terça-feira, 24 de janeiro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DAS TECNOLOGIAS, EMPATIA E FIDELIZAÇÃO NA QUALIFICAÇÃO GERENCIAL DA EXPERIÊNCIA DOS CLIENTES E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA, ESCUTA AMOROSA, PLENA CIDADANIA E FRATERNIDADE SOLIDÁRIA NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Aprimorar a gestão da experiência dos clientes

       No dicionário, o significado de cliente é “indivíduo que contrata serviços ou adquire mercadorias mediante pagamento”. Mas o cliente vai muito além da ideia de consumidor final, e o mercado já entendeu a importância e a necessidade de incluí-lo nas várias etapas da cadeia produtiva e de serviços.

         Para gerenciar o relacionamento com os clientes, muitas empresas têm investido no setor de Customer Sucess (CS) e Customer Experience (CE). A princípio, pode parecer complexo, uma vez que algumas empresas possuem milhares de clientes, mas é possível aliar o melhor da tecnologia para criar estratégias que colocarão o cliente no centro do negócio.

         Pesquisas, conversas e avaliações são algumas das ferramentas que possibilitam personalizar o serviço oferecido, ampliando a capacidade de fidelização e criando um modelo de vendas bem-sucedido.

         Cada cliente requer um tipo de abordagem e experiência. Por estarem cada vez mais envolvidos com a tecnologia, as pessoas têm buscado, por meio dos diversos canais e plataformas, produtos e serviços específicos para atender suas necessidades.

         Em meio à multiplicidade de caminhos que podemos escolher para estreitar a relação com o cliente, a estratégia conhecida como “omnichannel” deixa de ser uma tendência e vira uma realidade, ou seja, as organizações precisam se utilizar dos mais variados canais de atendimento, considerando que cada cliente requer uma abordagem distinta. É o próprio cliente que define qual canal fará mais sentido.

         Importante ressaltar que, caso a empresa opte por usar vários canais de comunicação, é essencial que a qualidade do atendimento seja mantido em alto nível em todas as opções disponíveis. Aliás, este é um grande desafio para as corporações. Muitas vezes, é melhor ter poucos canais, mas com atendimentos de excelência, a ter diversos canais com atendimentos e experiências distintas.

         As vantagens do omnichannel incluem maior integração e conhecimento do cliente, possibilidades de customização, monitoramento de redes sociais e disponibilização de dados para análise. Para quem deseja implantar esse sistema, é importante selecionar os canais que estejam em harmonia com a estratégia de negócio. Além disso, é necessário integrar e monitorar os canais individualmente e manter as informações coletadas de forma centralizada, valorizando também o contato pós-vendas.

         Em um mercado cada vez mais competitivo, ter um planejamento estratégico para garantir que o consumidor tenha uma jornada agradável e satisfatória é um caminho para alcançar o sucesso. A expansão da área que faz a gestão da experiência dos clientes dentro das empresas não é só uma grande tendência em 2023 e nos próximos anos – é também essencial para definir se o mercado continuará optando por nós ou por nossos concorrentes.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 21 de janeiro de 2023, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 20 de janeiro de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Tribunal do coração

       Tribunal do coração é referência ao “centro de comando” que define atitudes, sentimentos e escolhas no percurso da vida. Uma expressão que faz parte do processo de direção espiritual, por sublinhar que a qualificação da existência humana se relaciona com o que está no interior do coração. Ora, viver é uma arte, pedindo, a cada pessoa, o cultivo de certas habilidades, sendo imprescindível a espiritualidade. As virtudes cidadãs e a sensibilidade social, dentre outras qualidades, são essenciais para o ser humano, mas, sozinhas, são insuficientes para se alcançar o bem viver. É preciso investir na espiritualidade e, nesse processo, cuidar do próprio coração, dedicando atenção às suas dinâmicas. O coração precisa hospedar belas estampas, reunidas a partir de cada experiência vivida. São essas estampas bem cultivadas que podem alimentar o bem viver e enriquecer as atitudes do ser humano. É preciso, pois, reconhecer que sem as qualificadas estampas no coração, não se alcança a paz. E sem um coração de paz, os próprios julgamentos e atitudes ficam contaminados por sentimentos “tortos”, preconceituosos, que levam à incompetência humanística.

