terça-feira, 10 de janeiro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E EXIGÊNCIAS DA ORGANIZAÇÃO EFICIENTE E EFICAZ COM GESTÃO HUMANIZADA NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE, IGUALDADE, ALTRUÍSMO E PLENA CIDADANIA NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“2023: Impulsionar vendas com gestão humanizada

       A excelência no atendimento ao cliente começa na gestão e está diretamente ligada ao planejamento de vendas voltado para o consumidor. Se a estratégia da empresa coloca o cliente no centro do negócio, será natural que todas as outras pessoas sigam o mesmo caminho.

         A gestão precisa fazer o seu papel de incentivar e tomar decisões com base no que o cliente precisa, e não no que o negócio exige.

         A pandemia que obrigou os brasileiros a ficarem em casa a partir do final do primeiro trimestre de 2020 devido ao isolamento social mostrou para as empresas uma nova forma de enxergar a produção do trabalho e o atendimento aos clientes. O local de trabalho mudou para a grande maioria das pessoas, e a rotina social passou por uma ampla remodelação.

         Quando falamos de gestão humanizada, é aproximar os líderes e os gestores dos funcionários para um contato mais próximo, como uma estratégia para melhorar os relacionamentos internos – além de suporte emocional. Para atingir essa meta, porém, é preciso conhecer a fundo as pessoas que trabalham para a empresa. Caso contrário, não tem como criar esse laço de confiança no time.

         Esses elementos são indispensáveis dentro de uma empresa e, por isso, precisam ser bem trabalhados por meio de diferentes ações que os tornem possíveis. Nesse sentido, a gestão humanizada é o que considera cada colaborador como único, considerando as suas características em particular. Afinal, todos possuem expectativas, desejos e dificuldades, e considerar esses pontos aprimora a relação com os funcionários.

         Outra maneira de garantir essa proximidade entre os envolvidos é estabelecendo de forma clara metas e objetivos e sanando eventuais dúvidas que possam surgir. É importante informar e atualizar os colaboradores sobre as estratégias empregadas dentro da empresa.

         Outro fator que se deve continuar a empregar dentro das empresas é a inclusão e o respeito às diversidades. O primeiro passo para ter mais diversidade é trabalhar a cultura organizacional, ou seja, entender se já investe de forma espontânea para ter um quadro mais diversificado de funcionários ou se está sempre procurando pelo mesmo estilo de trabalhador. Dessa forma, é possível fazer um diagnóstico dos funcionários e identificar estratégias para aumentar a inclusão na equipe.

         Afinal, uma vez que você atua de forma humanizada, considerando cada pessoa diferente e única, você será capaz de direcionar da melhor forma os colaboradores e também incentivá-los de um jeito único, possibilitando melhores resultados.

         Os processos são sempre voltados aos objetivos e aos propósitos das empresas, mas tratando as pessoas de forma humanizada. Há um foco entre o equilíbrio da qualificada de vida e o trabalho. Ambos precisam andar juntos, de forma harmônica.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 7 de janeiro de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, mesma edição, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Heranças de Bento XVI

       O ser humano é epifania da grandeza do inesgotável amor de Deus. Uns mais que outros revelam a plenitude deste amor e todos têm a oportunidade de construir a própria história de vida como revelação do seu Criador e Redentor. Tudo isso se faz pela ação do Espírito Santo de Deus, aquele que, como ensina São Basílio Magno, no terceiro século, está presente em cada um dos que são capazes de recebê-lo, concedendo a todos as graças necessárias. São Basílio lembra que pelo Espírito Santo os corações são elevados ao alto, os fracos são conduzidos pela mão, os que progridem na missão chegam à perfeição. A cada indivíduo não basta a própria força, pois o ser humano precisa sempre do amor de Deus. Ora, nem mesmo a grandeza da razão supera a grandeza do amor, capaz de fecundar a existência, iluminar o viver humano em todos os seus processos. Por isso mesmo, as heranças legadas pelo Papa Bento XVI à humanidade, importantes na semeadura do amor, despertam especial reverência.

