“A agenda ESG na indústria
Quem
acompanha, de alguma forma, a atuação das grandes companhias no país,
certamente tem visto cada vez mais a sigla ESG (do inglês, “Environmental,
Social, Governance”) presente no posicionamento das empresas. O tema, já
avançado em outros países, vem dando passos relevantes também no Brasil.
Empresas de diferentes portes e setores estão cada vez mais mobilizadas em ter
uma atuação que vai além da produção de bens e serviços, adotando uma visão
global das corporações como agentes efetivos do desenvolvimento de uma
sociedade, gerando valor compartilhado.
Estabelecer
uma agenda focada nas melhores práticas de meio ambiente, atuação social e
governança passou a ser uma exigência tanto para a perenidade dos negócios no
longo prazo quanto para as pessoas individualmente. Já é fator de decisivo
também nas estratégias de investimento das pessoas e na atração dos talentos
profissionais.
Os temas
ESG formam uma agenda extensa, sem linha de chegada, envolvendo ações efetivas
e mudanças de comportamento em inúmeras frentes. E experiências como a que
estamos tendo na Usiminas mostram como é possível e, de fato, importante,
adotar esse caminho. A empresa tem um histórico de atuação social que remonta à
época de sua instalação e ao desenvolvimento de toda uma cidade, Ipatinga (MG),
que cresceu ancorada em sua implantação e operação. Uma atuação que é
referência em áreas como saúde, educação, cultura e esporte, principalmente por
meio da Fundação São Francisco Xavier (gestora de cinco grandes unidades
hospitalares em Minas Gerais e na Baixada Santista) e do Instituto Usiminas,
que tem forte atuação nas áreas de cultura, educação e esportes. É uma atuação
social que hoje está integrada à vida de milhares de pessoas e que, apesar de
todos os desafios relacionados à pandemia e às questões estruturais do país,
vem ganhando fôlego no rastro das melhorias nos resultados operacionais e
financeiros da companhia.
Hoje, mais
que vencer os obstáculos do presente, na Usiminas temos olhos voltados para o
futuro e estamos empenhados em ocupar uma posição de destaque também no que diz
respeito ao meio ambiente e à governança. No momento em que nos preparamos para
uma retomada do crescimento econômico, entre tantas outras iniciativas, estamos
também investindo em equipamentos e sistemas de ponta para um controle ainda
mais efetivo de emissões nas nossas operações.
Estabelecemos
e apresentamos ao mercado metas em nossa Agenda ESG e desenvolvemos iniciativas
importantes como o nosso programa de Diversidade e Inclusão. Fortalecemos nossa
área de compliance e investimos em um novo sistema de disposição de rejeitos
nas nossas operações de mineração, um projeto que vai nos permitir substituir o
uso de barragens convencionais pelo sistema de empilhamento a seco, gerando
ganhos ambientais e segurança.
Ainda na
agenda ambiental, realizamos em 2021 o inventário de emissão de gases de efeito
estufa, com certificação independente, e estamos participando no Carbon
Disclousure Project. Estamos cientes dos grandes desafios da agenda de mudanças
climáticas e cada vez mais mobilizados num plano adequado às nossas
necessidades.
É certo
que empresas são agentes econômicos com atuação destacada na geração de
empregos e pagamento de tributos, com elevada capacidade de impactar, de forma
ampla, o dia a dia das pessoas. Escolher, por exemplo, incentivar a contratação
de fornecedores locais, apoiar organizações da sociedade ou ir além das
exigências legais quando se trata de controle ambiental são exemplos de
atitudes que podem beneficiar as pessoas e gerar mais qualidade de vida. Da
mesma forma, ao adotar elevados padrões éticos em suas relações, uma empresa
atua diretamente no combate a problemas existentes em quase todo o mundo, como
corrupção, assédio, racismo e outras formas de discriminação.
Penso
que, para construir uma agenda ESG sólida, não existe fórmula mágica. É preciso
ouvir verdadeiramente o outro e construir soluções e melhorias que tragam
avanços efetivos em relação às demandas levantadas nessa escuta ativa. Cada
empresa terá um caminho a seguir. Na Usiminas já trilhamos esse caminho há
quase seis décadas e seguimos cada vez mais mobilizados em torno dessa agenda e
assim cada vez mais fortalecidos e preparados para continuar gerando valor para
as presentes e futuras gerações.”.
(Sérgio Leite. Presidente Usiminas, em artigo
publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 14 de setembro de
2021, caderno OPINIÃO, página 23).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo, edição de 13 de setembro de 2021, caderno A.PARTE,
página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente
integral transcrição:
“Brasil e sua gênese
Embora
as tradicionais figuras, ocupantes do poder das últimas décadas, muito tenham
feito para minorar a importância do movimento ocorrido em todos os Estados da
Federação na terça-feira, 7 de setembro, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro,
não se consegue deixar de reconhecer que se tratou de uma das maiores
mobilizações dos últimos 20 anos.
“Como e
por quê?”, eis a questão. Indigesta para alguns, inconcebível para outros,
deixou, entretanto, recados importantes.
A partir
do momento em que Bolsonaro tem cometido ao longo de 2021 erros “graves” para
um presidente, seja nas atitudes, seja nos pronunciamentos desnecessários à
saúde pública e econômica da nação e à dele mesmo, outros fatores mais importantes
que as cores do evento são sinais evidentes de mudanças profundas.
