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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A CIDADANIA E A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS (15/45)

(Setembro = mês 15; Faltam 45 meses para a COPA DO MUNDO DE 2014)

“[...] LIDERANÇA E ESPIRITUALIDADE

É no domínio da teologia, dos estudos sobre a espiritualidade, que encontramos o caminho para a compreensão dos aspectos da liderança que não são capturáveis por uma lógica científica. Se olharmos para o mercado sem o viés da ciência econômica, do marketing, da gestão, seremos capazes de perceber que mercado é um local físico ou virtual onde pessoas interagem, criando relações, organizações e instituições que permitem não só sua existência econômica, mas também física, psicológica, emocional e cultural. O fenômeno mais amplo e mais claramente perceptível do mercado é que nele se dão relações de troca, de diferentes naturezas, entre seres humanos. Cada uma das ciências busca isolar um aspecto dessas relações como base para a elaboração de suas teorias, mas nenhuma consegue abordar o ser humano como um ser em relação ao todo. É a teologia que faz esse esforço.

A liderança capaz de produzir os sentimentos de entusiasmo, pertencimento, participação, em projetos de forma integral, em que a dimensão ética, moral, emocional, cultural e estética se desvela de forma interligada, é aquela capaz de produzir o cultivo de uma experiência contaminada por uma Presença, não física, divina, que traz efeitos de paz, alegria, sensação de acolhida e plenitude, que abrem espaço para que as pessoas que com ela participam da vida do trabalho descubram em si potenciais que elas mesmas não conheciam. Ao longo da condução das tarefas, essa tipo de diferença é capaz de produzir o reavivamento constante dessa experiência, fonte sempre renovada de energia, uma forma de alimento da alma que aumenta a força da adesão a um projeto que, em si, se apresenta como um caminho, no sentido metafísico do termo, que, se percorrido, desvela o que há de melhor para as pessoas.

O curioso é que o faz ao abrir caminhos para a vivência da característica central da vida no Espírito, que é marcada por autoconsciência e por linguagens que exprimem essa autoconsciência, sejam elas verbais, não verbais, artísticas, intelectuais ou de realizações profissionais. Ela reativa os fundamentos da vida comunitária, em que a ética da colaboração e do cuidado estão presentes a cada ação.”
(CARMEN MIGUELES, in Liderança baseada em valores: caminhos para a ação em cenários complexos e imprevisíveis / Carmen Migueles & Marco Tulio Zanini ( organizadores); Angela Fleury... [et al.]. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, páginas 56 e 57).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de agosto de 2010, Caderno OPINIÃO, página 13, de autoria de VIVINA RIOS BALBINO, Psicóloga, mestre em educação, escritora, que merece INTEGRAL transcrição:

“Educação em direitos humanos

A crise moral e ética, tão disseminada na sociedade, estaria impulsionando estudos e reflexões? Com certeza, a explosão e banalização da violência e delitos e da própria vida têm estimulado estudos de psicólogos, sociólogos, psiquitatras e demais profissionais da área. Modismos fúteis, culto exagerado ao prazer, liberdade sem limites e a famosa lei de levar vantagem em tudo, mesmo que se violem os direitos de outros, são fatos comuns. Uma sociedade sem normas, em que tudo pode ser feito? Crimes, mortes, mentiras, traições, corrupção, trapaças, roubos?

Felizmente, percebe-se uma tendência mundial de expressar repúdio a essa realidade social tão perversa. No livro Vernon god little, de DBC Pierre (pseudônimo do escritor australiano Peter Warren Finlay), há uma reflexão crítica sobre a sociedade norte-americana (ocidental, brasileira?), que, ao incentivar o sucesso desmedido, a vaidade, o egoísmo, a esperteza, quebra de valores, leva os indivíduos a uma vida fútil, vazia e destruidora. Nessa crítica, evidencia a TV como coadjuvante importante na construção dessa cultura perniciosa. As propagandas apelativas de bebidas alcoólicas, que associam o produto ao sexo banal, à beleza, felicidade, além das novelas de conteúdo fútil, são exemplos no Brasil. Como saída para esse vazio, DBC Pierre vislumbra a possibilidade de uma mudança espiritual capaz de mudar essa perigosa realidade. No cinema, o filme Beleza americana retratou, de forma crítica, os valores e costumes d decadente sociedade norte-americana. A série Dogville também nos brindou com excelente crítica ao povo estadunidense, mostrando de forma realista valores fúteis e mesquinhos movendo ações vis de cidadãos no dia a dia. Infelizmente, tudo isso parece norma. Mas, como aceitar?

A sociedade civil tem reagido. A recente aprovação do Projeto Ficha Limpa no Brasil é uma demonstração clara de que o cidadão não aceita mais corrupção e crimes de políticos. Ser correto, ter ficha limpa agora é necessário e importante a conscientização do cidadão ficha-limpa. Ser honrado, íntegro, digno e contra as violações, seria nossa obrigação como cidadão. Importante a consciência de que o livre-arbítrio e a liberdade são limitados e que nenhum indivíduo pode violar o direito do outro. Isso é fundamental para que a civilidade e os códigos morais e éticos se sobreponham às tantas futilidades e banalidades vigentes.

Criticamos veementemente vícios e imoralidades em autoridades, políticos, líderes, mas é difícil fazer autocrítica e reconhecer os próprios vícios. Sou um cidadão correto e íntegro? A preocupação com a coletividade, o compromisso social de cada um para melhorar o mundo também é visto com ceticismo e crítica. Ser cidadão ficha-limpa é o começo dessa importante mudança até cobrarmos do Estado políticas públicas mais efetivas nessa área. Sabemos que respeito, virtudes e civilidade podem contribuir para evitar e resolver conflitos trazendo qualidade de vida. Piero Massimo Forni, especialista em civilidade pela Universidade John Hopkins, afirma que, “se melhorarmos a nossa capacidade de nos relacionar, teremos menos brigas, estresse e, consequentemente, menos processos e pessoas doentes”. Calculou até o custo da falta de civilidade nos Estados Unidos: US$ 30 bilhões por ano. Quanto custaria no Brasil a falta de civilidade e de respeito ao outro?

Civilidade, ética, moral, altruísmo, honradez, integridade estão em consonância com o cumprimentos dos direitos humanos. Urge a construção de um projeto nacional de educação em direitos humanos na família, na escola e na mídia. Sabemos que as maiores violações dos direitos humanos têm início na família, na infância e em que se estrutura a nossa personalidade. Daí a importância desse projeto nacional em direitos humanos desde criança – a “aprendizagem” da civilidade, cidadania e do respeito aos direitos humanos. Essa é a base para um mundo melhor!”

São, portanto, mais páginas com INQUIETAÇÕES e REFLEXÕES que acenam para as URGENTES e NECESSÁRIAS transformações que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, CIVILIZADA, LIVRE, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA , que permita PARTILHAR as suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do TERCEIRO MILÊNIO, da GLOBALIZAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INFORMAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...