         No amplo horizonte das heranças de Bento XVI, vale homenageá-lo revisitando o seu discurso inaugural da 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e Caribenho, celebrada em maio de 2007, no Santuário Nacional Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. Uma contribuição magistral. As palavras de Bento XVI, sempre atuais, nortearam a intuição de todos que se dedicaram à Conferência de Aparecida, primeiramente em razão do tema escolhido: “Discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que nossos povos Nele tenham vida – ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida’”. Naquele importante momento que inaugurou um acontecimento marcante na vida da Igreja, Bento XVI apontou um caminho. Essa direção indicada, a partir da magistral sensibilidade do Papa Francisco, tem levado a Igreja, na atualidade, a investir para ser sempre e cada vez mais sinodal – Igreja de comunhão, de participação e de missão, que ajuda o mundo contemporâneo a encontrar respostas para os problemas atuais, a partir da vivência e do testemunho autêntico da fé cristã.

         No discurso inaugural da Conferência de Aparecida, o Papa Bento XVI derramou a grandeza de sua alma, a nobreza de seu jeito de ser, com indicações e juízos que confirmam a sua sensibilidade pastoral de profunda relevância. Fez frente, deve ser lembrado, aos agouros direcionados à Conferência, daqueles que a enxergavam como ameaça de retrocesso para o caminho missionário da Igreja. Ao invés disso, aquele acontecimento delineou um horizonte largo e inspirador, ainda por ser explorado e vivido, desafiando a Igreja a contribuir, ainda mais, à luz da fé, para que todos se reconheçam protagonistas. Ali, o Papa Bento XVI parte de uma constatação preciosa, em referência à fé em Deus que animou a vida e a cultura dos povos latino-americanos e caribenhos, já por mais de cinco séculos. A vida dos povos latino-americanos e caribenhos, assim, ganhou feições nascidas a partir do encontro da fé cristã com as riquezas culturais das etnias originárias, fazendo surgir um valioso patrimônio da arte, da música, da literatura e das tradições religiosas. O reconhecimento dessa realidade permite considerar a importância da fé cristã para superar os desafios contemporâneos e garantir a todos os povos uma vivência alegre e coerente com o Evangelho.

         Todos são igualmente chamados a se reconhecerem discípulos de Cristo, compreendendo que a fé cristã não é alheia ou um contraponto às diferentes culturas. Ao contrário, trata-se de resposta ansiada no coração de diferentes culturas, que possibilita a união da humanidade a partir do amor, que leva ao respeito das muitas diversidades. A fé cristã, vivida com autenticidade, assim, promove o crescimento de todos na verdadeira humanização, no autêntico desenvolvimento integral. Ainda sobre a pluralidade cultural da América Latina e Caribe, a Conferência de Aparecida focalizou o grande mosaico da religiosidade popular, precioso tesouro da Igreja Católica, merecendo o seu cuidado, proteção e adequado tratamento. Em síntese, saber balizar o próprio horizonte a partir do que significa ser discípulo de Jesus é redescobrir a “mina de ouro” da tradição cristã.

         Profeticamente, o Papa Bento XVI afirmou que só reconhece Deus quem conhece a realidade, respondendo-a de modo adequado, humano. Deve-se reconhecer o fracasso de todos os sistemas que colocam “Deus entre parêntesis”, conforme adverte o Documento de Aparecida, inspirado nos ensinamentos de Bento XVI. A observação da realidade confirma o que o Documento, bastando considerar que sem um consenso moral sobre os valores fundamentais a serem defendidos, até mesmo com a renúncia de interesses pessoais, agravam-se problemas sociais e políticos. E Bento XVI, na Conferência de Aparecida, advertiu: onde Deus está ausente, estes valores não se mostram com toda a sua força nem se produz um consenso sobre eles. Com essa clareza, a Igreja busca se sacramentar sempre como advogada da justiça e dos pobres, precisamente ao não se identificar com os políticos, nem com os interesses de partidos.

         Papa Bento XVI, no seu discurso inaugural da Conferência de Aparecida, dedicou-se a muitos outros temas relevantes, com lucidez intelectual e sensibilidade singular, sendo força decisiva para a riqueza do muito atual Documento de Aparecida. Sua presença e sua palavra pavimentaram a estrada que o Documento configura, com indicações para o novo tempo que precisa ser construído – um compromisso de fé e de qualificada cidadania. As lições da Igreja que aproximam o ser humano de Deus nutrem as esperanças da humanidade. No conjunto dessas lições está as heranças de Bento XVI.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em dezembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,79%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

 

        

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