Redes
sociais, a modificação dos costumes, os pecados despudorados das elites, o
desnorteamento dos “poderes”, a acessibilidade às informações e, acima de tudo,
a transformação do perfil socioeconômico, entre outros fenômenos, sopra a favor
de mudanças, que crítica alguma pode parar, aliás, acaba por acelerar.
A um
presidente da República condiz governar com serenidade mais do que brigar.
Melhor silenciar que metralhar verbalmente os desafetos. Não precisa ter uma
opinião pessoal para tudo, mas ser o intérprete das diversidades, para
harmonizá-las. Às vezes esquecendo até a própria opinião em favor da mais
conveniente e proveitosa.
Exemplos
pessoais, respeito e boas maneiras facilitam a superação dos muitos obstáculos,
mesmo entre latidos, pedradas e tentativas de assaltos. Precisa seguir.
No
momento crítico, num país sacudido, a superação da pandemia e o retorno à
normalidade se impõem. A acachapante maioria da nação, com razão, confia na
eficácia das vacinas e anseia por elas, já que a queda vertical de óbitos se
liga à expansão da vacinação. O risco de contágio com 70% de população adulta
vacinada, nos países que atingiram essa meta, fez despencar em 75% os casos.
Apesar
de alguns acreditarem que é Papai Noel ou um golpe de sorte que faz regredir a
pandemia, a observação mostra que o aumento da vacinação coincide com a queda
dos casos de contágio. Em Betim, no mês de junho, tínhamos 230 leitos ocupados
por pacientes de Covid, quando apenas 10% da população tinha tomado uma dose.
Eram 97 pacientes graves em respiração mecânica e 250 óbitos num só mês. Ontem,
felizmente, uma semana após se concluir a vacinação até os 18 anos, os leitos
ocupados eram apenas 18, e os pacientes em ventilação mecânica, somente seis.
Os
eventos do 7 de Setembro não representam a tendência majoritária, mas um
movimento “poderoso” de pessoas convencidas e dispostas.
Dois
setores que sempre ficaram à margem do comando da nação mostraram força: o
agronegócio e os caminhoneiros autônomos.
O setor
de produção agrícola, sem carapuça, desceu em Brasília. Talvez em princípio de
conscientização de que é ele, de fato, que sustenta o país, e não outros. O
setor que quer respeito.
Há mais
de uma década produz quantidades ininterruptamente crescentes, alimenta o
Brasil, exporta imensidão de produtos, é o maior empregador do país, gera
divisas e receitas públicas, esbanja um superávit setorial estonteante.
O
agronegócio passou todos os demais setores e importância. Alcançou 26,6% de
participação no PIB, R$ 2 trilhões dos R$ 7,45 trilhões do PIB nacional. Deixou
para trás o setor industrial, com 20,6% do PIB.
Num
cenário em que grandes bancos e as maiores empreiteiras de obras públicas
dominaram o “poder”, o futuro sinaliza que o agronegócio quer o quinhão dele,
já que é quem paga a conta do déficit financeiro dos desmandos dos outros.
Ainda exporta US$ 101,3 bilhões em produtos primários, que quitam o déficit dos
demais e geram US$ 50,9 bilhões de superávit para o Brasil. Sem ele seria a
falência.
O
Brasil, o maior exportador mundial de alimentos (e de minérios estratégicos),
se ergue como imprescindível aos equilíbrios mundiais.
O motor do Brasil está nas atividades deles,
apesar de a cabine de comando (Legislativo e Executivo) ser dominada por
outros. Eles, que pagaram a conta da “festa”, passaram a descobrir o potencial
de intervenção nos destinos políticos. São eles os mais enfurecidos com os
desmandos e a corrupção e a favor da sustentabilidade que praticam de verdade.
É o setor com potencial de tirar da pobreza milhões de pessoas, garantir mais
qualidade de vida e respeito ao país.
Não se
trata mais de “fazendeiros” desnorteados apenas à procura de crédito. Baixaram
em Brasília, mais que para apoiar Bolsonaro, para mostrar aos Três Poderes a
dimensão hegemônica e a contrariedade com o mecanismo podre que apequena o
Brasil. Querem o que a bandeira verde-amarela alardeia: “Ordem e Progresso”.
Cada macaco no seu galho. São pessoas rústicas que começam a deter as rédeas da
economia nacional.
O dia 7
de setembro de 2021 determinou, mesmo que ainda não aparente, a perda enorme de
poder da velha guarda e abalou estratégias de quem trabalha para resgatar os
petrolões e mensalões, únicas fórmulas para ganhar dinheiro fácil e deixar o
Brasil empobrecido.
O
noivado do agronegócio com o explosivo Bolsonaro representa mais um repúdio ao
“mundo” que a Lava Jato escancarou. Um mundo de gente que não sua a camisa, não
arrisca, não trabalha e não produz, gente perigosíssima viciada em luxos, que
diminui e sequestra a dignidade do Brasil. Os defeitos e pecados de Bolsonaro
desaparecem na magnitude e gravidade dos horrores que presenciaram em outras
épocas.
Mas, de
eles alimentam a nação, os caminhoneiros são aqueles que movimentam tudo.
Outros que molham a camisa, que se sentem vítimas dos “poderes” mais exercidos.
A
escalada do agronegócio ainda está em curso, faz parte de uma gênese nacional,
talvez a salvação de um Brasil onde o agronegócio quer assumir o que lhe
compete.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno desenvolvimento
da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos
depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de
uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças
vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da
ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação,
da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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