sexta-feira, 24 de março de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA QUALIFICAÇÃO DOS INVESTIMENTOS E PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE, HUMANIDADE, PAZ E SABEDORIA NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Cenário econômico e ambiente de negócios

       Em um encontro promovido pela Amcham de Belo Horizonte, fizemos uma apresentação da Deloitte sobre as perspectivas para o ambiente de negócios em 2023. Trazemos, neste artigo, um breve resumo dos destaques do encontro. Após a pandemia da Covid-19, algumas empresas apresentaram a recuperação nas vendas mas não conseguiram equilibrar a “saúde financeira” do próprio negócio, o que gerou endividamento e ainda potencializou os riscos da carteira de clientes. O resultado de todo esse quadro é que tivemos a pior década da história do Brasil (2011-2020), com crescimento médio anual do PIB de apenas 0,3%. Superamos a década de 1980, que até então era considerada a pior, com crescimento do PIB de 1,6%.

         Trazendo para o cenário mundial, a presente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, nomeou esse período extenso de instabilidade e insegurança na economia global como a era da “permacrise”. Ou seja, estamos vivendo uma sequência de eventos de impacto global, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, o conflito comercial entre EUA e China e a pandemia da Covid-19.

         Para 2023, é esperado que o Brasil continue sendo um dos principais países a receber capital estrangeiro, só ficando atrás de EUA e China. Vimos que a política de Covid zero na China afetou a distribuição de vários produtos e tecnologias, fazendo com que vários países migrassem suas demandas para mercados da América Latina. Portanto, o movimento na cadeia de suprimentos globais pode ser uma ótima oportunidade para o Brasil.

         Países desenvolvidos encerraram o último ano com inflação próxima à do Brasil, e a pressão sobre os preços tende a permanecer no primeiro semestre de 2023. A expectativa é que o mundo cresça quase 3%, com uma inflação de 6,6% próximo aos níveis do Brasil.

         Com o novo governo, no médio e longo prazo, é esperado um engajamento com os movimentos ESG. Assim é importante que as empresas estejam atentas ou possam se antecipar para a possibilidade de novas regulamentações, principalmente na parte ambiental.

         Outro ponto é a participação mais forte do BNDES na retomada de créditos de infraestrutura e um reaquecimento do mercado doméstico (consumo), puxado por políticas sociais e possíveis estímulos para geração de empregos. Já no curto prazo, o novo governo tem o desafio de equilibrar o compromisso e as promessas de investimentos sociais com o controle fiscal, e, por isso, a reforma tributária será o principal item da agenda neste ano.

         O cenário é cheio de desafios, mas o investidor estrangeiro continua vendo o Brasil como um importante destino de investimentos. É preciso lembrar que crescer pouco ainda é crescer, e, nesta retomada, precisamos ter paciência para atingir projeções mais positivas com foco na sustentabilidade de médio e longo prazo dos negócios, e, claro, com um olhar para as oportunidades. A Deloitte realiza ao longo do ano diversos estudos, pesquisas e relatórios sobre o ambiente de negócios no Brasil; todos os materiais sobre esse tema podem ser encontrados no site da empresa.”.

(Giovanni Cordeiro(*) e Daniel Primo(**)

Economista-chefe da Deloitte(*) e sócio-líder do escritório de BH(**), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 11 de março de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 20 de março de 2023, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Yoga

       O caminho para a perfeição, ou senda crística, é aquele que Jesus percorreu. Antes dele, Krishna, Buda e outros passaram pelas árduas etapas da evolução espiritual até se tornarem “homem perfeito”, ou seja, Cristo, para ascender ao nível supra-humano.

         Se você não acredita nesse lado espiritual de sua essência, pode parar por aqui a leitura. O que se espera a seguir é aparentemente complexo para quem vive de futebol e dinheiro.

         Jesus de Nazaré não nasceu Cristo, Cristo ele se tornou no fim de uma trajetória que passou por muitas vidas, aprendizados, experiências, sofrimentos e uma crucificação. Não teria sentido imaginar que uma única existência de algumas dezenas de anos proporcionasse a possibilidade de descortinar “o reino de Deus que está em vós”.

