quinta-feira, 28 de outubro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DO BEM-ESTAR, EFETIVIDADE E HARMONIA DA CULTURA ORGANIZACIONAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA COP-26 PARA A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO INTEGRAL NA SUSTENTABILIDADE

“Como mudar a cultura

   de uma organização?

A pergunta chegou a mim como solicitação de uma empresa que queria criar um programa de wellness para seus colaboradores. Achei curioso e pensei: “Cabe uma reflexão”.

         Cultura é o conjunto de saberes, valores e princípios que dá o tom das dinâmicas dentro de um grupo social. O grupo, por sua vez, é composto de pessoas. E as relações entre esses indivíduos tem o poder de reforçar ou desconstruir os hábitos preestabelecidos naquele contexto.

         Relações são sempre trocas. Influenciamos o meio no qual estamos inseridos e somos por ele influenciados. Ou seja: cada pessoa que compõe um grupo deixa sua marca e leva consigo as vivências ali experimentadas. O que nos leva à conclusão imediata, e quase óbvia, de que, para se alterar uma cultura, é necessário transformar os indivíduos que a compõem.

         A forma como agimos e reagimos depende essencialmente de quem somos e de como estamos. Nossas memórias, crenças, traumas, humores e prévias experiências têm um papel determinante na interpretação que fazemos dos fatos que nos envolvem. E, como cada um de nós tem uma história diferente, é natural que, diante de um mesmo fato, tenhamos interpretações divergentes. Daí nasce a diversidade. E daí nascem, também, as intolerâncias.

         Insistimos em acreditar que as nossas perspectivas são sempre absolutas e, dessa forma, deixamos de reconhecer que o outro carrega dores e sabores diferentes dos nossos. Nós nos sentimos no direito de acreditar que nossas interpretações e emoções são mais legítimas do que as demais e, dessa forma, tentamos impregnar no outro a nossa visão de mundo – que, no fim do dia, é só nossa, visto que, se ninguém mais viveu as experiências que vivemos, ninguém mais vai enxergar a vida da forma como fazemos.

         Quando se fala em diversidade e cultura no meio empresarial, há que se entender que somos diversos não só em raça e gênero, mas principalmente nas ideias, nas pulsões, nas crenças e predileções. Por isso, para desenhar um ambiente organizacional harmônico, é necessário criar habilidades para equilibrar as relações que ele envolve.

         Se relações são trocas e se o que manifestamos depende de quem somos, não há, portanto, outra saída a não ser dar aos colaboradores ferramentas para que sejam o melhor que podem ser. A falta de gestão emocional, os hábitos poucos saudáveis, o estresse, a ansiedade e os distúrbios de sono vão impactar a forma como cada indivíduo vive e, claro, a forma como participa da dinâmica do grupo. E isso tem, seguramente, mais impacto na cultura organizacional do que um banheiro sem gênero.

         Só se cria diversidade criando espaço para liberdade. E a liberdade do outro só é respeitada quando a nossa está em dia. Essa construção depende, essencialmente, da dose de autoestima, equilíbrio emocional e resiliência que carregamos do lado de dentro.

         Por isso, respondendo à pergunta que me foi feita pela organização em questão, só há uma resposta possível: a cultura é transformada, de verdade, quando a organização se propõe a transformar indivíduos. Se quiser modificar um ambiente, comece atuando nas pessoas que o compõem.”.

(Carol Rache. carol@carolrache.com.br, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 22 de outubro de 2021, caderno INTERESSA, coluna FILOSOFADAS, página 13).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 11 de agosto de 2021, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de Alok Sharma, presidente da COP-26, reunião internacional sobrea a crise do clima que acontece de 31 de outubro a 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, e que merece igualmente integral transcrição:

“COP-26 é a última chance

   de mantermos o 1,5ºC vivo

Em novembro, Glasgow, na Escócia, receberá o mundo para a 26ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP-26. Este é o momento de colocarmos o planeta no curso certo para lidar com a grande ameaça das mudanças do clima e construir um futuro promissor para todos.

         Sabemos o que fazer. Em 2015, por meio do Acordo de Paris, o mundo se comprometeu a limitar o aumento global da temperatura a 2ºC, esforçando-se para mantê-lo abaixo de 1,5ºC. A ciência nos diz que isso evitaria os piores efeitos das mudanças climáticas.

         Entretanto, o mundo não chega nem próximo do suficiente. Como presidente da COP-26, tenho testemunhado de perto esses efeitos. O Brasil não é exceção: partes do ecossistema único da floresta amazônica estão sob o risco de se transformarem em um tipo de savana, e eventos de seca tendem a se intensificar, com consequências para a produção de energia e de alimentos.

         Para nos mantermos a 1,5ºC, devemos cortar pela metade as emissões de carbono até 2030. Está década é decisiva – e, por isso, a COP-26 é crucial. Como presidente da conferência, estou trabalhando com todos os países, empresas e sociedade civil em um plano de quatro pilares.

         Primeiro, precisamos colocar o mundo em um caminho de redução de emissões até que alcancemos a neutralidade de carbono em meados do século. Para isso, os países devem anunciar metas claras de redução, incluindo para 2030, que sejam consistentes com a neutralização até 2050. Essas metas precisam estar ancoradas na ciência para que não sejam apenas intenções vagas. Também precisamos ver ações dos setores mais poluentes. Glasgow precisará ser a COP que relegará o carvão para a história, que indicará uma data para o fim de veículos poluentes e que pedirá um basta ao desmatamento.

         Nosso segundo objetivo é proteger as pessoas e a natureza. A crise climática já é uma realidade. Precisamos resolver as reais necessidades de defesa contra enchentes e criar sistemas de aviso, além de outros esforços vitais para diminuir e lidar com as perdas e danos causados pelas mudanças do clima.

         O terceiro objetivo é sobre o financiamento. Sem ele, todo o resto será quase impossível. Países ricos precisam cumprir a promessa de prover US$ 100 bilhões por ano para apoiar as nações em desenvolvimento. O Reino Unido já lidera pelo exemplo, tendo comprometido 11,6 bilhões de libras entre 2016 e 2025. Precisamos que todos os países ricos deem mais. É uma questão de confiança.

         Quarto, precisamos trabalhar juntos para cumprir esses objetivos. Isso inclui criar consenso entre os governos para que as negociações em novembro sejam um sucesso. Da mesma forma, precisamos trabalhar com o setor privado e a sociedade civil.

         Nos últimos dias, me encontrei com representantes dos governos federal, estaduais e municipais, do setor privado e da sociedade civil em Brasília. Conversei sobre como o Brasil pode alavancar seus compromissos climáticos em linha com as bem-vindas promessas do presidente Jair Bolsonaro feitas em abril. Foi ótimo escutar que o país vai apresentar em novembro, na COP-26, seu plano para alcançar emissões líquidas zero em 2050 e eliminar o desmatamento ilegal até 2030.

         Fiquei muito contente em presenciar os compromissos de estados, cidades e empresas na campanha “Race to Zero”. Juntos, os estados representam cerca de 50% das emissões e 50% do PIB do Brasil. Foi ótimo também ouvir representantes do Congresso sobre seus planos de aumentar a ambição na meta contra o desmatamento ilegal.

         Como potência ambiental e agrícola, o Brasil tem um importante papel no combate às mudanças do clima e uma enorme oportunidade de se beneficiar do aumento de fluxos financeiros que deverão ser gerados.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a estratosférica marca de 339,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 128,6%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,25%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

          

Nenhum comentário: