quinta-feira, 14 de outubro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA EFICIÊNCIA, AGILIDADE E CRIATIVIDADE NA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS EXECUTIVAS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA PEDAGOGIA NO DESENVOLVIMENTO HUMANO INTEGRAL NA SUSTENTABILIDADE

“A liderança ambidestra

        É fato que o isolamento social e a pandemia impulsionaram muitos projetos de inovação que estavam parados nas empresas. Planejamentos que estavam previstos para o futuro tiveram que ocorrer rapidamente. Dessa forma, surgiu uma ideia de que as antigas práticas deveriam ser deixadas de lado, e o foco deveria ser somente na inovação. No entanto, um novo tipo de liderança surgiu no mercado com uma nova visão.

         Atualmente sai na frente o gestor que consegue olhar para os processos tradicionais de negociações e se adaptar a uma nova realidade, além de conseguir projetar um futuro de crescimento e resultado para todos. Dessa forma, entender o conceito de liderança ambidestra se mostra fundamental para o sucesso empresarial.

         Pela definição de Jeff Immelt, CEO da General Eletric e criador do conceito, a liderança ambidestra é uma filosofia de gestão que combina eficiência e criatividade. Durante a pandemia, tal conceito ganhou ainda mais força com a necessidade de equilibrar o tradicional com o novo.

         No dia a dia das companhias tal ideia pode ser difícil de aplicar, porque em muitos casos podem surgir conflitos entre os processos tradicionais e as novidades que surgem no mercado. Por isso, o líder que vê no conceito ambidestro uma oportunidade de trazer mais sucesso para a empresa deve se atentar a algumas etapas.

         O primeiro pilar necessário para essa liderança funcionar é a mudança de mentalidade. É necessário saber lidar com os conflitos que podem surgir no dia a dia de trabalho e, ao mesmo tempo, manter o foco nos resultados e na busca pela inovação. A agilidade é o fator essencial para lidar com as diferentes demandas que podem surgir nos processos ou no aprimoramento de novas ideias.

         É importante destacar a necessidade da mentalidade paradoxal, ou seja, o líder deve conseguir conduzir as estratégias e o desenvolvimento criativo das equipes. Quando um gestor consegue desenvolver isso, as equipes se tornam mais engajadas e colaborativas entre si.

         O segundo ponto de atenção para aderir a essa liderança é promover a ambidestria como parte da estratégia organizacional. A gestão deve exigir que seus funcionários saibam lidar com suas tarefas diárias, respeitar os prazos e manter a organização, mas o líder também deve promover um espaço em que o colaborador possa contribuir com ideias e estratégias de inovação.

         Esse conceito pode parecer extremamente teórico, mas que se mostra muito eficaz. Uma vez que toda equipe consegue equilibrar as descobertas com as operações, é possível ter uma empresa bem-estruturada e que está preparada para as mudanças.

         Alinhando os pontos principais, o líder ambidestro contribui para que a empresa não fique estagnada, ou seja, sem apresentar nada novo para o seu público e correndo um alto risco de ser esquecida. Esse líder conseguirá promover a inovação de forma eficiente e planejada, já que toda a empresa terá esse objetivo em comum.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 2 de outubro de 2021, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de maio de 2021, mesmo caderno, página 7, de autoria de ÍTALO FRANCISCO CURCIO, doutor e pós-doutor em educação e pesquisador no curso de pedagogia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, e que merece igualmente integral transcrição:

“Pedagogia do oprimido

  e pedagogia do excluído

        A exemplo de outros profissionais, o pedagogo também tem seu dia especial para ser lembrado e homenageado de forma distinguida: 20 de maio. Data do Decreto-Lei 7.264, de 2010, referendado pela Lei 13.083, de 2015, que instituiu oficialmente o Dia Nacional do Pedagogo.

         Essa data serve como lembrança a todos, e especialmente aos envolvidos com a educação, para celebrarmos uma das mais destacadas missões do ser humano: a da condução de crianças para o conhecimento, construção de saberes e sua formação de cidadão.

