terça-feira, 31 de janeiro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO EFICAZ, EMPATIA, INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E IMEDIATICIDADE NA QUALIFICAÇÃO ORGANIZACIONAL E A TRANSCENDÊNCIA DA PAZ, AMOR, JUSTIÇA E HUMANIDADE NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Da comunicação humanizada ao uso da inteligência artificial

       O relacionamento com o cliente continua na pauta. Para entender mais sobre CS (Customer Sucess) e CE (Customer Experience), é preciso direcionar, primeiro, a atenção para as estratégias tradicionais. Ainda hoje fazer o básico bem feito é um diferencial e tanto na área de atendimento ao cliente. Ter empatia, saber ouvir, estar disponível, alinhar comunicação e resolver os eventuais problemas de forma rápida e eficiente continuam sendo atitudes fundamentais para o êxito do relacionamento.

         Nos últimos anos, um grande diferencial das empresas tem sido o foco no sucesso do cliente. Mais do que vender, as organizações precisam entender se o cliente atingiu aquilo que queria quando comprou determinado produto ou serviço. É importante entender como foi esta experiência de início da jornada de compra até seu momento de uso.

         Outra importante aliada das empresas, a Inteligência Artificial (IA) tem sido adotada em algumas ferramentas de atendimento ao cliente. O clássico “chatbot”, chamado também de “atendimento inteligente”, mantém uma conversa com o usuário em linguagem natural, criando análises por meio das perguntas feitas frequentemente.

         Além de ampliar a capacidade de atendimento, os dados disponibilizados por meio do uso da AI ajudam a desenvolver estratégias de business intelligence que simplificam os processos e fornecem informações importantes aos gestores para que possam tomar decisões baseadas em dados.

         Com isso, as empresas começam a armazenar as informações resultantes das interações com os clientes, a identificar padrões de consumo e a definir interesses relacionados a cada interação. Isso cria condições para que se consiga um maior engajamento com os clientes e se detectem tendências de consumo.

         É fundamental seguir as normas da Lei Geral de Proteção de Dados – avisar ao cliente sobre qual dado você pretende armazenar e pedir sua autorização são atitudes esperadas. Usar bons servidores, implantar tecnologias de segurança e ter sistemas de realização de backup também são cuidados essenciais nesse processo.

         Empresas também devem ter em mente que atendimento personalizado não significa chamar o cliente pelo nome, mas envolve entender suas necessidades e oferecer o que ele quer e necessita no momento certo. Implica, ainda, adaptar e modificar as ações de acordo com as respostas e sinais que aparecem ao longo do contato. Para uma abordagem assertiva, é preciso entender que o caminho é tortuoso e maleável, sendo transformado por cada troca e comunicação.

         Um bom relacionamento se constrói a partir de clareza, transparência e eficiência. Portanto, para tornar efetivas as estratégias, pode ser interessante realizar pesquisa de persona para entender quem é o cliente. Após esta etapa, é aconselhável criar uma linguagem que tenha a ver com seu objetivo de negócio e com os públicos atingidos. Para que se tenha um relacionamento dinâmico, uma boa saída é o envio de conteúdos realmente relevantes, que ofereçam valor. Sem prescindir, claro, de um atendimento humanizado, que melhore ainda mais a jornada do cliente.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 28 de janeiro de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 27 de janeiro de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Feliz, o promotor da paz

       ‘Bem-aventurados os que promovem a paz’. Há de se ter bem presente, nestes tempos de tantas guerras, este ensinamento capital de Jesus. O promotor da paz reveste o próprio coração de grande nobreza e trilha pelos caminhos de uma conduta irrepreensível. Essa irrepreensibilidade é incontestável alavanca para produzir frutos indispensáveis. Na contramão da paz, muitas guerras impõem perdas inumeráveis, irreparáveis. Cenários de desigualdade social, distantes do desenvolvimento integral, têm raízes nos corações que escolhem, por pequenez, patrocinar confrontos. Renunciar à promoção da paz, por ressentimentos, mesquinhez ou outro motivo, é caminhar nas veredas do adoecimento, da perda de tempo, quando a humanidade tem muitas urgências. Significa distanciar-se do amor. Por isso, compreende-se a razão de Jesus Mestre apresentar, na abertura da Carta Magna do Sermão da Montanha, Evangelho segundo São Mateus, a indicação essencial para que a humanidade alcance êxito. E ao se tocar no tema da bem-aventurança da paz, há de se fazer referência a cada pessoa como coração de paz. Ter um coração de paz faz a diferença em tudo o que se realiza.

