“Alimentação natural
O
caminho para uma alimentação saudável e livre de produtos nocivos à saúde tem
sido um dos principais assuntos em conferências mundiais de alimentação em
decorrência do aumento de pessoas diagnosticadas com diferentes doenças
crônicas não transmissíveis e sua importante relação com o estilo de vida.
Estudos relatam que elas são responsáveis por cerca de 41 milhões de mortes no
mundo (71% do total anual de mortes), sendo que as dietas inadequadas estão
entre os maiores fatores de risco.
Algumas
mudanças nos modelos de produção e consumo de alimentos resultaram na
padronização de práticas alimentares. Os dados apontam o aumento no consumo de
alimentos ultraprocessados que possuem altos níveis de açúcares, gorduras
(principalmente saturada e trans) e sódio, assim como produtos com grandes
quantidades de agrotóxicos e organismos geneticamente modificados que são
denominados transgênicos.
O Guia
Alimentar para a População Brasileira aponta que padrões de alimentação mudam
rapidamente na grande maioria dos países e, em particular, naqueles
economicamente emergentes, como o Brasil. As principais alterações ocorrem pela
substituição de alimentos in natura (que são provenientes de plantas ou de
animais e não sofrem qualquer modificação após deixar a natureza) ou
minimamente processados (alimento in natura submetido a processos como limpeza,
secagem, seleção e embalagem) e preparações culinárias à base deles por
produtos artificiais e ultraprocessados, como lasanhas congeladas, macarrão
instantâneo, biscoitos e salgadinhos.
Essa
mudança ao longo dos anos desencadeou o desequilíbrio entre a oferta de
nutrientes e a ingestão excessiva de calorias. Segundo estudos indexados em
documento publicado neste ano pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em
Nutrição e Saúde, o aumento da ingestão de produtos ultraprocessados está
diretamente relacionado a um maior risco de desenvolver hipertensão, diabetes,
doenças do coração e certos tipos de câncer. E por que os ultraprocessados
podem oferecer riscos à saúde?
Os alimentos ultraprocessados são produtos
transformados pela indústria, com pouco ingredientes naturais, adição de
ingredientes e aditivos artificiais, que não mais remetem ao alimento original
e um dos principais problemas é que apresentam alta densidade energética, maior
teor de açúcar ou sódio, gorduras saturadas, além de baixo teor de fibras e
micronutrientes essenciais.
O
consumo excessivo de alimentos industrializados altera consideravelmente o
funcionamento normal do organismo. O açúcar em excesso, por exemplo, aumenta os
níveis de glicose circulante no sangue, e a resposta do organismo para essa
taxa elevada de maneira crônica é o distúrbio na produção direta da insulina,
caracterizando a resistência ao hormônio e desenvolvimento de diabetes – doença
que pode se tornar fatos de risco para outras.
O
consumo alto de sódio, importante nutriente para o organismo, pode alterar o
funcionamento do coração, causando pressão arterial desregulada, problemas
renais e outras doenças graves. Nos alimentos ultraprocessados e com temperos
adicionais, como o macarrão instantâneo e lasanhas congeladas, a quantidade de
sódio é muito alta devido aos aditivos utilizados para realçar o sabor. Isso
também acontece em alimentos embutidos, como salames, presuntos e peito de
peru.
Quais
são então os caminhos para adotar uma alimentação saudável e suas
consequências?
O
caminho para o estilo de vida saudável engloba a alimentação equilibrada e
sustentável, com o aumento do consumo de alimentos in natura ou minimamente processados
nas refeições diárias.
Muitos
alimentos industrializados são prejudiciais à saúde pelo excesso de aditivos
artificiais, além de não contarem com a rotulação ideal para entendimento do
consumidor. O Instituto de Defesa do Consumidor e outros órgãos defendem
mudanças nas regras de rotulagem de alimentos junto à Anvisa para que o
consumidor saiba exatamente sobre as composições.
Mais do
que evitar doenças, é preciso reconhecer a alimentação como uma aliada no
contexto de promoção da saúde e bem-estar individual. De acordo com estudos,
estima-se que no Brasil os gastos com doenças cardiovasculares aumentaram 17%
entre 2010 e 2015, incluindo os custos pela morte prematura, internações e
auxílios em decorrência da inatividade causa pela doença.
Em 2011,
os gastos do SUS com obesidade chegaram a quase 300 milhões de dólares, dos
quais 24% foram destinados para obesidade mórbida.
