“A liderança ambidestra
É
fato que o isolamento social e a pandemia impulsionaram muitos projetos de
inovação que estavam parados nas empresas. Planejamentos que estavam previstos
para o futuro tiveram que ocorrer rapidamente. Dessa forma, surgiu uma ideia de
que as antigas práticas deveriam ser deixadas de lado, e o foco deveria ser
somente na inovação. No entanto, um novo tipo de liderança surgiu no mercado
com uma nova visão.
Atualmente
sai na frente o gestor que consegue olhar para os processos tradicionais de negociações
e se adaptar a uma nova realidade, além de conseguir projetar um futuro de
crescimento e resultado para todos. Dessa forma, entender o conceito de
liderança ambidestra se mostra fundamental para o sucesso empresarial.
Pela
definição de Jeff Immelt, CEO da General Eletric e criador do conceito, a
liderança ambidestra é uma filosofia de gestão que combina eficiência e
criatividade. Durante a pandemia, tal conceito ganhou ainda mais força com a
necessidade de equilibrar o tradicional com o novo.
No dia a
dia das companhias tal ideia pode ser difícil de aplicar, porque em muitos
casos podem surgir conflitos entre os processos tradicionais e as novidades que
surgem no mercado. Por isso, o líder que vê no conceito ambidestro uma
oportunidade de trazer mais sucesso para a empresa deve se atentar a algumas
etapas.
O
primeiro pilar necessário para essa liderança funcionar é a mudança de
mentalidade. É necessário saber lidar com os conflitos que podem surgir no dia
a dia de trabalho e, ao mesmo tempo, manter o foco nos resultados e na busca
pela inovação. A agilidade é o fator essencial para lidar com as diferentes
demandas que podem surgir nos processos ou no aprimoramento de novas ideias.
É
importante destacar a necessidade da mentalidade paradoxal, ou seja, o líder
deve conseguir conduzir as estratégias e o desenvolvimento criativo das
equipes. Quando um gestor consegue desenvolver isso, as equipes se tornam mais
engajadas e colaborativas entre si.
O
segundo ponto de atenção para aderir a essa liderança é promover a ambidestria
como parte da estratégia organizacional. A gestão deve exigir que seus
funcionários saibam lidar com suas tarefas diárias, respeitar os prazos e
manter a organização, mas o líder também deve promover um espaço em que o
colaborador possa contribuir com ideias e estratégias de inovação.
Esse
conceito pode parecer extremamente teórico, mas que se mostra muito eficaz. Uma
vez que toda equipe consegue equilibrar as descobertas com as operações, é
possível ter uma empresa bem-estruturada e que está preparada para as mudanças.
Alinhando
os pontos principais, o líder ambidestro contribui para que a empresa não fique
estagnada, ou seja, sem apresentar nada novo para o seu público e correndo um
alto risco de ser esquecida. Esse líder conseguirá promover a inovação de forma
eficiente e planejada, já que toda a empresa terá esse objetivo em comum.”.
(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara
Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 2 de outubro de 2021, caderno OPINIÃO,
página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de maio de
2021, mesmo caderno, página 7, de autoria de ÍTALO FRANCISCO CURCIO,
doutor e pós-doutor em educação e pesquisador no curso de pedagogia da
Universidade Presbiteriana Mackenzie, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Pedagogia do oprimido
e pedagogia
do excluído
A
exemplo de outros profissionais, o pedagogo também tem seu dia especial para
ser lembrado e homenageado de forma distinguida: 20 de maio. Data do
Decreto-Lei 7.264, de 2010, referendado pela Lei 13.083, de 2015, que instituiu
oficialmente o Dia Nacional do Pedagogo.
Essa
data serve como lembrança a todos, e especialmente aos envolvidos com a
educação, para celebrarmos uma das mais destacadas missões do ser humano: a da
condução de crianças para o conhecimento, construção de saberes e sua formação
de cidadão.
