terça-feira, 26 de julho de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA INOVAÇÃO, CRIATIVIDADE E PRODUTIVIDADE NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA A TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DAS TECNOLOGIAS, SABEDORIA E SOLIDARIEDADE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Menos horas de trabalho e mais produtividade

       Tínhamos muitas dúvidas de como encararíamos a pandemia há dois aos e meio, e uma delas era sobre como trabalharíamos remotamente. Para nós, profissionais intelectuais, o desafio do trabalho remoto se apresentava de forma jamais vista, e muitos apostavam que não daria certo. Pois essa discussão hoje é antiga. O trabalho remoto não só deu certo, como, para muitas empresas, a produtividade do colaborador aumentou, seja por conta das reuniões com hora certa de início e término, seja pela redução do tempo de locomoção economizado no deslocamento ao escritório. Mas qual foi o custo desse confinamento? Muitas vezes, excesso de atividades, chegando ao burnout.

         Foram mais de dois anos intensos e de muito aprendizado de como vamos caminhar daqui pra frente. Eu, particularmente, chego à conclusão de que o modelo híbrido pode ser o melhor formato. Concentração maior em casa, reuniões presenciais com clientes e time para mantermos o contato social tão necessário.

         Mas creio que aprendemos ainda mais com a pandemia. Nossa saúde foi posta em xeque, e o estresse à porta de todos nós nos trouxe a reflexão não apenas de melhor formato de trabalho, mas de quanto é saudável e necessário balancearmos nossa vida pessoal com a profissional. Afinal, estar com a família, amigos e no ambiente de lazer é quando relaxamos e recarregamos nossas energias.

         Um estudo conduzido pela economista americana Juliet Schor, do Boston College, se dedica a um experimento de trabalho de quatro dias da semana (32 horas semanais) em empresas dos Estados Unidos, da Irlanda, da Austrália e da Nova Zelândia, com cinco dias de remuneração. Após seis meses de acompanhamento, constatou-se a redução drástica de pedidos de demissão (antes demasiadas por conta de esgotamento emocional) e atestados médicos, clientes mais satisfeitos com resultado do trabalho e colaboradores se sentindo mais felizes e produtivos.

         A redução da carga horária não significa diminuição de produtividade. Ao contrário. Os profissionais encontraram novas formas de organização com menos reuniões, menos tempo destinado a redes sociais e menos ausências para consultas médicas – agora agendadas para o day-off.

         Na Europa – Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Dinamarca e Noruega –, governos se adiantaram à discussão e já subsidiam o quinto dia de trabalho. Nos Estados Unidos, onde os índices de pedido de demissão batem recorde por estresse, a mudança ainda caminha a passos mais lentos.

         Estamos longe desse estágio dos países desenvolvidos, porém temos como mudar alguns velhos hábitos que não cabem mais, como excesso de horas de trabalho e ausência de limites de horário para respostas de e-mails e outras mensagens. Pesquisa na FleishmanHillard Brasil junto aos colaboradores demonstrou a satisfação que os profissionais têm em trabalhar na agência. Bom sinal, de que estamos levando com leveza o trabalho de todos, onde passamos a maior parte de nossa vida. Mas, para termos ainda mais satisfação de trabalhar e trazermos ideias novas e criativas aos nossos clientes, precisamos de mais tempo livre.

         E que não pensem que não estamos de alguma forma trabalhando quando estamos assistindo a uma série, praticando um esporte ou viajando e conhecendo novas culturas. Essa experiência na vida fora do ambiente de trabalho nos garante mais bagagem para sermos melhores profissionais. Podemos ainda não estar maduros para assumir os quatro dias de trabalho semanais, mas estamos prontos para ter finais de semana mais plenos e felizes para encarar sem depressão a música do “Fantástico” no domingo à noite. E que venha a segunda-feira!”.

(Cláudia Fernandes. Diretora-executiva da FleishmanHillard Brasil, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 14 de julho de 2022, caderno OPINIÃO, página 24).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 25 de julho de 2022, caderno A PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Cidade do Sol

       Não tenho bola de cristal nem ousadia ou irresponsabilidade para imaginar o que acontecerá além dos próximos 20 ou 30 anos, mas, como otimista incorrigível, sinto que a sociedade inteira, nos quatro cantos do planeta, sairá profundamente modificada para melhor. Sofrerá uma metamorfose como nunca aconteceu anteriormente, e, da crisálida bonita que se arrasta hoje no tronco da árvore, deverá se levantar uma borboleta com capacidade de voar nas asas de novas e surpreendentes tecnologias.

         O que existe hoje de mais moderno à frente de nossos olhos vai se transformar em breve em sucata sem valor destinada a centros de reciclagem. Carros, aviões, navios, computadores, remédios, passarão a ter substitutos de qualidade e de desempenho infinitamente superiores.

         Quem ficou espantado com o progresso e os avanços tecnológicos da segunda metade do século XX pode apertar o cinto de segurança e se preparar; a grande arrancada ainda está por vir.

         Será também um momento de profunda mudança de costumes; talvez o começo da “cidade do Sol”, aquela nova e perfeita organização que o filósofo Domenico Campanella descreveu no século XVII, sem fixar-lhe uma data, mas definindo-a como uma organização celestial.

         Os novos inventos, apesar de criarem em primeiro momento desemprego e apreensão que em seguida serão superados, chegam trazendo facilidades, simplificando as tarefas do dia a dia, gerando possibilidades inusitadas e livrando o homem das tarefas mais penosas, repetitivas e braçais.

         Um mundo onde se trabalhará menos e onde se poderá viver melhor, desde que as consciências se despertem para a necessidade de mudanças, de redistribuição do emprego disponível e das fabulosas riquezas que serão produzidas com novas e portentosas tecnologias.

         Este será o primeiro grande desafio do milênio e que se poderá concretizar deixando para trás brigas e injustiças do passado. Sabedoria e solidariedade, afinal, serão as colunas de uma nova sociedade menos materialista e disposta a ser feliz.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 11,89%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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