Dar
subsídios para que a população tenha acesso a alimentos e preparações
culinárias saudáveis significa melhorias no estilo de vida em larga escala, com
informações para influenciar suas escolhas, além de acesso a comidas de
qualidade e boa procedência, produzidas de maneira agroecológica e
sustentável.”.
(ANNA MARINA. Em artigo publicado no jornal ESTADO
DE MINAS, edição de 12 de agosto de 2021, caderno CULTURA, página
2).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no jornal O TEMPO, edição de 4 de outubro de 2021,
caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que
merece igualmente integral transcrição:
“H maiúsculo
É
notório, desde sempre, que os homens que desenvolvem em si a força interior do
espírito, mais que a força exterior na materialidade, passaram a ser credores
da simpatia, devoção e amor dos melhores entre os homens. Alguns alcançaram as
multidões, outros grupos seletos eternizando sua passagem, e continuam a ser
cultuados, respeitados, invocados e venerados.
Quem
possui o coração, a alma, o amor de alguém e possui também por inteiro, o seu
corpo e tudo que lhe pertence, pois nada explorará, apenas dará alento em
qualquer ocasião.
Essa lei
cósmica e sublime não é de apenas um credo, uma filosofia, trata-se de uma
regra universal, insubjugável, onipresente em todas as pessoas “santas” que
transitaram neste planeta.
Não são
as armas que conquistam o coração e a alma, ou farão indissoluvelmente a
relação entre seres sencientes, apenas a suavidade e energia do amor, da
benevolência, da não violência e da não agressividade. Essa forma de viver,
paradoxalmente, é privilégio de poucos homens da atual geração. Ainda vivemos
uma era marcada pela predominância dos violentos, dos dissimulados, dos
demagogos, que pregam o contrário do que lhes é próprio, exploram a ignorância
e não se importam com o sofrimento de seus semelhantes. Infelizmente, a
falsidade submete, ainda nestes dias, o intelecto débil, a verdadeira maioria,
e predomina numa humanidade “adolescente”, analfabeta funcional, não
amadurecida e, por isso, frágil.
O medo,
a ignorância, o egoísmo, como ensinou meu guru, predominam, influenciam, mas
não realizam, e nunca realizarão, avanços evolutivos, nem cativarão o respeito
que o amor consagra. Podem os violentos e dissimulados conquistar a terra pela
força de armas e pelas carnificinas, mas nunca “possuirão” a terra, menos ainda
os homens da terra. O verdadeiro “possuidor” é aquele que conquista as almas e
o coração, não aquele que com o engano rouba a confiança, o voto, a boa-fé.
Para
possuir de verdade, deve haver correspondência natural, espiritual, consensual.
Pode-se acorrentar um corpo, um bem material, um grupo, uma cidade, mas até
esse predador, em sua débil sensibilidade, não conquista a alma, apenas ilude
os sentidos físicos. A única forma de sucesso é bilateral e consciente, como
duas partes de uma louça que se reencontram e encaixam, perdidas que estavam na
eternidade.
Nenhuma
posse unilateral é duradoura, sólida, abençoada cosmicamente. É um patrão de
algo escravizado.
Se, no
campo espiritual, apenas quem desenvolve sua sensibilidade cultua a divina
presença que se abriga em qualquer ser vivo, não paira dúvida de que vivemos
uma época ainda moralmente primitiva a determinar a sociedade. O tempo gerará a
evolução; no curto prazo cabe contribuir com exemplos, ações, bons pensamentos,
injetando positividade, ao contrário do fazem essas redes de ódio, desabridas
ou dissimuladas, que sacodem negativamente a sociedade. Que pregam o confronto,
que conspiram para o “quanto pior, melhor”, insensíveis ao oceano de injustiça,
de desespero, de miséria e sofrimento injusto e injustificado que castiga os
mais frágeis.
O tempo
que se gasta em criticar, em condenar, aviltar e plantar cizânia, fosse em
mínima parte usado para resolver problemas que afetam nossos vizinhos e
precisam apenas de um simples gesto, se as crianças e os adolescentes fossem
respeitados com o bom exemplo do pai e de adultos, não estaríamos lamentando.
Se em mínima parte o tempo gasto em cobrança de direitos fosse despendido na
aplicação dos deveres morais do homem, com H maiúsculo, rios de lágrimas seriam
poupados.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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