         Hospedar no próprio coração o ódio, rancores, ou tantos outros sentimentos relacionados ao mal, é optar pelo fracasso. Significa renunciar à semeadura diária de uma alegria duradoura, possível a todos os seres humanos. Os trilhos da promoção da paz são abrangentes e precisam ser percorridos por toda a humanidade – para que se efetive duradoura alegria, possível a todo filho e filha de Deus, o Deus da paz. Um passo importante e de impactantes efeitos, em vista de se cultivar um coração de paz, é exercer o princípio cristão de não se pagar o mal com o mal, mas pagar o mal com o bem. Importa, pois, o amor. Isto não significa desconsiderar a justiça, que precisa ser efetivada, com a sua força coercitiva e educativa. Ao contrário, pois a justiça é degrau imprescindível para se amar de verdade. Assim, no horizonte do amor e da justiça seja consolidada a família humana como comunidade de paz. A bandeira a ser defendida e promovida é a consciência de que os povos da terra são chamados a estabelecer entre si relações de solidariedade e colaboração, superando os desvarios de dominações e de depredações.

         Para consolidar uma comunidade de paz envolvendo toda a humanidade, a família, instituição que é a primeira escola de humanização – tem especial papel. Compreende-se a urgência de se garantir às famílias condições fundamentais para que sejam sempre berço da vida e do amor. Por isso, a inegociável importância de se prestar atenção nos componentes fundamentais da paz, ensinamento forte e interpelante da Doutrina Social da Igreja Católica: justiça e amor entre irmãos, autoridade dos pais, serviço carinhoso aos fragilizados e limitados, ajuda solidária nas necessidades da vida, incluindo a disponibilidade para acolher o outro, praticando o perdão, força que possibilita a reconciliação de corações. Não se avança na promoção da paz sem o espírito de misericórdia.

         A misericórdia cria a disposição para que sejam abraçadas as causas dos pobres e excluídos, profeticamente abandonando as costumeiras zonas de conforto. Assim, cria-se a força para enfrentar discriminações, perseguição, pobreza e a terrível degradação ambiental, com seus incontáveis impactos na destruição da paz, do planeta. O olhar misericordioso, com a priorização dos pobres, é decisivo na construção da paz. Possibilita avanços que vão além daqueles alcançados por formalidades de protocolos ou convênios que, não raramente, descumprem prazos, atrasando a efetivação de soluções para muitos problemas. Também nesse sentido, é inadiável empreender na promoção da boa política, um desafio para a humanidade.

         A flor frágil da paz, na poesia inspiradora de grandes nomes da história, precisa desabrochar entre as pedras da violência e nos ventos das desolações, enxugando lágrimas de pobres e indefesos. São Paulo VI, em um importante documento da Doutrina Social da Igreja, aponta a necessidade de se tomar a sério a política, em todos os níveis. Isto significa afirmar o dever de todos, cidadãos e cidadãs, de reconhecerem a realidade concreta e o valor da liberdade para efetivar escolhas. Todos juntos procurando o bem da cidade, da nação e da humanidade. Assim, a “política melhor”, detalhada pelo Papa Francisco na Carta Encíclica Fratelli Tutti, é aquela que serve decisivamente na promoção dos direitos humanos, imprescindíveis para se conquistar a paz.

         Reconheça-se a urgência de se enfrentar as impressionantes difusões socias e políticas do mal, resultando em anarquias, desordem, injustiças e violências. Uma tarefa que pede, de cada pessoa, o cultivo do coração de paz. E para bem exercer essa tarefa, é valioso o convite-conselho do apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos: cultivar atitudes nobres, desinteressadas, marcadas pela generosidade. Esse exercício fará de cada pessoa um bem-aventurado, feliz promotor da paz. E um mundo novo será possível.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em dezembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,79%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

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