quinta-feira, 7 de outubro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA AGROECOLOGIA PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE, HUMILDADE, ALTERIDADE E JUSTIÇA NA QUALIFICAÇÃO DA HUMANIDADE NA SUSTENTABILIDADE

“Alimentação natural

        O caminho para uma alimentação saudável e livre de produtos nocivos à saúde tem sido um dos principais assuntos em conferências mundiais de alimentação em decorrência do aumento de pessoas diagnosticadas com diferentes doenças crônicas não transmissíveis e sua importante relação com o estilo de vida. Estudos relatam que elas são responsáveis por cerca de 41 milhões de mortes no mundo (71% do total anual de mortes), sendo que as dietas inadequadas estão entre os maiores fatores de risco.

         Algumas mudanças nos modelos de produção e consumo de alimentos resultaram na padronização de práticas alimentares. Os dados apontam o aumento no consumo de alimentos ultraprocessados que possuem altos níveis de açúcares, gorduras (principalmente saturada e trans) e sódio, assim como produtos com grandes quantidades de agrotóxicos e organismos geneticamente modificados que são denominados transgênicos.

         O Guia Alimentar para a População Brasileira aponta que padrões de alimentação mudam rapidamente na grande maioria dos países e, em particular, naqueles economicamente emergentes, como o Brasil. As principais alterações ocorrem pela substituição de alimentos in natura (que são provenientes de plantas ou de animais e não sofrem qualquer modificação após deixar a natureza) ou minimamente processados (alimento in natura submetido a processos como limpeza, secagem, seleção e embalagem) e preparações culinárias à base deles por produtos artificiais e ultraprocessados, como lasanhas congeladas, macarrão instantâneo, biscoitos e salgadinhos.

         Essa mudança ao longo dos anos desencadeou o desequilíbrio entre a oferta de nutrientes e a ingestão excessiva de calorias. Segundo estudos indexados em documento publicado neste ano pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde, o aumento da ingestão de produtos ultraprocessados está diretamente relacionado a um maior risco de desenvolver hipertensão, diabetes, doenças do coração e certos tipos de câncer. E por que os ultraprocessados podem oferecer riscos à saúde?

          Os alimentos ultraprocessados são produtos transformados pela indústria, com pouco ingredientes naturais, adição de ingredientes e aditivos artificiais, que não mais remetem ao alimento original e um dos principais problemas é que apresentam alta densidade energética, maior teor de açúcar ou sódio, gorduras saturadas, além de baixo teor de fibras e micronutrientes essenciais.

         O consumo excessivo de alimentos industrializados altera consideravelmente o funcionamento normal do organismo. O açúcar em excesso, por exemplo, aumenta os níveis de glicose circulante no sangue, e a resposta do organismo para essa taxa elevada de maneira crônica é o distúrbio na produção direta da insulina, caracterizando a resistência ao hormônio e desenvolvimento de diabetes – doença que pode se tornar fatos de risco para outras.

         O consumo alto de sódio, importante nutriente para o organismo, pode alterar o funcionamento do coração, causando pressão arterial desregulada, problemas renais e outras doenças graves. Nos alimentos ultraprocessados e com temperos adicionais, como o macarrão instantâneo e lasanhas congeladas, a quantidade de sódio é muito alta devido aos aditivos utilizados para realçar o sabor. Isso também acontece em alimentos embutidos, como salames, presuntos e peito de peru.

         Quais são então os caminhos para adotar uma alimentação saudável e suas consequências?

         O caminho para o estilo de vida saudável engloba a alimentação equilibrada e sustentável, com o aumento do consumo de alimentos in natura ou minimamente processados nas refeições diárias.

         Muitos alimentos industrializados são prejudiciais à saúde pelo excesso de aditivos artificiais, além de não contarem com a rotulação ideal para entendimento do consumidor. O Instituto de Defesa do Consumidor e outros órgãos defendem mudanças nas regras de rotulagem de alimentos junto à Anvisa para que o consumidor saiba exatamente sobre as composições.

         Mais do que evitar doenças, é preciso reconhecer a alimentação como uma aliada no contexto de promoção da saúde e bem-estar individual. De acordo com estudos, estima-se que no Brasil os gastos com doenças cardiovasculares aumentaram 17% entre 2010 e 2015, incluindo os custos pela morte prematura, internações e auxílios em decorrência da inatividade causa pela doença.