         O compromisso pessoal no cultivo da paz no coração é contribuição indispensável no propósito de alcançar a paz social. É, pois, questão que vai além de um simples bem-estar individual, para ser reconhecido  como tarefa educativa indispensável, que não pode ser renunciada. Desconsiderar essa tarefa significa conviver com prejuízos pessoais e sociais. Todos são convocados a investir cada vez mais na própria interioridade, um arrumar-se essencial para se tornar coração de paz. Isto porque a paz é dom de Deus. Esse dom, para ser recebido, requer, de cada pessoa, um especial cuidado com a própria interioridade. Deus é fonte inesgotável de paz, mas a acolhida desse dom depende de um esforço humano indispensável. Esse esforço diz respeito à avaliação e à gestão dos sentimentos que podem fazer do próprio coração um tribunal implacável. Tribunal de julgamentos que inviabilizam  a construção de vínculos e as ações que sustentam a fraternidade universal.

         Conta decisivamente o especial cuidado com o que se hospeda no coração. Trata-se de uma responsabilidade moral e afetiva que, quando não é assumida, leva à emissão de juízos comprometidos sobre os outros e a respeito das muitas situações que marcam a existência humana. E o tribunal do coração precisa ser justo para não se contrapor à grandeza do amor. O amor é a vocação e a missão de cada coração. Essa vocação e missão são desrespeitadas quando corações se fecham para a escuta do outro, de suas razões, tornando-se um tribunal implacável. Corações fechados emitem juízos caracterizados por uma rigidez na consideração do próximo, inviabilizando a constituição de vínculos qualificados, de relações pautadas pelo respeito. O tribunal do coração precisa contemplar a capacidade de escutar o semelhante, buscando estabelecer diálogos que gerem entendimentos e escolhas acertadas. A escuta é remédio que salva o coração de fechar-se sobre si mesmo, estreitando o seu alcance com maus sentimentos, a exemplo da inveja, da ingratidão e do excesso de rigor na consideração das outras pessoas.

         Interiorizar no coração sentimentos qualificados é indispensável para não se correr o risco de simplesmente buscar se agigantar na racionalidade, enquanto se apequena no aspecto afetivo-emocional. Desconsiderar a dimensão afetivo-emocional leva à confusão entre sentimentos e juízos, com impactos negativos nas relações e nas avaliações, promovendo inadequada percepção sobre os próprios desempenhos e responsabilidades. Não raramente, corre-se o risco de leituras que justificam inimizades e ressentimentos, a busca pelo poder mesmo que com consequências prejudiciais para o bem comum. A qualidade das atitudes humanas, do desempenho de líderes, das tarefas exercidas dentro da responsabilidade de cada um, depende da adequada regência dos sentimentos que habitam os corações.

         No cuidado dessa regência, são preciosas as indicações do Mestre Jesus, que terapeuticamente trata do coração de seus discípulos. Jesus, em vários momentos, adverte seus discípulos sobre a importância de se cuidar da própria interioridade para garantir justiça e amor. Em certa ocasião, o Mestre sublinhou que a dureza do coração humano produziu a relativização da lei, com consequências graves para a humanidade. Focalizou ainda a incompetência humana e moral revelada na disputa entre seus discípulos que, em determinada situação, almejavam poder e lugar privilegiado revelando vaidade e soberba. Jesus argumentou, reiteradamente, sobre a importância da autoconsciência. Apontou indicações e práticas para se evitar a substituição do amor recíproco por mágoas – multiplicadoras de sombras, de ingratidão e de leituras da realidade sem as virtudes de um coração simples. O Mestre sublinhou especial advertência: não traz condenação o que entra, mas o que sai da boca, considerando imoralidades que ferem a grandeza da vocação humana.

         Investir na qualificação do próprio, em um fecundo itinerário espiritual, é indispensável para alicerçar juízos, decisões e escolhas que levem à paz. Um itinerário para promover os valores e os princípios essenciais à fraternidade solidária, meta que precisa ser alcançada urgentemente, para que seja respeitada sempre, e cada vez mais, a dignidade humana.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em dezembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,79%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

        

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