Não
obstante a etimologia da palavra, que traz do grego a atividade do “condutor de
crianças”, o atual conceito de pedagogo ou de pedagogia é muito mais profundo e
abrangente, vai além da infância e da adolescência. Dizer que certa pessoa é um
pedagogo é referir-se a alguém que cumpre uma das mais nobres missões da
humanidade: a educação, a formação do ser humano como um ser político na
plenitude de seu conceito.
A
educação, que depende de todos nós, mas sobretudo da família e da escola, e
para os que professam uma religião, também da igreja, é a base da sociedade,
para que se tenha um desenvolvimento humano adequado às necessidades da vida,
que considero ser mais que somente sobrevivência. Neste universo, distingue-se
o pedagogo, aquele que pesquisa, estuda e procura apresentar os melhores
caminhos para se lograr o êxito desejado em todas essas instituições.
Pedagogia
e educação se imiscuem mutuamente, são na verdade um só conceito. Atualmente, a
necessidade do aprofundamento dos estudos acerca da educação é tão notória que
se fala em ciências da educação, com a pedagogia sendo um de seus
protagonistas, pois os conceitos de andragogia e gerontogogia, hoje também
integram essa área do conhecimento.
Neste
ano, celebra-se o centenário do nascimento de um dos mais conhecidos e
controversos pedagogos do século 20, o professor Paulo Freire. Um personagem
bastante discutido, admirado e reverenciado por muitos, como também refutado
por outros.
Independentemente
de concordar ou não com suas reflexões e estudos acerca da educação do homem,
quando o mundo, e em especial o Brasil, passava por sérias crises sociais,
decorrentes ainda dos efeitos da Segunda Guerra Mundial, além dos de sua
própria história, Freire foi um realista de seu tempo e também visionário.
De sua
conhecida frase “Educação não transforma o mundo, mas transforma as pessoas”,
conclui-se que para mudar o mundo é preciso ter pessoas educadas, como já
apregoava o sábio rei Salomão, há quase 3 mil anos: “Ensina a criança o caminho
em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”.
Numa
época em que se falava de liberdade, num conceito amplo, que não se limitava à
obtenção do pão de cada dia, de condições básicas de saúde, de poder
expressar-se, segundo seus princípios e valores, Freire foi além e falou de uma
liberdade plena, de uma antiopressão, mediante uma educação completa, para
todos.
A
dignidade da pessoa humana é um preceito que consta no primeiro artigo de nossa
Constituição Federal e ela pressupõe vida de qualidade, vida em abundância,
que, por sua vez, decorre d uma plena educação.
Nesse
contexto, ouso dizer que a visão de Freire, quando escreveu sua obra “Pedagogia
do oprimido”, em meados dos anos 1960, deve ser ampliada nos dias atuais, para
uma “Pedagogia do excluído”.
As carências e problemas
vivenciados pela sociedade ao longo da história estão constantemente em estado
latente, e afloram sobretudo em tempos de crise, como os de uma guerra ou de
uma pandemia.
Em
tempos de crise, percebem-se ainda mais os efeitos da exclusão social em todos
os níveis. Não são apenas as exclusões de natureza étnica, sexual, econômica ou
física que nos afligem. A exclusão ocorre com pobres ou ricos, pretos ou
brancos, homens ou mulheres, pessoas com deficiências ou sem deficiências. A
maior exclusão, porém, ocorre quando são desrespeitados os princípios e valores
morais e éticos da sociedade. É devido a esse desrespeito que ocorrem os casos
específicos das exclusões citadas.
Por
isso, neste dia de homenagem ao pedagogo, incluindo também os androgogos e
gerontogogos, me confraternizo e me congratulo com todos, apelando para que,
conjuntamente, pensemos numa “Pedagogia do excluído”, com um modelo educacional
profícuo, eficaz, adequado àa realidade contemporânea.
Feliz
dia do pedagogo!”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno desenvolvimento
da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos
depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de
uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças
vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da
ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação,
da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo aproposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário