“Cenário econômico e ambiente de negócios
Em
um encontro promovido pela Amcham de Belo Horizonte, fizemos uma apresentação
da Deloitte sobre as perspectivas para o ambiente de negócios em 2023.
Trazemos, neste artigo, um breve resumo dos destaques do encontro. Após a
pandemia da Covid-19, algumas empresas apresentaram a recuperação nas vendas
mas não conseguiram equilibrar a “saúde financeira” do próprio negócio, o que
gerou endividamento e ainda potencializou os riscos da carteira de clientes. O
resultado de todo esse quadro é que tivemos a pior década da história do Brasil
(2011-2020), com crescimento médio anual do PIB de apenas 0,3%. Superamos a
década de 1980, que até então era considerada a pior, com crescimento do PIB de
1,6%.
Trazendo
para o cenário mundial, a presente do Banco Central Europeu (BCE), Christine
Lagarde, nomeou esse período extenso de instabilidade e insegurança na economia
global como a era da “permacrise”. Ou seja, estamos vivendo uma sequência de
eventos de impacto global, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, o conflito
comercial entre EUA e China e a pandemia da Covid-19.
Para
2023, é esperado que o Brasil continue sendo um dos principais países a receber
capital estrangeiro, só ficando atrás de EUA e China. Vimos que a política de
Covid zero na China afetou a distribuição de vários produtos e tecnologias,
fazendo com que vários países migrassem suas demandas para mercados da América
Latina. Portanto, o movimento na cadeia de suprimentos globais pode ser uma
ótima oportunidade para o Brasil.
Países
desenvolvidos encerraram o último ano com inflação próxima à do Brasil, e a
pressão sobre os preços tende a permanecer no primeiro semestre de 2023. A
expectativa é que o mundo cresça quase 3%, com uma inflação de 6,6% próximo aos
níveis do Brasil.
Com o
novo governo, no médio e longo prazo, é esperado um engajamento com os
movimentos ESG. Assim é importante que as empresas estejam atentas ou possam se
antecipar para a possibilidade de novas regulamentações, principalmente na
parte ambiental.
Outro
ponto é a participação mais forte do BNDES na retomada de créditos de
infraestrutura e um reaquecimento do mercado doméstico (consumo), puxado por
políticas sociais e possíveis estímulos para geração de empregos. Já no curto prazo,
o novo governo tem o desafio de equilibrar o compromisso e as promessas de
investimentos sociais com o controle fiscal, e, por isso, a reforma tributária
será o principal item da agenda neste ano.
O
cenário é cheio de desafios, mas o investidor estrangeiro continua vendo o
Brasil como um importante destino de investimentos. É preciso lembrar que
crescer pouco ainda é crescer, e, nesta retomada, precisamos ter paciência para
atingir projeções mais positivas com foco na sustentabilidade de médio e longo
prazo dos negócios, e, claro, com um olhar para as oportunidades. A Deloitte
realiza ao longo do ano diversos estudos, pesquisas e relatórios sobre o
ambiente de negócios no Brasil; todos os materiais sobre esse tema podem ser
encontrados no site da empresa.”.
(Giovanni Cordeiro(*) e Daniel Primo(**)
Economista-chefe da Deloitte(*) e sócio-líder do
escritório de BH(**), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo
Horizonte, edição de 11 de março de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo, edição de 20 de março de 2023, caderno A.PARTE,
página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente
integral transcrição:
“Yoga
O
caminho para a perfeição, ou senda crística, é aquele que Jesus percorreu.
Antes dele, Krishna, Buda e outros passaram pelas árduas etapas da evolução
espiritual até se tornarem “homem perfeito”, ou seja, Cristo, para ascender ao
nível supra-humano.
Se você
não acredita nesse lado espiritual de sua essência, pode parar por aqui a
leitura. O que se espera a seguir é aparentemente complexo para quem vive de
futebol e dinheiro.
Jesus de
Nazaré não nasceu Cristo, Cristo ele se tornou no fim de uma trajetória que
passou por muitas vidas, aprendizados, experiências, sofrimentos e uma
crucificação. Não teria sentido imaginar que uma única existência de algumas
dezenas de anos proporcionasse a possibilidade de descortinar “o reino de Deus que
está em vós”.
Como
crisálidas, estamos destinados a sair da casca e voar? Todas as religiões
comungam desse destino do ser humano, e para isso se adotam símbolos
convergentes.