         Em 2011, os gastos do SUS com obesidade chegaram a quase 300 milhões de dólares, dos quais 24% foram destinados para obesidade mórbida.

         Dar subsídios para que a população tenha acesso a alimentos e preparações culinárias saudáveis significa melhorias no estilo de vida em larga escala, com informações para influenciar suas escolhas, além de acesso a comidas de qualidade e boa procedência, produzidas de maneira agroecológica e sustentável.”.

(ANNA MARINA. Em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de agosto de 2021, caderno CULTURA, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal O TEMPO, edição de 4 de outubro de 2021, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“H maiúsculo

        É notório, desde sempre, que os homens que desenvolvem em si a força interior do espírito, mais que a força exterior na materialidade, passaram a ser credores da simpatia, devoção e amor dos melhores entre os homens. Alguns alcançaram as multidões, outros grupos seletos eternizando sua passagem, e continuam a ser cultuados, respeitados, invocados e venerados.

         Quem possui o coração, a alma, o amor de alguém e possui também por inteiro, o seu corpo e tudo que lhe pertence, pois nada explorará, apenas dará alento em qualquer ocasião.

         Essa lei cósmica e sublime não é de apenas um credo, uma filosofia, trata-se de uma regra universal, insubjugável, onipresente em todas as pessoas “santas” que transitaram neste planeta.

         Não são as armas que conquistam o coração e a alma, ou farão indissoluvelmente a relação entre seres sencientes, apenas a suavidade e energia do amor, da benevolência, da não violência e da não agressividade. Essa forma de viver, paradoxalmente, é privilégio de poucos homens da atual geração. Ainda vivemos uma era marcada pela predominância dos violentos, dos dissimulados, dos demagogos, que pregam o contrário do que lhes é próprio, exploram a ignorância e não se importam com o sofrimento de seus semelhantes. Infelizmente, a falsidade submete, ainda nestes dias, o intelecto débil, a verdadeira maioria, e predomina numa humanidade “adolescente”, analfabeta funcional, não amadurecida e, por isso, frágil.

         O medo, a ignorância, o egoísmo, como ensinou meu guru, predominam, influenciam, mas não realizam, e nunca realizarão, avanços evolutivos, nem cativarão o respeito que o amor consagra. Podem os violentos e dissimulados conquistar a terra pela força de armas e pelas carnificinas, mas nunca “possuirão” a terra, menos ainda os homens da terra. O verdadeiro “possuidor” é aquele que conquista as almas e o coração, não aquele que com o engano rouba a confiança, o voto, a boa-fé.

         Para possuir de verdade, deve haver correspondência natural, espiritual, consensual. Pode-se acorrentar um corpo, um bem material, um grupo, uma cidade, mas até esse predador, em sua débil sensibilidade, não conquista a alma, apenas ilude os sentidos físicos. A única forma de sucesso é bilateral e consciente, como duas partes de uma louça que se reencontram e encaixam, perdidas que estavam na eternidade.

         Nenhuma posse unilateral é duradoura, sólida, abençoada cosmicamente. É um patrão de algo escravizado.

         Se, no campo espiritual, apenas quem desenvolve sua sensibilidade cultua a divina presença que se abriga em qualquer ser vivo, não paira dúvida de que vivemos uma época ainda moralmente primitiva a determinar a sociedade. O tempo gerará a evolução; no curto prazo cabe contribuir com exemplos, ações, bons pensamentos, injetando positividade, ao contrário do fazem essas redes de ódio, desabridas ou dissimuladas, que sacodem negativamente a sociedade. Que pregam o confronto, que conspiram para o “quanto pior, melhor”, insensíveis ao oceano de injustiça, de desespero, de miséria e sofrimento injusto e injustificado que castiga os mais frágeis.

         O tempo que se gasta em criticar, em condenar, aviltar e plantar cizânia, fosse em mínima parte usado para resolver problemas que afetam nossos vizinhos e precisam apenas de um simples gesto, se as crianças e os adolescentes fossem respeitados com o bom exemplo do pai e de adultos, não estaríamos lamentando. Se em mínima parte o tempo gasto em cobrança de direitos fosse despendido na aplicação dos deveres morais do homem, com H maiúsculo, rios de lágrimas seriam poupados.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a estratosférica marca de 336,11% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 124,89%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,25%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

       

 

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