         Não obstante a etimologia da palavra, que traz do grego a atividade do “condutor de crianças”, o atual conceito de pedagogo ou de pedagogia é muito mais profundo e abrangente, vai além da infância e da adolescência. Dizer que certa pessoa é um pedagogo é referir-se a alguém que cumpre uma das mais nobres missões da humanidade: a educação, a formação do ser humano como um ser político na plenitude de seu conceito.

         A educação, que depende de todos nós, mas sobretudo da família e da escola, e para os que professam uma religião, também da igreja, é a base da sociedade, para que se tenha um desenvolvimento humano adequado às necessidades da vida, que considero ser mais que somente sobrevivência. Neste universo, distingue-se o pedagogo, aquele que pesquisa, estuda e procura apresentar os melhores caminhos para se lograr o êxito desejado em todas essas instituições.

         Pedagogia e educação se imiscuem mutuamente, são na verdade um só conceito. Atualmente, a necessidade do aprofundamento dos estudos acerca da educação é tão notória que se fala em ciências da educação, com a pedagogia sendo um de seus protagonistas, pois os conceitos de andragogia e gerontogogia, hoje também integram essa área do conhecimento.

         Neste ano, celebra-se o centenário do nascimento de um dos mais conhecidos e controversos pedagogos do século 20, o professor Paulo Freire. Um personagem bastante discutido, admirado e reverenciado por muitos, como também refutado por outros.

         Independentemente de concordar ou não com suas reflexões e estudos acerca da educação do homem, quando o mundo, e em especial o Brasil, passava por sérias crises sociais, decorrentes ainda dos efeitos da Segunda Guerra Mundial, além dos de sua própria história, Freire foi um realista de seu tempo e também visionário.

         De sua conhecida frase “Educação não transforma o mundo, mas transforma as pessoas”, conclui-se que para mudar o mundo é preciso ter pessoas educadas, como já apregoava o sábio rei Salomão, há quase 3 mil anos: “Ensina a criança o caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”.

         Numa época em que se falava de liberdade, num conceito amplo, que não se limitava à obtenção do pão de cada dia, de condições básicas de saúde, de poder expressar-se, segundo seus princípios e valores, Freire foi além e falou de uma liberdade plena, de uma antiopressão, mediante uma educação completa, para todos.

         A dignidade da pessoa humana é um preceito que consta no primeiro artigo de nossa Constituição Federal e ela pressupõe vida de qualidade, vida em abundância, que, por sua vez, decorre d uma plena educação.

         Nesse contexto, ouso dizer que a visão de Freire, quando escreveu sua obra “Pedagogia do oprimido”, em meados dos anos 1960, deve ser ampliada nos dias atuais, para uma “Pedagogia do excluído”.

As carências e problemas vivenciados pela sociedade ao longo da história estão constantemente em estado latente, e afloram sobretudo em tempos de crise, como os de uma guerra ou de uma pandemia.

         Em tempos de crise, percebem-se ainda mais os efeitos da exclusão social em todos os níveis. Não são apenas as exclusões de natureza étnica, sexual, econômica ou física que nos afligem. A exclusão ocorre com pobres ou ricos, pretos ou brancos, homens ou mulheres, pessoas com deficiências ou sem deficiências. A maior exclusão, porém, ocorre quando são desrespeitados os princípios e valores morais e éticos da sociedade. É devido a esse desrespeito que ocorrem os casos específicos das exclusões citadas.

         Por isso, neste dia de homenagem ao pedagogo, incluindo também os androgogos e gerontogogos, me confraternizo e me congratulo com todos, apelando para que, conjuntamente, pensemos numa “Pedagogia do excluído”, com um modelo educacional profícuo, eficaz, adequado àa realidade contemporânea.

         Feliz dia do pedagogo!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a estratosférica marca de 336,11% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 124,89%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,25%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo aproposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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