São
muitas as estações e diferentes os caminhos que podem levar à perfeição do
homem e daí seguir adiante para esferas superiores. Dizem os sábios do yoga: “O
corpo é perecível, o espírito é eterno e guarda em si todos os esforços, méritos
e pecados”. A eternidade lhe concede a possibilidade de errar centenas de
vezes, perder até a esperança, o rumo, para retornar ao ponto de recomeçar,
fortalecido, contudo, pelas quedas e acertos.
Essa
peregrinação é cósmica, imensurável como o próprio universo. Fica entre dois
infinitos, um passado e outro futuro. Os iluminados reconhecem o tempo como uma
ilusão, apenas uma dimensão/sensação humana (na esfera ilusória de Maya, um
palco de representação humana). O tempo foi desmistificado pela relatividade de
Einstein, e ainda tem muito para se descobrir. Mas não se preocupe, precisa ser
mesmo iluminado para entender.
Seria, a
priori, essa sensação a “forma” direta de estimular, como esporas para o cavalo
manso, o homem a tomar iniciativas, a fortalecer a vontade, pois sem ação
(inércia) não se consegue o progresso.
O dono,
para domesticar o cavalo, usa de vários expedientes que treinam a criatura e
até a incomodam. Porém, uma vez preparado, ele se presta para nobres
finalidades, até se transformar em grande companheiro. Dizem os sábios que a
prática de yoga (“união”, traduzido do sânscrito) serve para toma de
consciência daquilo que somos de verdade: uma potencialidade infinita e divina
à disposição da evolução.
O corpo
físico no yoga (que é uma ciência, e não uma religião) deve ser submisso, em
seus desejos e paixões, à vontade firme de atingir as qualidades de limpeza,
força, flexibilidade, resistência, consistência e inteligência. O corpo é um
instrumento que deve ser preparado para ajudar, e não atrapalhar.
Dessa
forma, as posições e contorções do yoga, que chamam a atenção do neófito, fazem
parte da submissão da matéria à mente superior, que, assim educada, com
controle de seus desejos, vícios e tendências egoísticas, ficará a serviço de nobres
finalidades evolucionárias. Por isso terá que desenvolver vontade, devoção,
equilíbrio, paz, sabedoria para deixar o espírito livre para se elevar a Deus
(samadhi).
Se temos
um corpo com desejos e tendências egoístas, é, sem dúvida, para algo importante
que estimule a individualização da vontade na árdua escalada do Everest
espiritual.
Os
grandes mestres ensinam que a via do yoga se apresenta estreita, acessível sem
riscos para os poucos que se preparam.
O
prêmio, afinal, é divino. Em todas as religiões os bem-sucedidos são
representados com uma auréola de luz dourada em volta da cabeça (sede dos três
chakras superiores, representando o estado de iluminação. Até os próprios
caciques das tribos indígenas se adornam de fantásticos cocares de cores resplandecentes.
Segundo os cristãos, essa luz é emanação do próprio Espírito Santo, que desce
no santuário que se preparou.
No
momento de iluminação (despertar de kundalini) o ser humano toma conhecimento
de seu passado e destino supranatural. Explode nele a beatitude, o êxtase
experimentado por santa Teresa, pelos mártires nas arenas, pelo iogues em
samadhi, no meio de geleiras do Himalaia, e pelos devotos merecedores.
Nesse
momento se dá uma inversão no ser humano: da lei da forma, que consiste em
tomar para si, muda-se para a lei da vida, que é dar para os outros. Com isso o
que acontece abaixo desse nível, bem e mal, passam a ser as consequências, como
o calor e o frio, de um processo “necessário”.
Quem
quer experimentar esse caminho do yoga não pode ter pressa, tem que estar
disposto a renunciar aos vícios, de dedicar com persistência firme e devoção
inabalável, o resto acontecerá na caminhada. Está escrito, ainda na literatura
Vedanta, que todos, um dia, da imensurável eternidade, tomarão essa decisão.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno desenvolvimento
da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos
depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de
uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças
vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da
ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação,
da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais
e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura
(rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento
ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados,
macrodrenagem urbana, logística reversa); meio
ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte,
acessibilidade); minas e energia;
emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema
financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança
alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal;
defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e
inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento
– estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia,
efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade,
produtividade, competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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