sexta-feira, 22 de setembro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E POTENCIALIDADES DA INOVAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIAS NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA ESCUTA AMOROSA, VERDADE QUE ILUMINA E PALAVRA EDIFICANTE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“As oportunidades de um país maduro

       Dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que o envelhecimento avança de forma acelerada no Brasil.

         Até o final desta década, o número de jovens será menos da metade da população, configurando o fim do atual bônus demográfico, que ocorre quando um país tem mais pessoas com idade economicamente ativa em comparação à população inativa (idosos e crianças).

         A questão que se coloca no país é a perspectiva de envelhecer sem ter enriquecido, a exemplo que ocorreu majoritariamente nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Diante da iminente perda do bônus demográfico, temos o desafio de buscar alternativas de desenvolvimento que sejam consistentes com o novo padrão etário e econômico que se desenha no país.

         A economia brasileira tem experimentado nas últimas décadas um processo de desindustrialização acelerada, o que indica a necessidade de buscar alternativas para o país. Neste sentido, um novo padrão de desenvolvimento baseado na economia sustentável e do conhecimento parece uma boa alternativa a ser seguida.

         A sustentabilidade econômica está ligada ao conhecimento e à inserção competitiva das empresas brasileiras no jogo global, além de ser a base de uma sociedade estável e mais justa. Já o acúmulo de conhecimento é uma condição necessária para o desenvolvimento de soluções que causem menos impactos ao meio ambiente.

         Diferentemente do que havia nas sociedades industriais, o principal recurso econômico deixando de ser os recursos da natureza, capital ou mão de obra (muitas das vezes pouco qualificada), para ter como base o conhecimento e a inovação.

         Deste modo, o envelhecimento populacional, antes de ser uma ameaça ao desenvolvimento, pode se constituir uma oportunidade. Estamos diante da evidência que a experiência e o conhecimento acumulado serão decisivos na construção do novo paradigma econômico que se avizinha.

         Naturalmente, os custos com a previdência e saúde se elevam com o passar dos anos, entretanto, o envelhecimento uma vez acompanhado de políticas de prevenção de doenças e de promoção de hábitos saudáveis, pode, paradoxalmente, se constituir num pilar da sustentabilidade dos sistemas sociais, já que o casamento da economia sustentável e do conhecimento com hábitos saudáveis, indica uma perspectiva de consistente elevação na expectativa de vida. Assim, o sistema econômico passaria a contar com indivíduos hígidos e produtivos em maior período, o que potencializará a a viabilidade do padrão de desenvolvimento.”.

(João Matos. Professor de ciências econômicas da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio – FPMR, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de julho de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, caderno A.PARTE, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Tradução do silêncio

       O tradutor oficial da corte inglesa na segunda parte do século XVI, o poliglota Giovanni Florio, era versado, ao mesmo tempo, em latim, italiano, alemão, francês, espanhol e inglês. Como excelso tradutor da sua época, sustentava teorias de perfeccionismo na sua profissão: “Precisa interpretar (de um pronunciamento) corretamente o silêncio, além de ser necessário conhecer muito bem a língua de um homem”.

         Ele era mais que um simples intérprete e chegou a colher uma admiração irrestrita de Elizabeth I por suas “traduções” que iam além da transliteração e captavam o “não dito”, as entrelinhas, as nuances que ficariam ocultas.

         A palavra, é preciso lembrar, é um ato de criação – não apenas de ideias, mas de descrições. Pode ser vista como uma magia dos homens, já que os animais não a possuem.

         Pode alegrar, felicitar ou, ainda, machucar mais que uma lâmina. Faz surgir, do nada, objetos, sentimentos, circunstâncias. Não há limites para a palavra. Substitui as imagens não presenciadas. Pode fazer descer às profundezas e captar o segredo dos bons, as maldades dos diabos; revelar a inconsistência dos ignorantes, o vasto oceano de sabedoria.

         A palavra certa, no momento certo, no local adequado, pode iluminar a compreensão – até dar voo e criar um ambiente sublime. Pode também entristecer, aterrorizar, levar à morte.

         Florio tinha ciência de que uma má tradução poderia provocar perda irreparável, condenação imerecida e até ódios e horrores. Bem por isso, no fim de sua existência, forjado pelas responsabilidades cruciais, confessava que “a gramática e a palavra eram os meios úteis para pacificar a humanidade, mais do que tratados de paz e acordos comerciais firmados entre homens de Estado”.

         A palavra correta, no tom mais próprio à circunstância, quebra a resistência da ignorância, penetra no íntimo, abre o coração, conquista territórios e riquezas, ergue a paz no meio dos desentendimentos e das incompreensões. Mas, cuidado: “Para compreender o ânimo de um homem, é preciso escutar como ele fala, pois a maioria das coisas fica sem ser dita, nas entrelinhas silenciosas. A parte não dita pode ser a mais importante e fixa o sentido da verdade.

         Pode parecer complicado, mas é próprio do homem, por tendência egoísta e preservacionista, fugir do que lhe desagrada, do que o complica, do que o desmente, do que o faz lembrar-se de que está em falta com a verdade.

         Se um cisco no olho alheio assume mais gravidade que a trave que cega a visão do próprio estulto, é por aí: “As palavras são as cores de um quadro; o silêncio, as sombras”. Por isso, é preciso prestar mais atenção às áreas de treva; nelas, como no silêncio, o indivíduo esconde o que o incomoda, aquilo que o povo não pode sonhar. Transcorridos mais de 400 anos, se o tradutor de Elizabeth I reencarnasse no Brasil, teria que se dedicar a “interpretar o não dito dos culpados”, daqueles que, do trono, falam despudoradamente sem parar. Falam por medo de ter que escutar. Viajam para longe porque recolhem menos vaias que por aqui.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,25% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em agosto, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,61%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!

 

  

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