíveis da
sociedade, com selo humanitário reconhecido, intensifica a ação emergencial
solidária É Tempo de Cuidar, tecendo e fortalecendo redes de solidariedade,
socorrendo pobres e vulneráveis e criando oportunidade para o exercício de
novas práticas que possam contribuir na recomposição social e política do
Brasil. Essa recomposição é o ato de tecer a unidade capaz de curar as divisões
entre pessoas e segmentos da sociedade. Inclui-se, nesse processo, a
compreensão lúcida do embate e dos cenários políticos, desafiando a cidadania a
buscar uma saída ante a encruzilhada nebulosa e sem opções, carente de
respostas esperançosas, com escassez de lideranças que possam oferecer soluções
aos graves problemas.
Lamentavelmente,
brinca-se com a sacralidade do dom da vida. Obscuridades ganham força de
convencimento, a mesquinhez do lucro ilude mentes a pensar que, salvando a
própria pele, se pode viver num mundo paradisíaco. Sublinha ainda o papa
Francisco, na carta encíclica Fratelli tutti: “aumentam as distâncias
entre as pessoas, e cresce um revés drástico, tornando lenta e dura a marcha
rumo a um mundo mais unido e mais justo” Há, sem pessimismos ou desânimos, um
caos em curso, embora com sinais de saída.
A
sociedade brasileira precisa reconstruir-se, intuir novas escolhas políticas e
humanitárias, com repercussão na lógica da economia, distanciando-a daquela que
mata, para o desabrochar de um novo tempo, num ciclo propício a uma cidadania
diferente da atual. Assim, é indispensável a ajuda de analistas para o
entendimento da realidade complexa, a abertura ao diálogo e a prática da
solidariedade. Por isso, ecoe forte nos corações os clamores dos pobres e
famintos para a preparação de uma sociedade mais fraterna e justa. Será agora
significativo e determinante compreender, neste tempo, a urgência de que é
tempo de cuidar.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo
do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da
dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
59
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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