         Como crisálidas, estamos destinados a sair da casca e voar? Todas as religiões comungam desse destino do ser humano, e para isso se adotam símbolos convergentes.

         São muitas as estações e diferentes os caminhos que podem levar à perfeição do homem e daí seguir adiante para esferas superiores. Dizem os sábios do yoga: “O corpo é perecível, o espírito é eterno e guarda em si todos os esforços, méritos e pecados”. A eternidade lhe concede a possibilidade de errar centenas de vezes, perder até a esperança, o rumo, para retornar ao ponto de recomeçar, fortalecido, contudo, pelas quedas e acertos.

         Essa peregrinação é cósmica, imensurável como o próprio universo. Fica entre dois infinitos, um passado e outro futuro. Os iluminados reconhecem o tempo como uma ilusão, apenas uma dimensão/sensação humana (na esfera ilusória de Maya, um palco de representação humana). O tempo foi desmistificado pela relatividade de Einstein, e ainda tem muito para se descobrir. Mas não se preocupe, precisa ser mesmo iluminado para entender.

         Seria, a priori, essa sensação a “forma” direta de estimular, como esporas para o cavalo manso, o homem a tomar iniciativas, a fortalecer a vontade, pois sem ação (inércia) não se consegue o progresso.

         O dono, para domesticar o cavalo, usa de vários expedientes que treinam a criatura e até a incomodam. Porém, uma vez preparado, ele se presta para nobres finalidades, até se transformar em grande companheiro. Dizem os sábios que a prática de yoga (“união”, traduzido do sânscrito) serve para toma de consciência daquilo que somos de verdade: uma potencialidade infinita e divina à disposição da evolução.

         O corpo físico no yoga (que é uma ciência, e não uma religião) deve ser submisso, em seus desejos e paixões, à vontade firme de atingir as qualidades de limpeza, força, flexibilidade, resistência, consistência e inteligência. O corpo é um instrumento que deve ser preparado para ajudar, e não atrapalhar.

         Dessa forma, as posições e contorções do yoga, que chamam a atenção do neófito, fazem parte da submissão da matéria à mente superior, que, assim educada, com controle de seus desejos, vícios e tendências egoísticas, ficará a serviço de nobres finalidades evolucionárias. Por isso terá que desenvolver vontade, devoção, equilíbrio, paz, sabedoria para deixar o espírito livre para se elevar a Deus (samadhi).

         Se temos um corpo com desejos e tendências egoístas, é, sem dúvida, para algo importante que estimule a individualização da vontade na árdua escalada do Everest espiritual.

         Os grandes mestres ensinam que a via do yoga se apresenta estreita, acessível sem riscos para os poucos que se preparam.

         O prêmio, afinal, é divino. Em todas as religiões os bem-sucedidos são representados com uma auréola de luz dourada em volta da cabeça (sede dos três chakras superiores, representando o estado de iluminação. Até os próprios caciques das tribos indígenas se adornam de fantásticos cocares de cores resplandecentes. Segundo os cristãos, essa luz é emanação do próprio Espírito Santo, que desce no santuário que se preparou.

         No momento de iluminação (despertar de kundalini) o ser humano toma conhecimento de seu passado e destino supranatural. Explode nele a beatitude, o êxtase experimentado por santa Teresa, pelos mártires nas arenas, pelo iogues em samadhi, no meio de geleiras do Himalaia, e pelos devotos merecedores.

         Nesse momento se dá uma inversão no ser humano: da lei da forma, que consiste em tomar para si, muda-se para a lei da vida, que é dar para os outros. Com isso o que acontece abaixo desse nível, bem e mal, passam a ser as consequências, como o calor e o frio, de um processo “necessário”.

         Quem quer experimentar esse caminho do yoga não pode ter pressa, tem que estar disposto a renunciar aos vícios, de dedicar com persistência firme e devoção inabalável, o resto acontecerá na caminhada. Está escrito, ainda na literatura Vedanta, que todos, um dia, da imensurável eternidade, tomarão essa decisão.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em fevereiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,60%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

        

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